Bom dia! Neste relatório diário publicado todas as manhãs pelo time ESG do Research da XP, buscamos trazer as últimas notícias para que você comece o dia bem informado e fique por dentro do tema ESG – do termo em inglês Environmental, Social and Governance ou, em português, ASG – Ambiental, Social e Governança.
Quais tópicos abordamos ao longo do conteúdo? (i) Notícias no Brasil e no mundo acerca do tema ESG; (ii) Performance histórica dos principais índices ESG em diferentes países; (iii) Comparativo da performance do Ibovespa vs. ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial, da B3); e (iv) Lista com os últimos relatórios publicados pelo Research ESG da XP.
Principais tópicos do dia
• O mercado encerrou o pregão de quinta-feira em território negativo, com o IBOV e o ISE recuando 0,94%, e 1,46%, respectivamente.
• Do lado das empresas, (i) segundo o CEO da Latam, Jerome Cadier, a indústria de aviação precisa de mercados de carbono com custos confiáveis para viabilizar parte da sua transição, e o Brasil pode ter um papel decisivo nesta agenda – o SAF ainda representa 0,2% da demanda global de combustíveis de aviação e, de acordo com o executivo, só será uma solução viável em duas ou três décadas; e (ii) o número de veículos eletrificados vendidos pelas montadoras nos sete primeiros meses de 2024 já supera todas as vendas registradas no ano passado inteiro, segundo dados da ABVE – mesmo assim, o total de eletrificados em circulação no país (cerca de 315 mil) ainda representa menos de 1% da parcela total de carros em circulação.
• Na política, o setor de hidrogênio verde espera destravar boa parte dos R$ 200 bilhões em projetos anunciados pelo governo dentro do Programa Nacional do Hidrogênio – o programa prevê incentivos fiscais de R$ 18 bilhões, em cinco anos, para a produção do energético, visando a descarbonização da indústria e dos transportes.
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Brasil
Empresas
Termelétrica no Pecém vai desenvolver biocarvão com resíduos de coco
“A Energia Pecém e a Universidade Estadual do Ceará (UECE) assinaram na quarta (28/8) um memorando de entendimento (MoU) para desenvolver biocarvão a partir de biomassa de coco. O projeto de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (PDI) receberá investimentos de R$ 2,5 milhões da termelétrica instalada no Porto do Pecém, no Ceará, e tem previsão de duração de 24 meses. O foco da parceria é avaliar a queima associada entre o biocarvão e o carvão mineral para a geração de energia. A pesquisa visa ainda avaliar o uso do biocarvão produzido a partir de resíduos de esgoto pelo processamento termoquímico do lodo de estação de tratamento de esgoto. Estão previstas 12 etapas no projeto, para análises de viabilidade técnica, econômica e ambiental, além de demonstração do uso do energético no ambiente operacional nas instalações da usina, substituindo o carvão mineral — o mais poluente dos combustíveis fósseis — pelo sustentável de forma gradativa. Controlada pela Mercurio Asset, que detém 80% de seu capital, a usina termelétrica Energia Pecém tem uma capacidade total de 720 MW – cerca de 50% da capacidade geradora de energia do estado do Ceará. “Essa nova tecnologia produzirá novos combustíveis sólidos mais sustentáveis, os chamados carvões híbridos, que podem reduzir a emissão de CO2 na faixa de 20% a 45% como combustível da usina termoelétrica de Pecém I”, afirma Carlos Baldi, presidente da Energia Pecém. A pesquisa quer explorar o potencial energético da biomassa de coco da região, mas também na redução de resíduos de biomassa vegetal descartada incorretamente.”
Fonte: Eixos; 29/08/2024
Brasil enfrentará concorrência mundial acirrada em hidrogênio verde, alerta diplomata
“O assessor internacional da Secretaria de Relações Institucionais, Danilo Zimbres, elogiou recentes avanços para a introdução do hidrogênio verde na matriz energética brasileira, mas fez alertas quanto à disputa acirrada que o país vai enfrentar no mercado internacional. Zimbres participou de audiência nesta quarta-feira (28/8) na Comissão de Ciência e Tecnologia da Câmara dos Deputados. Um dos avanços citados pelo diplomata é a Lei 14.948/2024, que traz uma série de incentivos para a cadeia produtiva do chamado “hidrogênio de baixa emissão de carbono”. “O Brasil deu um salto enorme em termos de implementação do hidrogênio verde no nosso marco legal em 2024″, reconheceu Zimbres. “Mas, não podemos e não devemos esquecer que, na competição pelo hidrogênio verde, o Brasil não está sozinho: há disputa de quem vai produzir e quem vai dominar a nova fonte energética do século 21, que vai substituir o petróleo. Essa corrida é como se fosse uma verdadeira Copa do Mundo”, comparou. O diplomata, que também já chefiou a assessoria de assuntos internacionais do Ministério de Ciência e Tecnologia, apresentou o atual cenário mundial dessa concorrência. Os Estados Unidos aprovaram subsídios de 60 bilhões de dólares para o setor e já há comercialização de veículos e postos de abastecimento de hidrogênio na Califórnia.
