Bom dia! Neste relatório diário publicado todas as manhãs pelo time ESG do Research da XP, buscamos trazer as últimas notícias para que você comece o dia bem informado e fique por dentro do tema ESG - do termo em inglês Environmental, Social and Governance ou, em português, ASG - Ambiental, Social e Governança.
Quais tópicos abordamos ao longo do conteúdo? (i) Notícias no Brasil e no mundo acerca do tema ESG; (ii) Performance histórica dos principais índices ESG em diferentes países; (iii) Comparativo da performance do Ibovespa vs. ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial, da B3); e (iv) Lista com os últimos relatórios publicados pelo Research ESG da XP.
Principais tópicos do dia
• O mercado encerrou o pregão de quinta-feira em território negativo, com o IBOV e o ISE recuando 0,37% e 0,61%, respectivamente.
• No Brasil, (i) a Petrobras anunciou, nesta quinta (25/7), a venda das primeiras cargas de combustível marítimo com mistura de 24% de biodiesel – de acordo com dados da companhia, o bunker foi batizado de VLS (Very Low Sulfur) B24, e resulta da mistura de bunker de origem mineral com biodiesel de segunda geração, ou seja, produzido a partir de resíduos agroindustriais; e (ii) a companhia aérea Azul anunciou ontem que passará a adotar veículos elétricos no transporte de passageiros dentro dos aeroportos brasileiros – a partir de agora, os clientes que desembarcam e embarcam remoto no Aeroporto Internacional de Viracopos (Campinas/SP) contarão com o apoio de nove vans elétricas como transporte, substituindo os veículos a diesel usados atualmente.
• Ainda no país, a tragédia climática no Rio Grande do Sul pode representar perdas de até R$ 58 bilhões no próprio estado e de mais R$ 38,9 bilhões em outras unidades da federação, com um impacto de cerca de R$ 97 bilhões na economia brasileira em 2024, segundo um estudo da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) divulgado ontem – de acordo com os dados, 9,86% do PIB do RS pode ser afetado.
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Brasil
Empresas
Petrobras vende primeira carga de bunker com 24% de biodiesel
"A Petrobras anunciou, nesta quinta (25/7), a venda das primeiras cargas de combustível marítimo com mistura de 24% de biodiesel. O bunker foi batizado de VLS (Very Low Sulfur) B24. Disponível sob demanda, o VLS B24 resulta da mistura de bunker de origem mineral com biodiesel de segunda geração, ou seja, produzido a partir de resíduos agroindustriais, segundo a Petrobras. O combustível final foi misturado no Terminal de Rio Grande (RS) da Transpetro. A iniciativa faz parte da estratégia da estatal de desenvolver produtos mais sustentáveis e com maior valor agregado. Nos testes realizados pela petroleira, o desempenho dos motores com o VLS B24 foi similar ao com bunker totalmente fóssil. Já a adição de 24% de biodiesel reduziu entre 17% e 19% a emissão de gases de efeito estufa. “Estamos conciliando o foco em óleo e gás com a busca pela diversificação de portfólio em negócios de baixo carbono. Os investimentos em produtos que geram rentabilidade e ganhos ambientais para a sociedade são fundamentais para a Petrobras”, declarou o diretor de Logística, Comercialização e Mercados da Petrobras, Claudio Schlosser. A diretoria colegiada da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) aprovou no início de julho a comercialização do bunker com 24% de biodiesel pela Petrobras."
