Bom dia! Neste relatório diário publicado todas as manhãs pelo time ESG do Research da XP, buscamos trazer as últimas notícias para que você comece o dia bem informado e fique por dentro do tema ESG - do termo em inglês Environmental, Social and Governance ou, em português, ASG - Ambiental, Social e Governança.
Quais tópicos abordamos ao longo do conteúdo? (i) Notícias no Brasil e no mundo acerca do tema ESG; (ii) Performance histórica dos principais índices ESG em diferentes países; (iii) Comparativo da performance do Ibovespa vs. ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial, da B3); e (iv) Lista com os últimos relatórios publicados pelo Research ESG da XP.
Principais tópicos do dia
• O mercado fechou a semana passada em território misto, com o Ibovespa recuando 0,2%, enquanto o ISE avançou 0,4%. Já o pregão de sexta-feira fechou em queda, com o IBOV caindo 0,2% e o ISE 0,4%.
• No Brasil, a Petrobras está próxima de aprovar a execução do primeiro projeto de captura e armazenamento de carbono em terra do Brasil, na região norte do Rio de Janeiro - depois do aval, previsto para ocorrer até agosto, uma licitação será lançada ainda este ano para convocar as primeiras empresas prestadoras de serviço, que farão os projetos básicos de engenharia e pesquisa do solo.
• No internacional, (i) a Conferência de Bonn, na Alemanha, terminou na semana passada e contou com a participação de 188 países visando preparar a pauta da COP30 - um dos temas de destaque foi o financiamento para a transição, que, segundo Karen Oliveira, representante da Coalizão Brasil, ainda que segue polarizado entre países desenvolvidos e em desenvolvimento; e (ii) a Comissão Europeia deve propor a contabilização de créditos de carbono comprados de outros países para a meta climática da União Europeia para 2040 - segundo o bloco europeu, a ideia é que os créditos sejam introduzidos gradualmente a partir de 2036 e prevê uma legislação adicional para estabelecer os critérios de origem e qualidade, além de detalhes sobre como seriam adquiridos.
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Brasil
Empresas
Petrobras avança com os planos para ‘enterrar’ carbono
"A alta cúpula da Petrobras está prestes a aprovar a execução do primeiro projeto de captura e armazenamento de carbono em terra do Brasil, na região norte do Rio de Janeiro. Depois do aval, previsto para ocorrer até agosto, uma licitação será lançada ainda este ano para convocar as primeiras empresas prestadoras de serviço, que farão os projetos básicos de engenharia e pesquisa do solo. O avanço no projeto foi anunciado por Lilian Melo, gerente-executiva da área de inovação da companhia, no evento Energy Summit 2025, realizado no Rio de Janeiro. Os planos da Petrobras preveem o início da captura de carbono em 2028, numa espécie de planta piloto. Ela servirá principalmente para pesquisa e aperfeiçoamento da tecnologia, que tem potencial para se tornar uma nova linha de negócio da empresa. A estimativa é injetar 100 mil toneladas de carbono ao ano no subsolo. Para colocar o projeto de pé, será necessário adequar as instalações de uma Unidade de Processamento de Gás da Petrobras de onde o carbono será capturado. A unidade é uma refinaria em Macaé (RJ), que recebe e trata o gás natural vindo de poços de petróleo em alto mar. Outros investimentos previstos são a adaptação de um duto de escoamento e a construção do poço injetor na cidade vizinha de Quissamã, onde o carbono será injetado definitivamente em um subsolo de características geológicas salinas. O orçamento pré-definido é de US$ 250 milhões para essa primeira planta. Segundo Melo, isso marca o início da “fase dois” da captura de carbono na empresa."
