Bom dia! Neste relatório diário publicado todas as manhãs pelo time ESG do Research da XP, buscamos trazer as últimas notícias para que você comece o dia bem informado e fique por dentro do tema ESG – do termo em inglês Environmental, Social and Governance ou, em português, ASG – Ambiental, Social e Governança.
Quais tópicos abordamos ao longo do conteúdo? (i) Notícias no Brasil e no mundo acerca do tema ESG; (ii) Performance histórica dos principais índices ESG em diferentes países; (iii) Comparativo da performance do Ibovespa vs. ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial, da B3); e (iv) Lista com os últimos relatórios publicados pelo Research ESG da XP.
Principais tópicos do dia
• O mercado encerrou o pregão de quinta-feira em território positivo, com o IBOV e o ISE subindo 0,89% e 0,70%, respectivamente.
• No Brasil, (i) os cortes na geração de energia renovável resultaram em perdas estimadas de cerca de R$ 700 milhões para o setor eólico, de acordo com a Abeeólica, associação que representa as empresas do setor – a lista de companhias afetadas conta com Auren, CPFL, AES, entre outras; e (ii) o setor de biocombustíveis, impulsionado pela transição energética, realizou investimentos que ultrapassam R$ 42 bilhões somente neste ano, segundo levantamento da Unem, associação do setor – esse valor considera apenas o capital comprometido com a infraestrutura industrial, não incluindo investimentos agrícolas, em projetos espalhados por Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás, entre outros, que devem ser concluídos até 2026.
• No internacional, os investidores estão sacando recursos de fundos que investem em carros elétricos, receosos de que uma eventual eleição de Donald Trump represente um desafio adicional aos ganhos do setor – de acordo com a empresa de dados EPFR Global, entre 1º de janeiro e 31 de julho, foi registrado uma saída líquida de US$ 1,6 bilhão, superando o total de resgates visto em todo o ano de 2023.
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Brasil
Empresas
Petrobras obtém licenças ambientais para aumentar a produção de petróleo no Brasil, dizem fontes
“A petrolífera estatal brasileira Petrobras obteve licenças ambientais para expandir a produção em dois campos offshore, e poderá ter um navio iniciando a produção mais cedo do que o esperado num campo, disseram à Reuters três pessoas com conhecimento do assunto. As licenças permitirão à Petrobras aumentar a produção nos campos de Mero e Búzios, com Búzios se beneficiando do início antecipado do FPSO (floating production storage and offloading) Almirante Tamandaré. Ambos os campos estão situados na Bacia de Santos, no Oceano Atlântico. A Petrobras e o Ibama não comentaram imediatamente as licenças. Em comunicado, a Petrobras informou que o FPSO ainda está programado para iniciar a produção em 2025. As licenças foram obtidas apesar de uma greve em curso no Ibama, que atrasou a emissão de licenças este ano. As duas licenças devem acrescentar 66.000 barris por dia (bpd) à produção brasileira, sendo 46.000 em Mero e 20.000 em Búzios. Isso deve acrescentar cerca de 36.000 bpd à carteira de produção da Petrobras, com o restante da produção indo para seus parceiros e para a empresa estatal PPSA, disseram as fontes. O FPSO Almirante Tamandaré deve chegar ao Brasil em outubro e pode começar a produzir este ano, disseram as fontes. A embarcação tem capacidade para 225.000 bpd. Em seu plano estratégico, a Petrobras espera produzir 2,8 milhões de barris de óleo equivalente por dia (boepd) em 2024, com variação potencial de 4% para mais ou para menos. A Petrobras produziu uma média diária de 2,7 milhões de boepd entre abril e junho, um aumento de 2,4% em relação ao mesmo período de 2023.”
