Bom dia! Neste relatório diário publicado todas as manhãs pelo time ESG do Research da XP, buscamos trazer as últimas notícias para que você comece o dia bem informado e fique por dentro do tema ESG - do termo em inglês Environmental, Social and Governance ou, em português, ASG - Ambiental, Social e Governança.
Quais tópicos abordamos ao longo do conteúdo? (i) Notícias no Brasil e no mundo acerca do tema ESG; (ii) Performance histórica dos principais índices ESG em diferentes países; (iii) Comparativo da performance do Ibovespa vs. ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial, da B3); e (iv) Lista com os últimos relatórios publicados pelo Research ESG da XP.
Principais tópicos do dia
• O mercado encerrou o pregão de segunda-feira em território positivo, com o IBOV e o ISE avançando 1,0% e 0,8%, respectivamente.
• Do lado das empresas, (i) a posse no começo do mês de Gustavo Pimenta como novo CEO da Vale e as primeiras mudanças feitas pelo executivo no alto escalão da mineradora parecem não ter aplacado a intenção do governo de intervir na empresa - na sexta-feira (25), na cerimônia de assinatura do acordo de Mariana, no Palácio do Planalto, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, disse que as mudanças na diretoria da Vale e a “iminente” troca do conselho de administração oferecem a oportunidade de “avançar na mineração brasileira”; e (ii) a Volkswagen planeja fechar pelo menos três fábricas na Alemanha, cortar empregos e reduzir os salários em 10%, de acordo com o principal representante dos funcionários da empresa - a administração da maior montadora da Europa informou que medidas radicais são necessárias, frente a intensa concorrência na China, desaceleração das vendas em outros mercados importantes, além do ganho de participação dos veículos elétricos.
• Na política, segundo o secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron, os novos leilões do programa EcoInvest, na linha de ‘blended finance’, terão chamamentos temáticos – o primeiro deles, realizado este mês, foi genérico, com projetos contemplados em quase todas as áreas elegíveis, e alcançou R$ 45 bilhões com dez bancos, a partir de um aporte de R$ 7 bilhões do poder público.
Gostaria de receber os relatórios ESG por e-mail? Clique aqui.
Gostou do conteúdo, tem alguma dúvida ou quer nos enviar uma sugestão? Basta deixar um comentário no final do post!
Brasil
Empresas
Indústria de carne prepara projeto para atender lei antidesmatamento da UE
"Ainda sem uma resposta concreta para atender às novas exigências ambientais da União Europeia (UE) para comercialização de carne bovina, a indústria brasileira deve apresentar ao bloco um projeto-piloto de rastreabilidade e monitoramento da cadeia. O objetivo é garantir a conformidade dos animais que já estão em fazendas habilitadas a exportar à UE. Hoje, o Brasil já segue um protocolo de rastreabilidade específico para exportar carne à UE. O Sisbov determina a identificação individual e o monitoramento do bovino pelo menos 90 dias antes de seu abate e que seja mantido na propriedade habilitada à exportação nos 40 dias que precedem o envio ao frigorífico. Já a legislação antidesmatamento da UE (a EUDR) — cuja aplicação, prevista inicialmente para 30 de dezembro, pode ser adiada — exige rastreabilidade desde o nascimento do animal. A proposta da Abiec é de que, a partir das Guias de Trânsito Animal (GTA), os animais com até 13 meses que foram adquiridos para engorda por propriedades habilitadas sejam considerados aptos para ter a carne exportada. Isso porque, em geral, bovinos até essa idade passam por apenas uma fazenda antes de irem para engorda. “Não está resolvido o problema, não é em 100% das propriedades que conseguiríamos fazer isso, mas com o auxílio das certificadoras que já estão dentro do processo, conseguiríamos voltar uma casa para trás com a GTA para saber se a propriedade anterior onde o animal estava também está conforme o requisito de desmatamento”, disse a coordenadora de rastreabilidade da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (Abiec), Danielle Schneider, em evento sobre rastreabilidade bovina promovido pelo Imaflora, em Cuiabá, na última semana."
