Bom dia! Neste relatório diário publicado todas as manhãs pelo time ESG do Research da XP, buscamos trazer as últimas notícias para que você comece o dia bem informado e fique por dentro do tema ESG – do termo em inglês Environmental, Social and Governance ou, em português, ASG – Ambiental, Social e Governança.
Quais tópicos abordamos ao longo do conteúdo? (i) Notícias no Brasil e no mundo acerca do tema ESG; (ii) Performance histórica dos principais índices ESG em diferentes países; (iii) Comparativo da performance do Ibovespa vs. ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial, da B3); e (iv) Lista com os últimos relatórios publicados pelo Research ESG da XP.
Principais tópicos do dia
• O mercado encerrou o pregão de quarta-feira em território misto, com o IBOV andando de lado (-0,1%), enquanto o ISE avançou 0,4%.
• No Brasil, o Governo Federal vai apresentar o desenho da taxonomia sustentável do Brasil durante a COP29 do Clima, com início em 11 de novembro, na cidade de Baku, no Azerbaijão – na ocasião, o Ministério da Fazenda abrirá uma consulta pública, que deve ficar aberta até março de 2025.
• No internacional, (i) durante a COP da biodiversidade, a Colômbia anunciou o lançamento de seus primeiros bonds de biodiversidade, crédito voltado para a garantia de recursos para a manutenção dos biomas e ecossistemas – a emissão, no valor de US$ 50 milhões, foi feita em parceria com o International Finance Corporation, organização privada do Banco Mundial; e (ii) a União Europeia (UE) adotou um regulamento para aplicar tarifas adicionais, de até 35,3%, sobre veículos elétricos importados da China, vistos como responsáveis por prejudicar a concorrência no bloco – esses veículos já estavam sujeitos a taxas aduaneiras de 10% e agora possuem tarifas que podem chegar até 35,3%, podendo variar de acordo com a empresa.
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Brasil
Empresas
Iniciativa alemã inaugura planta piloto de hidrogênio verde em Minas Gerais
“A Cooperação Brasil-Alemanha para o Desenvolvimento Sustentável da GIZ inaugurou, nesta quarta (30/10), um projeto piloto de produção de hidrogênio verde, no campus da Universidade Federal de Itajubá (UNIFEI), em Minas Gerais. O projeto integra o Centro de Hidrogênio Verde (CH2V), inaugurado no ano passado, e conta um eletrolisador de 300 kW, tecnologia PEM (Membrana de Troca de Prótons), capaz de produzir hidrogênio verde a uma taxa de 60 Nm³ por hora. A energia para a eletrólise provém de três usinas solares fotovoltaicas instaladas no campus da UNIFEI. A CH2V é uma iniciativa da H2Brasil, paceria da GIZ com o Ministério de Minas e Energia, que alocou no projeto aproximadamente 5 milhões de euros oriundos do Ministério Federal da Cooperação Econômica e Desenvolvimento (BMZ) da Alemanha. “O hidrogênio pode servir como combustível para transporte terrestre, marítimo e aéreo e o Brasil tem vantagens naturais e estruturais para se tornar um player mundial na transição para uma economia de baixo carbono e aproveitar as oportunidades econômicas associadas ao hidrogênio verde”, disse Markus Francke, diretor do H2Brasil. Além da unidade de produção, o centro conta com o primeiro posto de abastecimento de hidrogênio a 700 bar do país, tornando-se uma plataforma de pesquisa e desenvolvimento para a mobilidade e a indústria de hidrogênio. Daniel Lopes, Sócio e Diretor Comercial da Hytron, empresa fornecedora do eletrolisador e das estruturas de compressão e abastecimento, conta que a tecnologia permite abastecer em menos tem e dá mais autonomia ao veículo.”
