Bom dia! Neste relatório diário publicado todas as manhãs pelo time ESG do Research da XP, buscamos trazer as últimas notícias para que você comece o dia bem informado e fique por dentro do tema ESG – do termo em inglês Environmental, Social and Governance ou, em português, ASG – Ambiental, Social e Governança.
Quais tópicos abordamos ao longo do conteúdo? (i) Notícias no Brasil e no mundo acerca do tema ESG; (ii) Performance histórica dos principais índices ESG em diferentes países; (iii) Comparativo da performance do Ibovespa vs. ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial, da B3); e (iv) Lista com os últimos relatórios publicados pelo Research ESG da XP.
Principais tópicos do dia
• Na última semana, o Ibovespa encerrou em queda de -0,56%, enquanto o ISE subiu +0,25%. Já o pregão de sexta-feira terminou com o IBOV recuando -0,89%, com o ISE andando de lado (0,05%).
• No Brasil, (i) o Ministério de Minas e Energia (MME) anunciou que vai investir R$ 5 bilhões para impulsionar a transição energética na Amazônia Legal, no chamado programa “Energias da Amazônia” – o novo programa ainda carece de detalhes, mas passa pela substituição das usinas termelétricas para reduzir o consumo de diesel da região Norte em 70% até 2030; e (ii) os chefes de Estado de países amazônicos que se reúnem em Belém a partir de terça-feira devem assinar uma declaração política em temas que vão do combate ao desmatamento e ao crime organizado a projetos de infraestrutura, mineração e modelos de desenvolvimento – o Brasil quer que a Carta de Belém tenha meta de desmatamento zero comum aos países, embora ainda não haja consenso sobre o tema.
• No internacional, o processo de instalação da primeira das 277 turbinas no maior parque eólico offshore (em alto-mar) do mundo está em andamento no Reino Unido – a SSE, empresa de energia britânica, responsável pela construção, disse que a previsão de conclusão do parque eólico é 2026, e o custo estimado será de 9 bilhões de libras.
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Brasil
Empresas
BNDES e BID anunciam iniciativa para desenvolvimento sustentável da Amazônia
“O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) lançam nesta segunda-feira (7), em Belém, a Colizão Verde, uma aliança internacional para promoção do desenvolvimento sustentável na região. Bancos de desenvolvimento dos países da região amazônica também vão participar da iniciativa. Após a assinatura da Declaração da Coalizão Verde, BNDES e BID irão apresentar uma carta de intenções visando à implementação do Programa de Acesso ao Crédito para MPMEs e Pequenos Empreendedores (Pro-Amazônia). A aliança será lançada no seminário “Coalizão Verde: Mobilizando Recursos para o Desenvolvimento Sustentável da Amazônia”, que será realizado na manhã de segunda em um hotel de Belém, capital do Pará. Participam os presidentes do BNDES, Aloizio Mercadante, e do BID, Ilan Goldfajn. Também estão previstas as presenças da ministra do Meio Ambiente, Marina Silva; do Planejamento, Simone Tebet; do ministro da Justiça, Flávio Dino; além do governador do Pará, Hélder Barbalho, e o prefeito de Belém, Edmilson Rodrigues. A ministro do Meio Ambiente da Colômbia, Susana Muhamad, também participa do lançamento.”