Fonte: Reuters; 08/08/2024
Região norte do Brasil reduz a utilização de energia hidroelétrica devido à seca prolongada
“A grave seca num rio da Amazónia que alimenta duas das maiores centrais hidroeléctricas do Brasil obrigou a uma mudança de política, no sentido de utilizar mais fontes térmicas e importações de energia na região norte, informou uma agência governamental. O Comité de Monitorização do Sector Elétrico (CMSE), citando os baixos níveis de água no rio Madeira, recomendou na quarta-feira que se minimizasse a utilização da energia hidroelétrica da região, importando eletricidade da Argentina e do Uruguai e encorajando as grandes indústrias a deslocar o consumo para períodos de menor procura. O rio Madeira, uma importante via navegável atingida pela seca desde meados de 2023, está enfrentando um clima mais severo do que o esperado para esta época do ano. As condições desfavoráveis devem durar pelo menos até 30 de novembro, disse a Agência Nacional de Águas (ANA) na semana passada. A hidroeletricidade é a principal fonte de energia do Brasil, representando mais de 60% da capacidade instalada. A seca histórica na região amazónica do Brasil interrompeu o transporte de cereais e as comunidades indígenas locais declararam uma emergência climática, uma vez que os rios estão a secar, deixando muitos sem água potável.”
Fonte: Reuters; 08/08/2024
Cogeração renovável pode ganhar metodologia para créditos de carbono no Brasil
“Terceira maior fornecedora de eletricidade para o Sistema Interligado Nacional (SIN), a cogeração a partir de biomassa quer medir sua contribuição para a descarbonização da indústria e precificar isso a partir da emissão de créditos de carbono. Um grupo de trabalho formado pela Cogen (Associação da Indústria de Cogeração de Energia) com a Carbono Zero estuda como definir uma metodologia brasileira para emissão de títulos que comprovem a contribuição da geração de energia usando biomassa de cana de açúcar e resíduos sólidos urbanos para os objetivos climáticos. No mundo, os projetos de energia renovável enfrentam o desafio de demonstrar sua adicionalidade para emissão de créditos, o que afeta a integridade desses títulos. Esse é um dos pontos que o GT pretende abordar. São mais de 20 empresas de diferentes setores associadas à Cogen olhando para dentro e fazendo o exercício de identificar que tipo de iniciativas podem melhorar sua trajetória rumo ao net zero. “A transição energética para a gente não é mais renovabilidade. Transição energética é descarbonização. Não é renovabilidade porque 87% da nossa matriz elétrica é renovável. Na matriz energética, nós somos 49% renovável e o mundo é 16%”, comenta Newton Duarte, presidente executivo da Cogen. “A renovabilidade já temos. Vamos agora nos ater à questão do carbono, da medição, da venda de créditos, da definição de créditos, principalmente da cogeração”, completa. Duarte observa que, ao contrário do resto do mundo, cuja cogeração é cerca de 70% fóssil (carvão e gás), o Brasil tem 70% da sua cogeração renovável. “É infindável a nossa capacidade. A gente provavelmente usa 2% das nossas terras agricultáveis somente.””
Fonte: Epbr; 08/08/2024
Silveira vai ao Ceará para anunciar investimentos em energia eólica
“O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Geraldo Alckmin (PSB), e o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira (PSD), vão se reunir, nesta sexta-feira (9/8), com representantes da Vestas em Aquiraz, no Ceará. Pioneira em energia eólica offshore, a empresa dinamarquesa Vestas deve investir R$ 130 milhões no Brasil. No Brasil, a empresa tem a liderança do CEO Eduardo Ricotta. A fábrica em Aquiraz foi inaugurada em 2019. “O Brasil registrou dois recordes consecutivos na geração de eólica, alcançando os 19.028 MW no dia 27/07 e 19.083 MW em 1/8. O potencial de novos empregos e renda para brasileiras e brasileiros é enorme, e estamos aqui nos movimentando para alavancarmos esse importante vetor renovável”, afirmou o ministro Alexandre Silveira. A comitiva também contará com o governador do Ceará, Elmano de Freitas (PT), e passará pelo Complexo do Pecém, localizado nos municípios de Caucaia e São Gonçalo do Amarante. No local, funciona a fábrica da Aeris Energy, a empresa que fabrica as pás eólicas utilizadas pela Vestas. O evento ocorre em meio à crise no setor eólico, por conta da falta de demanda por geração de energias renováveis. Representantes do segmento se reuniram recentemente com o governo federal e solicitaram medidas para fomentar as atividades. Entre elas, a redução dos custos de financiamento. Agentes do mercado pedem a ampliação de demanda por geração renovável e o governo trabalha com a inclusão de baterias em um leilão de reserva de capacidade em 2025.”