Fonte: Globo Rural; 28/10/2024
Australiana Lightning Minerals espera investir R$ 20 milhões na extração de lítio em Minas Gerais
"A mineradora australiana Lightning Minerals Limited firmou, na última sexta (25/10), um memorando de entendimento (MoU) com o governo de Minas Gerais para investir R$ 20 milhões na exploração de lítio na região de Salinas, no Vale do Jequitinhonha, conhecida como Vale do Lítio. De acordo com o MoU, a empresa se compromete a utilizar serviços e fornecedores locais para fomentar a economia regional, na primeira fase dos seus projetos Caraíbas, Canabrava e Esperança. “A assinatura deste MoU com o Governo de Minas Gerais é uma prova clara do apoio que recebemos para nossas atividades extrativas na região do Vale do Lítio. Estamos comprometidos em desenvolver uma relação sólida com o governo e as comunidades locais, acreditando no potencial de Minas Gerais como líder global no setor de lítio”, garante o CEO da Lightning Minerals, Alex Biggs. Além de seus ativos no Brasil, a empresa possui projetos na Austrália e no Canadá. O projeto da companhia vem na esteira de outras iniciativas nos últimos anos, que colocaram o O Brasil no mapa mundial de mineração de lítio, entre eles os projetos da Latin Resources, Atlas Lithium e Sigma Lithium – sendo este último o mais avançado e de maior escala no Brasil. “Esta parceria reforça nosso esforço para posicionar Minas Gerais como líder na cadeia global de fornecimento de lítio e materiais para baterias, promovendo crescimento econômico local e o desenvolvimento sustentável”, afirmou o diretor presidente da Invest Minas, João Paulo Braga. O lítio é considerado essencial para a transição energética, uma vez que é matéria-prima de baterias para veículos elétricos e para a cadeia de geração de energias renováveis. O mineral deve ver sua demanda crescer 40 vezes nas próximas duas décadas."
Fonte: Eixos; 28/10/2024
De olho no SAF, Geo e agência alemã inauguram escritório em São Paulo
"A produtora de biometano Geo bio gas&carbon e a Cooperação Brasil-Alemanha para o Desenvolvimento Sustentável inauguraram na última semana o escritório de coordenação da parceria para o desenvolvimento da primeira planta no Brasil para produção de combustível sustentável de aviação (SAF, na sigla em inglês) a partir de biogás. Geo e Deutsche Gesellschaft für Internationale Zusammenarbeit (GIZ) GmbH atuarão juntas no estabelecimento dos requisitos básicos para a produção industrial de SAF a partir de biogás no Brasil. Anunciada no início de agosto, quando o governo federal sancionou a lei do Combustível do Futuro, a parceria prevê investimentos da ordem de 7,8 milhões de euros, dos quais 1,5 milhões de euros serão recursos do Ministério da Cooperação Econômica e Desenvolvimento (BMZ) da Alemanha, que serão implementados pela GIZ no Programa develoPPP. A Coopersucar também é parceira na planta piloto no interior de São Paulo, que conta com financiamento da Finep (Financiadora de Estudos e Projetos). A expectativa é começar a produzir SAF já a partir de 2025. O empreendimento utiliza resíduos de biomassa como fonte de carbono biogênico e está sendo planejado para fornecer 270 mil litros/ano do combustível de baixo carbono quando alcançar escala comercial. Um das metas da parceria é compartilhar a experiência da planta com outras empresas para a reprodução do projeto por outros investidores. Está prevista também a disseminação de conhecimento por meio de capacitação de profissionais; e o apoio à certificação da cadeia produtiva, desde sua origem, e à regulamentação do biocombustível no Brasil."