Fonte: Valor Econômico, 07/08/2023
Hidrogênio verde: Atlas Agro recebe aporte de até US$ 325 milhões para fábricas de fertilizantes
“A Macquarie Asset Management (MAM), gestora de ativos global, e a Atlas Agro Holding AG, produtora de fertilizantes nitrogenados com zero emissões de carbono ao meio ambiente, anunciam um aporte da gestora de ativos de até 325 milhões de dólares na Atlas Agro, por meio do fundo Macquarie GIG Energy Transition Solutions (MGETS). A Atlas Agro está desenvolvendo projetos para construção de uma série de fábricas de fertilizantes nitrogenados verdes em escala industrial nos Estados Unidos e na América Latina, sobretudo no Brasil, que utilizarão hidrogênio verde em seu processo de produção, em vez do processo convencional de que utiliza combustíveis fósseis. O modelo de negócios compreende a produção de fertilizantes nitrogenados a partir de geração de energia exclusivamente limpa e renovável, disponibilizando um produto nacional, sustentável e competitivo aos produtores rurais da região, e assim promovendo uma redução significativa na pegada de carbono, tanto da produção quanto do transporte. No Brasil, a Atlas Agro anunciou a instalação da primeira unidade fabril de fertilizantes nitrogenados a partir do hidrogênio verde, a ser implantada em Uberaba (MG) com investimentos totais de US$ 850 milhões. A aposta da companhia é tornar-se primeira referência na descarbonização da indústria de fertilizantes no Brasil, já que atualmente mais de 90% do fertilizante nitrogenado utilizado no País são importados de outros países, como Rússia, sendo todos eles produzidos a partir de fontes fósseis e poluentes.”
Fonte: Exame, 04/08/2023
Política
Governo anuncia R$ 5 bi para descarbonização da energia elétrica da Amazônia
“O Ministério de Minas e Energia (MME) anunciou hoje que vai investir R$ 5 bilhões para impulsionar a transição energética na Amazônia Legal. O programa “Energias da Amazônia” foi lançado em Parintis, no Amazonas, pelo ministro Alexandre Silveira e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A região Norte vive uma contradição quando se fala de energia. Com as hidrelétricas, a Amazônia Legal exporta energia renovável para o restante do país e, mesmo assim, ainda depende do consumo de diesel para o abastecimento próprio. Nos nove Estados que a compõem, a estimativa é que 3,1 milhões de pessoas dependam de sistemas isolados – abastecidos por termelétricas de pequeno porte – e outro 1 milhão não tenham acesso a energia constante. Ao todo, são 211 sistemas isolados com geradores movidos por combustíveis fósseis. A estimativa é que só neste ano o custo do diesel chegue a R$ 12 bilhões, segundo dados da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). O novo programa ainda carece de detalhes, mas passa pela substituição das usinas termelétricas. A intenção anunciada é reduzir o consumo de diesel da região Norte em 70% até 2030, o que deve provocar uma economia de R$ 500 mil por ano com o combustível, segundo Silveira. Quanto à pegada climática, pelo uso de alternativas mais sustentáveis, como biocombustíveis ou energia solar, a expectativa é evitar o lançamento de 1,5 milhão de toneladas de CO2 no período.”
Fonte: Capital Reset, 04/08/2023
Ibama não dificulta nem facilita, tem posição técnica, diz Marina sobre pedido da Petrobras
“A ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, defendeu neste sábado que prevaleça o rigor técnico das decisões do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama). A declaração foi dada quando questionada sobre a recusa ao pedido de licença ambiental da Petrobras para perfurar poço na costa do Amapá, em região conhecida como Margem Equatorial. “O Ibama não dificulta nem facilita. O Ibama tem o parecer técnico que deve ser observado. Nós já demos mais de 2 mil licenças para a Petrobras ao longo dos tempos. Se as licenças dadas não foram ideológicas, as licenças negadas também não são. São licenças técnicas”, afirmou a ministra, em entrevista concedida no evento “Diálogos Amazônicos”, em Belém (PA). Tanto a petroleira estatal quanto os técnicos do Ministério de Minas e Energia (MME) defendem que o poço exploratório está localizado a mais de 500 quilômetros de distância da Foz do Rio Amazonas, considerada área sensível do ponto de vista de preservação ambiental. A Margem Equatorial é considerada a próxima fronteira de exploração de petróleo que deve assumir o lugar estratégico do pré-sal, que já começa a registrar estagnação e declínio de produção. Embora tenha sinalizado que a negativa do Ibama deve prevalecer, a ministra reconheceu que o recurso da Petrobras contra as alegações contidas no parecer do órgão ambiental será analisado.”
