Bom dia! Neste relatório diário publicado todas as manhãs pelo time ESG do Research da XP, buscamos trazer as últimas notícias para que você comece o dia bem informado e fique por dentro do tema ESG - do termo em inglês Environmental, Social and Governance ou, em português, ASG - Ambiental, Social e Governança.
Quais tópicos abordamos ao longo do conteúdo? (i) Notícias no Brasil e no mundo acerca do tema ESG; (ii) Performance histórica dos principais índices ESG em diferentes países; (iii) Comparativo da performance do Ibovespa vs. ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial, da B3); e (iv) Lista com os últimos relatórios publicados pelo Research ESG da XP.
Principais tópicos do dia
• O mercado encerrou o pregão de quinta-feira em território positivo, com o IBOV e o ISE subindo 0,84% e 1,14%, respectivamente.
• Do lado das empresas, (i) a Vale assinou um acordo com a Komatsu, uma das maiores fabricantes de máquinas pesadas do mundo, para desenvolver e testar a utilização de caminhões fora de estrada movidos com uma mistura de diesel e etanol – o acordo, que faz parte de um programa da companhia chamado Dual Fuel, é mais uma forma de contribuição para o plano de descarbonização da Vale; e (ii) a diretoria colegiada da ANP aprovou ontem a comercialização de combustível marítimo (bunker) com 24% de biodiesel pela Petrobras.
• Na política, a Câmara dos Deputados aprovou ontem as mudanças de mérito feitas pelo Senado no marco do hidrogênio de baixo carbono (PL 2308/23), incluindo o aumento do teto de emissões para que o hidrogênio seja considerado de baixo carbono – o texto que será encaminhado à sanção prevê créditos fiscais de R$ 18,3 bilhões entre 2028 e 2032 para os projetos relacionados à indústria.
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Brasil
Empresas
Vale vai testar megacaminhões com mistura de diesel e etanol
"A mineradora Vale acaba de assinar um acordo com a Komatsu, uma das maiores fabricantes de máquinas pesadas do mundo, para desenvolver e testar a utilização de caminhões fora de estrada – veículos com capacidade entre 230 e 290 toneladas utilizados nas atividades de mineração – movidos com uma mistura de diesel e etanol. O projeto será desenvolvido ao longo dos próximos dois anos em parceria com a multinacional Cummins, que vai fabricar os motores. O acordo abrange 80 caminhões da Komatsu – a Vale possui uma frota de cerca de 450 veículos fora de estrada no Brasil. O valor do investimento não foi divulgado. O acordo, que faz parte de um programa da companhia chamado Dual Fuel, é mais uma forma de contribuição para o plano de descarbonização da Vale, que pretende reduzir as emissões dos escopos 1 e 2 (que têm origem nas operações e no consumo de energia da própria empresa) em 33% até 2030 e zerar emissões líquidas até 2050. A mudança é importante para a companhia porque os megacaminhões hoje são abastecidos apenas com diesel. A Vale é a maior consumidora individual desse combustível fóssil no país, com 1 bilhão de litros queimados por ano, e isso se reflete negativamente nos números da companhia. De todas as emissões diretas de CO2, 15% correspondem às emissões vindas do combustível nas operações de mina. O projeto deve contribuir para que haja uma redução de até 70% nas emissões dos caminhões fora de estrada que forem convertidos para o novo motor. O diesel continuará presente, mas em quantidade menor: a mistura de combustíveis deve ter até 70% de etanol. Segundo a companhia, será a primeira vez no mundo que o biocombustível será utilizado para abastecer caminhões de grande porte."