Fonte: Capital Reset; 27/06/2025
Petrobras vê CCUS para refinarias como oportunidade de negócio
"A Petrobras enxerga uma “oportunidade de ir além” e expandir a atividade de captura, utilização e armazenagem de carbono (CCUS) para as refinarias da companhia e transformar o CCUS em um novo modelo de negócio. É o que avalia a gerente Centro de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação da Petrobras (Cenpes), Lilian Melo, em entrevista ao estúdio eixos nesta quinta-feira (27/6), durante o Energy Summit. A iniciativa visa atender à crescente demanda por descarbonização em indústrias de difícil abatimento de emissões, aproveitando a expertise que a Petrobras já possui no tema. “A gente está aprovando agora a fase dois do nosso piloto de CCUS, a fase de execução. Esse é um piloto que vai capturar o CO2 em numa unidade de processamento de gás lá em Cabiúnas (RJ) e a gente vai transportar por mais ou menos 70 km até Barra do Furado. Ali a gente vai injetar em um reservatório salino, pela primeira vez na América Latina”, explicou Melo. A aposta no CCUS se insere no plano plurianual com 16 bilhões de dólares dedicados à agenda de transição energética. Desse montante, cerca de um terço é direcionado para a descarbonização das operações da Petrobras. A meta é intensificar a busca por emissões cada vez menores, por meio de iniciativas de pesquisa e desenvolvimento. A Petrobras também pretende investir em pesquisas na Margem Equatorial. Para o gerente geral de Gestão e Inovação da empresa, Júlio Leite, os reservatórios das bacias lembram outros que já foram explorados no passado, sobretudo no pós-sal da Bacia de Campos e do Espírito Santo."
Fonte: Eixos; 27/06/2025
Biocombustíveis podem ser demanda firme para hidrogênio produzido no Brasil, aponta EPE
"A Empresa de Pesquisa Energética (EPE) lançou esta semana a Nota Técnica Hidrogênio e Biomassa: Oportunidades para produção e uso de hidrogênio em sistemas de bioenergia, em que aponta o setor de biocombustíveis como um dos grandes potenciais consumidores de hidrogênio de baixo carbono produzido no Brasil. A nota aponta que o hidrogênio já é essencial em setores como refino (70% do consumo nacional) e fertilizantes. Porém, a expansão de biocombustíveis avançados, como o querosene de aviação sustentável (SAF) e o diesel verde (HVO), deve ampliar significativamente a demanda. Projeções indicam que, até 2034, só o setor de bioenergia exigirá mais que o dobro da produção atual de hidrogênio no Brasil (500 mil toneladas/ano). “Sistemas de bioenergia, sejam eles consolidados ou emergentes, demandam hidrogênio em larga escala e podem criar um mercado interno robusto para o hidrogênio de baixa emissão”, afirmou Danielle Borher, analista da EPE. “Ao mesmo tempo que a produção de hidrogênio a partir da biomassa se apresenta como uma alternativa de baixo carbono, competitiva e com vantagens únicas. A expansão e diversificação da bioenergia cria uma demanda interna firme e significativa para esse hidrogênio de baixa emissão, gerando esses benefícios para ambos os segmentos”. “Utilizar a glicerina, que é um coproduto da produção do biodiesel para a produção de hidrogênio, permitiria a aplicação desse insumo na própria cadeia de bioenergia”, explicou Borher."
Fonte: Eixos; 27/06/2025
Pedido do agro, B15 vai demandar mais 700 mil toneladas de soja, estima Ubrabio
"O presidente da União Brasileira do Biodiesel e Bioquerosene (Ubrabio), Juan Diego Ferrés, estima que o aumento da mistura do biodiesel ao diesel fóssil vai demandar 650 milhões de litros do biocombustível para o segundo semestre. Esse volume representa um incremento de até 7% na produção do biodiesel, em relação aos patamares atuais. E exigirá um esmagamento adicional de 700 mil toneladas de soja para cumprir a nova cota. “Os associados da Ubrabio já vêm se preparando com investimentos em capacidade industrial, logística e inovação”, comentou Ferrés, que também é diretor da Granol, produtora de óleo de soja. O grupo Potencial, por exemplo, investiu R$ 3 bilhões numa nova planta de esmagamento de soja, com capacidade de processar até 7 mil toneladas por dia, na unidade de Lapa (PR). “Esse crescimento é completamente compatível com a potência da indústria nacional que já esperava esse aporte em março, quando era esperado o aumento da mistura”, afirmou o superintendente da Ubrabio, Donizete Tokarski. A antecipação do cronograma do aumento das misturas de biocombustíveis, para agosto, foi aprovada esta semana pelo Conselho Nacional de Política Energética (CNPE). A expectativa é que a medida ajude a reduzir a dependência brasileira da importação de combustíveis fósseis. O governo acatou pedidos do agronegócio. Os aumentos nos preços dos combustíveis no mercado internacionais, após mais uma escalada na guerra de Israel no Oriente Médio, abriu uma janela para justificar a elevação das misturas."
