Bom dia! Neste relatório diário publicado todas as manhãs pelo time ESG do Research da XP, buscamos trazer as últimas notícias para que você comece o dia bem informado e fique por dentro do tema ESG - do termo em inglês Environmental, Social and Governance ou, em português, ASG - Ambiental, Social e Governança.
Quais tópicos abordamos ao longo do conteúdo? (i) Notícias no Brasil e no mundo acerca do tema ESG; (ii) Performance histórica dos principais índices ESG em diferentes países; (iii) Comparativo da performance do Ibovespa vs. ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial, da B3); e (iv) Lista com os últimos relatórios publicados pelo Research ESG da XP.
Principais tópicos do dia
• O mercado encerrou o pregão de quinta-feira em território positivo, com o IBOV e o ISE avançando 0,6% e 0,8%, respectivamente.
• No Brasil, a Petrobras anunciou ontem a criação do Fundo Petrobras de Bioeconomia em parceria com a Régia Capital, joint venture da BB Asset e JGP - a iniciativa, que conta com um aporte inicial de R$100 milhões, tem como objetivo financiar projetos socioambientais no Brasil e estruturá-los como negócios sustentáveis, permitindo a preservação do capital investido e a ampliação dos impactos sustentáveis.
• No internacional, (i) o Google se juntou ao grupo de empresas americanas que reduziram suas iniciativas de diversidade, recuando em metas de contratação - de acordo com a companhia, os programas de diversidade, equidade e inclusão estão sendo reavaliados; e (ii) segundo um relatório divulgado ontem pela BloombergNEF, mesmo com as recentes barreiras comerciais impostas pelos EUA e pela Europa aos produtos chineses, o custo nivelado de eletricidade para tecnologias de energia renovável deve cair de 22% a 49% até 2035 - para 2025, a expectativa é que o custo de tecnologias de energia limpa, como eólica, solar e de bateria, caia de 2% a 11%, quebrando o recorde de 2024.
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Brasil
Empresas
Petrobras lança fundo para financiar projetos de bioeconomia
"A Petrobras anunciou a criação de um fundo voltado para projetos de bioeconomia e soluções baseadas na natureza (NBS, na sigla em inglês). O Fundo Petrobras de Bioeconomia contará com R$ 50 milhões aportados pela estatal e outros R$ 50 milhões provenientes de fundos administrados pela gestora Régia Capital, especializada em investimentos sustentáveis. A iniciativa tem como objetivo financiar projetos socioambientais no Brasil e estruturá-los como negócios sustentáveis, permitindo a preservação do capital investido e a ampliação dos impactos socioambientais. A estatal pretende reinvestir os retornos financeiros obtidos para expandir as iniciativas apoiadas. A gestão do fundo será conduzida pela Régia Capital, selecionada em um processo competitivo que levou em consideração a experiência da gestora, fruto de uma parceria entre a JGP e a BB Asset. Os projetos beneficiados serão selecionados com base em critérios como impacto na mitigação climática e conservação da biodiversidade, combate ao desmatamento, geração de empregos e renda, além do potencial de criação de créditos de carbono e biodiversidade. A governança do fundo prevê a utilização do modelo Impact Linked Compensation (em inglês), que atrela a remuneração da gestora ao impacto socioambiental produzido pelas iniciativas apoiadas. O fundo está alinhado às diretrizes do Plano Estratégico 2050 e do Plano de Negócios 2025-2029 da Petrobras, que preveem ações voltadas à conservação e restauração ambiental no país. O movimento ocorre em um momento de crescimento do mercado de bioeconomia, com empresas e investidores buscando soluções sustentáveis e mecanismos financeiros voltados à economia verde."