Fonte: Eixos; 28/10/2024
Eficiência energética nas indústrias alinha as metas climáticas com aumento da produtividade
"O Brasil retomou suas metas iniciais de redução da emissão de gases de efeito estufa (GEE) em sua NDC (Contribuição Nacionalmente Determinada) no Acordo de Paris: 48% até 2025 e 53% até 2030, em comparação com os níveis de 2005. São metas que precisam ser buscadas por todas as atividades econômicas, e um dos caminhos viáveis para alcançá-las é por meio da eficiência energética (EE), que reduz o consumo de energia e mitiga emissões por itens produzido na indústria. Enquanto grandes empresas já implementam programas de eficiência energética, pequenas e médias empresas (PMEs) enfrentam desafios como falta de recursos e conhecimento técnico. No Brasil, a indústria consome 32% da energia e responde por 18,3% das emissões de GEE da matriz energética, segundo a Empresa de Pesquisa Energética (EPE). Cerca de 80% dessa energia é térmica, gerando altas emissões de CO2 devido à queima de combustíveis fósseis. De acordo com o Observatório do Clima, que propôs ações e metas para o enfrentamento das mudanças climáticas por meio do NDC, na produção industrial é importante investir na transição energética. O Observatório ressalta o aumento do uso de eletricidade, biomassas sustentáveis e combustíveis de emissões zero, como o hidrogênio. Segundo essa proposta, o Brasil deverá reduzir sua participação no uso de petróleo, carvão mineral, gás natural e derivados na matriz energética industrial de 36% em 2022 para 14% em 2035. Por exemplo, bombas de calor de alta temperatura utilizadas em ambientes industriais podem ser de 3 a 4 vezes mais eficientes do que caldeiras a gás tradicionais, dependendo das condições específicas de uso."
Fonte: Eixos; 28/10/2024
Cogeração a partir de biomassa alcança recorde na garantia física verificada para 2025
"Levantamento da Associação da Indústria da Cogeração de Energia (Cogen) e da União da Indústria de Cana-de-Açúcar e Bioenergia (Unica) calcula que o montante total de garantia física de termelétricas a biomassa obteve um acréscimo de 399,8 MWmédios, 17% acima do registrado em relação ao ano anterior. Excluindo os empreendimentos novos, o balanço também foi positivo, com acréscimo de 93,9 MWmédios, um crescimento de 4% nas usinas já existentes movidas a bagaço de cana, licor negro, resíduos de madeira, biogás entre outras. Com isso, a Garantia Física Total de Termelétricas a Biomassa verificada é de 2.701,6 MWmédios, valor recorde para a série histórica. Esses montantes terão vigência a partir de 1º de janeiro de 2025 com término em 31 de dezembro de 2025. Segundo as associações, o levantamento foi feito com base na portaria do Ministério de Minas e Energia nº 2.848/2042 que define e revisa os montantes de Garantia Física de Energia e de disponibilidade mensal das usinas termelétricas movidas a biomassa com Custo Variável Unitário (CVU) nulo. “A cogeração vem sendo extremamente importante para ajudar o Operador Nacional do Sistema (ONS) a enfrentar os desafios do setor elétrico, especialmente nesse momento, com pouca água nos reservatórios das hidrelétricas, principalmente no subsistema Sudeste-Centro-Oeste”, comenta o presidente executivo da Cogen, Newton Duarte. “A cogeração traz resiliência e provê o sistema de forma distribuída, com potência e com capacidade para enfrentar as oscilações de tensão diante do crescimento da geração de fontes intermitentes na matriz elétrica brasileira no fim da tarde, especialmente as solar-fotovoltaicas”, completa."
Fonte: Eixos; 28/10/2024
Atlas Agro e Casa dos Ventos firmam parceria para projeto de hidrogênio verde em Uberaba
"A Casa dos Ventos anunciou nesta segunda (28/10) a assinatura de um Memorando de Entendimento (MoU) com a Atlas Agro, de olho na utilização de projetos eólicos e solares para fornecer energia ao empreendimento que a empresa suíça de fertilizantes nitrogenados está desenvolvendo em Uberaba (MG). A eletricidade renovável será utilizada para obtenção de hidrogênio verde, por meio de eletrólise. A molécula será insumo da produção de fertilizantes com baixa pegada de carbono. A planta da Atlas Agro em Uberaba tem previsão de entrada em operação comercial em 2028 com capacidade para produzir cerca de 530 mil toneladas de fertilizantes, por ano. Serão demandados