Fonte: Eixos; 30/10/2024
Baterias querem garantir demanda em política industrial verde
“O novo ciclo de industrialização do Brasil deve passar por tecnologias de eletrificação e armazenamento de energia em baterias, defendeu nesta quarta (30/10) o diretor de sustentabilidade e relações institucionais da WEG, Daniel Godinho. O executivo participou do evento de anúncio de investimentos públicos e privados na Missão 3 da Nova Indústria Brasil (NIB). Do total de R$ 1,6 trilhão divulgados hoje, 75% serão da iniciativa privada, em áreas como mobilidade sustentável, moradia, infraestrutura e saneamento básico. “Dois vetores que nós julgamos fundamentais para o sucesso desta missão do NIB são a mobilidade elétrica e os sistemas de armazenamento de energia, o BESS. Com essas duas frentes garantiremos as condições para o desenvolvimento de uma cadeia de baterias no Brasil, o que vai significar segurança energética, independência e também uma grande oportunidade do ponto de vista de política industrial verde”, disse Godinho. Durante a cerimônia em Brasília, a WEG oficializou um ciclo de investimentos de R$ 1,8 bilhão para produzir baterias para veículos elétricos em larga escala no país. Originária de Santa Catarina, e com atuação em mais de 130 países, a companhia enxerga no Brasil uma oportunidade para aproveitar as reservas de lítio e alavancar uma cadeia de valor nacional – em linha com os planos do atual governo para a neoindustrialização. Mas é preciso garantir demanda, pontuou Godinho. No caso da eletrificação da frota, há uma expectativa em torno da aquisição dos 2.400 ônibus elétricos anunciados previstos no novo PAC. Outra, é a ampliação das redes de recarga no Brasil, inclusive com o estabelecimento de corredores sustentáveis, propôs o diretor.”
Fonte: Eixos; 30/10/2024
Ao menos 20 empresas procuraram universidade de Itajubá para projetos em hidrogênio verde
“Ao menos 20 empresas dos setores de mobilidade, siderurgia, fertilizantes, indústrias e distribuidoras de energia procuram a Universidade Federal de Itajubá (Unifei) para tratar de projetos em hidrogênio verde (H2V). A faculdade inaugurou nesta quarta-feira (30) a unidade de produção de hidrogênio verde do primeiro centro de pesquisas do setor no país. Conforme o reitor da instituição, Edson da Costa Bortoni, outras cinco empresas já estão trabalhando com a Unifei. “Temos na ordem de 20 empresas procurando a gente para fazer projetos em hidrogênio verde. E a gente já está em tratativas com a Mercedes-Benz e temos tratativas também com a CSN. Estamos conversando com outras siderúrgicas também. Muitas empresas têm nos procurado”, diz. Coordenador do projeto pelo lado da H2Brasil, que integra a Cooperação Brasil-Alemanha, Marcos de Oliveira Costa, explica que o desejo é que a unidade inaugurada construa parcerias para garantir a sustentabilidade do centro de pesquisas voltado para o H2V. Hoje, segundo ele, a universidade tem um diálogo muito avançado com diferentes instituições. Desde 2023, Costa destaca que 30 memorandos de entendimentos foram assinados com diferentes atores do setor industrial, distribuidoras de energia, empresas nacionais e internacionais na direção de avançar no desenvolvimento de soluções baseadas em hidrogênio verde com a Unifei. “Há diálogo avançado com a Mahle, uma indústria de motores, e com a Cemig, que é a empresa do Estado de Minas que trabalha com distribuição de energia elétrica, mas também tem um braço de geração de energias renováveis.””