A China construiu seis centros tecnológicos e prevê, para breve, o lançamento dos barcos comerciais e caminhões-tanques movidos pelo novo combustível. O Japão já dispõe de cinco “rodovias de hidrogênio”, ou seja, corredores viários que conectam as principais cidades e são dotados de postos de abastecimento.”
Fonte: Eixos; 29/08/2024
Latam: Aviação precisa de mercado de carbono confiável como solução de médio prazo
“A indústria de aviação precisa de mercados de carbono com custos confiáveis para viabilizar parte da sua transição, e o Brasil pode ter um papel decisivo neste sentido, na visão do CEO da Latam, Jerome Cadier. “A gente precisa pensar num mercado de carbono muito mais com custo confiável e que nos convide a participar de forma mais ativa do que é o caso hoje. A gente precisa pensar nisso como uma solução de médio prazo absolutamente necessária para qualquer transição que a gente queira fazer para o SAF (combustível sustentável de aviação) no longo prazo”. O SAF ainda representa 0,2% da demanda global de combustíveis de aviação, diz Cadier, e só será uma solução viável, de fato, em duas ou três décadas. O executivo participou na última quarta (28/8) de um evento de transição energética promovido pelo G20 Brasil, em Brasília. Para o CEO, o Brasil poderia aproveitar seu protagonismo internacional para ajudar a construir um mercado de carbono latinoamericano, ampliando o leque de opções para descarbonizar o setor aéreo. “Por que só pensar em compensar aqui no Brasil, se eu posso ter uma empresa ou uma companhia aérea na Colômbia, compensando aqui no Brasil e vice-versa? E essa construção desse mercado, eu diria, comecemos com a América Latina, é um papel que cabe ao Brasil, pela sua influência dentro da região”. “Podemos fazer com que o mercado seja muito maior do que simplesmente um país, que é o que se vê hoje”. Ele conta que a Latam, companhia que opera em mercados brasileiro, chileno e peruano, só tem um projeto de compensação dentro desses países.”
Fonte: Eixos; 29/08/2024
O Brasil tem um fertilizante de baixo carbono. Mas precisa desbravar o mercado
“Um fertilizante de baixo custo, brasileiro, disponível regionalmente e que também ajuda a recuperar a saúde do solo. Parece o produto perfeito para o agronegócio brasileiro, altamente dependente de fertilizantes solúveis importados. Batizada de remineralizador, a solução nada mais é do que um pó feito a partir de determinados tipos de rochas moídas. Suas propriedades para o solo soam como mágica: aumentam os índices de fertilidade por meio da adição de macro e micronutrientes para as plantas; e melhoram aspectos físicos, químicos e a atividade biológica da terra. Com tantos benefícios, sua adoção ainda é tímida no Brasil: estima-se que 10% da área de plantio brasileira já utiliza em alguma medida remineralizadores, algo equivalente a uma área de 64 milhões de hectares. Regulamentado em 2016, o mercado teve um crescimento exponencial ano após ano e explodiu em 2022, com uma produção e consumo chegando a 3 milhões de toneladas naquele ano, em razão da guerra na Ucrânia, que interrompeu o fornecimento de potássio pela Rússia e fez saltar o preço dos fertilizantes químicos no mundo todo. Na ocasião, a ameaça à produção nacional de commodities agrícolas levou o ex-presidente Jair Bolsonaro a voar até o presidente russo, Vladimir Putin, para tentar assegurar o fornecimento do insumo. O potássio é um dos três macronutrientes utilizados massivamente na agricultura brasileira e o ‘K’ da fórmula NPK (nitrogênio, fósforo e potássio). Mas, em 2023, com a regularização no mercado dos químicos, a produção e o consumo dos remineralizadores caíram pela metade, segundo estimativas preliminares da Associação Brasileira dos Produtores de Remineralizadores de Solo e Fertilizantes Naturais (Abrefen).”