Fonte: Capital Reset; 11/07/2024
‘Chineses têm vantagem de custos que ninguém mais tem’, diz presidente da GM na América do Sul
"O presidente da General Motors na América do Sul, Santiago Chamorro, defendeu, nesta quinta-feira (11), a antecipação do aumento do Imposto de Importação para carros híbridos e elétricos. “Faz todo o sentido controlar a invasão de veículos importados”, disse Chamorro, durante evento na fábrica de Gravataí, que receberá R$ 1,2 bilhão do total de R$ 7 bilhões em investimentos para o período de 2025 a 2028. As marcas chinesas estão no alvo desse movimento do setor. “Os chineses têm uma vantagem de custos que ninguém mais no planeta tem”, disse Chamorro. O executivo também defende um sistema de cotas de acordo com o tamanho da empresa no Brasil. “O Brasil precisa rapidamente elevar a alíquota do imposto para 35% e criar cotas de importação associadas ao tamanho da empresa no país”, completou. Desde janeiro, carros elétricos, que eram isentos do Imposto de Importação e são todos importados, voltaram a ser taxados. A alíquota para híbridos importados também subiu. A medida prevê, nos dois casos, elevação gradual até julho de 2026, quando todos os veículos vindos de países com os quais o Brasil não tem acordo de intercâmbio comercial pagarão imposto de 35%. Mas grande parte das montadoras com fábricas no Brasil defende que a alíquota máxima passe a vigorar imediatamente, o que ajudaria a reduzir a concorrência com marcas chinesas, especializadas em modelos eletrificados."
Fonte: Valor Econômico; 11/07/2024
Quatro impactos da economia digital sobre o clima e o meio ambiente
"Demanda por eletricidade, resíduos digitais, uso de minerais críticos e consumo de água são as áreas mais afetadas pela economia digital com contribuições negativas para o clima do planeta e ambições de cortar emissões, de acordo com o relatório Economia Digital 2024 da agência das Nações Unidas para o Comércio de Desenvolvimento (Unctad). Publicado na quarta (10/7), o documento alerta que é preciso uma mudança global nas formas de produção e consumo em direção à circularidade para que a economia digital possa crescer de forma sustentável. Em 2020, as emissões das TICs (tecnologias da informação e comunicação) alcançaram o patamar de setores como transporte aéreo e marítimo. Foram lançadas entre 69 e 1,6 gigatoneladas de CO2 na atmosfera, isto é, 1,5 a 3,2% das emissões globais de gases de efeito estufa, estima a agência. “A economia digital está em plena expansão. Os embarques anuais de smartphones mais que dobraram desde 2010, atingindo 1,2 bilhão em 2023. Os dispositivos de Internet das Coisas (IoT) devem aumentar 2,5 vezes de 2023 para 39 bilhões até 2029. Novos dados de 43 países, representando cerca de três quartos do PIB global, mostram que as vendas de comércio eletrônico entre empresas cresceram quase 60% de 2016 a 2022, alcançando US$ 27 trilhões. Esse crescimento está causando um impacto ambiental cada vez maior”, resume o relatório. Desde a extração e processamento de matérias-primas até a fabricação, distribuição, uso e descarte, muitos recursos são envolvidos e vão deixando um rastro de carbono. Parte dessas emissões de CO2 está atrelada ao consumo de eletricidade. Em 2022, os centros de dados consumiram 460 terawatts-hora – equivalente ao consumo de 42 milhões de residências nos EUA por um ano."
Fonte: Epbr; 11/07/2024
Presidente da Eletronuclear defende conclusão de Angra 3: “desistir do projeto não sai de graça”
"O presidente da Eletronuclear, Raul Lycurgo, defendeu a conclusão célere das obras e a entrada em operação de Angra 3 no mais curto espaço de tempo possível. Disse, ainda, que “abandonar o projeto não sai de graça”, descrevendo um prejuízo multibilionário caso a escolha fosse essa. A declaração foi dada em entrevista exclusiva ao estúdio epbr, nesta quinta (11/6). Assista na íntegra acima. Nos cálculos do presidente da estatal, seriam necessários ao menos R$ 14 bilhões para desistir de Angra 3. Seriam 9 bilhões em financiamentos – incluindo as multas e penalidades –, R$ 1,5 bilhão de devolução de incentivos fiscais, pois alguns equipamentos foram importados com o benefício especificamente para o projeto de infraestrutura. “Quando você não entrega o projeto de infraestrutura, você é obrigado a devolver esse valor com essas penalidades todas”, disse Lycurgo, complementando que as rescisões dos contratos e respectivas penalidades representariam entre 3 e 3,5 bilhões de reais adicionais. Não há consenso quanto ao valor para terminar o projeto, mas estima-se que ultrapasse os R$ 20 bilhões. Os valores mais precisos serão conhecidos após a finalização da análise do relatório do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE) e pelo Ministério de Minas e Energia (MME). “Esses 20 bilhões de reais vão ser pagos com financiamento de um pool de bancos, nacionais e internacionais. Ou seja, quem vai pagar esses 20 bilhões de reais para completar a obra vai ser, obviamente, a estruturação financeira desenhada pelo BNDES e a Eletronuclear produzindo energia durante. A gente vai pagar durante 16 a 20 anos essa dívida, entretanto, a usina vai continuar operando, quiçá, por mais 80 anos”, explicou."
