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No Brasil, energia solar em alta, enquanto setor eólico busca superar desafios | Café com ESG, 24/06

Mover incentiva investimentos no setor; Negociações das tarifas sobre importações de veículos elétricos

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Bom dia! Neste relatório diário publicado todas as manhãs pelo time ESG do Research da XP, buscamos trazer as últimas notícias para que você comece o dia bem informado e fique por dentro do tema ESG - do termo em inglês Environmental, Social and Governance ou, em português, ASG - Ambiental, Social e Governança.

Quais tópicos abordamos ao longo do conteúdo? (i) Notícias no Brasil e no mundo acerca do tema ESG; (ii) Performance histórica dos principais índices ESG em diferentes países; (iii) Comparativo da performance do Ibovespa vs. ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial, da B3); e (iv) Lista com os últimos relatórios publicados pelo Research ESG da XP.

Principais tópicos do dia

• O Ibovespa e o ISE terminaram a semana subindo 1,40% e 0,67%, respectivamente. Em linha, o pregão de sexta-feira terminou com o IBOV com alta de 0,74% e com o ISE também subindo 0,96%.

• No Brasil, (i) as usinas solares de maior porte no país ultrapassaram em junho a marca de 14 gigawatts (GW) de potência operacional, segundo estudos da Absolar - a potência iguala a capacidade instalada de Itaipu, a segunda maior usina hidrelétrica do planeta; e (ii) em meio à crise da indústria eólica no País, a Aeris quer focar na importação de equipamentos para atender à demanda da transição energética nos EUA e na União Europeia, de acordo com falas do diretor financeiro da empresa, José Azevedo - segundo ele, a empresa tem participado das conversas com o governo para encontrar soluções no curto prazo para o setor, que viu as encomendas de equipamentos para parques eólicos minguar nos últimos dois anos.

• No internacional, o governo dos EUA abriu na sexta-feira uma licitação para a concessão de US$850 milhões em subsídios para ajudar pequenos produtores de petróleo e gás a monitorar e reduzir o metano de suas operações - a iniciativa faz parte do Inflation Reduction Act e ajudará as pequenas operadoras de petróleo e gás natural a obter tecnologias de detecção e redução de metano.

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Brasil

Empresas

Scania anuncia investimento de R$ 2 bi no Brasil com foco na descarbonização

"A fabricante sueca Scania anunciou um novo ciclo de investimentos de R$ 2 bilhões no Brasil entre 2025 e 2028, focado na descarbonização de transporte e logística. O anúncio foi feito durante a visita do vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Geraldo Alckmin (PSB), nesta sexta-feira (21/6), à planta da montadora em São Bernardo do Campo (SP). Os R$ 2 bilhões anunciados se somam aos R$ 1,4 bilhões investidos pela empresa em projetos que se encerram em 2024. A Scania é a primeira fabricante de caminhões e ônibus a ingressar na onda de anúncios de investimentos do setor automotivo no Brasil após o lançamento do programa de incentivos do governo federal Mobilidade Verde e Inovação (Mover). Segundo o MDIC, são mais de R$ 130 bilhões em compromissos recentes da indústria. O projeto de lei (PL 914/2024) que cria o Mover está previsto para ser sancionado pelo presidente Lula (PT) no dia 2 de julho. “Aqui está o exemplo de Nova Indústria Brasil (NIB)”, declarou Alckmin durante a visita às duas fábricas da empresa, uma de motores e outra de chassis. A planta da Scania em São Bernardo começará a produzir chassis para ônibus elétricos a partir de março de 2025. A unidade brasileira será a terceira fábrica global da montadora a produzir veículos elétricos. A fábrica de motores tem capacidade de produção de 33 mil unidades por ano, e a fábrica de chassis emprega mil colaboradores. No total, a Scania em São Bernardo do Campo tem 5,2 mil colaboradores. Para o presidente da área industrial da Scania na América Latina, Christopher Podgorski, a orientação do governo em priorizar investimentos em sustentabilidade e inovação é crucial para o desenvolvimento sustentável da indústria."

Fonte: Epbr; 21/06/2024

O potencial nacional do biometano para uma dupla descarbonização

"Na natureza, o lixo é considerado um erro de design. Assim, um dos principais caminhos da descarbonização é dar ênfase à economia circular, utilizando resíduos de certos processos como meios de retornar ao início, reduzindo o consumo de novos insumos. Esse é o caso das emissões de metano, que representam cerca de 20% das emissões de gases de efeito estufa no Brasil. Principalmente localizada no setor agropecuário, as emissões de metano não são diretamente ligadas ao transporte, mas são oportunidade ímpar para também descarbonizar essa aplicação, principalmente os veículos pesados. Praticamente, todo resíduo orgânico quando se decompõe, passa por um processo de biodigestão que libera biogás. Esse biogás é rico em metano, cerca de 60%. Sendo de fonte biogênica, esse metano é chamado de biometano. Esse processo acontece nos lixões próximo às cidades, nos dejetos de animais, nos resíduos agrícolas como cascas, folhas e galhos, e também em outros processos fermentativos como o caso da produção de etanol com a vinhaça. O gás metano quando emitido na atmosfera representa de 25 a 34 vezes maior efeito estufa do que o gás carbônico. Por isso, uma ação mitigadora da emissão de metano é queimá-lo antes de lançá-lo na atmosfera. Estações de tratamento de esgoto e lixões já praticam essa ação. Isso é capaz de reduzir praticamente 90% das emissões de gases de efeito estufa. Por sua vez, isso significa descartar a energia dessa queima sem gerar trabalho útil. Então, capturar esse gás e utilizá-lo como combustível em um veículo, é uma ação de dupla descarbonização, pois ainda diminui o consumo de combustível fóssil."