Fonte: Valor Econômico; 30/10/2024
ESG representa pequena parcela da indústria de fundos sustentáveis
“A indústria de fundos sustentáveis no Brasil começa a entrar em nova fase. Além da reclassificação de títulos e produtos, os gestores estão passando por uma reeducação para entender quais temas ligados ao ESG (sigla em inglês para ambiental, social e governança) são relevantes para a composição de seus portfólios. O desafio é como precificar o risco desses ativos e a sua materialidade para um maior engajamento do mercado financeiro e de seus investidores. Hoje, no Brasil, esses fundos, recentemente reclassificados pela Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima) como investimento sustentável (IS) e relacionados, contabilizam patrimônio de cerca de R$ 20 bilhões, 0,2% do total da indústria de fundos, que é superior a R$ 9,1 trilhões. Na Europa, representam mais de 50%. Os fundos ESG estão crescendo no Brasil, tanto em número quanto em volume – e vêm impulsionados pelas emissões de títulos de dívidas com esse selo. Os números da Anbima mostram que o país saiu de 45 produtos ESG em julho de 2022 para 194 em julho deste ano, sendo que sua captação líquida só em 2024 foi de R$ 3,4 bilhões. Mas há que fazer uma ressalva: como a classificação IS e relacionados é nova, de 2022, a evolução pode refletir apenas uma reacomodação de produtos já existentes, mas que estavam registrados em outra categoria, e não exclusivamente a criação de fundos do tipo. “Eu acho que chegou a hora de o Brasil avançar nesta pauta. Mas, para mover esta agenda com mais força, precisamos do empenho da Faria Lima para entender a urgência do tema”, afirma Carlos Takahashi, presidente da Rede Anbima de Sustentabilidade.”
Fonte: Valor Econômico; 31/10/2024
Práticas tradicionais e sustentáveis no setor de petróleo e gás
“Compromissos ambientais e evidências cada vez mais fortes das mudanças climáticas vêm fazendo empresas de petróleo e gás ampliar o interesse por eficiência energética, descarbonização e energias renováveis. Dados da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) indicam que, entre 2018 e 2023, os investimentos nessas iniciativas subiram de R$ 46 milhões, com 25 projetos, para R$ 782 milhões, em 91 empreendimentos. A maior parte desses recursos, que integram cláusula da ANP para aportes em Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (PD&I), foi para biocombustíveis, que receberam cerca de 35%. A energia eólica ganhou 28%; o hidrogênio, 13%; e a tecnologia CCUS (captura, armazenamento e uso de carbono) e sistemas híbridos ficaram com cerca de 9% cada um. A lista fecha com 6% dedicados à energia solar e 1% para energia dos oceanos. A Petrobras é uma das que estão diversificando investimentos para chegar à neutralidade nas emissões de gases de efeito estufa (GEEs) até 2050. Seu Plano Estratégico 2024-2028+ indica cerca de US$ 11,5 bilhões de investimentos em descarbonização e fontes renováveis de energia. Esse valor, cerca de 11% do total que a estatal investirá no período (US$ 102 bilhões), é mais do que o dobro, em termos absolutos, do que foi reservado no plano anterior para empreitadas de baixo carbono. O foco em energias limpas está em renováveis (solar e eólica), biorrefino, CCUS e hidrogênio. A maioria dos aportes da estatal, US$ 5,5 bilhões, vai para energias renováveis, principalmente eólica e solar.”
Fonte: Valor Econômico; 31/10/2024
Mudanças climáticas dificultam planejamento do setor elétrico
“As fontes renováveis de energia representam mais de 90% da geração brasileira, segundo dados do Centro de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE). Mas, como as hidrelétricas respondem por cerca de dois terços dessa produção, o sistema sofre uma pressão extra por conta das mudanças climáticas, que já afetam o planejamento do setor. Em 2024, até agosto, na operação centralizada do Sistema Integrado Nacional (SIN), a água foi responsável por 69,2% da eletricidade gerada, os ventos por 15,1%, enquanto biomassa e solar contribuíram com 4,2% cada uma. Termelétricas movidas a combustíveis fósseis e energia nuclear também integram a matriz energética. A capacidade instalada de todo o setor é de 225.388 MW, segundo o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS). E vai crescer. “Somados os empreendimentos que já foram construídos desde janeiro, devemos encerrar 2024 com 293 novas centrais de geração solares, eólicas, hidrelétricas e a biomassa, que somam 10.711 MW de capacidade instalada”, afirma Alexandre Ramos, presidente do Conselho de Administração do CCEE. “O Brasil é um celeiro de energia renovável.” O país tem a geração elétrica baseada na hidrelétrica e a diversificação da matriz começou nos anos 2000. “Nós continuamos extremamente vulneráveis e suscetíveis à disponibilidade de chuvas e de água para gerar eletricidade”, diz Rodrigo Sauaia, presidente-executivo da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar). “Isso é preocupante. É importante seguir diversificando a matriz elétrica brasileira, porque o clima já está mudando.””