cerca de 300 MW médios de energia renovável, que será fornecida pela Casa dos Ventos, para a produção de nitrato de amônia verde, considerado essencial para a redução de emissões de carbono na produção agrícola. Maria Gabriela da Rocha Oliveira, diretora de energia renovável da Atlas Agro, afirma que o acordo com a Casa dos Ventos é um passo estratégico para acelerar o desenvolvimento do projeto em Uberaba. “Os baixos custos das energias renováveis no Brasil representam uma solução competitiva para viabilizar a produção nacional de fertilizantes, promovendo a segurança alimentar e a sustentabilidade industrial do país”, diz. “Energia competitiva em custo e confiável é a base para produzir fertilizantes nitrogenados sustentáveis a preços acessíveis para os agricultores locais”, completa Knut Karlsen, cofundador da Atlas Agro e presidente da Atlas Agro Brasil. O setor de agronegócio deve corresponder por mais de 20% do PIB brasileiro em 2024 e atualmente o país é o maior importador global do insumo, com 41 milhões de toneladas de fertilizantes importadas em 2023"
Fonte: Eixos; 28/10/2024
Vale pode ter novo embate, agora por vagas para conselho
"A posse no começo do mês de Gustavo Pimenta como novo CEO da Vale e as primeiras mudanças feitas pelo executivo no alto escalão da mineradora parecem não ter aplacado a intenção do governo e do presidente Luiz Inácio Lula da Silva de intervir na empresa. A tentativa de interferência pode vir agora via conselho de administração, apurou o Valor. Fontes próximas da companhia asseguram, porém, que nomes que não fizerem sentido e não passarem pela governança interna da Vale sequer serão avaliados. “A governança será seguida passo a passo”, disse um interlocutor. Na sexta-feira (25), na cerimônia de assinatura do acordo de Mariana, no Palácio do Planalto, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, disse, em discurso, que as mudanças na diretoria da Vale e a “iminente” troca do conselho de administração oferecem a oportunidade de “avançar na mineração brasileira”.No setor, houve quem considerasse que, ao falar em troca “iminente”, Silveira avançou sobre um tema que cabe à empresa e aos acionistas. Procurado, o ministro não retornou até o fechamento desta edição. Apesar do discurso, uma mudança mais ampla no conselho da mineradora terá que esperar até abril do ano que vem, quando a Vale vai eleger os integrantes do colegiado para o período 2025-2027."
Fonte: Valor Econômico; 29/10/2024
Política
Novos leilões de 'blended finance' do EcoInvest terão chamamentos temáticos, diz Ceron
"O secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron, afirmou que os novos leilões do programa EcoInvest, na linha de "blended finance" (que mistura recursos públicos e privados), terão chamamentos temáticos. O primeiro leilão, realizado este mês, foi genérico, com projetos contemplados em quase todas as áreas elegíveis, e alavançou R$ 45 bilhões com dez bancos, a partir de um aporte de R$ 7 bilhões do poder público. "Testamos o modelo e agora vamos fazer chamamentos temáticos, com o primeiro para recuperação de áreas degradadas, que têm um potencial incrível de produção sustentável. Teremos uma meta de recuperação de 1 milhão de hectares, será um chamamento ousado, uma meta impactante", comentou durante evento promovido pela Apex em São Paulo. Segundo ele, o edital pode ser publicado ainda este ano, com o leilão em si ficando para 2025. "Acho que podemos alavancar mais de uma dezena de bilhões de reais em investimentos nesse leilão". Ceron lembrou que o EcoInvest ainda tem outros três pilares além do "blended finance": uma linha para prover liquidez em momentos de estresse cambial; um eixo para fomentar novos instrumentos de hedge cambial; e um de apoio à elaboração de projetos que ainda estão em fase inicial, de estruturação, ou seja, em uma etapa antes da busca de financiamento. Segundo o secretário, a lei que criou o programa Acredita, do qual o EcoInvest faz parte, já trouxe as principais diretrizes e agora a regulamentação depende da edição de normas da Fazenda. Além disso, para o quarto pilar, de apoio à elaboração de projetos, o Tesouro está discutindo com a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) a eventual criação de um fundo ou outro tipo de veículo que facilite o aporte nessas iniciativas."