Fonte: Capital Reset; 29/08/2024
Até agora, incêndios no Pantanal já consumiram mais de 15% do bioma
“Desde o início do ano, 2,3 milhões de hectares, o equivalente a 15,61% do Pantanal, já foram atingidos pelos incêndios que afetam o bioma, segundo o Laboratório de Aplicações de Satélites Ambientais da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Lasa-UFRJ). Após a passagem de uma frente fria, um novo alerta de perigo extremo de fogo do Sistema de Alarmes do Lasa-UFRJ foi divulgado com previsões para a Bacia do Paraguai, no Pantanal. Segundo o informativo, até o próximo sábado, 31, a maior parte da região volta a apresentar condições climáticas que dificultam o combate a incêndios mesmo por meios aéreos, com alta velocidade de propagação do fogo. Na soma de todas as terras indígenas que integram o bioma, foram consumidos mais de 371 mil hectares. A maior parte foi na Terra Indígena Kadiwéu, onde o fogo atingiu mais de 357 mil hectares, que equivale a 66,4% do território. Segundo o último boletim divulgado pelo Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA), em 20 de agosto, 959 profissionais atuam no combate aos incêndios, com o apoio de 18 aeronaves. Até 18 de agosto, 569 animais silvestres haviam sido resgatados. Na última terça-feira, 27, o Supremo Tribunal Federal determinou o prazo de 15 dias para que o governo federal reforce o número de pessoas e de equipamentos no combate ao fogo no Pantanal e na Amazônia. Em 10 de setembro, o cumprimento da medida deverá ser avaliado em audiência de conciliação que tratará de três Ações de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPFs) que tratam do tema. No mesmo dia, o governo federal publicou portaria autorizando o Centro Nacional de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais (Prevfogo) a estruturar brigadas temporárias em municípios de 18 estados e do Distrito Federal.”
Fonte: Exame; 29/08/2024
BNDES aprova financiamento de R$ 500 milhões para maior mineradora de lítio do Brasil
“O BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) aprovou, nesta quinta-feira (29), um financiamento de R$ 486,7 milhões para a Sigma Lithium, principal mineradora de lítio em operação no Brasil. O recurso será destinado para o beneficiamento do mineral e, segundo a empresa, preencherá quase a totalidade do valor necessário para ampliar sua produção anual em 270 mil toneladas, chegando a 520 mil. O dinheiro virá do Fundo Clima, criado pelo BNDES para financiar projetos considerados sustentáveis. O lítio é um mineral crítico para a transição energética. É por meio dele, por exemplo, que são feitas as baterias para veículos elétricos, hoje produzidas principalmente na China. A Sigma, fundada no Canadá, mas controlada por um grupo brasileiro, opera nas cidades de Araçuaí e Itinga, no Vale do Jequitinhonha (MG), onde estão as maiores jazidas de lítio do Brasil. O Brasil tem a oitava maior reserva do mineral, segundo o governo dos Estados Unidos. A previsão mais rigorosa da empresa é que haja 27 milhões de toneladas de espodumênio na área onde a Sigma opera, o que garantiria a extração de lítio por ao menos 13 anos. A mineradora foi a primeira de grande porte a se instalar na região e, nos últimos meses, viu suas ações despencaram em meio à queda do preço do lítio (quase 90% em relação a 2022) no mercado internacional, principalmente devido ao freio na fabricação de veículos elétricos. Em setembro do ano passado, a empresa anunciou que avaliava ofertas de aquisição, mas as negociações não avançaram, com nenhum interessado.”
Fonte: Valor Econômico; 29/08/2024
Venda de veículos elétricos já supera total do ano passado
“A eletromobilidade ganha velocidade no Brasil. O número de veículos eletrificados vendidos pelas montadoras nos sete primeiros meses de 2024 já supera todas as vendas registradas no ano passado inteiro. Mesmo assim, o total de eletrificados em circulação no país – cerca de 315 mil – ainda é irrisório se comparado ao total da frota nacional de veículos leves: 44,6 milhões. Menos de 1% dos deslocamentos sobre rodas são realizados com motores elétricos. Ou seja, há espaço para crescimento. De janeiro a julho foram emplacados 94.616 veículos leves com motor elétrico, ultrapassando os 93.927 emplacamentos de 2023. Os dados são da Associação Brasileira do Veículo Elétrico (ABVE) e se referem tanto a híbridos como 100% elétricos. Ônibus e caminhões não entram nessa conta. Apenas em julho, o melhor mês em vendas deste ano, foram comercializados 15.312 eletrificados. Caso o mercado permaneça aquecido, a ABVE prevê que serão vendidos 150 mil veículos eletrificados no acumulado do ano. “O consumidor está cada vez mais familiarizado com as novas tecnologias e mais consciente dos benefícios ambientais e vantagens econômicas proporcionadas por estes veículos”, diz o presidente da ABVE, Ricardo Bastos. Ele lembra que, há menos de dez anos, eram comercializadas menos de mil unidades eletrificadas por ano no país. “O salto nesse período foi gigantesco”, afirma. Alguns fatores contribuíram para o crescimento das vendas. Um deles foi a diversidade de modelos e versões oferecidas, inclusive compactos, com reflexo nos preços. Apesar da tecnologia embarcada nos eletrificados ainda ser quase totalmente importada, algumas montadoras já trabalham para a produção de modelos nacionais em larga escala, nos próximos anos.”