Fonte: Epbr; 11/07/2024
ANP aprova comercialização de bunker com biodiesel pela Petrobras
"A diretoria colegiada da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) aprovou, nesta quinta (11/7), a comercialização de combustível marítimo (bunker) com 24% de biodiesel pela Petrobras. De acordo com o relator, Fernando Moura, a Superintendência de Distribuição e Logística (SDL) manifestou que não há regramento de comercialização a ser aplicado. Moura considerou notas técnicas emitidas pela Superintendência de Biocombustíveis e Qualidade de Produtos (SBQ) e autorizou a comercialização continuada. Todos os diretores acompanharam o relator. A agência epbr antecipou a informação sobre o movimento para que a Petrobras comercializasse de bunker com a parcela de biocombustível. Petrobras e Transpetro vem realizando testes de abastecimento no Terminal de Rio Grande, em navio transportador de GLP. Os testes iniciais realizados pela Petrobras misturou 10 % de biodiesel ao bunker, utilizando 100 % de óleo de soja como matéria-prima. Na sequência, a ANP autorizou novos testes pela Petrobras, com adição de 24 % de biodiesel, variando a proporção da matéria-prima de 70 % de soja e 30 % de sebo, e também com 100 % de sebo. Os testes mostraram funcionamento dos motores similar ao uso de bunker exclusivamente fóssil, sem ocorrências anormais e impactos aos equipamentos. Com o teor de 10% de mistura, a redução de gases de efeito estufa ficou em 7%. No caso da adição de 24% de biodiesel, os cortes ficaram entre 17% e 19%. A ANP ressaltou que o pleito da Petrobras não altera a composição do bunker nas refinarias ou terminais. O combustível segue com com a fórmula estabelecida conforme as especificações vigentes."
Fonte: Epbr; 11/07/2024
Política
Câmara aprova PEC que destina 5% de emendas parlamentares ao Orçamento para prevenção de desastres
"A Câmara dos Deputados aprovou, nesta quinta-feira (11/7), a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 44/2023. A proposta seguirá para o Senado. Conforme a PEC, 5% dos recursos das emendas parlamentares individuais ou das bancadas estaduais deverão abastecer ações da Política Nacional de Proteção e Defesa Civil. No primeiro turno, foram 392 votos a 22; no segundo, 378 a 7. Além disso, o Fundo Nacional para Calamidades Públicas, Proteção e Defesa Civil (Funcap), criado em 1969 e sem fonte de recursos até hoje, receberá dotações do Orçamento da União em montante similar ao das emendas parlamentares. Segundo o deputado Bibo Nunes (PL/RS), primeiro signatário da PEC 44/23, as emendas parlamentares representarão cerca de R$ 1,7 bilhão na prevenção de desastres. “No total, serão R$ 8,9 bilhões para essas emergências”, destacou. O texto aprovado é um substitutivo da comissão especial para a PEC 44/23. Com a redação elaborada pelo relator, deputado Gilson Daniel (Pode/ES), os recursos deverão ser utilizados em ações de prevenção, mitigação, preparação, resposta e recuperação de desastres previstas na Política Nacional de Proteção e Defesa Civil. Especificamente para o Fundo Nacional para Calamidades Públicas, Proteção e Defesa Civil (Funcap), a PEC determina que o projeto de lei orçamentária e a correspondente lei deverão alocar valor mínimo igual ao destinado pelas emendas de bancadas para essa finalidade. A União deverá repassar os recursos de forma direta e imediata aos estados, ao Distrito Federal e aos municípios, sem necessidade de celebração de convênio e mesmo com inadimplência do ente federativo, sem prejuízo da prestação de contas. Temporariamente, outras fontes de recursos deverão ser usadas para essas ações."