Fonte: Eixos; 27/06/2025
Transição energética vai exigir mais flexibilidade da rede de transmissão, diz CEO da Taesa
"A transição energética vai exigir novos investimentos na rede de transmissão, mas esse planejamento precisa ser cuidadoso para não onerar o consumidor, na visão do CEO da Taesa, Rinaldo Pecchio. Em entrevista ao estúdio eixos, no Energy Summit 2025, no Rio de Janeiro, na quinta-feira (27/6), o executivo defendeu que será preciso aumentar a inteligência e flexibilidade do sistema, para lidar com os desafios da transição. Os ajustes nos limites de intercâmbio de transmissão, pelo Operador Nacional do Sistema (ONS), vão nessa direção. “No nosso caso, a gente já tem quase 1 GW que você consegue ajudar na regulação da geração através do SEP [Sistemas Especiais de Proteção], onde é feito todo esse monitoramento. Acho que é um caminho bastante interessante que, com certeza, vai continuar sendo seguido”, afirmou Pecchio. Ele defende que a medida deve continuar sendo adotada “sempre sob a orientação e o planejamento do ONS e dos órgãos regulatórios”. O ONS implementará a partir de sábado (28/6) ajustes nos limites de energia entre os submercados do Sistema Interligado Nacional (SIN), a partir de ajustes no SEP – o que viabilizará o aumento dos limites de transmissão do SIN, especialmente para a transferência de energia renovável produzida no Nordeste para as demais regiões. O curtailment e as perspectivas de aumento da demanda por parte de projetos de hidrogênio verde e a disparada do interesse por data centers são alguns dos novos desafios trazidos pela transição energética."
Fonte: Eixos; 27/06/2025
Setor logístico intensifica busca por imóveis de maior qualidade; “eficiência e ESG”
"A transformação do mercado logístico brasileiro vem acelerando o chamado flight to quality, movimento que representa a migração de empresas para ativos de maior qualidade, especialmente os galpões AAA. Impulsionada principalmente pelo avanço do e-commerce e pelas mudanças nos padrões de consumo pós-pandemia, essa tendência tem exigido um novo padrão de eficiência operacional, segurança e automação nas cadeias de suprimentos. Esse novo cenário vem obrigando operadores logísticos a buscar ativos com infraestrutura adequada às exigências atuais. Com isso, a demanda por galpões antigos e de padrão B tem perdido força, enquanto empreendimentos com pé-direito elevado, amplas docas, padrão construtivo moderno e localização estratégica ganham maior protagonismo. Para Rodrigo Abbud, Head de Real Estate do Patria Investimentos, os galpões deixaram de ser simples entrepostos de armazenamento para se tornarem centros logísticos de alto desempenho. “Hoje, o consumidor quer agilidade. Terminou de clicar no pedido, já vai até a porta esperar o produto. Isso exige um nível de automação e investimento logístico muito superior ao que se via no passado.” Outro ponto relevante é a descentralização das operações. Antes concentradas em grandes centros como São Paulo, as empresas têm buscado galpões em demais regiões de consumo como Salvador e Recife, em um esforço por reduzir prazos e custos de entrega. Esse movimento favorece a expansão nacional dos ativos de alto padrão, com destaque para projetos built-to-suit e reformas de galpões antigos (retrofit)."
Fonte: InfoMoney; 27/06/2025
Mudanças climáticas elevam sinistros e forçam revisão de estratégias no setor de seguros
"A conta das mudanças climáticas chegou. Enchentes, secas e vendavais vêm elevando a sinistralidade e forçando o setor de seguros a rever estratégias e preços. No Brasil, o desafio é maior: com baixa penetração e poucos dados históricos confiáveis, as seguradoras enfrentam dificuldade para mensurar riscos, fazer a precificação e oferecer proteção efetiva à população. “Sem ampla base de segurados, há mais seleção adversa e prêmios altos. A falta de dados dificulta o aprimoramento dos modelos atuariais”, explica Cláudia Prates, diretora de sustentabilidade da Confederação Nacional das Seguradoras (CNseg). Diante desse cenário, seguradoras e resseguradoras têm recorrido a análises preditivas e tecnologias de inteligência climática. Em agosto de 2024, a Guy Carpenter lançou um modelo preditivo adotado por mais de dez empresas no Brasil. A ferramenta incorpora variáveis como geologia, uso do solo e atividade humana e é usada para dimensionar com precisão resseguros, provisões e limites contratuais. Segundo Pedro Farme, CEO da companhia, a inovação permite estimativas estatísticas de danos, superando abordagens centradas apenas em mapas de risco. Com essas análises, a empresa atua em habitacional, concessões, automóveis, vida e seguros massificados. “A ideia é levar a sofisticação das apólices corporativas ao segurado individual”, comenta."