Fonte: Epbr; 21/06/2024

Brasil levará proposta para biocombustíveis marítimos à IMO

"A próxima reunião da Organização Marítima Internacional (IMO, em inglês) para discutir a transição do setor em direção ao net zero está marcada para 30 de setembro de 2024 e o Brasil levará seus biocombustíveis para as discussões. O país quer que o fórum internacional considere características regionais nos cálculos de intensidade de carbono de combustíveis de origem agrícola, para mostrar que o uso da terra brasileiro é mais sustentável do que diz o padrão europeu. Além de expandir mercados para a bioenergia nacional, há uma visão de que é possível diversificar o leque de opções para substituir combustíveis fósseis na navegação, hoje muito concentrado em derivados do hidrogênio verde, como metanol e amônia. “No cenário nacional, estamos muito bem. O Brasil é exemplo de descarbonização e está bem melhor do que o resto do mundo. Então, nesse sentido, parece que já fizemos a tarefa de casa, mas a gente pode fazer ainda muito mais”, comenta a professora Amanda Gondim, coordenadora da Rede Brasileira de Bioquerosene e Hidrocarbonetos Sustentáveis para Aviação (RBQAV). “Há uma oportunidade para o Brasil como negócio, como desenvolvimento de país, para exportação”, completa. Ela observa que, assim como na aviação, o combustível responde por cerca de 40% das despesas do transporte marítimo e, por isso, é preciso um cuidado para evitar que a mudança no abastecimento tenha o menor impacto possível nos custos operacionais do setor. “Precisa ser um combustível de alta densidade energética, que não tem custo caro, seja renovável e drop-in. Mas, diferente da aviação, no marítimo, temos algumas alternativas que podem não ser drop-in, o que nos dá uma flexibilidade maior. Isso é uma boa notícia. Tem algumas opções. O biodiesel é uma delas”."

Fonte: Epbr; 21/06/2024

Bancos de desenvolvimento terão papel-chave na transição para economia verde e transição energética

"Um estudo recente da consultoria Deloitte intitulado Financing the Green Energy Transition, aponta que o financiamento concessional , aquele concedido por instituições multilaterais, como bancos de desenvolvimento e fomento, poderia facilitar o fluxo de capital privado para projetos de transição energética, reduzindo a necessidade de investimentos em US$ 2 trilhões por ano. Isso porque eles podem, por mandato, absorver mais riscos, entrando em fases iniciais ou disponibilizando recursos a fundo perdido. Dessa forma, o mercado financeiro tradicional pode se sentir menos desconfortável em financiar ou investir em projetos necessários para o desenvolvimento sustentável e descarbonização do país. O oposto também é verdadeiro: sem esse tipo de financiamento, a transição para emissões líquidas zero (net zero) custaria mais de US$ 7 trilhões por ano até 2050. E ao menos 70% desses investimentos seriam necessários em mercados emergentes e economias em desenvolvimento, onde o acesso ao capital é mais limitado. “Os bancos de desenvolvimento e multilaterais têm um papel crucial na diminuição de riscos de projetos para destravar financiamento privado”, destaca Luiz Assis, sócio responsável pela prática ESG da Deloitte. Ele explica que há diversas maneiras de o capital concessional contribuir com a diminuição da percepção de risco no mercado - e, consequentemente, permitir condições mais acessíveis a quem precisa de dinheiro."

Fonte: Valor Econômico; 21/06/2024

Comunicação sobre mudanças climáticas deve ser mais abrangente, defendem especialistas

"Ao falar sobre as mudanças climáticas, é preciso fazer com que a linguagem seja entendida por todos. Essa é uma obrigação moral dos cientistas especializados no tema, defende Luciana Gatti, pesquisadora em gases de efeito estufa e mudanças climáticas na Amazônia. A especialista esteve nesta sexta-feira (21) no Festival LED, em um painel que discutiu a crise ambiental e como as diferentes gerações devem lidar com os desafios impostos pelo aquecimento global. Além de Gatti, participaram da mesa a comunicadora indígena e ativista Alice Pataxó, o empreendedor social Raull Santiago e a jornalista da TV Globo Sônia Bridi, moderadora da conversa. Os quatro chegaram ao consenso da importância de saber se comunicar a um público mais amplo – sobretudo em um momento marcado pela disseminação de informações falsas. “Em termos de mudanças climáticas, nós estamos falando da nossa sobrevivência. Então, todos habitantes deste planeta têm o direito de saber porque as condições de vida estão mudando e como a vida neste planeta está sendo ameaçada. Para mim, é uma obrigação moral os cientistas aprenderem a falar e a explicar o que está acontecendo de uma maneira que todo mundo entenda", afirmou Gatti. De acordo com a pesquisadora, muitas vezes a academia e o meio científico ficam presos em uma linguagem própria e não conseguem se fazer entender. Gatti conta que começou a perceber melhor essa situação a partir da pandemia da covid-19, quando informações falsas sobre a doença circulavam com mais velocidade do que aquelas baseadas na ciência."