Fonte: Valor Econômico; 31/10/2024
Política
Governo vai apresentar taxonomia sustentável na COP29
“O Governo Federal vai apresentar o desenho da taxonomia sustentável do Brasil durante a COP29 do Clima, que começa em menos de duas semanas, em 11 de novembro, na cidade de Baku, no Azerbaijão. Na ocasião, o Ministério da Fazenda abrirá uma consulta pública, que deve ficar aberta até março de 2025, para que outros atores possam fazer suas contribuições. A expectativa é que o documento seja finalizado em abril do ano que vem. A taxonomia, já desenvolvida na União Europeia e na Colômbia, por exemplo, é um instrumento que serve como régua para os investimentos sustentáveis de cada país. A confirmação das datas foi feita durante evento da Iniciativa Financeira do Programa Ambiental das Nações Unidas (UNEP-FI, na sigla em inglês) sobre diretrizes comuns para as taxonomias sustentáveis na América Latina e Caribe, realizado nesta terça-feira, 29, durante a COP16 da Biodiversidade. “A taxonomia brasileira não é apenas ambiental, mas também social e inclui o setor rural. Estamos abrangendo oito cadeias de valor, sendo que três delas se destacam pelo aspecto social e de biodiversidade: as de cacau, peixe e espécies nativas”, disse Luiza Sidonio, gerente de projetos da SecretariaExecutiva da Fazenda. Há quase 50 taxonomias sendo desenvolvidas ao redor do mundo atualmente. “É importante pensar nas especificidades de cada país, mas também olhar para outras taxonomias para que se tenha interoperabilidade, e estamos fazendo isso”, afirmou Sidonio. Chefe da divisão de conectividade, mercados e finanças do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), Anderson Caputo Silva destacou o caráter de urgência que os diversos mecanismos inovadores das finanças sustentáveis precisam trazer.”
Fonte: Capital Reset; 30/10/2024
Hidrogênio verde pode adicionar R$ 61,5 bi ao PIB brasileiro em 2050, aponta estudo
“Estudo elaborado pela Cooperação Brasil-Alemanha para o Desenvolvimento Sustentável (GIZ), em parceria com Ministério de Minas e Energia (MME), revela que a transição para o hidrogênio verde no Brasil tem potencial de incrementar o Produto Interno Bruto (PIB) em R$ 61,5 bilhões até 2050, criando cerca de 177 mil empregos. O relatório ainda não publicado enxerga alto potencial nas indústrias de combustível sustentável de aviação (SAF) e siderurgia, que responderiam por 80% do uso do energético em meados do século. São considerados dois cenários, com hidrogênio verde (cenário A) e sem (cenário referência), traçando projeções para os anos de 2030, 2040 e 2050. A introdução do gás obtido a partir da eletrólise com renováveis é vista como uma oportunidade de neoindustrialização do Brasil. Markus Franke, diretor do Programa H2Brasil da GIZ, aponta que o país tem potencial para se tornar um líder global na produção de produtos derivados, como fertilizantes, aço verde e SAF. “Não é só um setor novo, porque quando falamos de hidrogênio verde, falamos de muitos produtos, metanol verde, fertilizante verde, e muitos outros. É uma possibilidade para a neoindustrialização do Brasil”, afirmou à agência eixos. Franke ainda destaca que há uma grande oportunidade para o desenvolvimento do Nordeste do país, com impactos socioeconômicos positivos. Em 2023, a proporção de pessoas em situação de pobreza na região foi estimada em aproximadamente 47,4%, o que corresponde a mais de 27,5 milhões de pessoas. Esse valor é equivalente a 45% da população em situação de pobreza no Brasil.”