Fonte: Valor Econômico; 28/10/2024
Plano de restauração de espécies nativas será prioridade, promete Ministério do Meio Ambiente
"O governo brasileiro dará prioridade à meta de restauração de 12 milhões de hectares de vegetação nativa até 2030 atuando em três eixos principais. O primeiro pretende impulsionar o reflorestamento de passivos ambientais em terras privadas. O segundo, recuperar áreas degradadas em territórios indígenas e em unidades de conservação federais. O terceiro, proteger as áreas onde a restauração ocorre naturalmente. O lançamento oficial do Plano Nacional Brasileiro para a Recuperação da Vegetação Nativa (Plnaveg, atualizado para 2025-2028, aconteceu ontem em Cali (Colômbia), em evento na Conferência de Biodiversidade, a COP16.Só de áreas degradadas em terras indígenas (TIs) e unidades de conservação federais (UCs) há mais de 3 milhões de hectares. “Essas áreas são prioridade absoluta”, diz Fabíola Zerbini, diretora do Departamento de Florestas do Ministério do Meio Ambiente (MMA). “Trabalharemos junto às populações das unidades de conservação, indígenas e agricultores familiares." Outro flanco importante é a vegetação secundária, que nasce depois do corte da vegetação original. O Brasil tem 30 milhões de hectares de vegetação secundária mapeada pelo TerraClass, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Do total, 17 milhões de hectares estão na Amazônia e destes, 6 milhões de hectares estão regenerando desde 2008."
Fonte: Valor Econômico; 29/10/2024
Internacional
Empresas
A Volkswagen planeja fechar pelo menos três fábricas na Alemanha e cortar milhares de empregos
"A Volkswagen planeja fechar pelo menos três fábricas na Alemanha, cortar dezenas de milhares de empregos e reduzir os salários em 10%, disse o principal representante dos funcionários da empresa na segunda-feira. A reestruturação marcaria o primeiro fechamento de fábricas domésticas nos 87 anos de história da empresa e estabeleceria uma batalha com sindicatos e políticos poderosos na Alemanha, onde a VW tem 300.000 funcionários. A administração da VW advertiu que medidas radicais são necessárias, uma vez que a maior montadora da Europa enfrenta intensa concorrência na China, desaceleração das vendas em outros mercados importantes e a necessidade de navegar pela dispendiosa transição para veículos elétricos. Recentemente, a empresa emitiu seu segundo aviso de lucro em três meses. Daniela Cavallo, chefe do conselho de trabalhadores da VW, disse na segunda-feira aos funcionários da principal fábrica da empresa, em Wolfsburg, que os executivos tinham dois dias para reverter seus planos, enquanto sugeria futuras greves. Ela disse que o executivo-chefe Oliver Blume estava “brincando com o enorme risco de … interrompermos as negociações e fazermos o que uma força de trabalho tem de fazer quando teme por sua existência”. O conselho de trabalhadores representa os funcionários da VW e detém metade dos assentos no conselho de supervisão. As fábricas a serem fechadas serão 10 das que abastecem principalmente a marca VW, de acordo com um porta-voz do conselho de trabalhadores. A VW sinalizou pela primeira vez em setembro que estava considerando fechar as fábricas alemãs, mas os analistas permaneceram céticos, dada a forte oposição dos políticos e do conselho de trabalhadores."
Fonte: Financial Times; 28/10/2024
Política
Políticas climáticas cobrem apenas 13% das emissões de metano
"Publicado nesta segunda (28/10), estudo da Earth League alerta que os níveis de metano na atmosfera estão aumentando e apenas 13% das emissões atuais são cobertas por políticas de mitigação. A Earth League é um consórcio internacional de cientistas que anualmente lança 10 insights relacionados ao clima. No estudo deste ano, o primeiro tópico é dedicado ao segundo maior responsável pelo aquecimento global, cujos níveis estão crescendo substancialmente desde 2006 impulsionados por combustíveis fósseis, gado e resíduos. Também houve avanço nas emissões naturais devido a reações causadas pelo clima. “Sem uma ação rápida para conter as emissões de gases de efeito estufa de fontes humanas, essas fontes naturais de metano – como pântanos – provavelmente continuarão a crescer, exigindo maiores reduções das atividades humanas”, alerta o relatório. Os cientistas calculam que o gás de efeito estufa foi responsável por um aumento de 0,5 °C nas temperaturas globais médias desde o final dos anos 1800. Apesar de se dissipar mais rápido, o metano (CH₄) esquenta o planeta 28 vezes mais do que uma molécula de dióxido de carbono (CO₂) em um século. Com tão poucas estratégias políticas cobrindo o problema das emissões, a Earth League aponta a urgência de entender os principais fatores por trás do recente aumento nos níveis de metano para melhor direcionar ações de mitigação. A tecnologia é uma aliada. O uso de satélites, por exemplo, vem se provando uma ferramenta eficaz para detectar grandes emissões de instalações industriais individuais, como minas de carvão, campos de produção de petróleo e gás e gasodutos."