Fonte: Eixos; 06/02/2025
Unigel listará ações em Cingapura e quer sócio em H2V
"A Unigel, que acaba de encerrar um processo de recuperação extrajudicial que reestruturou dívidas de R$ 5,1 bilhões, planeja listar ações na Bolsa de Cingapura nos próximos meses e está avançando nas negociações para seguir em frente com seu projeto de hidrogênio verde, em paralelo às negociações com a Petrobras em torno das fábricas de fertilizantes arrendadas, apurou o Valor. Segundo fontes próximas às tratativas, a listagem das ações na bolsa estrangeira, pode ocorrer nos próximos três a seis meses. O plano de recuperação judicial aprovado pelos credores já prevê um potencial IPO, considerando-se um percentual mínimo de 20% do capital, mas não trazia detalhes quanto à bolsa escolhida ou prazo para a operação. Com a conclusão da RE, o controle da Unigel é agora compartilhado pela família Slezynger, que ficou com 50% das ações e é acionista de referência, e pelo grupo de credores que concordou em aportar novos recursos na companhia, com outros 50% do capital. Com a listagem de ações em Cingapura, a família do fundador do grupo, Henri Slezynger, poderá vender parte de seus papéis e sofrer nova diluição. Procurada, a Unigel não comentou o assunto. A partir da reestruturação financeira, que trouxe desalavancagem de 60%, o grupo quer voltar a seus projetos de crescimento. “Foi um processo complexo, mais longo do que o desejado por causa dos litígios, mas funcionou muito bem. O objetivo desse processo é permitir a recuperação da empresa”, disse ao Valor o advogado Thomas Felsberg, que liderou o processo de RE."
Fonte: Valor Econômico; 07/02/2025
Política
Não cabe ao Ibama e ao MMA influência sobre licenças para óleo e gás, diz Marina Silva
"A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva (Rede), disse que não cabe à pasta exercer influência sobre a liberação de licenças para atividade de exploração e produção de petróleo e gás natural. “Do contrário, não seriam técnicas”, afirmou. A fala foi divulgada em uma nota nesta quinta-feira (6/2), em meio à expectativa sobre a resposta do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) ao recurso da Petrobras no pedido de licenciamento para a perfuração de um poço exploratório na Bacia da Foz do Amazonas, na região da Margem Equatorial. A ministra afirmou que a análise do órgão ambiental tem natureza técnica, com atenção aos aspectos socioambientais do projeto. Reconheceu também a alta complexidade ambiental do caso. “Cabe ao Ibama, de acordo com o que está previsto na lei, avaliar se os projetos estão de acordo com os critérios nela previstos”, disse. Ela destacou que a definição de política energética do país cabe ao Conselho Nacional de Política Energética (CNPE). O Ministério do Meio Ambiente (MMA) integra o conselho, assim como outros 16 ministérios. “Logo, Ibama ou MMA não têm atribuição para decidir se o Brasil vai ou não explorar combustíveis fósseis na Foz do Amazonas ou em qualquer outra bacia sedimentar brasileira”, afirmou a ministra. “Cientes disso e em estreita observância ao que diz a lei, tanto MMA quanto Ibama não dificultam nem facilitam os processos de licenciamento, mas cumprem o que mandam a legislação e os procedimentos nela respaldados. É assim que funciona um governo republicano”, acrescentou."
Fonte: Eixos; 06/02/2025
Indústria química tenta emplacar sucessor do Reiq para incentivar o setor
"A indústria química tenta emplacar, no Congresso, uma nova política de incentivo ao setor, diante das perspectivas de encerramento do Regime Especial da Indústria Química (Reiq). O presidente da Frente Parlamentar da Química, o deputado federal Afonso Motta (PDT/RS), apresentou esta semana um projeto de lei propondo a criação do Programa Especial de Sustentabilidade da Indústria Química (Presiq). O PL 250/2025 prevê a concessão de créditos financeiros, de até R$ 5 bilhões por ano, a partir de 2027 – justamente quando se encerra o Reiq. A desoneração das alíquotas de PIS/Cofins sobre as matérias-primas e insumos utilizados na produção de produtos químicos, como prevista no Reiq, termina com o período de transição da reforma tributária – que extingue, justamente a partir de 2027, o PIS/Cofins. O novo programa busca ocupar esse espaço, com a concessão dos créditos fiscais para o setor. O Presiq vai até 2029 e foi estruturado em duas modalidades: (i) aquisição de matérias primas, incluindo nafta petroquímica e gás natural, na proporção de até 5% do valor de aquisição de produtos e limitado a R$ 4 bilhões por ano; e (ii) investimentos em ampliação de capacidade instalada ou projetos que atendam a outras diretrizes do programa, com créditos de até 3% do valor do investimento. Nesse caso, o crédito está limitado a R$ 1 bilhão por ano. Essa segunda modalidade também vale para investimentos em ampliação de capacidade ou instalação de novas plantas que utilizem gás natural para produção de fertilizantes. E aplica-se, ainda, às biorrefinarias."
