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🌎CONEXÃO GLOBAL: Por que investir internacionalmente?

CONEXÃO GLOBAL é o nosso relatório que te conecta com os principais temas do mundo.

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Se você está lendo este relatório é muito provável que já tenha se deparado com a alta volatilidade presente nos ativos brasileiros. Na visão do investidor internacional, o Brasil se posiciona como uma economia emergente, em desenvolvimento, ou seja, ela traz consigo riscos elevados principalmente nas frentes política, fiscal, econômica e regulatória. Apesar do alto potencial de retorno das economias emergentes, é comum que as quedas também sejam mais acentuadas em momentos de aversão ao risco, por conta da migração massiva para ativos mais seguros, normalmente encontrados no mundo desenvolvido.

A bolsa local possui uma gama de investimentos atrativos, principalmente para o investidor focado na escolha dos ativos. Como ressaltamos no último Raio-XP da Bolsa, acreditamos que, na batalha do Micro (fundamentos das empresas) contra o Macro (inflação, PIB, fiscal, política, etc.), quem vence é o clássico stock picking, ou seja, ações de qualidade, que permanecem com suas teses intactas no longo-prazo.

Mas, ainda que o investidor possua esta seleção em seu portfólio, é praticamente impossível são absorver as grandes perdas ocasionadas por um cenário macro deteriorativo como temos visto nos últimos meses, caso o portfólio investidor esteja muito concentrado em Brasil. Para se ter uma ideia, desde o início de junho de 2021, o Ibovespa já perdeu mais de 16 mil pontos, ou 12% de sua capitalização de mercado.

Este cenário serve apenas para reforçar uma necessidade quase unânime no mercado: a diversificação internacional. Neste relatório, trazemos os principais fundamentos que justificam uma alocação de 10% ou mais dos investimentos em ativos globais.

1. O Brasil é apenas uma gota no oceano dos mercados

Sabemos que o Brasil é um país de dimensões continentais, ocupando a 5ª posição do planeta em termos territoriais. Além disso, possuímos o 12º maior PIB do mundo em 2020 (éramos o 8º em 2010). Estes números nos levariam a imaginar que a representatividade do mercado financeiro brasileiro também seria relevante, no entanto, o Brasil representa menos de 1% do mercado acionário global de US$ 120,8 trilhões, evidenciando que o investidor concentrado em ativos locais está de fora de 99% das oportunidades oferecidas por empresas globais.

Os EUA, que possuem o maior mercado acionário do mundo (US$ 52,1 tri), representam ~43% do total enquanto a China (US$ 12,4 tri) representa ~10%. De acordo com a World Federation Exchanges, em 2019, o mundo possuía 43 mil empresas listadas em bolsa ao passo que o Brasil continha 345.

Para se ter uma ideia, a Apple, hoje a maior empresa do planeta, possui uma capitalização de mercado de US$ 2,5tri, ou seja, é 2,5x maior que a soma de todas as empresas brasileiras listadas em bolsa (~US$ 1tri).

2. Existem temáticas de longo-prazo inacessíveis via empresas locais

Não se trata apenas de tamanho, mas de oportunidades e temas de investimento. Um exemplo prático disso é observar os produtos e serviços que fazem parte de nosso dia-a-dia: desde os automóveis até os celulares, computadores e redes sociais, uma fatia significativa deles é fornecida por empresas internacionais e muitas delas já estão acessíveis para o investidor brasileiro sob uma gama de produtos.

Olhando para o futuro, entendemos que existem mudanças estruturais em curso que devem gerar oportunidades de investimento. A adoção do streaming via Netflix, Disney+ e Amazon Prime, por exemplo, é uma transformação estrutural que se consolida frente aos cinemas, mas que não é acessível por meio de empresas brasileiras e que, portanto, exige que o investidor procure outros veículos para posicionar-se nestas oportunidades, seja via BDRs, fundos ou produtos estruturados.

Algumas temáticas estruturais e de longo-prazo que são dificilmente acessadas por empresas locais:

3. As perdas e a volatilidade são menores numa carteira diversificada

Ao alocar em ativos globais, o investidor reduz o risco total da sua carteira, uma vez que um espectro maior de ativos deve cair menos em períodos de estresse de mercado. Os benefícios da diversificação são muitos, mas, em 1º lugar, ela protege o seu patrimônio das perdas "irrecuperáveis"; imagine que você investisse todo seu patrimônio em uma empresa e que, ao longo do tempo, perdesse 50% de seu valor. Neste caso, seria necessária uma alta de 100% no ativo para que as perdas fossem recuperadas. A tabela abaixo mostra qual é o retorno necessário para o investimento recuperar-se após determinada perda:

Por isso, possuir vários ativos na carteira que sejam expostos a diferentes riscos (geográficos e setoriais, principalmente) ajudam a te proteger de desvalorizações expressivas, que são comuns no mercado acionário, principalmente em países emergentes, como Argentina e Brasil.