Fonte: Epbr; 08/08/2024
Agro passa a ter soluções energéticas mais baratas e sustentáveis para as operações
“Economizar em sua fatura de energia e ser mais sustentável do ponto de vista ambiental. Esses são alguns benefícios que a abertura do setor elétrico vem proporcionando a produtores rurais e empresas que atuam em cadeias de produção de proteína animal, como a avicultura, a suinocultura e a bovinocultura. Com a implementação do Mercado Livre de Energia e da Geração Distribuída, essas atividades passaram a contar com alternativas mais baratas, em comparação com os preços cobrados pelas distribuidoras no mercado cativo, e com uma oferta cada vez maior de energia limpa de fontes renováveis. Para aproveitar tais benefícios, elas contam com a ajuda de empresas como a Matrix Energia, uma plataforma integrada de soluções completas em energia, que oferece um ecossistema de soluções de energia limpa e renovável para residências, propriedades rurais e empresas, buscando maximizar a eficiência das operações e minimizar os custos. A Matrix Energia é uma das participantes do Salão Internacional de Proteína Animal (SIAVS) 2024, maior feira voltada às cadeias desses segmentos do país, que deve receber cerca de 20 mil visitantes entre os dias 6 e 8 de agosto, no Distrito Anhembi, em São Paulo. Além de apresentar suas soluções para o mercado de energia, ressaltando a importância de seus produtos e serviços para quem atua no setor de proteína animal, a companhia vai certificar todo o consumo de energia elétrica da feira com o Certificado Internacional de Energia Renovável, o Certificado I-REC. Uma solução que está otimizando as operações no agronegócio é o BESS (Battery Energy Storage System) mais novo sistema de armazenamento de energia em baterias.”
Fonte: InfoMoney; 08/08/2024
“As mudanças climáticas provocadas pela ação humana tornaram as condições de temperatura, de seca e dos ventos que provocaram o recorde de incêndios no Pantanal neste ano 40% mais intensas e entre quatro e cinco vezes mais prováveis. É o que aponta um estudo do grupo internacional World Weather Attribution — conduzido por 18 pesquisadores de países como Brasil, Estados Unidos e Reino Unido — divulgado nesta quinta-feira. Os estudiosos destacam a “necessidade urgente de substituir os combustíveis fósseis por energias renováveis, reduzir o desmatamento e reforçar as proibições de queimadas controladas” para que se consiga combater o impacto dos incêndios florestais na fauna e flora, nas comunidades indígenas e para a agricultura. A mudança climática sobrecarregou os incêndios florestais no Pantanal. À medida que as emissões de combustíveis fósseis aquecem o clima, as zonas úmidas aquecem, secam e transformam-se em uma caixa de pólvora. Isso significa que pequenos incêndios podem rapidamente se transformar em devastadores, independentemente de como começaram — avalia Clair Barnes, pesquisadora do instituto britânico de pesquisa ambiental Grantham. O estudo aponta que o aumento do risco de incêndios na área mais úmida do mundo é impulsionado principalmente pelo aumento das temperaturas e pela diminuição dos índices de precipitações e da umidade relativa do ar. A pesquisa destaca também que as condições climáticas de incêndios detectadas em julho eram “extremamente raras” antes das mudanças climáticas.”
