Bom dia! Neste relatório diário publicado todas as manhãs pelo time ESG do Research da XP, buscamos trazer as últimas notícias para que você comece o dia bem informado e fique por dentro do tema ESG - do termo em inglês Environmental, Social and Governance ou, em português, ASG - Ambiental, Social e Governança.
Quais tópicos abordamos ao longo do conteúdo? (i) Notícias no Brasil e no mundo acerca do tema ESG; (ii) Performance histórica dos principais índices ESG em diferentes países; (iii) Comparativo da performance do Ibovespa vs. ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial, da B3); e (iv) Lista com os últimos relatórios publicados pelo Research ESG da XP.
Principais tópicos do dia
• O mercado fechou o pregão de quarta-feira em território negativo, com o IBOV e o ISE recuando 0,5% e 0,1%, respectivamente.
• No Brasil, (i) associações da indústria de biodiesel e óleos vegetais pediram ao governo a retomada do cronograma de aumento da mistura ao diesel fóssil, que estava prevista para alcançar 15% (B15) em março de 2025 - o aumento de um ponto percentual foi adiado no início do ano, em meio aos preços em alta do diesel e do óleo de soja, além de preocupações com fraudes na mistura do renovável na cadeia de distribuição; e (ii) o BNDES aprovou R$ 131,1 milhões em financiamentos à Gás Verde para implantação da primeira planta de recuperação de CO2 associado ao biometano no país, em Seropédica (RJ), e uma usina de produção do biocombustível a partir de biogás de aterro sanitário em Igarassu (PE) - ao todo, serão investidos R$ 141,5 milhões nos dois projetos.
• Ainda no país, o Ibama emitiu um ofício no fim da tarde desta quarta-feira (28) em que pede à Petrobras que disponibilize datas para as vistorias relacionadas ao processo de licenciamento da Foz do Amazonas, na Margem Equatorial - no documento, o instituto também pede que a estatal disponibilize datas para reuniões que sejam necessárias para o planejamento eficaz da avaliação.
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Brasil
Empresas
"A Petrobras iniciou, nesta terça-feira (27/5), a operação de uma nova Unidade de Hidrotratamento de Diesel (HDT-D) na Refinaria de Paulínia (Replan), em São Paulo, a maior do Brasil em capacidade de processamento. A entrada em operação vai possibilitar a ampliação da produção de diesel S-10 em até 63 mil barris por dia (mbpd), e de querosene de aviação (QAV) em até 21 mbpd. “A entrada em operação do novo HDT-D na Replan demonstra o empenho da Petrobras em ampliar a produção de Diesel S10 e QAV. Estamos reafirmando nossa estratégia de oferecer ao mercado produtos mais eficientes e, ao mesmo tempo, preservando a sustentabilidade financeira da companhia”, disse, em nota, o diretor de Processos Industriais e Produtos da Petrobras, William França. A ampliação faz parte da estratégia da companhia de retirada do diesel S-500, que tem 500 partes por milhão (ppm) de enxofre, e substituição pelo S-10 (10 ppm de enxofre). O Plano de Negócios 2025-2029 da companhia prevê que US$ 20 bilhões sejam investidos em refino, transporte e comercialização, com objetivo de aumentar a capacidade do parque de refino, ampliar a oferta de produtos de alta qualidade, como diesel S10 e lubrificantes, e de combustíveis de baixo carbono. Em 2022, a estatal anunciou planos de chegar a 2026 com todo o diesel produzido sendo S-10. Enquanto o combustível com maior teor de enxofre é utilizado em veículos produzidos até 2011, o S-10 é usado nos produzidos a partir de 2012, para atender aos limites de emissões definidos pelo Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama)."