Fonte: Epbr; 11/07/2024
Governo publica regras do primeiro leilão do Eco Invest
"O Tesouro Nacional publicou nesta quinta (11/7) a portaria que torna público o primeiro Leilão Eco Invest Brasil, programa de proteção cambial que pretende atrair investidores estrangeiros para projetos selecionados no Plano de Transformação Ecológica do Ministério da Fazenda. O documento estabelece critérios e condições para seleção de agentes financeiros e alocação de recursos na sublinha de financiamento parcial (blended finance) do Eco Invest Brasil. O leilão observará critérios de alavancagem financeira e índice de impacto. Terão prioridade as propostas de instituições que exigirem a menor proporção de recursos públicos como complemento para operações de captação no exterior com proteção (hedge) cambial. As vencedoras poderão acessar recursos do Fundo Nacional sobre Mudança do Clima (FNMC) e repassá-los aos investidores em complemento a operações de mercado de capitais no exterior, segundo as proporções definidas pela portaria. Apenas instituições financeiras autorizadas a operar pelo Banco Central do Brasil poderão participar do certame. Elas deverão assumir o risco das operações e apresentar um relatório de pré-alocação dos recursos, entre outros critérios. O lance mínimo do leilão será de R$ 500 milhões por proponente por índice de alavancagem. As instituições selecionadas deverão assinar um contrato de adesão e cumprir prazos estabelecidos para a mobilização efetiva de capital externo e desembolso dos recursos. Além disso, deverão enviar relatórios de prestação de contas acompanhados de parecer de auditoria independente em até 24 meses após a homologação do leilão. A portaria determina que os investimentos realizados deverão dar preferência à aquisição de produtos e serviços nacionais, sempre que houver disponibilidade de similar produzido no Brasil."
Fonte: Epbr; 11/07/2024
PL do hidrogênio vai à sanção com aumento de limites de emissão e mais R$ 5 bi em créditos
"A Câmara dos Deputados aprovou nesta quinta-feira (11/7) as mudanças de mérito feitas pelo Senado no marco do hidrogênio de baixo carbono (PL 2308/23). O projeto institui um marco regulatório para o setor e estabelece uma série de incentivos fiscais e financeiros para estimular a produção de H2. O texto que será encaminhado à sanção prevê créditos fiscais de R$ 18,3 bilhões entre 2028 e 2032 para os projetos relacionados à indústria do hidrogênio, sem restrição de rota. O modelo de investimento foi construído em articulações junto ao Ministério da Fazenda. Durante a tramitação no Senado, o relator, Otto Alencar (PSD/BA), elevou o valor do programa de concessão de créditos fiscais em R$ 5 bilhões. Os deputados também deram aval ao aumento do teto de emissões para que o hidrogênio seja considerado de baixo carbono. Durante a votação no Senado, em mudança de última hora, Alencar elevou o índice máximo de 4 kgCO2eq por kg de H2 produzido para 7 kgCO2eq/kgH2. Um acordo entre as duas casas permitiu uma votação rápida, simbólica, e com ajustes em relação a emendas duplicadas — trechos que foram suprimidos ou incorporados a outros artigos no relatório final. A proposição segue para sanção do presidente da República. O compromisso com a manutenção das alterações feitas pela Comissão Especial do Hidrogênio Verde, do Senado, havia sido confirmado pelo relator original na Câmara, Bacelar (PV/BA), em conversa com a epbr, no início de junho. No plenário, os deputados apenas ratificaram o acordo. Na Câmara, o relator substituto, Arnaldo Jardim (Cidadania/SP), que assumiu a função na ausência de Bacelar, afirmou que a ampliação do teto foi uma alternativa construída em benefício dos biocombustíveis — a exemplo do etanol."