Fonte: O Globo; 08/08/2024
Yvy perto de fechar aporte de R$ 300 mi na agtech Solinftec
“A Yvy Capital, gestora fundada no ano passado por Paulo Guedes (ex-ministro da Fazenda) e Gustavo Montezano (ex-BNDES) com a tese de investir na descarbonização da economia, está prestes a fazer sua estreia com um aporte na Solinftec, startup brasileira de agricultura de precisão. As negociações estão na reta final e o aporte deve ser anunciado em breve. Está previsto um investimento total de R$ 300 milhões, como antecipou o The Agribiz. O aporte será feito em duas etapas, uma agora e outra no primeiro trimestre de 2025. A Yvy mandatou Itaú BBA e UBS para levantar um fundo para a transação e a captação ainda não está completa. Diante da necessidade de caixa da Solinftec para seguir com seus planos de crescimento, optou-se por fazer a transação em duas tranches, segundo pessoas familiarizadas com a operação. A Yvy terá assento no conselho e será uma das principais investidoras da Solinftec, que já conta com Unbox Capital (fundo com recursos da família Trajano), a gestora 10b, Blue Like an Orange e Lightsmith Group. Os investidores anteriores não devem acompanhar a rodada. Yvy e Solinftec não comentaram. A Solinftec foi fundada em 2007 pelo cubano Britaldo Hernandez e é uma das empresas que simboliza as aspirações de crescimento das agtech brasileiras. Um de seus principais produtos é o robô Solix. O equipamento é uma “plataforma robótica”, segundo a empresa. Com câmeras e sensores, o Solix percorre as plantações monitorando as culturas e exterminando pragas de forma localizada. Esse tipo de precisão reduz o uso de herbicidas em até 85%, de acordo com a Solinftec.”
Fonte: Capital Reset; 08/08/2024
Cortes de energia renovável geram perdas de R$ 700 milhões a empresas eólicas, diz associação
“Os cortes na geração de energia renovável no Brasil resultaram em perdas significativas para o setor eólico, estimadas em cerca de R$ 700 milhões, de acordo com a Abeeólica, associação que representa as empresas do setor. Durante o evento Lefosse Energy Day 2024, realizado em São Paulo, a presidente executiva da entidade, Elbia Gannoum, alertou que algumas empresas podem não suportar essas perdas em seus balanços. Nos balanços trimestrais das empresas de capital aberto, o impacto dessas perdas tem sido registrado como “custo de oportunidade”. A lista de companhias afetadas conta com Auren, CPFL, AES, entre outras. No grupo das empresas de capital fechado, sofreram também Spic, Casa dos Ventos, e 2W. O setor vê com pessimismo a possibilidade de uma solução a curto prazo para esse problema. A situação se agrava com a chegada da chamada “safra dos ventos”, período do ano em que a produção eólica é mais elevada. Segundo Gannoum, se forem consideradas também as perdas no setor de energia solar, o prejuízo total pode ser ainda maior. Os cortes de geração, também conhecidos pelo termo em inglês “curtailment”, no jargão do setor, são decididos pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS). Como as usinas não têm controle sobre essa decisão, elas defendem na justiça que sejam compensadas por meio do Encargo de Serviços do Sistema (ESS), que seria repassado aos consumidores na cona de luz. O apagão do dia 15 de agosto de 2023 deixou o ONS mais conservador, levando-o a limitar a transmissão de energia renovável do Nordeste para o resto do Brasil.”
Fonte: Valor Econômico; 08/08/2024
Setor de biocombustíveis investe R$ 42 bi
“Impulsionado pela transição energética, o setor de biocombustíveis realiza atualmente investimentos bilionários no país. Neste ano, as empresas do segmento já anunciaram e mantêm em curso aportes de pelo menos R$ 42 bilhões. Esse valor considera apenas o capital comprometido com a infraestrutura industrial, e não inclui investimentos agrícolas. O protagonista do movimento é o etanol de milho. Segundo levantamento da Unem, a associação do setor, há investimentos de R$ 15,8 bilhões em estágio avançado de construção de unidades e outros em fase de licenciamento e início de obras. Os projetos estão espalhados por Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás, Bahia, Tocantins, Pará, Paraná e Rio Grande do Sul, e devem ser concluídos até 2026. Em parte, a expansão do etanol de milho é garantida pelo foco das usinas de cana nos últimos anos na produção de açúcar, que remunera melhor que o etanol. Isso abre espaço para a indústria de milho garantir a oferta de etanol ao mercado, segundo Juliano Merlotto, sócio da FG/A. Também há aportes em ampliações de fábricas existentes e em novas indústrias de biodiesel, biometano, etanol celulósico e açúcar. “O setor de bioenergia está de olho nas possibilidades de transição energética, que contemplam diversas rotas de produção”, diz Guilherme Nolasco, presidente da Unem. Para ele, o projeto de lei do Combustível do Futuro, que tramita no Senado e prevê aumento da mistura de biodiesel e etanol, além de mandatos para biometano e bioquerosene de aviação (SAF), indica ao setor privado que os biocombustíveis são prioridade na transição energética.”
