Leia este conteúdo da XP e conheça a resposta de $ 2 trilhões de dólares!
1. O que o Twitter do Elon Musk e os criptoativos tem em comum?
Como o fundador da Tesla já falou publicamente algumas vezes, ele irá aceitar pagamento em Bitcoin da venda de seus carros e a própria Tesla anunciou a compra de US$1,5 bilhões do criptoativo para a companhia. “Em retrospectiva, isto era inevitável” disse Elon Musk em 29/Jan/2021 quando twitou sobre essa decisão. Desde de então, em pouco menos de 3 meses (e vale lembrar: durante crise da pandemia COVID), uma unidade de Bitcoin praticamente dobrou (valorizou +84,5%), acompanhado por outro criptoativo o Etherium (+82,2%), enquanto a moeda Real se desvalorizou frente ao dólar (-3,8%) e a própria Tesla caiu (-6,9%).
Bitcoin, Ethereum, criptomoedas… Diariamente somos impactados com mensagens e informações sobre a classe de ativos, mas pouco sabemos dela. Por conta disso, aqui na XP nos reunimos para explicar o que é o famoso mercado de criptoativos.
Hoje essa classe de ativos já consolida $ 2,1 trilhões de dólares em valor de mercado, um valor superior às maiores empresas e bancos do mundo — e mais que o dobro de todas as ações de nas empresas brasileiras listadas na B3. Recentemente, o IPO de uma única empresa chamada Coinbase (uma corretora de criptomoedas) arrecadou U$ 85 bilhões na Nasdaq e já vale mais do que Itáu e Bradesco juntos.
2. Afinal o que são os criptoativos?
Esses ativos surgiram com a intenção de permitir que indivíduos ou empresas efetuem pagamentos ou transferências financeiras eletrônicas diretamente a outros indivíduos ou empresas, sem a necessidade da intermediação de uma instituição financeira.
Para explicarmos o que são de fato os criptoativos, iremos utilizar a própria definição da CVM, o regulador de capitais brasileiros, sobre o tema:
“Os criptoativos são ativos virtuais, protegidos por criptografia, presentes exclusivamente em registros digitais, cujas operações são executadas e armazenadas em uma rede de computadores.
Esses ativos surgiram com a intenção de permitir que indivíduos ou empresas efetuem pagamentos ou transferências financeiras eletrônicas diretamente a outros indivíduos ou empresas, sem a necessidade da intermediação de uma instituição financeira.
Tal propósito serviria inclusive para pagamentos ou transferências internacionais. Atualmente existem centenas de criptoativos, dentre os quais o pioneiro e mais conhecido é o Bitcoin. Cada um deles funciona baseado em um conjunto de regras próprias, definidas pelos seus criadores e desenvolvedores. “
CVM, Maio 2018 | disponível em https://www.investidor.gov.br/publicacao/Alertas/alerta_CVM_CRIPTOATIVOS_10052018.pdf
Os criptoativos por serem descentralizados, não contam com registro em uma instituição financeira, ou com a regulação dos Bancos Centrais no mundo. Sua credibilidade existe por conta de um sistema de registros chamados blockchain.
3. Entenda o que é Blockchain
O blockchain é uma tecnologia que funciona como um grande livro contábil, chamado de ledger neste caso, com o registro de todas as transações ocorridas em cada tipo de criptoativo. Cada transação é registrada em blocos, que se conectam aos blocos anteriores, formando uma grande cadeia de informações. Estes blocos não podem ser alterados, e são públicos para toda a rede.
Cada transação é validada pela rede no que é conhecido pelo termo de mineração; toda vez que uma transação vai ser adicionada no sistema, o processo de mineração valida se aquela transação é real e caso positivo, ela é adicionada a este bloco.
Os blocos são distribuídos para todos os computadores disponíveis na rede do blockchain, o que faz com que um indivíduo que queira hackear o sistema precisaria em tese, alterar todos os computadores de toda a rede. Uma vez que novos dados são inseridos, eles nunca podem ser apagados.
4. Quem veio antes do Bitcoin?
Embora o Bitcoin seja o criptoativo mais conhecido no mundo, ele não foi o primeiro a ser criado, apenas foi o mais bem-sucedido. Alguns ativos, como o Hashcash, foram criados anteriormente, e que inclusive forneceram inputs para a criação do Bitcoin.
O Bitcoin nasceu com a publicação de um artigo sob a autoria de Sakohi Nakamoto, no ano de 2008, onde o autor, que até hoje é desconhecido, abordava o problema decorrente da necessidade de um intermediário utilizado para os meios de pagamento.
Com base no artigo se Satoshi, vamos usar um exemplo da vida real para demonstrarmos o problema: suponha que dois amigos, João e José, vão organizar uma viagem e José, para adiantar, resolveu pagar toda a viagem, sendo necessário o reembolso por parte do João.
Quando João for enviar o recurso da viagem, ele vai precisar fazer isso por uma instituição financeira, que vai validar se o depósito feito por João realmente saiu de sua conta e vai enviar o recurso para José.
O criptoativo começou com a publicação do artigo de Sakoshi Nakamoto em 2008. No documento, o pseudônimo buscava resolver um problema: a necessidade de um intermediário no que diz respeito às transações do sistema financeiro.
A necessidade de um intermediário insere um custo adicional ao sistema, que precisa se preocupar com diversos temas, como por exemplos as questões jurídicas referentes às transações.
A solução de Satoshi nasceu pela criação de um sistema de pagamentos descentralizado, mas que ainda assim fosse crível perante os usuários. Como convencer que um cidadão que mora no Brasil poderia fazer uma transação financeira outra pessoa em outro continente?