Fonte: Valor Econômico; 30/08/2024
Eventos climáticos extremos impõem mudanças no setor de energias renováveis
“Na primeira semana de outubro de 2021, rajadas de vento superiores a 200 km/h atingiram um trecho da linha no Mato Grosso entre Porto Velho (RO) e Araraquara (SP) que transmite energia das usinas do rio Madeira ao Sudeste. O evento climático extremo, em um ano em que as hidrelétricas enfrentaram o período mais seco em quase cem anos, fez a Evoltz enviar técnicos para os Estados Unidos e para a Europa para entender o que poderia ser feito. A solução foi tropicalizar soluções. Nos países nórdicos, as concessionárias instalavam centrais meteorológicas em pontos centrais das linhas de transmissão para se antecipar quando nevava demais e as linhas poderiam ficar pesadas e ter problemas. A Evoltz instalou cerca de dez estações meteorológicas ao redor de seus ativos no Brasil. “Isso ajuda que nos antecipemos, mas, mesmo assim, ocorrem desastres”, diz Ricardo Cyrino, presidente da empresa. No Rio Grande do Sul, a empresa teve uma torre de transmissão que ficou pendurada, um fato inédito na história do setor elétrico nacional. No Pantanal, monitora a cada momento o avanço do fogo sobre o cerrado e as linhas. Para Cyrino, os episódios desses últimos três anos trazem várias reflexões. Boa parte das linhas de transmissão foi construída na década de 1970, quando mais de 90% da geração era hidrelétrica e as usinas ficavam próximas das regiões Sul e Sudeste, maiores consumidoras do país. Hoje o sistema interligado escoa eólicas e solares do Nordeste para o Sudeste, eletricidade de usinas da região Norte para o Sul e tem vivenciado o avanço da geração descentralizada. De outro lado, há preocupações com cibersegurança e com os efeitos das mudanças climáticas. “
Fonte: Valor Econômico; 30/08/2024
Política
Marco pode destravar R$ 200 bilhões para H2V
“O setor de hidrogênio verde espera destravar boa parte dos R$ 200 bilhões em projetos anunciados pelo governo dentro do Programa Nacional do Hidrogênio, com a sanção do presidente Lula ao marco legal do segmento. Haverá incentivos fiscais de R$ 18 bilhões, em cinco anos, para a produção do energético, visando a descarbonização da indústria e dos transportes, além de estimular pesquisas e novação. Para ser considerado verde, o hidrogênio precisa usar energia renovável Na eletrólise da água, uma das formas de produção. “O marco legal traz segurança jurídica e institucional para os investidores. A indústria do H2V é complexa, sofisticada e de alto valor agregado e tem um grande poder de arrasto na economia”, destaca Fernanda Delgado, diretora executiva da Associação Brasileira das Indústrias de Hidrogênio Verde (Abihv). Estudo da LCA Consultores, encomendado pela Abihv mostra que o Brasil tem potencial técnico para produzir 4% da demanda mundial de H2V por ano, com impacto de R$ 7 trilhões no PIB até 2050. É uma indústria que começa de olho na exportação, mas tem pode para se desenvolver no mercado interno, avalia Delgado. A Eletrobras, este ano, já assinou seis memorandos de entendimento com Ceará e Maranhão e com as empresas Prumo, no Rio de Janeiro, Green Park Energy (GEP), no Piauí, e ainda Paul Wurth e Suzano. “Hoje, 97% da energia gerada pela Eletrobras é limpa e esperamos elevar esse percentual para 100%. O H2V se insere como parte importante nesse processo”, diz o vice-presidente de comercialização e soluções em energia da companhia, Ítalo Freitas.”