Fonte: Epbr; 25/07/2024
Azul substitui frota a diesel por veículos elétricos em Campinas
"A companhia aérea Azul anunciou nesta quinta (25/7) que passará a adotar veículos elétricos no transporte de passageiros dentro dos aeroportos brasileiros. A iniciativa começou por Campinas (SP). A partir de agora, os clientes que desembarcam e embarcam remoto no Aeroporto Internacional de Viracopos contarão com o apoio de nove vans elétricas como transporte – em substituição aos veículos a diesel usados atualmente para este trabalho em solo. Segundo a companhia, a medida integra seu plano estratégico de ESG, entre as ações para redução de emissão de carbono e seu Programa de Eficiência de Combustível (PEC). A expectativa é deixar de emitir 112 toneladas de carbono ao ano, apenas com a substituição dos nove veículos. A substituição de toda a frota de veículos em VCP foi feita após um estudo da própria empresa para avaliar todos os custos-benefícios envolvidos nesse tipo de operação. Os resultados devem motivar um plano para providenciar a troca dos veículos que hoje atuam em 36 aeroportos onde a Azul opera, informa em comunicado. De acordo com Daniel Tkacz, vice-presidente de Operações da Azul, além de reduzir emissões, é esperada uma economia nos gastos com combustível e manutenção. Em Viracopos, os custos com a manutenção dos novos veículos podem chegar a ser 70% menores em relação aos convencionais – que devido a baixa velocidade que precisam transitar na pista tinham mais risco de problemas técnicos, como até mesmo falhas e necessidade de troca do motor. Outra vantagem será poder abastecer e providenciar reparos na base, sem precisar que o veículo se ausente da operação."
Fonte: Epbr; 25/07/2024
ANP revoga autorização de produtora de biodiesel por uso excessivo de metanol
"A diretoria da ANP rejeitou o recurso da Ipê Biocombustível e aprovou a revogação da autorização para produção de biodiesel. A empresa apresentou uso excessivo de metanol e não conseguiu comprovar que não praticou destinação indevida do produto. A Ipê foi a primeira produtora de biodiesel a ter a autorização revogada pela ANP após a agência ampliar a investigação sobre a destinação do metanol no setor que, entre janeiro de 2021 a abril de 2023, demandou quase 55% do metanol importado pelo país. O metanol é um produto químico com características de combustível. Além do uso na cadeia do biocombustível, é um solvente industrial e matéria-prima da produção de formol. A substância é usada na adulteração dos combustíveis, em fraudes contra os consumidores que também representam risco à saúde e, em casos graves de contaminação, pode matar. A relatora, Symone Araújo, destacou trecho do parecer em que a Procuradoria Federal da ANP afirma que “a empresa não apresentou qualquer justificativa para a constatação de que, em vários meses, declara a utilização de um volume de metanol muito superior ao máximo que seria capaz de processar em suas instalações industriais (3.240.000 l de metanol), chegando a mais de 200% em alguns meses”. Além disso, a produtora de biodiesel apresentou declarações de movimentações de metanol via caminhões, mas não explicou a inconformidade entre as notas fiscais enviadas à ANP e os dados informados pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), “evidenciando que as movimentações de caminhões indicadas nos documentos fiscais não ocorreram na prática”, afirma o parecer da Procuradoria. “Eu acho que o efeito pedagógico de medidas com essa são extremamente importante para o mercado”, comentou o diretor-geral Rodolfo Saboia, ao final da votação."
Fonte: Epbr; 25/07/2024
A evolução do compliance socioambiental e o monitoramento nas empresas hoje
"Nos últimos anos, o cenário corporativo global passou por uma transformação significativa. A sustentabilidade e a responsabilidade socioambiental, antes vistas como diferenciais competitivos, agora estão passando a ser exigências regulatórias essenciais. Este movimento é impulsionado por legislações nacionais ou supranacionais, como a Diretiva de Devida Diligência em Sustentabilidade Corporativa (CSDDD) da União Europeia, que exige que grandes empresas monitorem e relatem os impactos socioambientais em toda a sua cadeia de valor, inclusive as operações de suas subsidiárias no exterior, entrando em vigor em 2028. O Novo Paradigma do Compliance - A crescente demanda por transparência e conformidade está moldando um novo paradigma empresarial. A CSDDD, aprovada recentemente pelo Parlamento Europeu, impõe que as empresas controlem rigorosamente os aspectos socioambientais de suas cadeias de fornecedores para evitar a comercialização de produtos em desacordo com as novas diretrizes. Este movimento não apenas mitiga riscos ambientais e sociais, mas também promove práticas empresariais mais sustentáveis. Ainda que a liderança de uma empresa não esteja realmente preocupada com questões socioambientais, o risco à sustentabilidade financeira é uma realidade. Multas, sanções comerciais, manutenção e atração de investimentos e até limitação de crédito podem afetar o desempenho financeiro. Por exemplo, o BNDES estendeu o veto a clientes com embargos ambientais em vigor, sublinhando a importância de uma gestão ambiental rigorosa para a obtenção de financiamento. Embora a adaptação a essas novas exigências possa representar desafios significativos, ela também abre um leque de oportunidades para as empresas."
