Bom dia! Neste relatório diário publicado todas as manhãs pelo time ESG do Research da XP, buscamos trazer as últimas notícias para que você comece o dia bem informado e fique por dentro do tema ESG – do termo em inglês Environmental, Social and Governance ou, em português, ASG – Ambiental, Social e Governança.
Quais tópicos abordamos ao longo do conteúdo? (i) Notícias no Brasil e no mundo acerca do tema ESG; (ii) Performance histórica dos principais índices ESG em diferentes países; (iii) Comparativo da performance do Ibovespa vs. ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial, da B3); e (iv) Lista com os últimos relatórios publicados pelo Research ESG da XP.
Principais tópicos do dia
• O Ibovespa e o ISE terminaram a semana passada em território negativo, caindo 0,5% e 0,7%, respectivamente. Em linha, o pregão de sexta-feira também fechou em queda, com o IBOV e o ISE recuando 0,1% e 1,0%, respectivamente.
• Do lado das empresas, o Ibama impôs multas no valor de R$365 milhões a fazendas de gado e frigoríficos por criar ou comprar gado em terras desmatadas ilegalmente na Amazônia – segundo a organização, foram identificadas 69 propriedades que venderam cabeças de gado criadas em terras desmatadas e 23 frigoríficos que compraram o gado nos Estados do Pará e Amazonas, incluindo a JBS, que por sua vez nega a informação.
• Na política, (i) o presidente Lula cancelou a sua participação na COP29, a conferência da ONU sobre mudanças climáticas, no Azerbaijão – o cancelamento aconteceu porque o presidente quer focar na cúpula da Cooperação Econômica Ásia-Pacífico (Apec) e na cúpula do G20, ambos também previstos para acontecer em novembro; e (ii) o Mato Grosso sancionou, na semana passada, a lei que proíbe incentivos fiscais a empresas que seguem os critérios da moratória da soja, compromisso voluntário empresarial que veda a compra do grão plantado em áreas desmatadas da Amazônia.
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Brasil
Empresas
Governo e mineradoras assinam acordo de R$ 170 bi em indenizações por desastre de Mariana
“Os governos federal, de Minas Gerais e Espírito Santo, e as mineradoras Vale, BHP e Samarco assinaram nesta sexta-feira (25) o acordo para que as empresas paguem a indenização pela tragédia de Mariana (MG), ocorrida em 2015 e que provocou a morte de 19 pessoas. Também assinaram o acordo a Procuradoria-Geral da República (PGR), Defensoria Pública da União e o Tribunal Regional Federal (TRF) da 6ª Região – este último responsável pela conciliação entre as partes. A assinatura foi realizada em cerimônia no Palácio do Planalto. Do total, R$ 38 bilhões já foram pagos. Outros R$ 100 bilhões serão pagos ao longo dos próximos 20 anos aos governos federal e dos Estados, além dos municípios. Já os demais R$ 32 bilhões serão pagos em obrigações de execução das empresas. Em discurso, o vice-presidente do TRF da 6ª Região e responsável pela mesa de negociações, Ricardo Machado Rebelo, afirmou que a conciliação entre as partes “era a única resposta a dar para esse processo”. Já o governador do Espírito Santo, Renato Casagrande (PSB), disse que “diversos desastres ambientais [anteriores] não tiveram um acordo como este”. “É a hora de a gente executar [os gastos]. As prioridades estão claras”, afirmou. Por sua vez, o governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), destacou a interlocução com o governo federal durante o processo e afirmou que os recursos permitirão a limpeza do Rio Doce. “O acordo vai melhorar muito a vida dos mineiros”, disse. Os R$ 100 bilhões que serão pagos pelas mineradoras Vale, BHP e Samarco para o poder público terão cinco destinações diferentes.”
Fonte: Valor Econômico; 25/10/2024
Eletrobras mira parceria na operação de eletrolisadores em plantas de hidrogênio verde
“Uma das maiores geradoras de energia renovável do Brasil, a Eletrobras mais do que fornecer eletricidade para projetos de hidrogênio verde de larga escala, espera se consolidar como parceira na operação de eletrolisadores, a partir da expertise acumulada no projeto-piloto de Itumbiara. Juliano Dantas, vice-presidente de inovação da Eletrobras, explicou à agência eixos, que a planta de hidrogênio em Itumbiara (MG) acelerou o aprendizado da empresa, permitindo o desenvolvimento de softwares operacionais específicos e de uma rede de fornecedores para a manutenção desses ativos. Agora, com o know-how adquirido, a companhia se prepara para dar um salto na escala de produção, investindo e um novo projeto de até 20 megawatts (MW) — ainda piloto — e ampliando suas colaborações, como a parceria, em estudo, com a australiana Fortescue para um projeto no Porto de Pecém (CE), que poderá atingir escala de GW. “Temos muita vocação para operar esse tipo de infraestrutura. E todo o nosso desenvolvimento de tecnologia é feito considerando a nossa capacidade de operar esse tipo de ativo e de participar dessas parcerias, aportando não só energia elétrica, mas muito conhecimento e capacidade operativa para poder ter diferentes modelos de negócio”. Dantas compara o modelo da Eletrobras ao da TSMC, empresa taiwanesa, conhecida pela eficiência em processos de produção de semicondutores, mesmo sem fabricar os equipamentos necessários para produção. “Ela [TSMC] inova em processo, e é isso que a Eletrobras é, uma empresa de inovação em processo. Como operar o eletrolisador de forma que haja a máxima confiabilidade, o menor custo”.”