Fonte: Eixos; 28/10/2024
Debate sobre conservação florestal alerta sobre extinção de espécies de árvores
"Países esbarram em um impasse sobre como financiar a conservação da natureza e outras decisões-chave enquanto a cúpula da ONU sobre biodiversidade COP16 entrou em sua segunda semana nesta segunda-feira (28) na cidade montanhosa de Cali, na Colômbia. Com a natureza em declínio sem precedentes e espécies se extinguindo mais rapidamente do que nunca, cientistas alertaram governos mundiais de que não há tempo a perder. Até o momento, cerca de 38% das espécies de árvores do mundo — totalizando 16.425 espécies — estão em risco de extinção devido à extração de madeira e ao desmatamento para dar lugar à agricultura, mineração, construção de estradas e outros ações para desenvolvimento, segundo a União Internacional para a Conservação da Natureza e dos Recursos Naturais (UICN). “Precisamos tomar medidas urgentes se realmente queremos manter essas árvores vivas”, disse a diretora da UICN, Grethel Aguilar, em coletiva de imprensa em Cali. A cúpula, que marca a 16ª reunião dos membros da Convenção da ONU sobre Diversidade Biológica (CDB), tem o desafio de descobrir como implementar 23 objetivos delineados na Estrutura Global de Biodiversidade Kunming-Montreal de 2022, visando interromper e reverter a destruição da natureza até 2030. O principal desses objetivos é fazer com que cada país do mundo reserve 30% de seu território terrestre e marítimo para conservação — uma meta conhecida como meta 30 x 30. Até o final da cúpula, na sexta-feira, negociadores e observadores esperam alcançar progressos em uma série de questões relacionadas ao financiamento, material genético, representação indígena e política de conservação."
Fonte: InfoMoney; 28/10/2024
Na COP16, países apoiam proposta brasileira de fundo de US$ 125 bi para florestas
"Ministros de diferentes países manifestaram seu apoio ao fundo bilionário proposto pelo Brasil para remunerar nações que mantêm florestas tropicais em pé. O veículo, ainda em construção, foi elogiado por sua inovação na estrutura financeira e na proposta ambiental durante evento na COP16 da Biodiversidade, que ocorre na Colômbia. O fundo vai pagar pela floresta conservada e restaurada em vez de focar no combate ao desmatamento, disse a ministra do Meio Ambiente do Brasil, Marina Silva. “É uma forma de pagamento por serviços ambientais, considerando também as florestas tropicais, e é importante para a conservação da megadiversidade, que envolve as comunidades tradicionais”. A ideia foi anunciada há dois anos, na COP28 do Clima, em Dubai, e a expectativa é que esteja em funcionamento na COP30 em Belém, daqui a pouco mais de um ano. Batizado de Tropical Forest Finance Facility (TFFF), o mecanismo prevê um veículo de US$ 125 bilhões, cerca de R$ 700 bilhões – 20% captados por meio de empréstimos de longo prazo por economias desenvolvidas ou doações de entidades filantrópicas, que devem funcionar como um capital catalítico para levantar outros 80% por meio de emissões de dívidas distribuídas principalmente entre investidores institucionais. “Esse fundo não será incremental. É uma situação de ‘go big or go home’ e, vale mencionar que foi exatamente isso o que ouvimos diferentes atores dizerem que queriam na COP28”, disse Razan Al Mubarak, presidente da União Internacional pela Conservação da Natureza e líder de alto nível das mudanças climáticas da conferência nos Emirados Árabes Unidos."