Fonte: Valor Econômico; 30/06/2025
Novo petróleo: a conta entre eficácia e papel na transição
"Os planos do Brasil de expansão da produção de petróleo e gás natural em 20% até 2030 podem não ser economicamente viáveis no cenário de limitação do aquecimento global a 1,5 0 C, um dos objetivos centrais do Acordo de Paris. Um relatório conjunto do Instituto Internacional para o Desenvolvimento Sustentável (IISD), do World Benchmarking Alliance e do WWF-Brasil aponta que os empreendimentos de maior risco da Petrobras só gerariam lucro se as temperaturas globais aumentarem 2,4 0 C ou mais - bem acima dos limites climáticos acordados internacionalmente. O estudo foi lançado poucos dias antes do megaleilão de 172 blocos para exploração de petróleo e gás pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), que teve 47 blocos ofertados na foz do Amazonas, região que está no epicentro das discussões sobre a expansão da produção de combustíveis fósseis no país. O leilão terminou com 19 blocos concedidos para empresas como Chevron, CNPC, ExxonMobil e Petrobras, totalizando 16,3 mil km2 de áreas marinhas. Após analisar o plano de investimentos da Petrobras para o período 2025-2029, o relatório conclui que até 85% da extração planejada pela estatal pode não gerar lucro em um cenário de controle do aquecimento global. Procurada, a Petrobras afirmou que seus projetos apresentam “alta resiliência a baixos preços de petróleo” e conseguem manter a atratividade econômica em um cenário de menor demanda por combustíveis fósseis. A estatal planeja investir US$ 111 bilhões em atividades de exploração, produção, transporte e refino de petróleo e gás natural durante o quinquênio."
Fonte: Valor Econômico; 30/06/2025
Política
Rio será sede de Conferência da Década do Oceano em 2027
"A Unesco escolheu o Rio de Janeiro para sediar a próxima Conferência da Década do Oceano, em 2027. O evento faz parte da agenda da agência das Nações Unidas para a preservação dos mares e seus sistemas. O anúncio da escolha da cidade carioca como sede foi feito nesta sexta-feira (27), durante a Assembleia da Comissão Oceanográfica Intergovernamental (COI), da Unesco, em Paris. A Década das Nações Unidas de Ciência Oceânica para o Desenvolvimento Sustentável foi criada pela ONU em 2017 e compreende o período de 2020 a 2030. O objetivo da iniciativa é envolver autoridades, sociedade civil e atores privados em ações para preservar o oceano. A última Conferência da Década do Oceano aconteceu em Barcelona, em 2024. A ideia é que o evento no Rio mostre o progresso em direção às prioridades da Declaração de Barcelona, roteiro para os próximos anos para acelerar a produção de conhecimento e a preservação dos mares. Em 2027, a conferência será organizada pelo governo federal, representado pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, e pela prefeitura do Rio de Janeiro. "O Brasil, uma nação onde o oceano está profundamente enraizado em sua identidade, tem sido uma força motriz em cada passo da implementação da Década dos Oceanos, estabelecendo um referencial global para outros países seguirem", disse Vidar Helgesen, Secretário Executivo da Unesco-COI e Diretor-Geral Assistente da agência da ONU."