Fonte: Epbr; 11/07/2024
Câmara reduz tributação de petróleo e eleva do carvão
"A Câmara dos Deputados decidiu reduzir o imposto seletivo previsto sobre o petróleo e o gás natural, na aprovação do texto da regulamentação, que agora segue para o Senado Federal. Durante as negociações, o setor mineral saiu na frente, assegurando a redução do teto da alíquota de 1% para 0,25%. O grupo de trabalho responsável pelo texto decidiu incluir na mesma lista o óleo e gás, atendendo parte dos agentes envolvidos nas articulações. O texto mantém a possibilidade de incidência do imposto seletivo sobre exportações, o que o setor de óleo tenta evitar no Senado, após a vitória parcial na Câmara. Foram 336 votos a favor do texto-base, e 142 contrários. No fim da sessão, apenas uma modificação foi aprovada pelo plenário, para inserir as carnes e outras proteínas de origem animal na composição da cesta básica, com alíquota zero. Carvão entra e com alíquota maior. O projeto não apenas inclui o carvão mineral na incidência do imposto seletivo, como manteve a alíquota de até 1%. Foi uma inclusão de última hora. O projeto enviado pelo governo federal e as primeiras propostas na Câmara haviam mantido o combustível fora da cobrança. Inicialmente, apenas o minério de ferro estava sujeito à cobrança. A Câmara dos Deputados também elevou o cashback para consumidores de baixa renda nas contas de gás natural, energia elétrica, água e esgoto. O cashback foi a alternativa proposta pela equipe econômica do governo para reduzir a carga imposta aos contribuintes mais pobres nas operações envolvendo serviços essenciais. O ministro Alexandre Silveira (PSD), criticou nesta quarta-feira (10/7) os lobbies setoriais, que evitariam, segundo ele, a correção de distorções no setor elétrico."
Fonte: Epbr; 11/07/2024
Governo mantém imposto para inibir importação de resíduos de papel, plástico e vidro
"As tarifas de importação para resíduos de papel, plástico e vidro, fixadas em 18% desde julho do ano passado, permanecerão nesse nível por mais um ano, decidiu nesta quinta-feira, 11, em Brasília, o Comitê Executivo de Gestão (Gecex), da Câmara de Comércio Exterior (Camex). Em nota, o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) informou que a medida - tomada em 2023 - surtiu efeitos ao reduzir as importações de resíduos plásticos e de papel. De agosto de 2023 a maio de 2024, as importações de restos de papel caíram 48,3% e a de plásticos tiveram redução de 33%, contribuindo com o mercado nacional de reciclagem e promovendo a gestão adequada dos resíduos”, anunciou o ministério. A maior parte dos resíduos importados vem de países de fora do Mercosul. A elevação iria expirar em 31 de julho. “A maior parte dos resíduos importados, em todos os códigos NCMs [Nomenclatura Comum do Mercosul] abrangidos pela medida, é proveniente de países fora do Mercosul. Isso reforça a importância da medida para estimular o mercado nacional e evitar a entrada de materiais de baixa qualidade ou com origem duvidosa”, destacou o MDIC. Ainda segundo a pasta, a prorrogação garante a abrangência da medida a todos os tipos de resíduos de papel, plástico e vidro relevantes. Isso porque a escolha de apenas algumas categorias poderia levar à “fuga” de produtos para outras classificações fiscais. Isso diminuiria a efetividade da medida."