Fonte: Eixos; 30/10/2024
“O Ministério Público junto ao Tribunal de Contas da União (MPTCU) questionou a alteração do plano estratégico da Petrobras. Em representação à corte, o MPTCU pediu a adoção de medidas quanto à distribuição de dividendos a acionistas, em detrimento de investimentos na área de energias renováveis. A representação, assinada nesta quarta (30/10) pelo subprocurador geral, Lucas Furtado, cita possível afronta a dispositivos da Lei das Estatais (lei nº 13.303/16) no que diz respeito à adoção de práticas de sustentabilidade ambiental e responsabilidade social corporativa compatível com o mercado em que a empresa atua. Na representação, o subprocurador-geral considera que a conduta da Petrobras pode incorrer na prática de greenwashing – termo em inglês que indica a apropriação enganosa de virtudes ambientais para atrair o público preocupado com a preservação do meio ambiente. A representação inclui matérias veiculadas na imprensa sobre o aumento do pagamento de dividendos extraordinários e eventual redução de investimentos em renováveis, que poderia cair de US$ 21 bilhões para US$ 17 bilhões, no período entre 2025 e 2029. “Não se pode olvidar que, como acionista majoritário, essa prática beneficia o próprio governo federal que, por sua vez, tem o controle das políticas empresariais da petrolífera, situação que reforça a necessidade de uma maior atenção do controle externo sobre esses movimentos de alteração do plano estratégico da companhia”, diz o texto. Para o MPTCU, ao privilegiar a distribuição extraordinária de dividendos, a Petrobras incorre em “flagrante ofensa” a essa modalidade de distribuição, que é isenta de imposto de renda.”
Fonte: Eixos; 30/10/2024
BNDES e Caixa fecham parceria de R$ 12 bi para financiamento de projetos em saneamento e mobilidade
“O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) firmou parceria com a Caixa Econômica Federal para atuar como agente financeiro do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). O banco de fomento contará com até R$ 12 bilhões do FGTS para financiar projetos de saneamento ambiental e mobilidade urbana. O BNDES terá crédito no valor de até R$ 6 bilhões para financiar obras e serviços incluídos nas modalidades previstas no programa Saneamento para Todos. O outro limite de crédito autorizado pela Caixa, no mesmo valor, visa ao financiamento da execução de obras, serviços e aquisição de veículos de transporte público incluídos nas modalidades previstas no programa Pró-Transporte. Abertura e concessão de crédito são referentes ao exercício deste ano, considerando-se 31 de dezembro a data-limite de referência. Os recursos serão alocados mediante a apresentação das operações de crédito, devidamente selecionadas pelo Ministério das Cidades, gestor da aplicação do FGTS, conforme a disponibilidade orçamentária. “Essa parceria marca um novo patamar na relação entre BNDES e Caixa, dois bancos públicos fundamentais para o crescimento do país com geração de emprego e renda. Juntos, vamos contribuir ainda mais para as políticas públicas de saneamento e mobilidade urbana, atuando pelo desenvolvimento sustentável do país”, observou, em nota, o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante. Os dois bancos também firmaram um protocolo de intenções para articular esses esforços conjuntos.”
Fonte: Valor Econômico; 30/10/2024
“O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta noite que a transição climática será, com a inteligência artificial, o maior desafio para os países daqui para frente. Para algumas nações o tema trará apenas “problemas”, para outras, como o Brasil, haverá “problemas e oportunidades”. As declarações foram dadas durante o XXVII Congresso Internacional de Direito Constitucional, realizado pelo IDP, em Brasília. O ministro participa de um painel sobre “Transição Ecológica e Estrutura Produtiva”. A sua pasta lidera o Plano de Transformação Ecológica do governo federal. Haddad avaliou que existe um “ecossistema em torno da questão ecológica” que pode significar “um ganho econômico considerável” para os países que souberem aproveitar as oportunidades. Ele citou como exemplo áreas como biocombustíveis, biofertilizantes, substituição de tecido sintéticos e economia circular. Ele também destacou que desenvolvimento econômico e sustentabilidade não são temas antagônicos, apesar de muitos países tratarem os assuntos assim. “Brasil é um dos poucos países do G20 que o ministro das Finanças é amigo da ministra do Meio Ambiente. Não há mais como falar de desenvolvimento sem falar de sustentabilidade”, afirmou Haddad. Ele disse que o Brasil enfrentou “exemplarmente” as enchentes que aconteceram no Rio Grande do Sul, e a seca que atingiu a Amazônia e o Pantanal. Porém, reconheceu que ainda há um desafio em relação à seca. “Há um desafio novo para nós agora, que é enfrentar incêndio em floresta úmida, que está ficando seca e vulnerável a incêndio”, comentou o ministro.”