Fonte: Eixos; 06/02/2025
Brasil promoverá a diversidade social como critério para investimentos sustentáveis na COP30
"O Brasil planeja propor a diversidade social como um critério global para rotular investimentos sustentáveis na cúpula climática da ONU que sediará este ano, conforme declarado por uma autoridade sênior na quarta-feira, apesar da crescente resistência às metas de diversidade em alguns setores. Cristina Reis, secretária adjunta de Desenvolvimento Econômico Sustentável do Ministério da Fazenda do Brasil, informou à Reuters que o governo já está incluindo a igualdade racial e de gênero entre os padrões nacionais para classificar investimentos como sustentáveis. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem trabalhado para posicionar o Brasil como um destino para investimentos sustentáveis, promovendo um novo mercado de carbono regulamentado e a emissão de títulos soberanos “verdes”. Embora alguns considerem o retorno do presidente dos EUA, Donald Trump, um revés para as ambições climáticas do Brasil e a cooperação global para reduzir as emissões de gases de efeito estufa na COP30 em novembro, Reis afirmou que o país anfitrião não se intimida. “Esse alinhamento internacional enfrenta contratempos ao longo do tempo e em todas as regiões, mas segue uma direção comum que, acredito, persiste (…) porque enfrentamos um desafio inegável e ameaçador: as mudanças climáticas”, disse ela. O Brasil priorizou o desenvolvimento de uma “taxonomia” nacional de investimentos sustentáveis este ano, e Reis pretende propor alguns elementos, incluindo padrões baseados na diversidade, para adoção global na COP30 como parte de uma “supertaxonomia”."
Fonte: Reuters; 06/02/2025
Internacional
Empresas
Custo global de renováveis deve seguir em queda, com China ampliando liderança na fabricação
"Mesmo com as recentes barreiras comerciais impostas por Estados Unidos e Europa ao produtos chineses, o custo nivelado de eletricidade para tecnologias de energia renovável deve cair de 22-49% até 2035, estima relatório da BloombergNEF (BNEF) divulgado nesta quinta (6/2). O excesso de capacidade de fabricação de tecnologia limpa da China levou ao aumento do protecionismo na forma de tarifas para evitar que importações baratas afetem seus próprios mercados de energia. Mas o relatório Levelized Cost of Electricity da BNEF indica que, mesmo que essas barreiras consigam frear temporariamente os declínios de custos, elas não serão capazes de mudar a trajetória de queda nos preços. Para 2025, a expectativa é que o custo de tecnologias de energia limpa, como eólica, solar e de bateria, caia ainda mais em 2-11%, quebrando o recorde do ano passado. De acordo com a BNEF, novos parques eólicos e solares já estão reduzindo o custo de produção em relação a novas usinas de carvão e gás em quase todos os mercados globais. O custo de referência global para projetos de armazenamento de baterias caiu em um terço em 2024 para US$ 104 por megawatt-hora (MWh), já que um excesso de oferta devido às vendas mais lentas de veículos elétricos levou a preços mais baratos para baterias, mostra a BNEF. Enquanto isso, o custo de uma fazenda solar de eixo fixo típica caiu 21% globalmente no ano passado. Os módulos chegaram a ser vendidos abaixo do custo de produção, sem sinais de que o excesso de capacidade na cadeia de fornecimento solar diminuirá em 2025."
Fonte: Eixos; 06/02/2025
ArcelorMittal pede maior apoio da UE para o aço verde
"A ArcelorMittal solicitou na quinta-feira que a União Europeia reforce as proteções comerciais e aumente o apoio aos investimentos verdes, uma vez que os altos custos e as importações baratas da China ameaçam a indústria siderúrgica do bloco. “O setor siderúrgico europeu está sob pressão significativa”, afirmou o CFO Genuino Christino à Reuters. “Enfrentamos altos custos, alguns impostos e a concorrência desleal das importações, direta ou indiretamente, da China. O setor precisa de apoio.” O principal grupo da indústria siderúrgica da Europa, o Eurofer, pediu um corte de 50% nas cotas de importação de aço sob o sistema de salvaguarda da UE. “As importações atingiram níveis recordes em 2024”, disse Christino, observando que os produtos planos importados representavam 27% do mercado. Em novembro passado, a ArcelorMittal suspendeu partes de seu plano de descarbonização na Europa, citando os altos custos de energia, a incerteza política e a fraca demanda. “Embora haja um interesse generalizado dos clientes pelo aço de baixa emissão de carbono, há uma disposição limitada entre os clientes para pagar prêmios - e, portanto, realmente comprar o aço, pois só o vendemos com um prêmio”, explicou um porta-voz da empresa. As vendas do aço de baixa emissão de carbono XCarb da ArcelorMittal dobraram na Europa no ano passado, mas o porta-voz destacou que esses níveis ainda eram baixos, com 400.000 toneladas vendidas em comparação com 28,7 milhões de toneladas de aço convencional embarcado na Europa."