Fonte: Valor Econômico; 27/06/2025
Internacional
Empresas
Fundos de catástrofe abrem nova tendência com clima
"Uma das estratégias de fundos hedge mais bem-sucedidas dos últimos anos - títulos vinculados a seguros de catástrofes - está ganhando mais popularidade. É o seguro paramétrico, em que os segurados recebem pagamentos se determinadas métricas relacionadas ao clima forem atendidas e que costumavam ser acessíveis a pequenas empresas e agricultores. Sebastien Piguet, cofundador da Descartes Underwriting, afirma que os modelos paramétricos estão preenchendo uma lacuna deixada por outras apólices. Isso ocorre porque as mudanças climáticas e eventos climáticos extremos mais frequentes desafiam os modelos de cobertura padrão. As empresas que utilizam parametria agora incluem a farmacêutica francesa Sanofi, a empresa de telecomunicações Liberty e a investidora em energia renovável Greenbacker. Estima-se que o mercado para esses produtos quase dobre para US$ 34 bilhões na década até 2033. A mudança chamou a atenção dos gestores de investimentos da ILS. Títulos vinculados a seguros, que um ranking da Preqin listou como a estratégia de fundos hedge com melhor desempenho em 2023, há muito tempo se concentram em títulos de catástrofe. Normalmente emitidos por seguradoras e resseguradoras, os investidores nesses títulos ganham dinheiro se gatilhos predefinidos, como velocidade do vento ou perdas seguradas, não forem atendidos, e perdem dinheiro se forem. Fundos de investimento baseados em seguros paramétricos têm o potencial de superar os retornos de títulos de catástrofe, de acordo com Rhodri Morris, gestor da Twelve Securis."
Fonte: Valor Econômico; 30/06/2025
Política
Dinamarca adverte a UE contra a interrupção da transição ecológica
"Os países europeus não devem interromper a transição verde do continente, afirmou o ministro do Clima da Dinamarca à Reuters, enquanto seu país se prepara para liderar as negociações da UE sobre uma nova meta climática, em meio à reação negativa de alguns governos preocupados com os custos. A Comissão Europeia planeja propor na próxima semana uma nova meta climática para 2040, com o objetivo de reduzir as emissões da UE em 90% em relação aos níveis de 1990. No entanto, enfrenta resistência de países como Polônia e França, que temem que a meta seja excessivamente ambiciosa. Lars Aagaard, ministro da Energia e do Clima da Dinamarca, afirmou em entrevista que os desafios de curto prazo — incluindo orçamentos apertados devido ao aumento dos gastos militares — não devem desviar a atenção da necessidade da Europa de avançar na transição para a energia verde. “A resposta para a competitividade da Europa é que façamos a transição para o uso da eletricidade em mais setores. Podemos produzi-la nós mesmos, com energia renovável e energia nuclear”, disse Aagaard. “Interromper a transição verde na Europa não é uma solução nem para o clima, nem para o desafio da segurança”, acrescentou. A Dinamarca assumirá a presidência rotativa da UE por seis meses a partir de julho e liderará as negociações sobre a meta para 2040, em um momento em que a Europa está aumentando drasticamente os gastos com defesa após a invasão em grande escala da Ucrânia pela Rússia."
Fonte: Reuters; 27/06/2025
COP30: Conferência de Bonn chega ao fim sinalizando que as discussões não serão fáceis em Belém
"Depois de duas semanas de trabalho, terminou nesta quinta-feira (26/6) a Conferência de Bonn, na Alemanha. O evento teve a participação de 188 países e o objetivo de ajudar a preparar a pauta da COP30 que ocorrerá em Belém do Pará, no próximo mês de novembro. “Bonn foi uma amostra do que vai acontecer em Belém. Não foram dias fáceis”, disse Karen Oliveira, representante da Coalizão Brasil, entidade que reúne mais de 400 empresas, organizações da sociedade civil, centros de pesquisa e representantes do agronegócio brasileiros em prol de uma economia de baixo carbono, competitiva, responsável e inclusiva. Presente ao evento que aconteceu entre os dias 16 e 26, Oliveira conta que a agenda de trabalho levou dois dias para ser definida. Um dos pontos de destaque em Bonn foi o financiamento para a transição. “Essa é uma discussão que segue polarizada entre países desenvolvidos e em desenvolvimento e não há clareza sobre que mecanismos podem ser adotados para que o valor do financiamento chegue a US$ 1,3 trilhão”, diz Oliveira. O embate vem se arrastando nos últimos anos e em Bonn a discussão partiu daquilo que foi tratado na COP29, no ano passado, em Baku, e que envolveu a quantia total do financiamento, forma de entrega e responsabilidade. Enquanto os países em desenvolvimento pleiteiam US$ 1,3 trilhão e exigem recursos públicos em forma de doações, os países desenvolvidos propõem meta de US$ 300 bilhões anuais de recursos públicos e convidam o setor privado e países emergentes, como a China, a contribuir voluntariamente."