Fonte: Valor Econômico; 21/06/2024

Ranking aponta o Brasil como o terceiro maior mercado mundial de energia solar

"Recém-divulgado, o relatório “Global Market Outlook For Solar Power 2024 – 2028”, elaborado pela SolarPower Europe, aponta o Brasil como o terceiro maior mercado mundial de energia solar no último ano, atrás apenas da China e dos Estados Unidos. O Brasil adicionou, em 2023, 15,4 gigawatts (GW) de potência pico da fonte solar fotovoltaica, representando cerca de 4% de todo o mercado mundial no período, segundo a Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar). Os dados levam em consideração a somatória das grandes usinas solares e dos sistemas de geração própria solar de pequeno e médio portes, em telhados e fachadas de edifícios e em pequenos terrenos, com base na potência total adicionada ao longo de 2023. Ainda segundo explicação da Absolar, o estudo da SolarPower Europe está padronizado para a unidade de potência pico (GWp) e não a potência nominal instalada (GWac), que é o modelo mais utilizado nos dados divulgados publicamente pelos órgãos oficiais brasileiros. Segundo balanço da Absolar, no ano passado, foram adicionados cerca de 12 GWac da fonte solar, que representam os 15,4 GWp descritos no relatório da entidade europeia. A expansão da tecnologia fotovoltaica coloca o Brasil em posição de destaque na geopolítica global de transição energética, avalia a associação. A fonte solar é a segunda maior na matriz elétrica nacional, com 43 GW em operação no país e participação equivalente a 18,2% da matriz elétrica nacional. Rodrigo Sauaia, CEO da Absolar, afirma que a energia solar fotovoltaica é atualmente a fonte mais competitiva do país e se posiciona como uma forte propulsora do desenvolvimento social, econômico e ambiental. “O crescimento acelerado da energia solar é tendência mundial e o avanço brasileiro nesta área é destaque internacional."

Fonte: Exame; 21/06/2024

Óleo de cozinha usado se torna estratégico e EUA abrem mercado para o Brasil

"O óleo de cozinha usado, que muita gente ainda descarta no ralo da pia ou no lixo, vem ganhando cada vez mais espaço na formulação do biocombustível. O “Used Cooking Oil” - UCO - brasileiro passa a partir de agora a ter o Certificado Sanitário Internacional Vegeral (CSIV) aceito pelos Estados Unidos, segundo comunicado divulgado pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) e o Ministério das Relações Exteriores (MRE) na quinta-feira, 20. O UCO é um resíduo de óleos e gorduras vegetais usados em cozinhas e frituras na indústria alimentícia. O material é aproveitado como matéria-prima para biocombustíveis. Entre eles, o biodiesel e combustível de aviação sustentável. O Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Vegetal (DIPOV), ligado ao Mapa, terá e emitir um certificado de rastreabilidade, identidade e origem do produto, a partir de autorias dos procedimentos de autocontrole dos estabelecimentos armazenadores e exportadores para estar de acordo com as exigências americanas. Segundo comunicado divulgado pelas duas pastas, a exportação de UCO do Brasil para os EUA representa significativa oportunidade de mercado, impulsionada pela demanda em alta da maior economia do mundo por biocombustíveis. Em 2023, os EUA importaram cerca de 1,4 milhão de toneladas métricas de UCO. O volume é suficiente para produzir 2,27 bilhões de litros de biocombustíveis e representou o total de importação de cerca de US$ 1,66 bilhão. Os maiores fornecedores de UCO para os EUA foram China, Canadá, Austrália, Nova Zelândia e Chile. Os fabricantes mundiais de combustíveis renováveis estão sob o risco de enfrentar uma crise no fornecimento suficiente de óleos usados."

Fonte: Exame; 21/06/2024

Mudanças climáticas e expansão do agro favorecem queimadas no Pantanal, diz especialista

"A forte seca que afeta parte do Brasil, vinculada às mudanças climáticas, assim como a expansão dos cultivos agrícolas, são os principais motivos do recorde de queimadas no Pantanal, afirma o físico Paulo Artaxo. Especialista em física aplicada a problemas ambientais e membro do Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC, na sigla em inglês), Artaxo considera chave que o governo use todos os métodos possíveis de fiscalização para evitar os incêndios causados pelo homem, especialmente para recuperar terras para o agronegócio. Maior planície tropical alagada do mundo e hábitat de milhares de espécies de plantas e animais, o Pantanal registrou, entre 1º e 20 de junho, 1.729 focos de incêndio, o maior número para este mês desde que os dados começaram a ser compilados, em 1998. Além disso, desde janeiro foram detectados mais de 2.600 focos de incêndio nesta região ao sul da Amazônia, superando os dados do primeiro semestre de 2020, que acabou sendo o pior ano para o bioma, com um quarto da superfície do Pantanal carbonizado. A seguir, a entrevista com Artaxo. O que explica tantos incêndios no Pantanal este ano? Artaxo: "O Pantanal, assim como toda a região do Brasil Central, está sofrendo, em 2024, uma das maiores secas de sua história causada pelas mudanças climáticas. Estamos observando uma redução muito forte da precipitação, que certamente está causando estes incêndios. Agora, é importante enfatizar que a maior parte desses incêndios são criminosos. Esses incêndios trazem prejuízos enormes para o ecossistema". A maioria destas queimadas é provocada pelo agronegócio? Artaxo: "Sim, basicamente todos esses incêndios são focados na expansão da agricultura"."