Fonte: Valor Econômico; 26/07/2024
Política
Crise climática movimenta G20 e leva Acre a decretar emergência
"Enquanto o Rio Grande do Sul se recupera das tempestades que destruíram parte do estado e o Pantanal tenta apagar os incêndios causados pela grave seca enfrentada pela região, no Norte do Brasil, municípios do Acre estão decretando estado de emergência em razão da estiagem. De acordo com a Agência Brasil, o Rio Acre atingiu a cota de 1,54 metro na quarta (24), ficando o rio próximo de atingir a pior cota da história: 1,25 metro em setembro de 2022. O cenário de estiagem levou sete dos 22 municípios acreanos a decretarem emergência. A capital, Rio Branco, foi a primeira, em 28 de junho. Nesta quarta, o governo estadual decretou situação de emergência ambiental em todos os municípios. A medida vale até o fim do ano. A falta de chuvas e o baixo nível do rio tem prejudicado o abastecimento de água potável e o tráfego de ribeirinhos. Em outras áreas, como Cruzeiro do Sul, as condições climáticas adversas, como ondas de calor, baixa umidade relativa do ar e intensos ventos estão ajudando a espalhar os incêndios florestais – elevando a concentração de monóxido de carbono e partículas na atmosfera, levando riscos à saúde da população. Esta semana, líderes das 20 maiores economias globais estão no Brasil discutindo a reforma do sistema financeiro para enfrentar as mudanças climáticas. Como presidente rotativo do bloco até o final deste ano, o Brasil tem defendido um alinhamento entre essas grandes economias para viabilizar os recursos necessários à transição energética e adaptação de países de renda média e baixa – onde estão os mais vulneráveis. “Esta reunião é a última oportunidade em 2024 para os Ministros das Finanças do G20 discutirem um acordo substancial sobre o formato das principais reformas necessárias para restaurar a confiança e mostrar uma forte ação coletiva na agenda de financiamento para o clima." analisa o think tank E3G."
Fonte: Epbr; 25/07/2024
'Há vontade política' para salvar a Amazônia, diz presidente do BID
"O presidente do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), Ilan Goldfajn, afirmou que há "vontade política" para avançar na preservação da Amazônia, pulmão do planeta e reguladora crucial do clima, durante uma entrevista à AFP no Rio de Janeiro. Sentimos que havia no ambiente a vontade política de fazer (projetos) no lugar certo, a Amazônia, no momento certo. Acho que isso está acontecendo agora", disse Goldfajn na quarta-feira, ao fazer um balanço do programa Amazônia Sempre, lançado pelo BID há um ano. Para celebrar os avanços, Goldfajn viajará neste fim de semana para Belém, cidade que sediará a COP30 do clima em 2025. Ele participará no sábado, ao lado da secretária do Tesouro dos Estados Unidos, Janet Yellen, e ministros dos oito países amazônicos e líderes empresariais, de debates sobre desenvolvimento sustentável e financiamento climático. A iniciativa Amazônia Sempre funciona como um "guarda-chuva" ou plataforma que reúne os países da região e países doadores, bancos públicos e privados, governos, instituições de pesquisa, comunidades locais e o setor privado, explicou Goldfajn. A cooperação entre todos os atores envolvidos é fundamental "para que esse dinheiro realmente chegue aonde vai ter um efeito" e "evitar chegar ao ponto de não retorno", quando a floresta amazônica começará a emitir mais carbono do que absorve, agravando o aquecimento global. Segundo o chefe do BID, essa vontade política começa a dar frutos: em um ano, os recursos para projetos na Amazônia quadruplicaram, passando de US$ 1 bilhão (R$ 5,63 bilhões) para US$ 4,2 bilhões (R$ 23,7 bilhões)."