Fonte: Valor Econômico; 30/08/2024
Internacional
Empresas
Questões de ESG em processos de M&A
“Nos últimos anos, houve um aumento significativo na desistência de aquisições empresariais devido a problemas detectados durante a auditoria dos critérios ambientais, sociais e de governança (ESG). Essa tendência ressalta a crescente importância do risco reputacional e das expectativas dos compradores e seus investidores relação à empresa a ser adquirida. Uma pesquisa recente conduzida pela Deloitte com líderes de M&A de empresas e fundos de private equity revelou que mais de 70% dos entrevistados desistiram de aquisições devido a preocupações relacionadas ao ESG identificadas na auditoria. Essa tendência é particularmente notável entre bancos e instituições financeiras. Além disso, a pesquisa mostrou que a maioria dos compradores está disposta a pagar um preço maior por empresas com políticas sólidas nessas áreas. Isso reflete uma mudança fundamental na mentalidade dos investidores, que agora reconhecem que a sustentabilidade não é apenas uma questão ética, mas também uma estratégia de longo prazo para o sucesso dos negócios. As questões ESG estão se integrando cada vez mais ao processo de fusões e aquisições, com um impacto crescente nas considerações sobre a empresa a ser adquirida, na auditoria, na tomada de decisão final e na avaliação, especialmente à medida que os dados relacionados à sustentabilidade se tornam mais acessíveis e as empresas aprimoram sua compreensão dessas temas. Historicamente, empresas e investidores financeiros costumavam abordar esses problemas após o fechamento da transação, confiantes em sua capacidade de resolvê-los. No entanto, a realidade atual, especialmente no caso de investidores financeiros, é diferente.”
Fonte: Valor Econômico; 30/08/2024
Política
“Donald Trump rescindiria muitas das regras de energia limpa do presidente Joe Biden e, ao mesmo tempo, aceleraria as aprovações de usinas de energia para atender às crescentes demandas de eletricidade do país, disse a campanha presidencial do republicano na quinta-feira. Caso vença a eleição de 5 de novembro, Trump eliminaria as regulamentações de energia limpa de Biden e de sua oponente, a vice-presidente Kamala Harris, uma democrata, tanto para usinas elétricas quanto para emissões de veículos. Essas regras têm como objetivo reduzir as emissões de carbono do setor de energia e, ao mesmo tempo, pressionar o setor automotivo a fazer a transição para carros elétricos a fim de reduzir a poluição do escapamento. O ex-presidente “interromperá imediatamente todas as políticas Biden-Harris que distorcem os mercados de energia, limitam a escolha do consumidor e aumentam os custos para os consumidores no primeiro dia”, disse David Bernhardt, ex-secretário do Departamento do Interior de Trump, a repórteres em uma ligação organizada pela campanha. Bernhardt disse que Trump também implementaria aprovações rápidas para projetos de energia e “daria luz verde à construção de centenas de novas usinas de energia”, sem detalhar como essas usinas seriam abastecidas. Ele acrescentou que Trump retiraria os Estados Unidos do acordo de Paris sobre o combate às mudanças climáticas, como fez durante seu mandato de 2017-2021 na Casa Branca. As propostas de políticas estavam de acordo com as declarações anteriores e se aproximavam dos esforços de Trump durante sua presidência para incentivar projetos industriais e de combustíveis fósseis e reduzir as regulamentações.”
Fonte: Reuters; 29/08/2024
Índices ESG e suas performances
(1) O Índice ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial da B3) tem como objetivo ser o indicador do desempenho médio das cotações dos ativos de empresas com reconhecido comprometimento com o desenvolvimento sustentável, práticas e alinhamento estratégico com a sustentabilidade empresarial.
(2) O Índice S&P/B3 Brasil ESG mede a performance de títulos que cumprem critérios de sustentabilidade e é ponderado pelas pontuações ESG da S&P DJI. Ele exclui ações com base na sua participação em certas atividades comerciais, no seu desempenho em comparação com o Pacto Global da ONU e também cias sem pontuação ESG da S&P DJI.
(3) O ICO2 tem como propósito ser um instrumento indutor das discussões sobre mudança do clima no Brasil. A adesão das companhias ao ICO2 demonstra o comprometimento com a transparência de suas emissões e antecipa a visão de como estão se preparando para uma economia de baixo carbono.
(4) O objetivo do IGCT é ser o indicador do desempenho médio das cotações dos ativos de emissão de empresas integrantes do IGC que atendam aos critérios adicionais descritos nesta metodologia.
(5) A série de índices FTSE4Good foi projetada para medir o desempenho de empresas que demonstram fortes práticas ambientais, sociais e de governança (ESG)..
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