Fonte: Exame; 22/06/2024

Busca por seguro de carro elétrico salta 800% em 1 ano no Brasil, mostra levantamento

"A procura de seguros para carros elétricos no Brasil subiu mais de 800% de abril de 2023 a maio de 2024, indica levantamento da Agger, plataforma de gestão e cotações de seguros. Nos cinco primeiros meses deste ano, já foram cotados mais de 345 mil seguros. Somente no mês de maio foram realizadas mais de 84 mil cotações para automóveis desta categoria, com os modelos Dolphin Mini, Dolphin EV e ORA 03 SKIN liderando o ranking dos mais procurados. O carro elétrico já é algo que entrou na vida dos brasileiros, à medida que a tecnologia avança e a consciência ambiental cresce, a busca por alternativas mais sustentáveis ao transporte convencional tem impulsionado as vendas de eletrificados. Para a Agger, os dados acompanham o crescimento das vendas de veículos eletrificados, que devem crescer 61% em 2024 em relação a 2023, segundo previsão da Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores). A entidade indica que, de janeiro a abril deste ano, foram emplacados mais de 20 mil automóveis desta categoria. O levantamento verificou também que o perfil do público que está em busca do seguro para carros elétricos vem se alterando durante o ano. Segundo dados da Agger, a idade no início de maio de 2023 era em média de 51 anos. Já em maio deste ano, diminuiu para 45 anos. No ranking de estados que estão adotando este modelo, São Paulo lidera nas cotações para carros elétricos, seguido de Minas Gerais e Santa Catarina. “Com a mudança de comportamento do consumidor, que está cada vez mais atento às questões sustentáveis, temos uma crescente adoção de veículos elétricos e, consequentemente, surge a necessidade de seguros específicos para esse tipo de veículo”, aponta Gabriel Ronacher, CEO da Agger."

Fonte: InfoMoney; 22/06/2024

Grandes usinas solares igualam capacidade da hidrelétrica de Itaipu

"As usinas solares de maior porte no país ultrapassaram em junho a marca de 14 gigawatts (GW) de potência operacional, informou esta semana a Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar). A potência iguala a capacidade instalada de Itaipu, a segunda maior usina hidrelétrica do planeta. Atualmente, todas as unidades da federação têm usinas solares de grande porte. Na divisão por regiões, o Nordeste ocupa a liderança, com 59,8% de potência instalada. Em seguida, vêm o Sudeste, com 39,1%, e o Sul, com 0,5%. Completam a lista o Norte e o Centro-Oeste, com 0,3% cada. Segundo a Absolar, mesmo com a dependência da luz solar, é plenamente possível aumentar significativamente a participação das fontes renováveis na matriz elétrica brasileira. A ampliação, alega a entidade, pode assegurar a confiabilidade, a segurança e a estabilidade do sistema elétrico do país, mantendo o equilíbrio técnico e econômico dos contratos de todos os produtores de energia. Um estudo realizado de 2019 a 2021 pelo Ministério de Minas e Energia, pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE), pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) e a GIZ, entidade de cooperação internacional do governo alemão, constatou sinergia entre as matrizes de energia renovável no Brasil. Quando há variações nos ventos e no Sol, as hidrelétricas garantem o equilíbrio do sistema, não as termelétricas fósseis. Atualmente, o estudo está na terceira fase. Ao considerar as unidades de produção de energia solar de todos os portes, da produção doméstica às usinas grandes, o Brasil alcançou, em 2023, 15,7 gigawatts de potência máxima de energia fotovoltaica. Com 4% do mercado global, o país firmou-se como a terceiro maior produtor de energia solar, atrás apenas da China e dos Estados Unidos."

Fonte: InfoMoney; 23/06/2024

Diretor da Aeris: Incentivo à exportação e leilões podem aliviar crise das eólicas

"Em meio à crise da indústria eólica no País, a Aeris (AERI3) quer focar na importação de equipamentos para atender à demanda da transição energética no Estados Unidos e na União Europeia (UE), disse ao Broadcast Energia (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado) o diretor financeiro da empresa, José Azevedo. Segundo ele, a empresa tem participado das conversas com o governo para encontrar soluções no curto prazo para o setor, que viu as encomendas de equipamentos para parques eólicos minguar nos últimos dois anos. As medidas propostas inicialmente passam pela inclusão das eólicas em leilão de reserva de capacidade, aumento dos benefícios do Reintegra e uma taxa de juro diferenciada para exportação de produtos. “Aí é o mix perfeito”, disse ele. Por outro lado, na avaliação do executivo, algumas soluções aventadas, como a desoneração da folha de pagamento para o setor, podem não ter o efeito esperado. “Talvez com o nível de funcionários que vamos ficar não compense, queremos crescer e não vamos pensar em ficar com menos de 5 mil empregados no futuro”, comentou ele, sobre as expectativas da empresa para a retomada do setor. Azevedo comentou, ainda, que até que os pedidos voltem no Brasil, o melhor caminho para a indústria nacional é desbravar oportunidades no exterior, aproveitando o fato de os países com maior demanda por geração de energia renovável terem restrições para importação de equipamentos chineses. Segundo ele, Estados Unidos e Europa, por exemplo, devem dobrar o volume instalado anualmente, para 50 gigawatts (GW). “Se tivesse exportação não teria necessidade de demitir pessoas”, comentou."