Fonte: Eixos; 28/05/2025
Gás Verde recebe financiamento do BNDES para recuperar CO2 do biometano
"O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aprovou R$ 131,1 milhões em financiamentos à Gás Verde, para implantação da primeira planta de recuperação de CO2 associado ao biometano no país, em Seropédica (RJ), e uma usina de produção do biocombustível a partir de biogás de aterro sanitário em Igarassu (PE). Ao todo, serão investidos R$ 141,5 milhões nos dois projetos – R$ 51,3 milhões em Seropédica e R$ 90,2 milhões em Igarassu. Dos R$ 131,1 milhões de crédito do banco, cerca de R$ 89,3 milhões são do programa Fundo Clima, que visa apoiar empreendimentos que contribuem com a mitigação das mudanças climáticas. A unidade de Seropédica reaproveitará CO2 da produção de biometano e o purificará para gerar CO2 verde, que é o dióxido de carbono gerado a partir de fontes renováveis. A operação está prevista para começar em julho, e, a partir de agosto, deve alcançar a capacidade de produção de cerca de 100 toneladas por dia. Segundo a Gás Verde, seu CO2 terá grau de pureza suficiente para uso em bebidas e alimentos. A planta será construída ao lado da maior usina de biometano da América Latina, que produz cerca de 130 mil metros cúbicos (Nm3) por dia da molécula, a partir de biogás gerado em aterro sanitário proveniente do aproveitamento de resíduos urbanos. A unidade de Igarassu, por sua vez, terá capacidade de produção de 45.600 Nm3/dia e purificará o biogás proveniente do aterro sanitário Ecoparque Pernambuco para produção de biometano, que será comercializado para diversas aplicações."
Fonte: Eixos; 28/05/2025
Indústria de baterias projeta maior competitividade com reforma do setor elétrico
"A indústria de armazenamento de energia vê a medida provisória 1300/2025 como uma oportunidade para alavancar os negócios. Além de trabalhar as emendas ao texto, o segmento vê vantagens para aumentar a atratividade das baterias em todo o Brasil. A Associação Brasileira de Soluções de Armazenamento de Energia (Absae) considera positiva a eliminação dos descontos na tarifa de uso de distribuição (TUSD) para clientes do mercado livre de energia proposta na MP. Assim, os projetos de armazenamento que antes eram viáveis em localidades específicas, passam a ser competitivos em várias partes do país, afirmou nesta quarta (28/5), o presidente da Absae, Markus Vlasits, durante o Absae Global Summit, em Brasília. “A viabilidade da bateria depende de poder explorar e atender momentos de alta demanda e de altos preços de energia elétrica. E um dos desafios que a gente está tendo hoje no Brasil é que o desconto na TUSD para consumidores do mercado livre remove parte desse sinal econômico e, portanto, dificulta a implantação de baterias por parte de consumidores”, explica. “Hoje, o armazenamento para consumidores do mercado livre é viável, mas em regiões muito específicas. Minas Gerais, Bahia e Pará, por exemplo. Tendo o fim desse subsídio, o nosso mercado se torna acessível para o Brasil inteiro”, completa. A Absae apresentou sugestões de emenda na MP, reforçando o papel do armazenamento na legislação. Atualmente, a tecnologia se ampara em textos infralegais."
Fonte: Eixos; 28/05/2025
Produtores de biodiesel mobilizam para B15 no segundo semestre
"Associações da indústria de biodiesel e óleos vegetais pediram ao governo na última terça (27/5) a retomada do cronograma de aumento da mistura ao diesel fóssil, que estava prevista para alcançar 15% (B15) em março de 2025. O aumento de um ponto percentual (hoje a adição está em 14%) foi adiado no início do ano, em meio a um aumento no preço do diesel e do óleo de soja, e preocupações com fraudes na mistura do renovável na cadeia de distribuição. O apelo da Ubrabio, Aprobio e Abiove ocorreu durante reunião com o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira (PSD), para tratar de ações de combate às fraudes no setor de biocombustíveis. Na ocasião, o presidente da Frente Parlamentar do Biodiesel (FPBio), deputado Alceu Moreira (MDB-RS), entregou um ofício solicitando um evento para entrega dos equipamentos doados pelo setor para agilizar a fiscalização. A decisão sobre o B15 precisa passar pelo Conselho Nacional de Política Energética (CNPE), que ainda não marcou uma data para sua próxima reunião. Há uma expectativa de que o colegiado – que reúne 21 ministérios, além de representantes da sociedade civil – volte a se reunir no final de junho ou início de julho para discutir um outro tema relacionado à bioenergia: a adição de 30% de etanol à gasolina. De acordo com agentes que participaram do encontro na terça, o ministro sinalizou o B15 como uma agenda prioritária com sinergias na agenda do E30, o que animou os produtores. A tendência, por enquanto, é que o aumento do anidro na gasolina entre em vigor no final do segundo semestre."