Fonte: Reuters; 06/02/2025
Cargill assumirá o controle total da SJC Bioenergia do Brasil
"A Cargill assinou um acordo de compra e venda para adquirir uma participação de 50% na SJC Bioenergia, o que lhe confere o controle total da empresa brasileira de açúcar e energia renovável, conforme comunicado divulgado. O comerciante de grãos dos EUA não revelou os valores envolvidos na transação. A Cargill afirmou que essa mudança avança sua estratégia no mercado de energia renovável. A empresa, que está presente no Brasil há 60 anos, informou ter investido mais de 6,8 bilhões de reais (equivalente a 1,17 bilhão de dólares) em suas operações locais nos últimos anos. A transação está sujeita à aprovação regulatória. A SJC Bioenergia, fundada em 2006 e com a Cargill como parceira de negócios desde 2011, conta com 4.500 funcionários e possui duas fábricas no estado de Goiás, na região centro-oeste do país. Segundo o comunicado, a empresa processa cana-de-açúcar e milho, produzindo açúcar bruto, etanol hidratado e anidro, óleo de milho e grãos secos de destilaria (DDGs) com alto teor de proteína, além de gerar eletricidade."
Fonte: Reuters; 06/02/2025
Google se alinha à tendência corporativa nos EUA e abandona metas de contratação por diversidade
"O Google (GOOGL) se juntou ao grupo de empresas americanas que reduziram suas iniciativas de diversidade. A empresa confirmou ao site americano Business Insider que irá abandonar a suas metas de contratação de funcionários de grupos sub-representados e disse que está avaliando seus programas de diversidade, equidade e inclusão. "Estamos comprometidos em criar um ambiente de trabalho onde todos os nossos funcionários possam ter sucesso e ter oportunidades iguais, e, ao longo do último ano, temos revisado nossos programas destinados a nos ajudar a alcançar esse objetivo", disse um porta-voz do Google ao Business Insider. Em 2020, a gigante de tecnologia estabeleceu uma meta de aumentar em 30% a representação de funcionários negros, latinos e indígenas em cargos de liderança da empresa. De acordo com o relatório de diversidade anual da companhia, a meta foi atingida em 2022. O Google se junta a um grupo de empresas americanas que diminuíram seus esforços de diversidade após a eleição do presidente Donald Trump. Companhias como Walmart, Ford, John Deere, Tractor Supply Company e Lowe's anunciaram uma redução nos seus esforços de diversidade antes mesmo da posse do presidente, no último dia 20 de janeiro. A Meta anunciou no mês passado que não terá mais uma equipe focada em diversidade, equidade e inclusão. A varejista Target, recentemente, também afirmou que irá encerrar vários programas relacionados à diversidade. Em contrapartida, empresas como a varejista Costco e o banco JPMorgan saíram em defesa dos seus programas e políticas de diversidade nas últimas semanas."
Fonte: Exame; 06/02/2025
Política
Fundo de US$ 1,8 tri da Noruega sai de 49 empresas e diz que mantém foco em ESG
"O fundo soberano da Noruega, com US$ 1,8 trilhão em ativos sob gestão, vendeu participações em 49 empresas no ano passado com base em avaliações de sustentabilidade, ante 86 no ano anterior, e manteve seu foco em princípios ESG apesar da reação mais ampla contra critérios ambientais, sociais e de governança. A partir do final de 2025, 74% das emissões financiadas de empresas no portfólio do fundo foram cobertas pelas metas de emissões líquidas zero para 2050, disse o Norges Bank Investment Management - como é oficialmente conhecido - em seu relatório anual de sustentabilidade nesta quinta-feira (6) Dos desinvestimentos, cinco estavam associados ao risco climático, 15devido à gestão insuficiente de riscos relacionados aos direitos humanos e oito estavam relacionados aos esforços anticorrupção. O fundo, que investe as riquezas decorrentes da exploração de petróleo e gás da Noruega, quer que todas as empresas em que investe atinjam zero emissões líquidas até 2050. Ele votou em mais de 11.000 reuniões de acionistas e foi contra a administração em 5% das resoluções por motivos que vão desde a remuneração dos executivos até a independência do conselho, disse o Norges Bank. “Muitas empresas veem a transição energética como uma oportunidade,” disse a diretora de Governança e Conformidade, Carine Smith Ihenacho, no relatório. “Embora esse progresso seja encorajador, a transição deve ganhar mais ritmo, apoiada por medidas políticas coerentes.”"