Fonte: Exame; 11/07/2024
Internacional
Empresas
Mudanças climáticas: degelo piora a navegação comercial entre Europa e Ásia
"O degelo no Ártico causado pelas mudanças climáticas não apenas não facilita a navegação comercial na passagem entre Europa e Ásia, contrariando a crença popular, como também torna essa travessia mais perigosa, aponta um estudo divulgado nesta quinta-feira, 11. A Passagem do Noroeste, intransitável há um século, desperta interesse porque reduziria o percurso em cerca de 7.000 km devido à redução da camada de gelo. "Descobrimos que, na verdade, acontece quase o contrário", explicou à AFP Alison Cook, especialista da Associação Escocesa para as Ciências Marinhas e principal autora do estudo, publicado na revista Communications Earth and Environment. Longe de aumentar, o número de semanas anuais em que uma embarcação pode navegar com segurança por essa passagem caiu entre 2007 e 2021. Embora a camada diminua, o gelo mais antigo e mais espesso se desloca cada vez mais para o sul, criando gargalos. Esses pedaços de gelo representam um risco maior para as embarcações do que as formações mais recentes, que são mais finas, explica o estudo. Além disso, a falta de infraestrutura, a sua distância, a elevação do fundo do mar e seus estreitos labirínticos continuam deixando a travessia perigosa. Em 1845, a expedição lendária do britânico John Franklin terminou com a perda total de suas duas embarcações. Em 1906, o norueguês Roald Amundsen tornou-se o primeiro europeu a concluir a travessia. Desde então, embora reduzido, o número de embarcações que se aventuram pela passagem aumentou, passando de 112 em 2013 para 160 em 2019, segundo a organização Conselho do Ártico. Cargueiros, barcos de pesca, barcos de corrida e até um transatlântico com mil passageiros concluíram a travessia."
Fonte: Exame; 11/07/2024
Amazon diz ter batido meta climática 7 anos antes do previsto – mas há quem discorde
"A Amazon anunciou esta semana que, no ano passado, toda a eletricidade utilizada em suas operações veio de fontes que não produziram emissões de gases de efeito estufa. No entanto, alguns especialistas criticaram o método utilizado pela empresa, considerando-o excessivamente brando. Em seu comunicado, a Amazon declarou que alcançou sua meta de 100% de energia limpa sete anos antes do planejado. Segundo a empresa, ela investiu bilhões de dólares em mais de 500 projetos de energia solar e eólica para atingir sua meta. A energia gerada por esses projetos equivale à eletricidade consumida pelos data centers, edifícios corporativos, supermercados e centros de atendimento ao cliente da empresa em 27 países. No entanto, como nem todos os parques solares e eólicos fornecem energia diretamente para as operações da Amazon – grande parte dessa energia é enviada para redes elétricas que atendem a várias empresas e residências – alguns críticos argumentam que os cálculos da empresa podem criar uma impressão enganosa sobre seu impacto no clima. A empresa afirma que os projetos de energia limpa em que a Amazon investiu podem produzir eletricidade suficiente para abastecer o equivalente a 7,6 milhões de residências nos EUA. A Amazon pretende atingir emissões líquidas zero de carbono em todas as suas operações, incluindo as vans de entrega, aviões e outros meios de transporte, até 2040. “Estamos muito entusiasmados, obviamente, com a meta que estabelecemos há cinco anos e com atingi-la sete anos antes do prazo”, disse Kara Hurst, vice-presidente de sustentabilidade global da Amazon. “Isso é uma grande conquista para nós.”"
Fonte: InfoMoney; 12/07/2024
Política
EUA financiarão fertilizante de baixa emissão com vistas a um etanol mais verde
"O Departamento de Energia dos EUA planeja gastar US$ 36 milhões em tecnologias para reduzir as emissões da aplicação de fertilizantes de nitrogênio sintético no milho e no sorgo usados na produção de etanol, informou a agência na quinta-feira. O dinheiro apoiará projetos que reduzam a quantidade de fertilizante necessária para as fazendas, mantendo a produtividade, informou a agência. A agricultura é responsável por cerca de 11% das emissões de gases de efeito estufa dos EUA, de acordo com a Agência de Proteção Ambiental. As emissões de óxido nitroso, decorrentes em parte da aplicação de fertilizantes nitrogenados, representam cerca de metade desse valor, segundo a agência. O setor de etanol, que busca oportunidades de crescimento à medida que o aumento dos veículos elétricos diminui o mercado de gasolina, poderá se beneficiar de lucrativos programas de subsídios federais e estaduais quanto mais conseguir reduzir as emissões do combustível. Os produtores de etanol sofreram um revés em abril, quando o Departamento do Tesouro emitiu orientações que tornaram quase impossível para o etanol se qualificar para um crédito fiscal de combustível de aviação sustentável aprovado na Lei de Redução da Inflação. "Dada a importância da agricultura para o setor de energia e nossa economia, as tecnologias que reduzem as emissões de energia relacionadas ao fertilizante associadas ao etanol, ao mesmo tempo em que reduzem os custos operacionais e mantêm o rendimento das colheitas para o agricultor americano, são essenciais", disse Evelyn N. Wang, diretora do programa Advanced Research Projects Agency-Energy do DOE."