Fonte: O Globo; 25/07/2024
Tragédia climática no Rio Grande do Sul pode ter impacto de R$ 100 bilhões, diz CNC
"A tragédia climática no Rio Grande do Sul pode representar perdas de até R$ 58 bilhões no próprio estado e de mais R$ 38,9 bilhões em outras unidades da federação, com um impacto de cerca de R$ 97 bilhões na economia brasileira em 2024. Há possibilidade, ainda, de atingir 9,86% do Produto Interno Bruto (PIB) do Rio Grande do Sul, com reflexo de até menos 1% no PIB do Brasil. As estimativas são de estudo da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) e foram divulgadas nesta quinta-feira (25). No mercado de trabalho, a tragédia causada pelas enchentes pode resultar em prejuízos de 195 mil empregos no estado e 110 mil em outras unidades da federação que, somados, correspondem a 7,19% do estoque de empregos formais no Rio Grande do Sul e a 0,69% no país. A CNC mostra que, além de atingir a atividade econômica, a tragédia tende a impactar a inflação e a dinâmica fiscal de todo o país. “O comércio, os serviços e o turismo sofrerão duramente caso as medidas mitigatórias não sejam implantadas de maneira efetiva”, diz o estudo. A perda diária do comércio foi estimada em R$ 5 bilhões, que representa 31,5% do previsto para maio. Na infraestrutura e no abastecimento, muito atingidos, a previsão é de uma queda de 28% no fluxo de veículos de carga nas estradas. Em situação de normalidade, o estado responde por 7% do volume de vendas no varejo brasileiro. “As perdas no comércio podem chegar a R$ 10 bilhões, 5% do faturamento de 2023”, projeta a CNC. Os prejuízos no turismo devem chegar a mais de R$ 49 milhões por dia, acumulando até R$ 2 bilhões de perdas até junho e fechar o ano com impactos de R$ 6 bilhões. “O Rio Grande do Sul foi responsável por 6% do faturamento do turismo no Brasil em 2023."
Fonte: InfoMoney; 25/07/2024
BID e bancos brasileiros anunciam o desenvolvimento do ETF da floresta amazônica
"O Banco Interamericano de Desenvolvimento e os bancos públicos brasileiros BNDES, Banco do Brasil (BBAS3.SA), abre nova aba e Caixa Econômica Federal anunciaram nesta quinta-feira que desenvolverão em conjunto um fundo negociado em bolsa (ETF) focado em investimentos sustentáveis na floresta amazônica. A proposta, relatada pela primeira vez pela Reuters na quarta-feira, tem como objetivo lançar o ETF nos mercados de capitais antes da conferência climática COP30 na cidade brasileira de Belém no próximo ano, disse o presidente do BID, Ilan Goldfajn, falando à margem de uma reunião de líderes financeiros do G20 no Rio de Janeiro."
Fonte: Reuters; 25/07/2024
Juiz brasileiro bloqueia a pavimentação de rodovia no coração da floresta amazônica
"Na quinta-feira, um juiz brasileiro emitiu uma liminar para impedir a pavimentação de uma rodovia que atravessa o centro da floresta amazônica, em meio a temores de que a estrada aumente o desmatamento e impulsione ainda mais as mudanças climáticas. O ex-presidente de direita Jair Bolsonaro havia prometido pavimentar a BR-319, um projeto que tem grande apoio local na Amazônia, apesar das preocupações de especialistas e ambientalistas com o desmatamento. Em seus últimos meses no cargo, em 2022, o governo de Bolsonaro emitiu uma licença que permitia o avanço do projeto. Um juiz suspendeu a licença em uma decisão que citou a necessidade de ter medidas para controlar o desmatamento antes da pavimentação, de acordo com documentos judiciais na quinta-feira. “A justiça foi feita. A importância dessa decisão é gigantesca”, disse Suely Araujo, especialista em políticas do grupo de lobby ambiental Observatório do Clima, que moveu a ação judicial para bloquear a estrada. ”Não há condições de controlar a explosão de desmatamento que a pavimentação da estrada causará.” “Não há condições de controlar a explosão de desmatamento que a pavimentação da estrada causará.” A pavimentação da estrada permitiria que madeireiros ilegais e grileiros acessassem mais facilmente áreas remotas e relativamente intocadas da maior floresta tropical do mundo, segundo especialistas em meio ambiente. O desmatamento é a maior fonte de emissões de gases de efeito estufa do Brasil, que ajudam a impulsionar as mudanças climáticas. Um estudo estimou que o projeto resultaria em um aumento de cinco vezes no desmatamento até 2030, o equivalente a uma área maior do que o estado americano da Flórida."