Fonte: Eixos; 28/05/2025
Ibama pede que Petrobras disponibilize datas para vistorias na Foz do Amazonas
"O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama) emitiu um ofício no fim da tarde desta quarta-feira (28) em que pede à Petrobras que disponibilize datas para as vistorias relacionadas ao processo de licenciamento da Foz do Amazonas, na Margem Equatorial. No documento, o instituto pede que a estatal disponibilize datas para vistorias da base de fauna em Oiapoque, das embarcações envolvidas na avaliação pré-operacional (APO), da sonda designada para a perfuração e para reuniões que sejam necessárias para o planejamento eficaz da avaliação. A APO é uma simulação de vazamento de óleo que verifica a capacidade de atendimento da companhia. Esse é o último passo antes da resposta final do Ibama sobre o licenciamento. Em entrevista ao Valor em 22 de maio, a presidente da Petrobras, Magda Chambriard, disse não ver razão para que a licença ambiental de perfuração na Bacia da Foz do Amazonas não ser concedida. “Nossos esforços estão no exercício pré-operacional [de simulação de vazamento], na fiscalização da unidade [de proteção à fauna], já feita pelo órgão ambiental amapaense. Mas o Ibama tem que fiscalizar também. Nosso esforço, agora, é tratar com o Ibama a data da fiscalização e a data do exercício pré-operacional”, disse a executiva na ocasião. “Se o Ibama demorar mais um pouco para dar autorização, para marcar a fiscalização, se demorar mais para agendar a data do exercício [de simulação de vazamento], é algo que foge ao nosso controle”."
Fonte: Valor Econômico; 28/05/2025
Política
TCU: auditoria vai avaliar regulação e gestão dos cortes de geração renovável, o curtailment
"O Tribunal de Contas da União (TCU) iniciou neste mês uma auditoria operacional para avaliar a regulação e gestão dos cortes de geração renovável, conhecidos como “curtailment” no jargão do setor. Os técnicos da Corte de Contas querem verificar, por exemplo, aderência com a legislação vigente e as melhores práticas regulatórias. Segundo um técnico do Tribunal, ouvido pelo Broadcast (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado), a fiscalização está no início, na fase de planejamento. O tema envolve diretamente o Ministério de Minas e Energia (MME), a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), bem como o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS). Em março, o Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE) criou um Grupo de Trabalho (GT) para “coordenar ações, realizar diagnóstico, avaliar e propor medidas de planejamento, regulatórias e operacionais” para mitigar cortes de geração renovável. A demanda central dos geradores prejudicados com os cortes é garantir o ressarcimento."
Fonte: Eixos; 28/05/2025
‘Teremos um processo de judicialização avassalador’, diz Marina
"“Poderemos ter um processo de judicialização avassalador que coloca o país em um limbo”. A frase da ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima Marina Silva aponta um dos riscos que ela enxerga se a Câmara aprovar o projeto de licenciamento ambiental da forma como passou no Senado há uma semana. “Coloca-se o país, que hoje tem um processo consolidado de licenciamento, em uma incerteza jurídica generalizada.” A ministra aponta vários problemas do projeto - um deles permite que uma obra que seja de interesse estratégico do governo federal possa ter um rito especial de licenciamento, mais brando e em uma única fase, e ser aprovada pelo presidente da República. “Não é porque uma obra é de interesse estratégico do governo federal que deixa de causar impactos ambientais. Uma hidrelétrica causa impacto do mesmo jeito, seja por interesse estratégico ou não”, explica. “A natureza não muda suas leis porque nós mudamos as nossas.” Ela elenca outras ameaças: do jeito que está, o projeto pode criar uma guerra fiscal entre os Estados, fazer com que o Brasil não cumpra suas metas climáticas e colocar em risco o Acordo comercial entre a União Europeia e o Mercosul. Na terça-feira, o licenciamento e a exploração de petróleo na Foz do Amazonas foram o gatilho de agressões de parlamentares da oposição à ministra Marina Silva, em um episódio que fez com que ela se retirasse da Comissão de Infraestrutura do Senado onde havia sido convidada a prestar esclarecimentos. “Se eu permanecesse, me tornaria cúmplice de todas as agressões que estavam sendo feitas ali."