Fonte: Valor Econômico, 05/08/2023
Cúpula da Amazônia: Desmate zero não é consenso em encontro em Belém
“Os chefes de Estado de países amazônicos que se reúnem em Belém a partir de terça-feira (8) devem assinar longa declaração política com mais de 130 parágrafos e temas que vão do combate ao desmatamento e ao crime organizado a projetos de infraestrutura, mineração e modelos de desenvolvimento. O Brasil quer que a Carta de Belém tenha meta de desmatamento zero comum aos países, mas não há consenso. Nem todos concordam com a proposta colombiana de não se abrir novas frentes de exploração de petróleo na região – o Brasil se opõe. Deve ser criada uma espécie de Interpol amazônica – um centro de cooperação policial internacional, em Manaus, para integrar as polícias dos países da região. O objetivo é combater crimes ambientais, como a derrubada da floresta e garimpos em terras indígenas, além do narcotráfico. A proposta faz parte do Plano Amas (Amazônia: Segurança e Soberania) anunciado em julho pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva e elaborado na pasta da Justiça e Segurança Pública, do ministro Flávio Dino. Outra decisão deve ser a criação de um sistema integrado de tráfego aéreo entre os países, fundamental no combate do crime organizado e às ilegalidades. Segundo disse o diretor-executivo da Organização do Tratado de Cooperação Amazônica (OTCA) Carlos Alfredo Lazary Teixeira, à GloboNews, a declaração de Belém criará um grupo de trabalho para estudar a formalização de um Parlamento amazônico, que pode ter caráter deliberativo. O organismo supranacional teria ser aprovado pelos congressos dos oito países signatários do Tratado de Cooperação Amazônica.”
Fonte: Valor Econômico, 04/08/2023
Colômbia quer plano progressivo para encerrar extração de petróleo na Amazônia
“A ministra do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável da Colômbia, Susana Muhamad, afirmou neste domingo (6), em Belém (PA), que os países amazônicos deveriam fechar um plano progressivo para o fim da exploração de petróleo na Amazônia e que a discussão sobre esse tema precisa continuar. O tema tem oposto Brasil e Colômbia em negociações sobre o acordo a ser firmado na Cúpula da Amazônia, que acontece entre 8 e 9 de agosto. Enquanto o governo de Gustavo Petro defende esta pauta, o presidente Lula (PT) disse, na última semana, que quer “continuar sonhando” com a extração na bacia da Foz do Amazonas. “Seria lógico e como uma mensagem muito poderosa ao norte que fechássemos um plano progressivo [para encerrar a exploração], porque todos nossos países têm petróleo na Amazônia”, disse. Ela acrescentou que a medida seria importante não apenas por causa da emissão dos gases de efeito estufa, mesmo considerando paradoxal “seguir pensando sobre petróleo frente à crise que temos”. “Mas [também] porque esses megaprojetos geram abertura de estradas, fragmentação ecológica, perda de biodiversidade e, sobretudo, conflito com as comunidades”. Em entrevista coletiva de imprensa que antecedeu as declarações, a ministra do Meio Ambiente brasileira, Marina Silva, ao lado da sua contraparte colombiana, afirmou que a discussão será feita pelos presidentes e que nenhuma posição será imposta.”
Fonte: Valor Econômico, 06/08/2023
Internacional
Empresas
“Um juiz dos EUA rejeitou a oferta do ex-gerente de fundos da Allianz, Gregoire Tournant, de descartar um caso de fraude criminal por seu papel em causar mais de US$ 7 bilhões em perdas de investidores. Em uma ordem divulgada na sexta-feira, EUA A juíza distrital Laura Taylor Swain no tribunal federal de Manhattan negou a moção de Tournant para rejeitar a acusação de cinco acusações, que também inclui uma acusação de obstrução. Tournant se declarou inocente. Swain planeja apresentar uma opinião redigida contendo seu raciocínio logo em meados de agosto. Sua decisão seguiu a aprovação de 12 de julho por outro juiz federal de Manhattan do acordo de US$ 6 bilhões da Allianz com as autoridades dos EUA, no qual uma unidade da seguradora alemã se declarou culpada de uma acusação criminal de fraude de valores mobiliários. Tournant tinha sido o criador e diretor de investimentos dos agora extintos Fundos Alfa Estruturados da Allianz. Uma vez com mais de US$ 11 bilhões em ativos sob gestão, os fundos perderam cerca de US$ 7 bilhões em fevereiro e março de 2020, à medida que o início da pandemia de COVID-19 interrompeu os mercados. Os promotores acusaram Tournant de encobrir os riscos dos fundos e tentar enganar os advogados internos da Allianz e os EUA Comissão de Valores Mobiliários, enquanto embolsa cerca de US$ 60 milhões em pagamento. Ao buscar uma demissão, Tournant disse que o escritório de advocacia Sullivan & Cromwell, que o havia representado e a Allianz, “trocou de lado” e fez dele um bode expiatório para “salvar” a seguradora alemã depois que decidiu cooperar com os promotores. Tournant disse que a rejeição da acusação foi justificada porque a “intrusão” dos promotores em sua relação advogado-cliente havia sido “manifestamente e declaradomente corrupta”.”