Fonte: Valor Econômico; 09/08/2024
Desastres ambientais colocam Brasil no topo do litígio climático
“O risco climático tem ganhado preocupação crescente na agenda do G20, bancos centrais e instituições financeiras, o que tem levado a análises sobre o impacto da devastação ambiental na Amazônia e um número crescente de litígios ambientais, sendo que o Brasil está perto do topo mundial nesse campo, situação que pode se acelerar depois do desastre socioambiental no Rio Grande do Sul, em maio. Estudo do Grantham Research Institute aponta que os casos de litígio climático estão estáveis no mundo, mas em alta no Brasil, que ficou em terceiro lugar no mundo ano passado entre as nações com mais casos registrados, com dez ações. Em primeiro lugar, ficaram os Estados Unidos, com 129, e depois o Reino Unido, com 24. A Alemanha ficou na quarta posição, com sete litígios judiciais registrados. No total, o Brasil tem 82 casos sendo 22 instaurados pelo Ministério Público, 21 casos pela sociedade civil e 15 que incluem outras esferas públicas, como agências reguladoras, o que mostra, segundo o estudo, uma diversificação das fontes de quem buscam os litígios. Isso traz ameaças. “Tudo isso é novo e exigirá uma nova mentalidade e postura de todos os elos da cadeia”, diz Ana Luci Grizzi. Relatório da Network for Greening the Financial System (NGFS), publicado no início de julho, aponta que o crescimento de litígios estratégicos relacionados com a natureza é uma tendência crescente e tem sido utilizado pelos litigantes “como uma ferramenta para influenciar os resultados políticos e regulamentares, bem como para mudar o comportamento corporativo e social mais amplo”. Isso causa relevantes riscos para o setor financeiro com múltiplos canais de contágio.”
Fonte: Valor Econômico; 09/08/2024
Política
Pacheco recebe setor do biodiesel e espera votar Combustível do Futuro nas próximas semanas
“O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD/MG), recebeu parlamentares da da Frente Parlamentar Mista do Biodiesel (FPBio) nesta quinta (8/8) e prometeu votar o PL nº 528/2020, do Combustível do Futuro, nas próximas semanas. O PL ainda aguarda o relatório do senador Veneziano Vital do Rêgo (MDB/PB), na Comissão de Infraestrutura do Senado. Pacheco recebeu o presidente da frente, deputado Alceu Moreira (MDB/RS) e, segundo o parlamentar gaúcho, Pacheco afirmou considerar que a discussão em torno da proposta que assegura regras para a expansão dos biocombustíveis amadureceu bastante e a matéria já está pronta para a votação. A expectativa de Alceu Moreira e do deputado federal Arnaldo Jardim (Cidadania/SP), que foi relator da matéria na Câmara e participou da reunião com Pacheco, é que os senadores não façam alterações no texto aprovado pelos deputados. Dirigentes da entidades empresariais Associação dos Produtores de Biocombustíveis do Brasil (Aprobio) e União Brasileira do Biodiesel e Bioquerosene (Ubrabio), também participaram do encontro. Durante evento nesta quinta, o deputado Alceu Moreira defendeu a aprovação pelo Senado do mesmo texto que passou pela Câmara em março. “Aquele texto do Combustível do Futuro [do relator Arnaldo Jardim] é uma construção primorosa. Se o Senado realmente quiser fazer um grande favor ao Brasil, não mexa nele. Aprove assim. Se tiver que evoluir, depois evoluiremos”, disse Moreira durante a V Biodiesel Week, organizada por empresários do setor. Apenas o diesel verde estava contemplado no projeto enviado pelo governo.”