Fonte: InfoMoney; 23/06/2024

Focos de incêndio na Mata Atlântica do Rio aumentam 440% neste ano

"Bioma mais devastado e povoado do Brasil, do qual restam pouco mais de 12,4% dacobertura original, a Mata Atlântica teve um aumento de 42% dos focos de incêndiosde 1º de janeiro a 21 de junho em relação ao mesmo período de 2023. O salto foi de2.527 incêndios para 3.571, segundo dados da plataforma do Programa deQueimadas do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). No Estado do Rio, chegou a 440% de aumento, com a maior parte do crescimentoconcentrado em junho. E a estação seca, quando o risco aumenta, ainda está noinício — e se estende até setembro. Os dados mostram que de 1º a 21 de junhodeste ano, o estado registrou 110 focos contra apenas 16 em 2023. Sendo o maissignificativo deles, com mais de 300 hectares, aquele que devastou uma área deplantas raras que só existem no mais antigo parque nacional do país, o do Itatiaia.No bioma, o número de focos em áreas naturais saltou de 472 para 1.009 no mesmoperíodo. O biólogo Izar Aximoff, que estudou os efeitos do fogo em seu doutorado, destacaque mesmo os pequenos fragmentos de Mata Atlântica guardam grandebiodiversidade. Porém, observa, o bioma não tem qualquer adaptação ao fogo, asespécies não evoluíram com incêndios. "Quando uma área queima, a vida não voltafacilmente". Nos domínios da Mata Atlântica vivem 70% dos brasileiros, sendo o biomafundamental para o clima e a água. Porém, a grande floresta litorânea foi reduzida auma colcha de retalhos. Se forem considerados todos os trechos de floresta commais de 1 hectare (um campo de futebol), restam 24% do bioma. Se contabilizadosfragmentos acima de 3 hectares, há apenas 12,4% de Mata Atlântica, mostra o atlasdo bioma desenvolvido pelo Inpe e o SOS Mata Atlântica."

Fonte: Valor Econômico; 23/06/2024

Política

Riscos climáticos exigem mais planejamento e ação

"Mais desastres climáticos se avizinham, depois da tragédia das águas que provocou enorme destruição e 177 mortes no Rio Grande do Sul. O Ministério do Meio Ambiente chamou atenção para nova seca devastadora no Pantanal, cuja estação de chuvas foi decepcionante, e o bioma já está sendo abatido por incêndios antes mesmo da estação seca. Na Amazônia, os focos de fogo duplicaram de janeiro a maio em relação a 2023. Esse padrão desolador tende a se repetir com mais frequência, alertam os cientistas: a maior parte do território brasileiro será assolada por fortes secas e, no Sul e Sudeste, por chuvas tão intensas como as que caíram no Rio Grande do Sul. A iminência de mais e mais fenômenos climáticos extremos torna incontornável a elaboração, a execução e a preparação de planos de prevenção em larga escala, tarefa com a qual o país nunca se preocupou de fato e que terá de enfrentar. Pela primeira vez, a Agência Nacional de Águas reconheceu “situação crítica” na bacia do Rio Paraguai, onde todos os afluentes estão abaixo do nível normal esperado para a época. Choveu apenas 60% do que deveria no período das cheias e os rios do Pantanal estão com seus níveis mais baixos desde 2020. Mais agruras estão reservadas agora para ele. As queimadas começaram mesmo no período em que deveria chover muito, novembro, e no ano até junho foram detectados 1.434 focos de fogo, três vezes mais que em 2020, ano da grande devastação. Em 9 de abril, o governo do Mato Grosso do Sul decretou emergência ambiental no Pantanal. O Monitor das Secas da ANA indica que a estiagem atingia 94% do Centro-Oeste, proporção que subia a 100% no caso de Goiás no início de maio. A seca diminuiu nos últimos dias."

Fonte: Valor Econômico; 24/06/2024

Internacional

Empresas

Europeia GravitHY cogita replicar no Brasil projeto de “ferro verde”

"A GravitHY, uma empresa europeia, está desenvolvendo a construção de uma planta de produção de ferro reduzido direto (DRI) e Hot Briquetted Iron (HBI), a partir de hidrogênio de baixo carbono, no sul da França, em Fos-sur-Mer. A unidade está prevista para começar a operar em 2028. Em entrevista à agência epbr, José Noldin, CEO da GravitHY, a planta será o primeiro passo da ambição de construir outras unidades na Europa e até mesmo no Brasil. “O Brasil tem uma vocação clara para se tornar um hub de produção de metálicos baseados em hidrogênio,” afirmou Noldin. A empresa tem como sócios a iniciativa público-privada EIT InnoEnergy, de aceleração de negócios; a francesa Engie; a americana Plug Power, especialista em projetos integrados de hidrogênio; além de outras empresas do setor imobiliário; aço verde; e mobilidade. A tecnologia de produção de DRI/HBI verde envolve a utilização de hidrogênio renovável, obtido através da eletrólise da água usando eletricidade renovável, em vez do gás natural e do carvão, tradicionalmente usados no processo. Isso reduz drasticamente as emissões de CO2, tornando o processo quase livre de carbono. O DRI/HBI é uma commodity intermediária, sendo uma forma aglomerada de minério de ferro, antes de ser enviada às siderúrgicas. A planta inicial terá uma capacidade de 2 milhões de toneladas de HBI por ano. Contudo, Noldin aponta que a estimativa é que até 2035, somente o mercado europeu demandará entre 15 a 30 milhões de toneladas de DRI e HBI. Isso porque a transição das siderúrgicas para a produção de aço verde será crucial para atender à legislação ambiental rigorosa e aos compromissos de descarbonização da União Europeia, de reduzir em 55% as emissões de gases de efeito estufa até 2030."

