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Por dentro do mercado voluntário de carbono: Um olhar sobre oferta e demanda

Veja aqui os destaques da nossa reunião com a re.green!

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Destaques da reunião com Thiago Picolo, CEO da re.green

O que é a re.green?

Sobre a re.green. A Re.green é uma empresa privada com fins lucrativos focada na regeneração de áreas desmatadas e na restauração de ecossistemas nativos no Brasil por meio da geração de créditos de carbono. A empresa opera em aproximadamente 30 mil hectares na Mata Atlântica e na Amazônia e obteve ampla visibilidade de mercado após assinar dois acordos com a Microsoft, totalizando 6,5 milhões de créditos de carbono.

Como são feitas as transações no mercado voluntário?

Transações no mercado voluntário permanecem altamente personalizadas. O Sr. Picolo destacou que a maioria dos acordos no mercado voluntário de carbono são estruturados como acordos bilaterais de compra e venda específicos para cada projeto, e não negociações padronizadas no mercado spot. Os compradores normalmente se comprometem com a entrega futura de créditos vinculados a um projeto de restauração específico, com base em uma curva de rendimento de carbono projetada. Esses contratos frequentemente incluem mecanismos de proteção para lidar com possíveis variações ambientais e oferecem maior flexibilidade em comparação com contratos de commodities. No entanto, esse alto nível de personalização torna as transações bastante complexas, exigindo diligência prévia completa e monitoramento anual rigoroso para verificar a captura incremental de carbono.

E o preço?

Dispersão de preços está atrelada à qualidade e à credibilidade. Ao contrário do preço das commodities mais tradicionais, os créditos de carbono são precificados com base em seus atributos específicos – como tipo de projeto, metodologia, localização e padrões de verificação –, com preços bastante variáveis. Para projetos de ARR (Arborização, Reflorestamento e Revegetação), ele observou uma tendência positiva de precificação, com demanda crescente de empresas que buscam soluções escaláveis ​​e de alta integridade por meio de acordos de compra plurianuais, distanciando-se do controverso REDD+ (Redução de Emissões por Desmatamento e Degradação Florestal). Ainda assim, ele enfatizou que o principal desafio do mercado não é a precificação, mas a oferta limitada.

Como está a demanda por créditos nos EUA?

Integração entre mercados regulados e voluntários

Mercado de carbono gerido pela ONU pode destravar o potencial do Brasil. Embora os mercados regulados de carbono (como o da União Europeia e o da Califórnia) atualmente restrinjam a origem dos créditos a jurisdições nacionais, o Sr. Picolo observou que uma possível convergência entre mercados voluntários e regulados sob uma estrutura governada pela ONU poderia ser transformadora, especialmente para o Brasil. Estima-se que o país detenha cerca de 15% a 25% do potencial mundial de geração de créditos de carbono baseados na natureza. Nesse sentido, se os créditos internacionais forem aceitos em sistemas regulados, os projetos brasileiros podem se beneficiar de um aumento significativo de preço, com preços no mercado regulamentado variando de US$100 a US$200/tonelada, muito acima da média atual do mercado voluntário.

Futuro mercado regulado do Brasil deve ser chave para impulsionar a demanda. Espera-se que a implementação de um mercado regulado de carbono no Brasil seja positivo para a demanda. Segundo o Sr. Picolo, esse sistema atrairia novos compradores, fazendo com que os participantes transitassem de mercados voluntários para mercados regulados. No entanto, a precificação dos créditos de carbono nesse mercado são menos previsíveis, dependendo de políticas, padrões de verificação e da confiança do mercado.

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