Fonte: Valor Econômico; 29/05/2025
Internacional
Empresas
Centros de dados ainda dependem de lítio chinês
"Chatbots de inteligência artificial (IA), plataformas de armazenamento em nuvem e sistemas financeiros dependem de centros de dados que operam 24 horas por dia. Essas instalações sustentam a economia digital, onde até mesmo breves interrupções podem ter consequências de longo alcance. Isso significa que elas dependem muito de sistemas de baterias que garantam energia durante quedas no fornecimento, até que os geradores de reserva entrem em operação. Hoje, quase todas essas baterias são à base de lítio. Grande parte da cadeia de abastecimento de baterias de íons de lítio é controlada pela China. No ano passado, os Estados Unidos importaram US$ 15,3 bilhões em baterias de lítio da China, o que representou cerca de um quarto do total das exportações chinesas de lítio. Isso torna os EUA um mercado capaz de remodelar a demanda mundial por baterias. No entanto, essa posição traz consigo uma vulnerabilidade significativa. A grande dependência de grupos chineses de lítio expõe os EUA a riscos econômicos e estratégicos, especialmente porque a China decidiu restringir as exportações de certas tecnologias críticas de baterias - incluindo aquelas usadas no processamento de lítio e gálio. A China controla mais de 60% da capacidade mundial de refino de lítio. Embora ele seja extraído em muitos países, como China, Austrália, Brasil e Argentina, a maior parte dele ainda precisa passar pelas refinarias chinesas antes de chegar aos mercados globais. "
Fonte: Valor Econômico; 29/05/2025
Política
Malásia afirma que a classificação de risco de desmatamento da UE se baseia em dados antigos
"O ministro das Commodities da Malásia expressou na quarta-feira sua preocupação com a classificação do país como “risco padrão” pela União Europeia, sob a nova lei antidesmatamento, afirmando que a designação se baseia em dados desatualizados. Em discurso durante um evento em Cingapura, o ministro Johari Abdul Ghani afirmou que a classificação considerou dados de 2020 da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) e que a Malásia, segundo maior exportador mundial de óleo de palma, implementou medidas suficientes para justificar a designação de “baixo risco”. Na semana passada, a Comissão Europeia classificou os produtos importados da Bielorrússia, Mianmar, Coreia do Norte e Rússia como de “alto risco” de contribuir para o desmatamento. De acordo com os regulamentos da UE, os países classificados como “risco padrão” enfrentarão verificações de conformidade mais leves sobre os produtos exportados para a Europa, enquanto os países de “baixo risco” estarão sujeitos a regras de due diligence menos rigorosas. Entre os países classificados como “risco padrão” estão Malásia, Indonésia e Brasil. A lei da UE, que deve entrar em vigor em dezembro, aplica-se à soja, carne bovina, óleo de palma, madeira, cacau e café, além de alguns produtos derivados, como couro, chocolate e móveis. Johari reafirmou o compromisso da Malásia em apresentar evidências atualizadas e baseadas em ciência para apoiar seu pedido de reclassificação para “baixo risco”."
Fonte: Reuters; 28/05/2025
Índices ESG e suas performances


(1) O Índice ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial da B3) tem como objetivo ser o indicador do desempenho médio das cotações dos ativos de empresas com reconhecido comprometimento com o desenvolvimento sustentável, práticas e alinhamento estratégico com a sustentabilidade empresarial.
(2) O Índice S&P/B3 Brasil ESG mede a performance de títulos que cumprem critérios de sustentabilidade e é ponderado pelas pontuações ESG da S&P DJI. Ele exclui ações com base na sua participação em certas atividades comerciais, no seu desempenho em comparação com o Pacto Global da ONU e também cias sem pontuação ESG da S&P DJI.
(3) O ICO2 tem como propósito ser um instrumento indutor das discussões sobre mudança do clima no Brasil. A adesão das companhias ao ICO2 demonstra o comprometimento com a transparência de suas emissões e antecipa a visão de como estão se preparando para uma economia de baixo carbono.
(4) O objetivo do IGCT é ser o indicador do desempenho médio das cotações dos ativos de emissão de empresas integrantes do IGC que atendam aos critérios adicionais descritos nesta metodologia.
(5) A série de índices FTSE4Good foi projetada para medir o desempenho de empresas que demonstram fortes práticas ambientais, sociais e de governança (ESG)..
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