Fonte: Valor Econômico; 30/10/2024
Internacional
Empresas
Geração de receitas da BYD supera a da Tesla pela primeira vez
“A BYD teve lucro de 10,8 bilhões de yuans (US$ 1,52 bilhão) no terceiro trimestre, crescimento de 11,4% na comparação anual. As receitas da montadora chinesa chegaram a 201,1 bilhões de yuans (US$ 28,2 bilhões) entre julho e setembro, alta de 24% sobre o mesmo período de 2023. A companhia vendeu 1,1 milhão de veículos no terceiro trimestre, passando pela primeira vez em sua história da marca milionária, alta de 38% na comparação anual. Desse total, cerca de 440 mil foram totalmente elétricos e 685 mil foram veículos híbridos. Pela primeira vez, a BYD teve maior geração de receitas do que a rival americana Tesla, que no terceiro trimestre teve faturamento de US$ 25,2 bilhões. Os resultados da companhia chinesa ultrapassaram também estimativas de lucro dos analistas para o período entre julho e setembro. Segundo a companhia, houve aumento nas despesas de vendas no terceiro trimestre por conta de maiores gastos com anúncios. Os estoques de veículos tiveram crescimento pelo aumento de pedidos por veículos, nota a BYD. A empresa se beneficiou da valorização do yuan em seus resultados financeiros. As ações da BYD fecharam em queda de 0,67% na Bolsa de Hong Kong.”
Fonte: Valor Econômico; 30/10/2024
Mercado voluntário de carbono se recupera após escândalo de fraudes
“O mercado voluntário de carbono, que no mundo movimenta cerca de US$ 2 bilhões, vem aos poucos retomando seu ritmo, depois dos abalos sofridos com denúncias globais de fraudes e de faltas de salvaguardas ambientais. No Brasil, em especial, o ano de 2023 viu dobrar o volume de créditos emitidos em relação ao de 2022, apesar da queda de 35% em relação às emissões recordes de 2021. Em junho deste ano, no entanto, uma ação da Polícia Federal, batizada de Greenwashing, acendeu o sinal amarelo, ao identificar venda de crédito de carbono de três projetos na Amazônia envolvendo esquemas de grilagem de terras e extração ilegal de madeira. Todos possuíam o selo da Verra, uma das maiores certificadoras no mercado voluntário de carbono, detentora de mais de 60% do volume negociado globalmente. Na ocasião, a Verra informou a suspensão dos projetos e se dispôs a cooperar com as autoridades, afirmando que se esforça para manter “os mais altos padrões de conformidade com todas as leis e regulamentos”. Procurada pela reportagem este mês, a empresa observou que os projetos permanecem suspensos e que é política da certificadora não comentar o processo durante a revisão das operações. O episódio aumentou as inseguranças de um mercado que ainda não conta com regulador oficial e opera por adesão de participantes, na maior parte, do setor privado. Tramita no Congresso projeto de lei que cria o mercado regulado no Brasil, ainda sem data para votação. No mundo, as críticas persistem. Recentemente, mais de 80 organizações não governamentais (ONGs) internacionais publicaram carta pedindo o fim das compensações de emissões de gases de efeito estufa (GEE) com créditos de carbono.”