Fonte: Epbr; 08/08/2024
“Se o Senado quiser fazer um favor ao Brasil, não mexa no Combustível do Futuro”, diz Alceu Moreira
“O deputado federal Alceu Moreira (MDB/RS), presidente da frente parlamentar do biodiesel (FPBio), defendeu nesta quinta (8/8) que o Senado aprove o Projeto de Lei do Combustível do Futuro (PL 528/2020) sem alterações no texto que passou pela Câmara dos Deputados, em março deste ano. “Aquele texto do Combustível do Futuro [do relator Arnaldo Jardim] é uma construção primorosa. Se o Senado realmente quiser fazer um grande favor ao Brasil, não mexa nele. Aprove assim. Se tiver que evoluir, depois evoluiremos”, disse Moreira durante a V Biodiesel Week, organizada por empresários do setor. O projeto ainda aguarda o relatório do senador Veneziano Vital do Rêgo (MDB/PB), no Senado Federal, enquanto o governo Lula também tenta convencer os parlamentares a aprovarem o texto da Câmara sem alterações. Com a retomada das atividades legislativas esta semana, há uma expectativa de que o projeto seja votado na Comissão de Infraestrutura na próxima semana e vá para o Plenário na seguinte. Segundo a assessoria de Moreira, o calendário foi sinalizado pelo presidente do Senado, Rodrigo Pacheco. Entre alguns agentes do mercado, no entanto, a análise é que a tramitação pode se arrastar um pouco mais, diante da falta de consenso em relação às políticas para diesel verde e biometano, e de outros projetos que podem ocupar a agenda de votação do Senado. O setor do biodiesel atuou para derrubar emenda da senadora Tereza Cristina (PP/MS), que incluía a possibilidade de considerar a parcela renovável do diesel de petróleo coprocessado com óleos vegetais no mercado que seria reservado ao diesel 100% verde.”
Fonte: Epbr; 08/08/2024
Internacional
Empresas
Com medo de Trump, investidores fogem de fundos de carros elétricos
“Investidores estão sacando recursos de fundos que investem em carros elétricos, receosos de que uma eventual eleição de Donald Trump represente um desafio adicional aos ganhos do setor. Esses fundos registraram saída líquida de US$ 1,6 bilhão entre 1º de janeiro e 31 de julho, de acordo com a empresa de dados EPFR Global. O volume já supera o total de resgates visto em todo o ano de 2023, depois de um 2022 com saldo positivo. “Os fundos de carros elétricos se tornaram um negócio anti-Trump”, disse Vicki Chi, gerente de portfólio da gestora holandesa Robeco em Hong Kong, à Bloomberg. “Apesar de vermos cada vez mais elétricos nas ruas, poucas empresas estão ganhando dinheiro e têm uma perspectiva de expandir as margens.” Se retornar ao cargo de presidente, Trump prometeu abandonar algumas políticas existentes que beneficiam os carros elétricos e aumentar para até 200% as tarifas sobre importações de veículos elétricos chineses. Isso aumentou as preocupações sobre uma desaceleração no crescimento das vendas do setor, fazendo com que investidores e fabricantes reavaliem suas perspectivas. Em relatório recente, analistas do JPMorgan Chase alertaram para o risco de revogação dos créditos fiscais ao setor dado pela Lei de Redução da Inflação e também do financiamento federal para veículos elétricos e infraestrutura relacionada.”