Fonte: Capital Reset; 28/10/2024
Créditos de biodiversidade ganham padrão de qualidade global
"Nesta segunda-feira (28), a o Painel Consultivo Internacional sobre Créditos de Biodiversidade (IAPB, na sigla em inglês), organização composta por 25 organizações e personalidades de diferentes países, vai apresentar nesta manhã na COP16, a conferência da ONU para Biodiversidade, uma proposta de um framework global com diretrizes para que os projetos de preservação e restauração da biodiversidade, que incluem também os de créditos de biodiversidade, tenham alta integridade. A integridade é a palavra usada por especialistas para se referir a uma alta qualidade de iniciativas, muito relacionada à credibilidade, a resultados significativos e à inclusão do componente social ao ambiental. “A mensagem principal que tiramos das conversas iniciais era que os projetos de biodiversidade precisavam de regulação e de alta integridade. Com isso, a resposta veio rápido: precisávamos desenvolver um framework com princípios que garantem o desenvolvimento deste mercado”, conta Sylvie Goulard, política e funcionária pública francesa e uma das líderes do IAPB, ao lado de Dame Amelia Fawcett, diretora independente da State Street Corporation, com mais de 30 anos de experiência em serviços financeiros. Goulard foi conselheira política, deputada do Parlamento Europeu e ministra das Forças Armadas. Em sua última posição, foi vice-governadora do Banque de France (2018-2022), seu portfólio incluía questões internacionais, pesquisa e estabilidade financeira relacionada ao clima, incluindo a Rede de Ecologia do Sistema Financeiro (NGFS)."
Fonte: Valor Econômico; 28/10/2024
Nível de gases poluentes na atmosfera atingiu recorde em 2023, aponta relatório da ONU
"Os níveis de gases de efeito estufa na atmosfera atingiram novo recorde em 2023, segundo o relatório Boletim Anual de Gases de Efeito Estufa da Organização Meteorológica Mundial (OMM), a agência climática da ONU, divulgado nesta segunda-feira (28). O texto afirma que, em 2023, grandes emissões de CO2 de incêndios florestais e uma possível redução na absorção de gás carbônico pelas florestas, combinadas com emissões persistentemente altas de CO2 de combustíveis fósseis provenientes de atividades humanas e industriais, impulsionaram esse aumento. Segundo a OMM, o CO2 na atmosfera está se acumulando mais rapidamente do que em qualquer outro período da existência humana, subindo mais de 10% em apenas duas décadas. "Estamos claramente fora do caminho para atingir a meta do Acordo de Paris de limitar o aquecimento global a bem abaixo de 2°C e visando 1,5°C acima dos níveis pré-industriais”, disse a secretária-geral da OMM, Celeste Saulo. “Estes não são apenas números; cada parte por milhão e cada fração de aumento de grau de temperatura tem um impacto real em nossas vidas e em nosso planeta." O aumento de CO2 na atmosfera em 2023 foi maior do que em 2022, embora menor do que o dos três anos anteriores. A concentração de CO2 na atmosfera em 2023 atingiu 420 partes por milhão (ppm), nível de poluição 51% maior do que antes da Revolução Industrial, quando a humanidade iniciou a queima intensa de carvão, petróleo e outros combustíveis fósseis."
Fonte: Valor Econômico; 28/10/2024
Índices ESG e suas performances


(1) O Índice ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial da B3) tem como objetivo ser o indicador do desempenho médio das cotações dos ativos de empresas com reconhecido comprometimento com o desenvolvimento sustentável, práticas e alinhamento estratégico com a sustentabilidade empresarial.
(2) O Índice S&P/B3 Brasil ESG mede a performance de títulos que cumprem critérios de sustentabilidade e é ponderado pelas pontuações ESG da S&P DJI. Ele exclui ações com base na sua participação em certas atividades comerciais, no seu desempenho em comparação com o Pacto Global da ONU e também cias sem pontuação ESG da S&P DJI.
(3) O ICO2 tem como propósito ser um instrumento indutor das discussões sobre mudança do clima no Brasil. A adesão das companhias ao ICO2 demonstra o comprometimento com a transparência de suas emissões e antecipa a visão de como estão se preparando para uma economia de baixo carbono.
(4) O objetivo do IGCT é ser o indicador do desempenho médio das cotações dos ativos de emissão de empresas integrantes do IGC que atendam aos critérios adicionais descritos nesta metodologia.
(5) A série de índices FTSE4Good foi projetada para medir o desempenho de empresas que demonstram fortes práticas ambientais, sociais e de governança (ESG)..
Ainda não tem conta na XP? Clique aqui e abra a sua!