Fonte: Valor Econômico; 31/10/2024
Política
União Europeia adota tarifas de até 35,3% sobre veículos elétricos chineses
“A União Europeia (UE) adotou regulamentos para aplicar pesadas tarifas adicionais, de até 35,3%, sobre veículos elétricos importados da China, vistos como responsáveis por prejudicar a concorrência no bloco. Esses veículos já estavam sujeitos a taxas aduaneiras de 10% e agora têm tarifas que chegam a um máximo de 35,3% e variam conforme as empresas, por um período de cinco anos. O regulamento se tornará lei após ser publicado nesta quarta-feira no Diário Oficial da UE. Em resposta, o Ministério do Comércio chinês afirmou que “não aprova nem aceita” as novas tarifas e anunciou que levará o caso à Organização Mundial do Comércio (OMC). Numa declaração, o Comissário Europeu do Comércio, Valdis Dombrovskis, observou que o bloco “acolhe favoravelmente a concorrência, incluindo no setor dos veículos eléctricos, mas deve ser sustentada pela justiça e por condições de concorrência equitativas”. A UE suspeita que as empresas que estarão sujeitas às tarifas adicionais beneficiem-se de subsídios, e esse auxílio estatal permite-lhes competir em condições vantajosas. Pela regulamentação, os produtos do grupo automotivo SAIC terão tarifa adicional de 35,3%, BYD 17% e Geely 18,8%. As empresas que cooperaram com as investigações da UE sobre o impacto na concorrência no bloco terão uma tarifa de 20,7% e as restantes empresas 35,3%. A China e a UE estão em contato há vários meses para tentar encontrar uma solução negociada para a situação. O bloco europeu anunciou que está disposto a cancelar essas tarifas adicionais caso seja alcançado um acordo.”
Fonte: Exame; 30/10/2024
Bonds de biodiversidade: Colômbia lança estratégia de financiamento para ecossistemas
“A Colômbia anunciou o lançamento de seus primeiros bonds de biodiversidade, um crédito voltado para a garantia de recursos para a manutenção dos biomas e ecossistemas. A emissão, no valor de US$ 50 milhões, foi feita em parceria com o International Finance Corporation, organização privada do Banco Mundial. O acordo permite o financiamento da produção sustentável e economia circular, como energias renováveis e projetos de agricultura regenerativa. A ministra do Meio Ambiente da Colômbia e presidente da COP16, Susana Muhamad, afirmou em nota que o objetivo é acelerar a transição para a economia verde entre os setores mais estratégicos e essenciais para a economia colombiana. “Esse acordo mostra que a regeneração da natureza é financiável e produtiva”, explica. Enquanto os green bonds (ou “bonds verdes”), voltados para financiamento de projetos ambientais, já são mais conhecidos, a implementação dos bonds da biodiversidade é algo novo, tendo seu início apenas neste ano. De acordo com Muhamad, o crédito será direcionado a projetos de impacto ambiental positivo na conservação, proteção e restauração das florestas conforme o Plano da Ação pela Biodiversidade da Colômbia, que implementa metas até 2030. O ministro colombiano da Fazenda, Ricardo Bonilla, afirmou que os bonds são um elemento-chave na taxonomia verde: segundo o líder da pasta, a dificuldade dos economistas é identificar o que “verde” implica — e quais formatos de financiamento podem ser incluídos dentro desta categoria. “Esse tipo de bond vai gerar condições financeiras mais favoráveis, menos custosas e que aplaquem recursos para desenvolver projetos da biodiversidade”, disse.”