Fonte: Reuters; 25/07/2024
Governo apresenta plano para concessão de reflorestamento
"Cerca de cem pessoas lotaram um pequeno auditório em São Paulo nesta quinta-feira para conhecer os detalhes da primeira concessão de um pedaço da floresta amazônica para reflorestamento pela iniciativa privada. O edital inaugural vai envolver cerca de 15 mil hectares da Floresta Nacional do Bom Futuro, perto de Porto Velho (RO), divididos em três unidades. O investimento estimado dos três concessionários será de R$ 600 milhões, e as concessões durarão 40 anos. O foco principal é a recuperação ecológica, que será financiada com a venda de créditos de carbono. A exploração da madeira de espécies nativas, seguindo regras estritas do número de árvores derrubadas e de áreas autorizadas, também ajudará a fechar as contas. O evento foi um “market sounding board”, um teste da ideia junto a potenciais interessados. Estavam na plateia representantes das maiores empresas de carbono e de startups de reflorestamento brasileiras. Potenciais compradores de créditos também estavam presentes. O SFB tem mais de 30 reuniões individuais marcadas para os próximos dias para esclarecer dúvidas. “Precisa ouvir o mercado, é o primeiro projeto desse tipo”, diz Renato Rosenberg, diretor de concessões do SFB. “Mostramos as premissas e agora vamos ver se elas estão aderentes à realidade.” Depois de eventuais alterações, o edital ainda terá de percorrer um caminho burocrático até ser colocado na rua. A expectativa de Rosenberg é que isso aconteça apenas no primeiro trimestre de 2025. Acertar o desenho desta primeira concessão é considerado essencial para os planos do Serviço Florestal de leiloar 100 mil hectares nos próximos dois anos para atividades de restauração."
Fonte: Capital Reset; 26/07/2024
Internacional
Empresas
A polêmica dos veículos a hidrogênio nas Olimpíadas de Paris
"Os Jogos Olímpicos de Paris 2024, que começaram nesta semana na França, estão no centro de uma polêmica envolvendo o uso de veículos movidos a hidrogênio, especialmente os de passeio do modelo Toyota Mirai, que serão parte da frota oficial do evento. A iniciativa, promovida em parceria com a produtora de gases e patrocinadora dos jogos Air Liquide, visa reduzir a pegada de carbono durante o evento esportivo com o uso de hidrogênio de origem renovável. Contudo, um grupo de cientistas questiona a eficácia dessa medida em termos de emissões de CO2. A Air Liquide assinou um acordo com o Comitê Organizador de Paris 2024 para fornecer hidrogênio de origem renovável para vários veículos oficiais. Durante os Jogos, a Toyota fornecerá 500 unidades do Mirai que, após o evento, serão integradas à frota de táxis a hidrogênio existente em Paris, aumentando o número total desse tipo de veículo na cidade para 1.500. Além disso, a Toyota vai disponibilizar uma frota de mais de 2.650 veículos elétricos. No Brasil, a empresa é uma das montadoras que está fornecendo veículos a etanol para a frota dos eventos oficiais do G20 no Rio de Janeiro. “Pedimos ao Comitê Olímpico Internacional para que a Toyota troque o veículo oficial das Olimpíadas e toda a frota de veículos olímpicos para veículos 100% elétricos a bateria para os Jogos de 2024”, diz a carta publicada no início do mês e assinada por mais de 120 cientistas, acadêmicos e engenheiros. A justificativa dos críticos é que os carros movidos a hidrogênio, como o Toyota Mirai, consomem três vezes mais eletricidade renovável do que os modelos elétricos a bateria (BEVs) para o mesmo desempenho."