Fonte: Reuters; 11/07/2024
Desastres naturais custaram à China US$ 13 bilhões em janeiro-junho
"A China sofreu perdas econômicas diretas no valor de 93,16 bilhões de yuans (US$ 12,83 bilhões) no primeiro semestre deste ano devido a desastres naturais, informou o governo na sexta-feira. Essa é a maior perda relacionada a desastres no primeiro semestre desde 2019, de acordo com dados disponíveis no site do Ministério de Gerenciamento de Emergências, já que o país sofreu inundações, secas e temperaturas extremas nos primeiros seis meses do ano. A China enfrentou períodos de frio e neve pesada no início do ano, um terremoto de magnitude 7,1 na região noroeste de Xinjiang, deslizamentos de terra nas regiões sudoeste e inundações no Rio Amarelo e nas províncias do sul este ano. Pelo menos 32,38 milhões de pessoas foram afetadas por desastres naturais entre janeiro e junho, incluindo o desaparecimento ou a morte de 322 pessoas. Cerca de 856.000 pessoas enfrentaram reassentamento emergencial e 23.000 casas foram destruídas, enquanto cerca de 3,17 milhões de hectares de plantações foram afetados. O impacto na economia foi pior do que no período do ano anterior, quando o país registrou perdas de 38,23 bilhões de yuans e 95 pessoas desapareceram ou morreram. Durante todo o ano de 2023, cerca de 48,76 milhões de pessoas foram afetadas por desastres naturais, de acordo com o relatório do ministério do ano passado. Os fundos canalizados para a gestão de desastres atingiram 4,17 bilhões de yuans até agora neste ano, de acordo com uma contagem da Reuters, com 546 milhões de yuans alocados no mês passado para a produção agrícola e alívio de desastres."
Fonte: Reuters; 12/07/2024
Índices ESG e suas performances
(1) O Índice ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial da B3) tem como objetivo ser o indicador do desempenho médio das cotações dos ativos de empresas com reconhecido comprometimento com o desenvolvimento sustentável, práticas e alinhamento estratégico com a sustentabilidade empresarial.
(2) O Índice S&P/B3 Brasil ESG mede a performance de títulos que cumprem critérios de sustentabilidade e é ponderado pelas pontuações ESG da S&P DJI. Ele exclui ações com base na sua participação em certas atividades comerciais, no seu desempenho em comparação com o Pacto Global da ONU e também cias sem pontuação ESG da S&P DJI.
(3) O ICO2 tem como propósito ser um instrumento indutor das discussões sobre mudança do clima no Brasil. A adesão das companhias ao ICO2 demonstra o comprometimento com a transparência de suas emissões e antecipa a visão de como estão se preparando para uma economia de baixo carbono.
(4) O objetivo do IGCT é ser o indicador do desempenho médio das cotações dos ativos de emissão de empresas integrantes do IGC que atendam aos critérios adicionais descritos nesta metodologia.
(5) A série de índices FTSE4Good foi projetada para medir o desempenho de empresas que demonstram fortes práticas ambientais, sociais e de governança (ESG).
(6) O Índice MSCI ACWI, que representa o desempenho de todo o conjunto de ações de grande e médio porte do mundo, em 23 mercados desenvolvidos e 26 emergentes.
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