Fonte: Eixos; 27/06/2025
UE planeja adicionar créditos de carbono à nova meta climática, mostra documento
"A Comissão Europeia deve propor a contabilização de créditos de carbono comprados de outros países para a meta climática da União Europeia para 2040, segundo um documento da Comissão visto pela Reuters. A Comissão deve propor uma meta climática da UE juridicamente vinculativa para 2040 em 2 de julho. O executivo da UE havia planejado inicialmente um corte de 90% nas emissões líquidas, em relação aos níveis de 1990, mas nos últimos meses buscou flexibilizar essa meta, em resposta à resistência de governos como Itália, Polônia e República Tcheca, preocupados com o custo. Um resumo interno da Comissão sobre a próxima proposta, visto pela Reuters, afirmava que a UE poderia usar "créditos internacionais de alta qualidade" de um mercado de créditos de carbono apoiado pela ONU para atingir 3% dos cortes de emissões em direção à meta de 2040. O documento afirmava que os créditos seriam introduzidos gradualmente a partir de 2036 e que legislação adicional da UE estabeleceria posteriormente os critérios de origem e qualidade que os créditos deveriam atender, além de detalhes sobre como seriam adquiridos. A medida, na prática, facilitaria os cortes de emissões – e os investimentos necessários – das indústrias europeias para atingir a meta de 90% de redução de emissões. Para a parcela da meta atingida pelos créditos, a UE compraria "créditos" de projetos que reduzissem as emissões de CO2 no exterior – por exemplo, a restauração florestal no Brasil – em vez de reduzir as emissões na Europa."
Fonte: Valor Econômico; 28/06/2025
França e Argentina assinam acordo sobre minerais críticos
"França e Argentina assinaram na sexta-feira (27) um acordo sobre minerais críticos como o lítio, do qual a Argentina possui a terceira maior reserva mundial, com o objetivo de promover o financiamento e os investimentos nesse setor estratégico, indispensável para a transição energética. Além de deter a terceira maior reserva global de lítio, segundo dados do Serviço Geológico dos Estados Unidos, a Argentina foi o quarto maior produtor mundial do mineral em 2023, atrás de Austrália, Chile e China. Junto com Bolívia e Chile, a Argentina faz parte do “triângulo do lítio”, uma região que, segundo especialistas, pode conter mais da metade das reservas desse metal no mundo. Trata-se de um elemento essencial para a transição energética, pois é fundamental nas baterias de carros elétricos e smartphones. O memorando de entendimento, assinado em Buenos Aires pelo ministro francês do Comércio Exterior, Laurent Saint-Martin, e pelo secretário de Mineração da Argentina, Luis Lucero, busca “fazer do setor mineiro uma prioridade estratégica” nas relações franco-argentinas, afirmou Saint-Martin. Para Lucero, trata-se de uma “rota a ser seguida” e de um “instrumento que abre um campo de cooperação” que precisa ser seguido por “um diálogo bilateral para estabelecer medidas concretas”. O acordo pretende “elevar a parceria mineral bilateral ao nível político, levando em consideração os desafios cruciais que os minerais críticos representam para as soluções energéticas”, destacou Saint-Martin."
Fonte: Valor Econômico; 28/06/2025
Índices ESG e suas performances


(1) O Índice ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial da B3) tem como objetivo ser o indicador do desempenho médio das cotações dos ativos de empresas com reconhecido comprometimento com o desenvolvimento sustentável, práticas e alinhamento estratégico com a sustentabilidade empresarial.
(2) O Índice S&P/B3 Brasil ESG mede a performance de títulos que cumprem critérios de sustentabilidade e é ponderado pelas pontuações ESG da S&P DJI. Ele exclui ações com base na sua participação em certas atividades comerciais, no seu desempenho em comparação com o Pacto Global da ONU e também cias sem pontuação ESG da S&P DJI.
(3) O ICO2 tem como propósito ser um instrumento indutor das discussões sobre mudança do clima no Brasil. A adesão das companhias ao ICO2 demonstra o comprometimento com a transparência de suas emissões e antecipa a visão de como estão se preparando para uma economia de baixo carbono.
(4) O objetivo do IGCT é ser o indicador do desempenho médio das cotações dos ativos de emissão de empresas integrantes do IGC que atendam aos critérios adicionais descritos nesta metodologia.
(5) A série de índices FTSE4Good foi projetada para medir o desempenho de empresas que demonstram fortes práticas ambientais, sociais e de governança (ESG)..
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