A volatilidade (característica comum de portfólios pouco diversificados) de uma carteira também pode trazer efeito deletério nos retornos. Abaixo, simulamos 3 cenários com volatilidades diferentes. No 1º, o portfólio ganharia +10% seguidos de -5% durante 40 períodos consecutivos. No 2º, seria +25% e -20%. No 3º +40% e -35%. Depois de 40 períodos, os retornos variaram expressivamente: Cenário 1 = +141%, Cenário 2 = 0% e Cenário 3 = -85%.

Além destes aspectos também vale notar que o investidor brasileiro médio já está exposto ao risco-Brasil em diversas frentes de suas vidas, não apenas nos investimentos, uma vez que o valor de seus imóveis, bens, comércio e salário está atrelado ao desempenho econômico local, reforçando ainda mais a necessidade de diluir parte deste risco geográfico via investimentos internacionais.

4. Exposição em moeda forte e estabilidade macro

O investidor local possui o costume de acompanhar o desempenho de sua carteira em moeda local, o que não é completamente errado, no entanto, países emergentes costumam enfrentar maiores instabilidades macro (fiscal/política/econômica), que muitas vezes ocasionam inflação e depreciação cambial, corroendo o desempenho real dos ativos investidos.

Se observarmos o desempenho dos índices Merval (Argentina), do Ibovespa e do S&P 500 nos últimos 20 anos, percebemos que o primeiro entregou ganhos de +13.400%, o segundo +624,8% e o terceiro "apenas" +224,3%, quando observados em moeda local, ou seja, Peso argentino, Real brasileiro e Dólar americano. Essa alta valorização da bolsa argentina, no entanto, ofusca a perda de valor daquele investimento seja via altíssimos níveis de inflação ou depreciação cambial.

Comparando bananas com bananas: Um investidor mais experiente plotaria o mesmo gráfico acima, mas desta vez utilizando o Dólar americano como base monetária, e o resultado que temos é o seguinte: Em 20 anos, a valorização do Merval saiu de +13.400% para meros +38,1%. No Brasil, o efeito da inflação e depreciação cambial também deteriorou os ganhos "aparentes" de +624,8% para apenas +150,6%. O investidor estrangeiro que apostou no Brasil há 10 anos, na verdade, ainda enfrenta perdas de ~50%.

5. Produtos acessíveis para cada perfil de investimento

A XP oferece uma diversidade de meios para se investir internacionalmente e buscar estas oportunidades no exterior. Os BDRs, por exemplo, podem ser negociados diretamente pelo cliente, da mesma forma que negocia ações brasileiras (Link para nossa Carteira Top 10 BDRs). Existem também outros produtos como fundos internacionais ativos e passivos (Link para os Top 20 Fundos Internacionais), bem como produtos estruturados (Link para a página dos COEs) que satisfazem demandas específicas.

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  • Este relatório foi elaborado considerando a classificação de risco dos produtos de modo a gerar resultados de alocação para cada perfil de investidor.
  • O(s) signatário(s) deste relatório declara(m) que as recomendações refletem única e exclusivamente suas análises e opiniões pessoais, que foram produzidas de forma independente, inclusive em relação à XP Investimentos e que estão sujeitas a modificações sem aviso prévio em decorrência de alterações nas condições de mercado, e que sua(s) remuneração(es) é(são) indiretamente influenciada por receitas provenientes dos negócios e operações financeiras realizadas pela XP Investimentos.
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  • A rentabilidade de produtos financeiros pode apresentar variações e seu preço ou valor pode aumentar ou diminuir num curto espaço de tempo. Os desempenhos anteriores não são necessariamente indicativos de resultados futuros. A rentabilidade divulgada não é líquida de impostos. As informações presentes neste material são baseadas em simulações e os resultados reais poderão ser significativamente diferentes.
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  • Ação é uma fração do capital de uma empresa que é negociada no mercado. É um título de renda variável, ou seja, um investimento no qual a rentabilidade não é preestabelecida, varia conforme as cotações de mercado. O investimento em ações é um investimento de alto risco e os desempenhos anteriores não são necessariamente indicativos de resultados futuros e nenhuma declaração ou garantia, de forma expressa ou implícita, é feita neste material em relação a desempenhos. As condições de mercado, o cenário macroeconômico, os eventos específicos da empresa e do setor podem afetar o desempenho do investimento, podendo resultar até mesmo em significativas perdas patrimoniais. A duração recomendada para o investimento é de médio-longo prazo. Não há quaisquer garantias sobre o patrimônio do cliente neste tipo de produto.
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