Fonte: Epbr; 21/06/2024

Como as empresas estão começando a se afastar das metas verdes

"Em um discurso recente para investidores, o ex-Chefe Executivo da BP, Lord John Browne, instou-os a considerar a fábula de Esopo sobre o cavaleiro que deixa de alimentar seu cavalo em tempos de paz, mas que acaba mancando quando chega a guerra. O soldado na analogia representava as empresas que estão recuando em relação às ações climáticas, criando mais riscos de longo prazo para todos os envolvidos, à medida que os efeitos cada vez maiores da crise climática se aproximam. "A história é um bom lembrete de que, se quisermos que algo nos sirva por mais tempo, precisamos cuidar dele constantemente", disse ele. "A dura verdade é que temos feito um trabalho ruim ao conciliar as ações corporativas com os interesses da sociedade e do planeta de forma equilibrada. No entanto, a necessidade urgente de fazer isso não diminuiu." Os comentários de Browne, presidente do fundo General Atlantic BeyondNetZero, de US$ 3,5 bilhões, que se tornou um defensor da política climática robusta, refletem uma realidade preocupante. Este ano, líderes corporativos de diversos setores reconheceram que não podem cumprir suas metas de emissões de gases de efeito estufa estabelecidas, em alguns casos, há vários anos. No ano passado, grandes empresas, como a Unilever, o Bank of America e a Shell, abandonaram ou não cumpriram as metas de redução de emissões ou de diminuição dos laços com os setores mais poluentes. Outras simplesmente não cumpriram sua promessa de melhorar. A maioria justificou o fracasso em manter o esforço com uma reclamação comum: fatores políticos e regulatórios fora do controle das empresas estão atrasando o progresso. Entre eles estão o fracasso na definição de padrões e na regulamentação clara, o apoio insuficiente do governo e os atrasos na implantação de novas tecnologias."

Fonte: Financial Times; 21/06/2024

EUA oferecem US$ 850 milhões em subsídios para limpar as emissões de metano do setor petrolífero

"O governo dos EUA abriu na sexta-feira uma licitação competitiva, que será encerrada em 26 de agosto, para a concessão de US$ 850 milhões em subsídios para ajudar pequenos produtores de petróleo e gás a monitorar e reduzir o metano de suas operações, uma parte importante do plano do governo Biden para reprimir os vazamentos do potente gás de efeito estufa. O financiamento, disponibilizado por meio da lei climática assinada pelo governo, chamada Inflation Reduction Act, ajudará especificamente as pequenas operadoras de petróleo e gás natural a reduzir as emissões de metano e obter acesso a tecnologias de detecção e redução de metano. Ele estará aberto ao setor, ao meio acadêmico, a ONGs, a tribos de nativos americanos e a governos estaduais e locais. Algumas operadoras menores e independentes de petróleo e gás dos EUA se opuseram fortemente aos novos padrões de metano da Agência de Proteção Ambiental, que visam centenas de milhares de fontes existentes em todo o país, porque eles representariam um ônus financeiro para os poços de baixa produção, bem como à taxa de metano proposta pela agência para os produtores. "Esses investimentos da agenda Investing in America do presidente Biden impulsionarão a implantação de tecnologias disponíveis e avançadas para entender melhor de onde vêm as emissões de metano. Isso nos ajudará a reduzir de forma mais eficaz a poluição prejudicial, enfrentar a crise climática e criar empregos bem remunerados", disse o administrador da EPA, Michael Regan. A produção de petróleo e gás é a fonte de cerca de um terço das emissões de metano do país e é um alvo importante para o governo Biden em sua tentativa de combater as mudanças climáticas."

Fonte: Reuters; 21/06/2024

O grupo da Missão 2025 pede que os governos estabeleçam metas climáticas mais ambiciosas

"Algumas das maiores empresas, instituições financeiras, cidades e regiões do mundo uniram forças para instar os governos a aumentar sua ambição climática antes do prazo de fevereiro de 2025 para entregar seus planos de redução de emissões às Nações Unidas. O grupo aderiu a uma coalizão denominada Mission 2025. Ela é convocada pela Groundswell - uma colaboração entre as organizações sem fins lucrativos Global Optimism, Systems Change Lab e o Bezos Earth Fund. Os apoiadores corporativos incluem a empresa de bens de consumo Unilever, abre nova guia, a maior varejista de móveis do mundo, a IKEA, e a empresa britânica de energia sustentável Octopus EV. Outros são representados por grupos como a We Mean Business Coalition. Embora algumas empresas de combustíveis fósseis tenham sido criticadas por defensores do meio ambiente, outras empresas estão frustradas com o que consideram ser governos míopes e relutantes em regulamentar para promover as mudanças necessárias quando as evidências de que as mudanças climáticas estão se tornando mais extremas são cada vez maiores. A Missão 2025 tem como objetivo assegurar aos líderes políticos que eles têm um forte apoio para ações ousadas. Ela é liderada por Christiana Figueres, do Global Optimism, que supervisionou o Acordo de Paris em 2015, que produziu o primeiro acordo verdadeiramente global de que os países reduziriam as emissões prejudiciais ao clima. Dez anos depois do Acordo de Paris, os quase 200 países que concordaram com ele têm um prazo para apresentar Contribuições Nacionalmente Determinadas (NDCs) atualizadas que definem as políticas de um país para atingir a meta global de redução de emissões."