Tudo foi possível por causa do que hoje conhecemos como Blockchain.
Nakamoto continuou o desenvolvimento de sua solução de pagamentos, e em abril de 2009 a primeira transação com o Bitcoin foi realizada.
5. Criptoativos como uma classe de investimentos para o seu portfólio
Embora os criptoativos tenham espaço no seu portfólio faz-se necessário um disclaimer: como existem diversos tipos de criptoativos, e de maneira generalizada, eles possuem uma volatilidade muito elevado, com possibilidade de perdas expressivas, é importante que enquanto investidor você invista somente recursos entre 1 a 5% do seu recurso total investido.
Fizemos uma simulação com a Quantum Axis, com alocação em renda fixa local, distribuídos entre alocações entre CDI e IMA-B (20% e 40%), renda variável, divididos entre Ibovespa e S&P500 (20% e 15%%), fundos imobiliários, representados pelo IFIX (4%) e 1% do patrimônio em criptoativos, tomando como base o Bitcoin, versus um portfólio sem criptoativos.
O rebalanceamento dos pesos do portfólio era feito anualmente, de forma que a alocação em criptoativos não ficasse muito grande.
O resultado pode ser visto no gráfico abaixo:
O período do nosso estudo compreende dados de 01/04/2011 a 09/04/2021, onde a carteira com criptoativos rendeu 293,34% contra 177,28% da carteira sem criptoativos. Porém, a volatilidade do portfólio com o cripto também aumentou: a volatilidade anualizada do portfólio com cripto foi de 11,60% contra 8,84% do portfólio sem cripto.
Outra métrica de risco bastante interessante para avaliar criptoativos é o Drawdown, que reprenta as perdas acumuladas entres os períodos de máxima (picos) e mínimas (vales) históricos. Como pode-se observar abaixo, apesar de tanto o Bitcoin quanto o Etherium terem apresentado significativas altas nos últimos anos, também apresentaram drásticas e duradoras perdas – por exemplo, um investidor de Bitcoin que comprou a moeda na alta de 2017 e segurou o ativo chegou a perder -80% do investimento em 2018 e só recuperou o montante no final de 2020.
6. Porque você deveria investir em criptoativos via fundos?
Existe no mundo um eterno debate sobre o que é melhor: investir via fundos de investimentos ou comprar os ativos da estratégia e fazer a gestão solo de sua carteira. Para quem tem expertise e tempo, em muitos casos a gestão solo dos ativos faça sentido para um investidor, enquanto delegar parte do seu portfólio a gestores especialistas também funcione para pessoas que não conhecem a classe de ativos investida a ponto de acharem que tem um diferencial de gestão e que por isso preferem entregar seus recursos para gestores dedicados.
Porém, no caso de criptoativos, existe uma preocupação adicional: a segurança.
Suponha que você esqueceu sua senha em um banco e precisa fazer uma transação. Como você é correntista do banco, poderia solicitar uma nova senha a qualquer momento. No mundo cripto, quando um usuário perde a senha, aqui chamada de chave privada, ele não pode acessar seus criptoativos.
Além disso, muitos investidores fazem investimentos diretos em corretoras de criptoativos, e deixam sob a custódia das corretoras todo o seu portfólio no segmento, o que não é seguro, dado que diversas corretoras já foram hackeadas, e os investidores perderam seus investimentos.
Um fator que mitiga o risco de perda das chaves privadas dos criptoativos é contratar um serviço de custódia institucional, disponível para grandes investidores. Por isso, o melhor jeito de ter acesso a este serviço é o de investir via um fundo de investimento que dispõe de uma custódia especializada em criptoativos.
Desde armazenar os dados das transações em computadores que nunca acessaram a internet, até armazenar estes dados em bunkers de guerra espalhados em diversos países, o trabalho feito pelos custodiantes institucionais diminuem e muito o risco de um investidor perder seus investimentos.
Antes de investir em um fundo de criptoativos, é importante o investidor procurar e comparar algumas características como:
- Acessibilidade: alguns fundos não oferecem esta oportunidade ao público em geral, mas somente à investidores qualificados (com patrimônio acima de R$1 milhão) ou profissionais (acima de R$10 milhões) e exigindo aportes mínimos na ordem de milhares de reais. — Se você tiver/quiser investir só R$ 100,00 em criptoaticos, em que fundo você consegue investir?
- Diversificação: alguns fundos oferecem somente exposição à um ou outro criptoativo (Bitcoin, ou Etherium, ou outro ativo). — Se você busca investir em uma cesta diversificada de criptoativos, em que fundo você gostaria de investir?
- Exposição à criptoativos: alguns fundos tem o nome de criptoativos, mas na verdade investem a maior parte do capital em ativos de renda fixa e títulos do governo. — Se você busca investir para aumentar seu portfólio em criptoativos, em que fundo você teria mais exposição à esta classe de ativo?
- Taxas e Impostos: Taxas e Impostos: alguns fundos podem cobrar uma taxa de adesão/oferta primária na aquisição das primeiras cotas do fundo. Outro aspecto importante é o regime tributário –– Se você prefere uma instituição já facilite sua contabilização/recolhimento de IR, um fundo de investimento pode ser a melhor opção para você.
Conheça abaixo alguns dos fundos de investimento da XP que investem em criptoativos:
- Hashdex 40 Nasdaq Crypto Index FIC FIM
- Hashdex 20 Nasdaq Crypto Index FIC FIM
- Hashdex Bitcoin Full 100 FIC FIM IE
- Hashdex Criptoativos Voyager IE FIM
Se você ainda não tem conta na XP Investimentos, abra a sua!