Fonte: Exame; 30/10/2024
Mais de 90 pessoas morrem em enchentes na Espanha
“Mais de 90 pessoas morreram no sul e no leste da Espanha, a medida que cidades foram inundadas e ligações rodoviárias e ferroviárias foram interrompidas nas inundações mais devastadoras que atingiram a Europa em vários anos. As autoridades locais disseram que as chuvas torrenciais de terça-feira causaram a morte de pelo menos 92 pessoas na região de Valência, além de duas em Castilla-La Mancha e uma em Málaga. As autoridades advertiram que o número de mortos provavelmente aumentaria. “Essas são horas muito difíceis para os parentes e para os desaparecidos”, disse Carlos Mazón, presidente do governo de Valência, na quarta-feira. “Neste momento, é impossível oferecer um número preciso [sobre o número de vítimas]. Estamos em choque.” Em Madri, o primeiro-ministro Pedro Sánchez presidiu uma reunião de crise sobre as enchentes. “Ainda não podemos dizer que esse episódio desastroso acabou”, disse ele em um discurso anterior na televisão. O desastre também levantou questões sobre como as autoridades alertaram os moradores sobre as previsões de chuvas intensas e o papel da mudança climática em sua provocação. Ursula von der Leyen, presidente da Comissão Europeia, disse que as fortes enchentes na Europa eram a “realidade dramática da mudança climática” e pediu aos países da UE que se preparassem melhor para eventos climáticos extremos. Esperava-se que o número de mortos fosse o pior causado por enchentes na Europa desde 2021, quando mais de 200 pessoas morreram na Alemanha e na Bélgica. A agência meteorológica estatal da Espanha, Aemet, disse que a tempestade foi a mais intensa a atingir a região desde a década de 1980.”
Fonte: Financial Times; 30/10/2024
“É improvável que os países cheguem a um novo e importante acordo de financiamento para a conservação da natureza durante a cúpula de biodiversidade COP16 das Nações Unidas, com os delegados falando na quarta-feira sobre a possibilidade de levar suas negociações para além do final da cúpula. A discussão sobre o financiamento segue uma promessa feita pelos países ricos há dois anos de garantir US$ 20 bilhões em financiamento anual de conservação para as nações em desenvolvimento até 2025, com um aumento para US$ 30 bilhões anuais até 2030.
Esses valores representam um aumento modesto em relação aos US$ 15,4 bilhões que foram destinados ao financiamento da conservação em 2022, de acordo com dados da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico. Os países na COP15 em 2022 concordaram em criar o Fundo Global de Estrutura da Biodiversidade para ajudar a catalisar o financiamento para atingir as metas da natureza, mas o fundo até agora arrecadou apenas cerca de US$ 400 milhões. A cúpula deste ano tinha como objetivo aumentar as fontes de financiamento para conservação, mas chegou a um impasse sobre a criação de mais um fundo para a natureza.
“É óbvio que as discussões aqui não chegarão a uma conclusão completa”, disse o porta-voz David Ainsworth, do secretariado da Convenção sobre Diversidade Biológica da ONU, que organiza as negociações. Os delegados já “discutiram qual será o caminho a seguir no período intersessional”, disse ele. O fracasso em chegar a um novo acordo de financiamento provavelmente desaceleraria os esforços para pagar pela conservação, em meio ao rápido declínio da natureza devido à destruição do habitat, à poluição e às mudanças climáticas.”
Fonte: Reuters; 30/10/2024
Índices ESG e suas performances


(1) O Índice ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial da B3) tem como objetivo ser o indicador do desempenho médio das cotações dos ativos de empresas com reconhecido comprometimento com o desenvolvimento sustentável, práticas e alinhamento estratégico com a sustentabilidade empresarial.
(2) O Índice S&P/B3 Brasil ESG mede a performance de títulos que cumprem critérios de sustentabilidade e é ponderado pelas pontuações ESG da S&P DJI. Ele exclui ações com base na sua participação em certas atividades comerciais, no seu desempenho em comparação com o Pacto Global da ONU e também cias sem pontuação ESG da S&P DJI.
(3) O ICO2 tem como propósito ser um instrumento indutor das discussões sobre mudança do clima no Brasil. A adesão das companhias ao ICO2 demonstra o comprometimento com a transparência de suas emissões e antecipa a visão de como estão se preparando para uma economia de baixo carbono.
(4) O objetivo do IGCT é ser o indicador do desempenho médio das cotações dos ativos de emissão de empresas integrantes do IGC que atendam aos critérios adicionais descritos nesta metodologia.
(5) A série de índices FTSE4Good foi projetada para medir o desempenho de empresas que demonstram fortes práticas ambientais, sociais e de governança (ESG)..
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