Fonte: Reuters; 23/06/2024

O caminho para o zero líquido - as metas de emissões dos gigantes mundiais do setor de bebidas

"Este guia atualizado regularmente da Just Drinks apresentará as metas que os principais fabricantes de bebidas do mundo publicaram sobre o zero líquido - e o progresso que fizeram até agora. De acordo com a ONU, o consenso científico mostra que o aumento da temperatura global deve ser limitado a 1,5°C acima dos níveis pré-industriais "para evitar os piores impactos da mudança climática e preservar um planeta habitável". Para que o aquecimento global não ultrapasse 1,5°C - conforme previsto no Acordo de Paris de 2015 - as emissões precisam ser reduzidas em 45% até 2030 e chegar a zero líquido até 2050. As empresas vinculam suas metas de zero líquido a três áreas de emissões conhecidas como Escopos 1, 2 e 3. De acordo com o Protocolo de Gases de Efeito Estufa, reconhecido internacionalmente, as emissões de uma organização são divididas em três "escopos". O Escopo 1 abrange as emissões diretas de fontes próprias ou controladas. Um segundo escopo, o Escopo 2, abrange as emissões indiretas da geração de eletricidade, vapor, aquecimento e resfriamento comprados e consumidos por uma organização que reporta."

Fonte: JustDrinks; 21/06/2024

Política

UE aprova US$ 3,2 bilhões em apoio ao gasoduto de hidrogênio alemão

"A Comissão Europeia aprovou cerca de 3 bilhões de euros (US$ 3,2 bilhões) de ajuda estatal alemã planejada para a construção de um sistema de tubulações de hidrogênio conhecido como Hydrogen Core Network (HCN). Berlim planeja dar garantias financeiras para permitir que as empresas que construírem e operarem a rede de 20 bilhões de euros obtenham empréstimos mais favoráveis para cobrir as perdas iniciais durante a fase de crescimento a partir de 2025. O incentivo à adoção do hidrogênio supera qualquer distorção na concorrência e no comércio da UE decorrente do esquema, afirmou a Comissão na sexta-feira. A coalizão governista da Alemanha concordou em abril com o mecanismo de financiamento e estendeu o prazo de construção em cinco anos, até 2037, oferecendo também proteção aos investidores em caso de falência. Muitos países estão buscando o hidrogênio, que pode ser gerado a partir de energia eólica e solar para uma forma mais armazenável de energia verde, para ajudá-los a atingir emissões líquidas zero de gases de efeito estufa. O hidrogênio é amplamente visto como a única fonte de energia livre de carbono viável para muitos processos da indústria pesada, incluindo os setores de aço, produtos químicos, refino, vidro e cerâmica. A Alemanha pretende construir mais de 9.700 km (6.000 milhas) de dutos de hidrogênio, sendo que a transmissão de gás natural existente representa 60% da rede para abastecer as instalações da indústria pesada que não podem mudar para a eletricidade. O hidrogênio verde é produzido pela divisão das moléculas de água por meio de eletrólise, utilizando energia renovável, e a rede de dutos alemã precisará conectar os parques de energia eólica no norte aos centros industriais no sul."

Fonte: Reuters; 21/06/2024

UE e China se preparam para conversar sobre as tarifas planejadas para veículos elétricos

"A China e a União Europeia concordaram em iniciar conversações sobre a imposição planejada de tarifas sobre veículos elétricos fabricados na China que estão sendo importados para o mercado europeu, disseram autoridades seniores de ambos os lados no sábado. O ministro da Economia da Alemanha, Robert Habeck, disse ter sido informado pelo comissário da UE, Valdis Dombrovskis, que haveria negociações concretas sobre as tarifas com a China. A confirmação veio depois que o Ministério do Comércio da China disse que seu chefe, Wang Wentao, e Dombrovskis, vice-presidente executivo da Comissão Europeia, concordaram em iniciar consultas sobre a investigação antissubsídios da UE sobre os veículos elétricos chineses. "Isso é novo e surpreendente, pois não foi possível entrar em um cronograma de negociação concreto nas últimas semanas", disse Habeck em Xangai. Ele disse que esse foi o primeiro passo e que muitos outros serão necessários. "Estamos longe do fim, mas, pelo menos, é um primeiro passo que não era possível antes." O ministro havia dito mais cedo no sábado que a União Europeia estava aberta para discussões sobre as tarifas da UE sobre as exportações chinesas. "O que sugeri aos meus parceiros chineses hoje é que as portas estão abertas para discussões e espero que essa mensagem tenha sido ouvida", disse ele em sua primeira declaração em Xangai, após reuniões com autoridades chinesas em Pequim. A visita de Habeck é a primeira de uma autoridade europeia sênior desde que Bruxelas propôs pesadas taxas sobre as importações de veículos elétricos (VEs) fabricados na China para combater o que a UE considera subsídios excessivos."