Fonte: Bloomberg Línea; 06/02/2025
Bruxelas isentará a maioria das empresas da UE do imposto sobre a emissão de carbono
"Mais de 80% das empresas da União Europeia que se qualificam para um novo imposto de fronteira sobre o carbono serão isentas, de acordo com as reformas planejadas por Bruxelas, afirmou o comissário fiscal Wopke Hoekstra. Em entrevista ao Financial Times, Hoekstra informou que pretende restringir o mecanismo de ajuste de carbono na fronteira (CBAM) aos maiores importadores, poupando a maioria das empresas dos custos de conformidade e encargos, como parte do esforço do bloco para reduzir a burocracia e aumentar a produtividade. “Menos de 20% das empresas no escopo são responsáveis por mais de 95% das emissões dos produtos”, destacou. “Isso não diminui a importância dos objetivos climáticos, mas é uma maneira de facilitar a vida de uma ampla gama de empresas em todo o continente”, acrescentou. A medida isentaria até 180.000 das 200.000 empresas afetadas do cumprimento da legislação. As empresas europeias expressaram insatisfação com o preenchimento de formulários complicado e oneroso durante um período de teste do CBAM, que visa proteger a indústria pesada na UE, um setor que já arca com os custos de suas emissões de gases de efeito estufa. O mecanismo obriga os importadores de sete setores, incluindo alumínio, aço, ferro e fertilizantes, a informar o conteúdo de carbono de seus produtos. A partir do próximo ano, eles deverão pagar a diferença entre o preço da emissão de carbono na UE e o preço no país de origem do produto."
Fonte: Financial Times; 06/02/2025
Governo Trump corta programas de justiça ambiental na EPA e no DOJ, segundo fontes
"O governo Trump colocou em licença mais de 100 funcionários que atuam em programas de justiça ambiental na Agência de Proteção Ambiental (EPA) e está buscando reduções de pessoal em programas semelhantes no Departamento de Justiça, segundo fontes consultadas pela Reuters. Essas medidas estão alinhadas com as ordens mais amplas do presidente Donald Trump para remover o apoio do governo dos EUA às práticas de diversidade, equidade e inclusão no governo federal, além de enfraquecer a regulamentação climática da era Biden. Grupos ambientalistas alertaram que os cortes colocam em risco as minorias e as famílias de baixa renda que vivem próximas a instalações poluidoras, enfraquecendo suas proteções regulatórias e legais. A EPA notificou mais de 100 funcionários do Escritório de Justiça Ambiental e Direitos Civis Externos da agência — uma divisão responsável por integrar a equidade e os direitos civis na formulação de políticas ambientais — sobre a licença, de acordo com duas fontes familiarizadas com a mudança. A EPA não fez comentários imediatamente. Além disso, um escritório ambiental do Departamento de Justiça, encarregado de atividades que vão desde a emissão de conselhos sobre política e ética até a revisão de projetos de regulamentos e o atendimento de solicitações de registros públicos, também está sendo reduzido, conforme relatado por três fontes e um e-mail interno visto pela Reuters. De acordo com as fontes, aproximadamente 20 funcionários que trabalham na Seção de Leis e Políticas da Divisão de Meio Ambiente e Recursos Naturais serão afetados pela ação planejada de “redução de força”."