Fonte: Reuters, 04/08/2023
Inglaterra inicia instalação de turbinas do maior parque eólico em alto-mar do mundo
“O processo de instalação da primeira das 277 turbinas no maior parque eólico offshore (em alto-mar) do mundo está em andamento no Reino Unido. A SSE, empresa de energia britânica, anunciou que pretende instalar a primeira turbina neste fim de semana a cerca de 130 quilômetros da costa de Yorkshire, no norte da Inglaterra. A previsão de conclusão do parque eólico é 2026. As turbinas de 260 metros de altura — quase o dobro da London Eye o equivalente ao Rockefeller Center — serão instaladas usando uma embarcação especializada com capacidade de içamento de 3,2 mil toneladas, a maior deste tipo em todo o mundo, segundo a SSE. O Voltaire de Jan de Nul também é o primeiro navio de emissão ultrabaixa de seu tipo. O custo da construção será de 9 bilhões de libras (R$ 48 bilhões, na cotação atual), de acordo com o portal britânico The Guardian. O Parque Eólico Dogger Bank é o maior parque eólico offshore do mundo em construção e deverá ser o maior do mundo em operação, quando concluído, em 2026. Quando pronto, o parque eólico terá uma capacidade instalada de 3,6 GW de eletricidade renovável e será capaz de produzir energia limpa suficiente para abastecer o equivalente a seis milhões de residências anualmente. Cada volta das pás irá gerar energia para abastecer uma casa média do Reino Unido por dois dias.”
Fonte: Exame, 04/08/2023
Índices ESG e suas performances
(1) O Índice ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial da B3) tem como objetivo ser o indicador do desempenho médio das cotações dos ativos de empresas com reconhecido comprometimento com o desenvolvimento sustentável, práticas e alinhamento estratégico com a sustentabilidade empresarial.
(2) O Índice S&P/B3 Brasil ESG mede a performance de títulos que cumprem critérios de sustentabilidade e é ponderado pelas pontuações ESG da S&P DJI. Ele exclui ações com base na sua participação em certas atividades comerciais, no seu desempenho em comparação com o Pacto Global da ONU e também cias sem pontuação ESG da S&P DJI.
(3) O ICO2 tem como propósito ser um instrumento indutor das discussões sobre mudança do clima no Brasil. A adesão das companhias ao ICO2 demonstra o comprometimento com a transparência de suas emissões e antecipa a visão de como estão se preparando para uma economia de baixo carbono.
(4) O objetivo do IGCT é ser o indicador do desempenho médio das cotações dos ativos de emissão de empresas integrantes do IGC que atendam aos critérios adicionais descritos nesta metodologia.
(5) A série de índices FTSE4Good foi projetada para medir o desempenho de empresas que demonstram fortes práticas ambientais, sociais e de governança (ESG).
(6) O Índice MSCI ACWI, que representa o desempenho de todo o conjunto de ações de grande e médio porte do mundo, em 23 mercados desenvolvidos e 26 emergentes.
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ESG: Um guia de bolso das principais regulações no Brasil(link)
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Sigma Lithium estreia BDRs na B3 e outros destaques (link)
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