Fonte: Epbr; 25/07/2024
França e NBA se comprometem a promover metas de desenvolvimento sustentável no esporte
"O governo francês e a Associação Nacional de Basquetebol dos EUA (NBA) anunciaram compromissos na quinta-feira para fazer com que o esporte atenda às metas de desenvolvimento sustentável, como limitar seu impacto sobre o clima e ser o mais socialmente inclusivo possível. Os compromissos foram assumidos enquanto o presidente francês Emmanuel Macron recebia vários líderes mundiais e o presidente do Comitê Olímpico Internacional (COI), Thomas Bach, em Paris, um dia antes da cerimônia de abertura formal das Olimpíadas. “Não há espaço para o ódio no esporte”, disse Macron. O vice-comissário da NBA, Mark Tatum, disse que a NBA trabalharia com a Agência Francesa de Desenvolvimento (AFD) e outros parceiros em todo o mundo para construir 1.000 quadras de basquete na África na próxima década. Macron acrescentou que a AFD investirá 500 milhões de euros (US$ 543 milhões) para fazer com que o esporte atenda a essas metas de desenvolvimento sustentável.
Macron está realizando uma rodada de reuniões políticas e corporativas antes da cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos na sexta-feira."
Fonte: Reuters; 25/07/2024
Paris 2024 pode ser os Jogos mais verdes de todos os tempos?
"Com medalhas feitas de ferro recuperado das reformas da Torre Eiffel e assentos de plástico reciclado nos estádios, Paris 2024 pretende ser a Olimpíada mais ecológica de todos os tempos. A necessidade de ação é clara, pois os cientistas, abre nova aba disseram que o calor intenso ligado às emissões de carbono causadas pelo homem é um risco crescente para os competidores no maior evento esportivo do mundo e além. Paris 2024 se comprometeu a reduzir suas emissões de carbono pela metade em comparação com a média emitida durante os Jogos de Verão de Londres e do Rio. Aqui estão alguns dos esforços de Paris 2024 para atingir essa meta. Para muitas pessoas, os estádios olímpicos, como o Centro Aquático Olímpico do Rio, que não conseguiram encontrar um propósito após os Jogos, simbolizam extravagância. Paris 2024 procurou minimizar as novas construções. Quase todas as instalações usam locais existentes ou temporários, muitas vezes usando os marcos da cidade como pano de fundo. Os organizadores afirmam que a substituição do concreto por materiais de construção de baixo carbono, incluindo madeira de origem sustentável, reduzirá as emissões da Vila Olímpica em 30% em comparação com o que os organizadores chamaram de projetos convencionais, sem fornecer detalhes. A infraestrutura permanente foi responsável por 73% das 467.000 toneladas métricas estimadas de emissões de carbono geradas pelos Jogos Olímpicos entre 2018 e 2023. Além disso, 11.000 assentos nas duas únicas arenas construídas especificamente para Paris 2024 são feitos de plástico reciclado."