Fonte: Capital Reset; 08/08/2024
EUA proíbem importações de mais cinco empresas chinesas devido ao trabalho forçado dos uigures
“Os Estados Unidos proibiram na quinta-feira as importações de mais cinco empresas chinesas devido a alegadas violações dos direitos humanos envolvendo os uigures, de acordo com uma publicação do governo, como parte de seu esforço para eliminar produtos feitos com trabalho forçado da cadeia de suprimentos dos EUA. As empresas incluem a Rare Earth Magnesium Technology Group Holdings, com sede em Hong Kong e a sua empresa-mãe, a Century Sunshine Group Holdings, que fabrica fertilizantes de magnésio e produtos de liga de magnésio. Também está incluída a Zijin Mining Group, subsidiária da Xinjiang Habahe Ashele Copper Co, que explora metais não ferrosos. As empresas visadas não responderam imediatamente aos pedidos de comentário. As empresas foram adicionadas à Lista de Entidades da Lei de Prevenção do Trabalho Forçado Uyghur, que restringe as importações ligadas ao que o governo dos EUA caracteriza como um genocídio contínuo de minorias na região ocidental de Xinjiang, na China. A lista inclui agora mais de 70 entidades ligadas a produtos como vestuário de algodão, peças para automóveis, pavimentos de vinil e painéis solares. A lista identifica as pessoas que trabalham com o governo da Região Autónoma Uigur de Xinjiang para recrutar e transportar uigures, cazaques, quirguizes ou membros de outros grupos perseguidos para fora da região, bem como as que adquirem material da região ou de pessoas que trabalham com o governo de Xinjiang. As autoridades americanas afirmam que as autoridades chinesas criaram campos de trabalho para os uigures e outros grupos minoritários muçulmanos em Xinjiang.”
Fonte: Reuters; 08/08/2024
Política
O Reino Unido vai propor no próximo ano uma lei para regulamentar as instituições de rating ESG
“O Reino Unido anunciou na quinta-feira que vai propor uma lei no próximo ano para regulamentar as instituições de rating do desempenho ambiental, social e de governação (ESG) das empresas, cujas referências ajudam a canalizar milhares de milhões de dólares para fundos de investimento centrados na sustentabilidade. Atualmente, no Reino Unido, as instituições de rating ESG são convidados a cumprir um código de conduta voluntário, considerado como uma solução rápida antes de eventuais regras obrigatórias já em vigor na União Europeia. A Ministra das Finanças, Rachel Reeves, quer consolidar a Grã-Bretanha como líder mundial em finanças sustentáveis, começando por resolver a falta de transparência subjacente às classificações ESG, afirmou o Ministério das Finanças num comunicado na quinta-feira. O anterior governo conservador abriu uma consulta pública sobre os planos para regulamentar os fornecedores de notações e prometeu regulamentar o sector. “Rachel Reeves pediu ao Tesouro que respondesse rapidamente a uma consulta do sector sobre um novo regime regulamentar para os fornecedores de notação ESG e que apresentasse legislação no próximo ano”, afirmou o ministério. “A nova abordagem irá impulsionar o crescimento, ajudar a criar uma economia mais limpa e garantir que as empresas em sectores críticos como a defesa não sejam penalizadas por classificações opacas”, afirmou o ministério. A Associação de Investimento e Finanças Sustentáveis do Reino Unido (UKSIF), um organismo do setor, disse que a regulamentação deve ajudar a abrir uma “caixa negra”, uma vez que os fornecedores podem, por vezes, apresentar classificações muito diferentes para a mesma empresa, causando confusão aos investidores.”
Fonte: Reuters; 08/08/2024
Índices ESG e suas performances
(1) O Índice ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial da B3) tem como objetivo ser o indicador do desempenho médio das cotações dos ativos de empresas com reconhecido comprometimento com o desenvolvimento sustentável, práticas e alinhamento estratégico com a sustentabilidade empresarial.
(2) O Índice S&P/B3 Brasil ESG mede a performance de títulos que cumprem critérios de sustentabilidade e é ponderado pelas pontuações ESG da S&P DJI. Ele exclui ações com base na sua participação em certas atividades comerciais, no seu desempenho em comparação com o Pacto Global da ONU e também cias sem pontuação ESG da S&P DJI.
(3) O ICO2 tem como propósito ser um instrumento indutor das discussões sobre mudança do clima no Brasil. A adesão das companhias ao ICO2 demonstra o comprometimento com a transparência de suas emissões e antecipa a visão de como estão se preparando para uma economia de baixo carbono.
(4) O objetivo do IGCT é ser o indicador do desempenho médio das cotações dos ativos de emissão de empresas integrantes do IGC que atendam aos critérios adicionais descritos nesta metodologia.
(5) A série de índices FTSE4Good foi projetada para medir o desempenho de empresas que demonstram fortes práticas ambientais, sociais e de governança (ESG)..
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