Fonte: Reuters; 22/06/2024

A China quer que a UE elimine as tarifas sobre VEs até 4 de julho, informa a mídia estatal chinesa

"Pequim quer que a União Europeia elimine suas tarifas preliminares sobre os veículos elétricos chineses até 4 de julho, informou o Global Times, controlado pelo Estado chinês, após um acordo entre os dois lados para realizar novas negociações comerciais. As tarifas provisórias da UE de até 38,1% sobre os VEs importados fabricados na China devem entrar em vigor em 4 de julho, enquanto o bloco investiga o que a UE alega serem subsídios excessivos e injustos para os fabricantes chineses de VEs. A China tem solicitado repetidamente que a UE cancele suas tarifas, expressando sua disposição para negociar. Pequim não quer se envolver em outra guerra tarifária, ainda prejudicada pelas tarifas dos EUA sobre seus produtos impostas pelo governo Trump, mas diz que tomará todas as medidas para proteger as empresas chinesas caso isso aconteça. Ambos os lados concordaram em iniciar negociações sobre tarifas após uma ligação entre o Comissário da UE Valdis Dombrovskis e o Ministro do Comércio da China, Wang Wentao, no sábado, durante uma visita à China pelo Ministro da Economia da Alemanha, que disse que as portas para discussão estão "abertas". O melhor resultado das negociações é que a UE desista de sua decisão tarifária antes de 4 de julho, informou o Global Times no final do domingo, citando observadores. As medidas cada vez mais protecionistas da UE desencadearão contramedidas por parte da China, e uma escalada nos atritos comerciais só levaria a resultados "perde-perde" para ambos os lados, disse o jornal. As tarifas deverão ser finalizadas em 2 de novembro, ao final da investigação antissubsídios da UE. A China rejeitou as acusações de subsídios injustos, dizendo que o desenvolvimento do setor de veículos elétricos da China foi resultado de vantagens em tecnologia, mercado e cadeias de suprimentos do setor."

Fonte: Reuters; 23/06/2024

A Cúpula do Futuro

"O sistema geopolítico mundial não está proporcionando o que queremos ou precisamos. O desenvolvimento sustentável é nosso objetivo declarado, significando prosperidade econômica, justiça social, sustentabilidade ambiental e paz. No entanto, nossa realidade é de continuidade da pobreza em meio à abundância, a desigualdades crescentes, a crises ambientais cada vez mais graves e à guerra. Para voltar aos trilhos, o secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), António Guterres, sensatamente, convocou uma Cúpula do Futuro (SOTF, na sigla em inglês) para os dias 22 e 23 de setembro, uma convocação que foi endossada pelos 193 Estados-Membros da ONU. A ideia central da Cúpula do Futuro é que a humanidade se depara com um conjunto de desafios sem precedentes que só podem ser resolvidos por meio da cooperação internacional. A crise das mudanças climáticas induzidas pelo homem (em especial o aquecimento do planeta) não pode ser resolvida por um único país. Nem as crises de guerras (como na Ucrânia e na Faixa de Gaza) ou as tensões geopolíticas (entre Estados Unidos e China) podem ser resolvidas por um ou dois países sozinhos. Cada país, mesmo as grandes potências, como EUA, China, Rússia, Índia e outros, faz parte de uma complexa estrutura global de poder, economia e política que requer soluções genuinamente globais. A reunião de cúpula girará em torno a cinco tópicos principais, todos relacionados ao multilateralismo, que é o sistema pelo qual as nações coexistem com o resto do mundo. Esses tópicos são: (1) o objetivo do desenvolvimento sustentável; (2) o objetivo da paz; (3) o controle de novas tecnologias como a inteligência artificial; (4) conferir mais poder aos jovens e às futuras gerações; e (5) a reforma da arquitetura da ONU."

Fonte: Valor Econômico; 24/06/2024

Índices ESG e suas performances

(1) O Índice ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial da B3) tem como objetivo ser o indicador do desempenho médio das cotações dos ativos de empresas com reconhecido comprometimento com o desenvolvimento sustentável, práticas e alinhamento estratégico com a sustentabilidade empresarial.
(2) O Índice S&P/B3 Brasil ESG mede a performance de títulos que cumprem critérios de sustentabilidade e é ponderado pelas pontuações ESG da S&P DJI. Ele exclui ações com base na sua participação em certas atividades comerciais, no seu desempenho em comparação com o Pacto Global da ONU e também cias sem pontuação ESG da S&P DJI.
(3) O ICO2 tem como propósito ser um instrumento indutor das discussões sobre mudança do clima no Brasil. A adesão das companhias ao ICO2 demonstra o comprometimento com a transparência de suas emissões e antecipa a visão de como estão se preparando para uma economia de baixo carbono.
(4) O objetivo do IGCT é ser o indicador do desempenho médio das cotações dos ativos de emissão de empresas integrantes do IGC que atendam aos critérios adicionais descritos nesta metodologia.
(5) A série de índices FTSE4Good foi projetada para medir o desempenho de empresas que demonstram fortes práticas ambientais, sociais e de governança (ESG).
(6)
O Índice MSCI ACWI, que representa o desempenho de todo o conjunto de ações de grande e médio porte do mundo, em 23 mercados desenvolvidos e 26 emergentes.


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