Fonte: Reuters; 26/07/2024
Política
ONU exige ação contra o calor extremo enquanto o mundo registra o dia mais quente
"A epidemia de calor extremo, alimentada pela mudança climática - dias depois que o mundo registrou o dia mais quente já registrado. “O calor extremo é o novo anormal”, disse Guterres. “O mundo deve enfrentar o desafio do aumento das temperaturas”, disse ele. A mudança climática está tornando as ondas de calor mais frequentes, mais intensas e mais duradouras em todo o mundo. Já neste ano, as condições escaldantes mataram 1.300 peregrinos do hajj, fecharam escolas para cerca de 80 milhões de crianças na África e na Ásia e levaram a um aumento de hospitalizações e mortes no Sahel. Todos os meses desde junho de 2023 foram classificados como os mais quentes do planeta desde o início dos registros em 1940, em comparação com o mês correspondente nos anos anteriores, de acordo com o Serviço de Mudanças Climáticas Copernicus da União Europeia. A ONU pediu aos governos que não apenas reduzam as emissões de combustíveis fósseis - o motor da mudança climática - mas também reforcem as proteções para os mais vulneráveis, incluindo idosos, mulheres grávidas e crianças, e aumentem as salvaguardas para os trabalhadores. Mais de 70% da força de trabalho global - 2,4 bilhões de pessoas - estão agora sob alto risco de calor extremo, de acordo com um relatório da Organização Internacional do Trabalho (OIT) publicado na quinta-feira. Na África, quase 93% da força de trabalho está exposta ao calor excessivo, e 84% da força de trabalho dos Estados Árabes, segundo o relatório da OIT. O calor excessivo é responsável por quase 23 milhões de lesões no local de trabalho em todo o mundo e cerca de 19.000 mortes por ano."
Fonte: Reuters; 25/07/2024
América Latina lança programa regional de rotulagem ecológica para promover o comércio sustentável
"Instituições reguladoras, de padronização e de credenciamento da América Latina e do Caribe formaram legalmente a Aliança Ambiental da América para desenvolver um novo programa regional de rotulagem ecológica. A Aliança visa a padrões de rotulagem ecológica mais consistentes entre as diferentes nações. A iniciativa - apoiada pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) por meio de financiamento da Alemanha - busca impulsionar o comércio sustentável e promover escolhas mais bem informadas dos consumidores em um mercado que representa mais de 450 milhões de pessoas. “Setenta e dois por cento dos consumidores querem mais informações sobre os esforços das empresas para melhorar seus produtos do ponto de vista ambiental. Por outro lado, nas Américas, existem 209 padrões voluntários de rotulagem ecológica, o que confunde os consumidores”, disse um porta-voz do PNUMA à Food Ingredients First. “Essa iniciativa visa garantir que o desempenho ambiental de um produto seja transparente e verificado por terceiros ao longo do ciclo de vida do produto, com critérios ambiciosos para o clima, a biodiversidade e a poluição.” A constituição legal segue uma decisão ministerial de 2023 do Fórum de Ministros do Meio Ambiente da América Latina e do Caribe que enfatizou o compromisso da região em desenvolver “um mercado regional sustentável e promover padrões de consumo e produção sustentáveis”, o que posiciona iniciativas regionais como a Aliança Ambiental da América de forma mais proeminente."
Fonte: Food Ingredients First; 26/07/2024
Índices ESG e suas performances


(1) O Índice ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial da B3) tem como objetivo ser o indicador do desempenho médio das cotações dos ativos de empresas com reconhecido comprometimento com o desenvolvimento sustentável, práticas e alinhamento estratégico com a sustentabilidade empresarial.
(2) O Índice S&P/B3 Brasil ESG mede a performance de títulos que cumprem critérios de sustentabilidade e é ponderado pelas pontuações ESG da S&P DJI. Ele exclui ações com base na sua participação em certas atividades comerciais, no seu desempenho em comparação com o Pacto Global da ONU e também cias sem pontuação ESG da S&P DJI.
(3) O ICO2 tem como propósito ser um instrumento indutor das discussões sobre mudança do clima no Brasil. A adesão das companhias ao ICO2 demonstra o comprometimento com a transparência de suas emissões e antecipa a visão de como estão se preparando para uma economia de baixo carbono.
(4) O objetivo do IGCT é ser o indicador do desempenho médio das cotações dos ativos de emissão de empresas integrantes do IGC que atendam aos critérios adicionais descritos nesta metodologia.
(5) A série de índices FTSE4Good foi projetada para medir o desempenho de empresas que demonstram fortes práticas ambientais, sociais e de governança (ESG).
(6) O Índice MSCI ACWI, que representa o desempenho de todo o conjunto de ações de grande e médio porte do mundo, em 23 mercados desenvolvidos e 26 emergentes.
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