Fonte: Reuters; 06/02/2025
Nova York é processada por 22 estados dos EUA por causa do superfundo climático de US$ 75 bilhões
"Nova York foi processada na quinta-feira por 22 estados dos EUA em razão de uma nova lei que exige que as empresas de combustíveis fósseis contribuam com US$ 75 bilhões ao longo de 25 anos para um fundo destinado a cobrir os danos causados pelas mudanças climáticas. Liderados pela Virgínia Ocidental e todos com procuradores-gerais republicanos, os 22 estados classificaram a lei de Nova York como um “exagero” de motivação política que penaliza as empresas tradicionais de energia por terem emitido gases de efeito estufa no passado, apesar de terem cumprido integralmente as leis aplicáveis. Os estados afirmaram que a imposição de pagamentos elevados aos produtores de carvão, petróleo e gás natural viola a Constituição dos Estados Unidos e é impedida pela Lei Federal do Ar Limpo, além de poder resultar na perda de milhares de empregos caso os produtores sejam forçados a fechar suas operações. Nova York se tornou o segundo estado dos EUA a criar um “superfundo” financiado pelo setor para lidar com as mudanças climáticas, conforme uma lei assinada pela governadora democrata Kathy Hochul em 26 de dezembro. O superfundo de Vermont entrou em vigor em julho passado. “Não permitiremos que estados de esquerda como Califórnia, Nova York e Vermont ditem ao povo americano como obter sua eletricidade”, afirmou o procurador-geral da Virgínia Ocidental, John McCuskey, em uma coletiva de imprensa. “Precisamos nos manter à frente de países como China, Índia e Rússia à medida que eles avançam com suas usinas elétricas movidas a carvão e gás”, acrescentou."
Fonte: Reuters; 06/02/2025
"O secretário-executivo da UNFCCC, a convenção de clima da ONU (Organização das Nações Unidas), Simon Stiell, disse nesta quinta-feira (6) que "os ventos geopolíticos não estão a nosso favor", ao ser questionado sobre a ascensão de Donald Trump à Presidência dos Estados Unidos. Mas afirmou que é preciso ver a parte do copo que "está meio cheia" e que "a transição energética é imparável". Em nenhum trecho de sua fala, no entanto, Stiell mencionou Trump ou os Estados Unidos. "É um momento muito difícil. Sabemos que os ventos geopolíticos não estão a nosso favor. Podemos focar em todas as coisas negativas, todos os obstáculos que temos pela frente", disse Stiell. "E, como destaquei na minha apresentação, também é importante olharmos para o progresso que fizemos. Podemos ver o copo meio vazio, mas há também uma parte que está meio cheia." O executivo está em Brasília, onde participou de um evento com diplomatas em formação e a imprensa no Instituto Rio Branco. O evento girou em torno das prioridades e desafios para o ano, com foco na conferência climática COP30, que acontecerá no fim do ano em Belém. Ao justificar seu otimismo, ele lembrou que em 2024 foram investidos mundialmente US$ 2 trilhões em energia limpa, comparados a US$ 1 trilhão em combustíveis fósseis. Entretanto, reconheceu que o esforço que vem sendo feito tem sido insuficiente. "Há um impulso, e esse impulso é imparável. Mas também sabemos o que a ciência está nos dizendo, onde vemos cada ano sucessivo mais quente que o anterior", afirmou."
Fonte: Valor Econômico; 06/02/2025
Índices ESG e suas performances


(1) O Índice ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial da B3) tem como objetivo ser o indicador do desempenho médio das cotações dos ativos de empresas com reconhecido comprometimento com o desenvolvimento sustentável, práticas e alinhamento estratégico com a sustentabilidade empresarial.
(2) O Índice S&P/B3 Brasil ESG mede a performance de títulos que cumprem critérios de sustentabilidade e é ponderado pelas pontuações ESG da S&P DJI. Ele exclui ações com base na sua participação em certas atividades comerciais, no seu desempenho em comparação com o Pacto Global da ONU e também cias sem pontuação ESG da S&P DJI.
(3) O ICO2 tem como propósito ser um instrumento indutor das discussões sobre mudança do clima no Brasil. A adesão das companhias ao ICO2 demonstra o comprometimento com a transparência de suas emissões e antecipa a visão de como estão se preparando para uma economia de baixo carbono.
(4) O objetivo do IGCT é ser o indicador do desempenho médio das cotações dos ativos de emissão de empresas integrantes do IGC que atendam aos critérios adicionais descritos nesta metodologia.
(5) A série de índices FTSE4Good foi projetada para medir o desempenho de empresas que demonstram fortes práticas ambientais, sociais e de governança (ESG)..
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