Fonte: Eixos; 25/10/2024
Ibama multa frigoríficos em R$ 365 milhões por compra de gado de terras desmatadas
“O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) impôs 365 milhões de reais em multas a fazendas de gado e frigoríficos, incluindo a maior empresa deste setor no mundo, a JBS (JBSS3), por criar ou comprar gado em terras desmatadas ilegalmente na Amazônia. O Ibama informou que identificou 69 propriedades que venderam 18.000 cabeças de gado criadas em terras desmatadas e 23 empresas frigoríficas que compraram o gado nos Estados do Pará e Amazonas. A operação de fiscalização teve como objetivo conter o desmatamento na Amazônia, monitorando a cadeia que produz ou vende gado de áreas desmatadas ilegalmente, disse o Ibama. A JBS negou ter comprado gado das propriedades citadas pelo Ibama. “Nenhuma das compras da JBS indicadas pelo Ibama foi realizada de áreas embargadas”, disse a empresa. A JBS acrescentou em um comunicado que seu sistema de monitoramento geoespacial garante que a empresa não adquira animais de fazendas envolvidas em desmatamento ilegal, invasão de terras indígenas ou áreas de conservação ambiental. A pecuária extensiva, juntamente com o desmatamento de terras para venda de madeira ou cultivo de soja, está causando o desmatamento na floresta amazônica. Vários frigoríficos assinaram compromissos com o Ministério Público em 2013, concordando em não comprar gado de fazendas que tenham sido desmatadas ilegalmente ou que tenham sido incluídas em listas negras por crimes ambientais.”
Fonte: InfoMoney; 27/10/2024
Catástrofes movimentam resseguradoras no Brasil
“O aquecimento global provoca aumento na incidência de catástrofes climáticas. Mais seguros contra danos são feitos. As seguradoras recorrem às resseguradoras para garantir que conseguirão prover os ressarcimentos, em caso de sinistro. Resumidamente, esse é o ciclo que faz crescer as cifras no mercado de resseguros, foco de empresas como o IRB(Re), que, com 85 anos de atuação, lidera o setor de resseguros no Brasil, tendo 17% do mercado e contabilizando R$ 6,5 bilhões em prêmios vendidos às seguradoras em 2023. Embora ainda não seja possível contratar um seguro específico na categoria “mudanças climáticas”, a companhia, cujo patrimônio líquido declarado é de R$ 4,2 bilhões (em dezembro de 2023), tem registrado crescimento tanto na demanda quanto nas indenizações pagas, atribuindo a alta à maior ocorrência de fenômenos da natureza. O impacto é notado sobre as linhas vida, patrimonial, habitacional, automóvel e rural. A modalidade com maior crescimento foi a do seguro compreensivo residencial, que cobre prejuízos causados por vendavais, temporais, enchentes, desmoronamentos, incêndios e apagões. “Somente em janeiro deste ano, esse produto gerou pagamento de R$ 515,2 milhões às seguradoras, alta de 32% em relação ao mesmo período do ano passado. É o maior número já registrado pela série histórica, iniciada em 2014”, diz Daniel Castillo, vice-presidente da área de resseguros do IRB(Re). Ele atribui a alta aos “retornos dados à sociedade para recuperação dos prejuízos decorrentes das chuvas intensas ocorridas no Rio Grande do Sul, com danos humanos, materiais e ambientais.””
Fonte: Valor Econômico; 28/10/2024
Política
Lei do MT é risco à reputação do Brasil como produtor sustentável, diz associação
“Maior produtor de soja do Brasil, o Mato Grosso sancionou lei que proíbe incentivos fiscais a empresas que seguem os critérios da moratória da soja, compromisso voluntário empresarial que veda a compra do grão plantado em áreas desmatadas da Amazônia. O governador do Estado, Mauro Mendes, assinou a lei 12.709/2024 nesta quinta-feira (24). A Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove) considera que a lei representa “um risco à reputação do país como um produtor sustentável”. Ela representa grandes tradings do agronegócio, como Cargill, Bunge, ADM, Amaggi e Cofco. Em nota, a associação lembra que, até 2006, a soja era apontada como principal vetor de desmatamento da Amazônia e que clientes do mercado europeu e entidades da sociedade civil exigiam ações dos exportadores brasileiros. “Para não perder esse mercado, até hoje responsável por cerca de 50% das exportações de farelo de soja brasileiro, surgiu a moratória, desenvolvida em conjunto com a sociedade civil e o governo brasileiro”, diz. A Associação Brasileira dos Produtores de Soja (Aprosoja) é quem esteve na ponta contrária, se mobilizando para revogar os benefícios tributários. O argumento é que o acordo traz mais prejuízos do que benefícios aos produtores. A principal reclamação é que ele é mais rigoroso que o Código Florestal, uma vez que impede a comercialização da soja cultivada em áreas desmatadas legalmente. O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, também se posicionou contra a moratória. A Abiove aponta o risco de a nova lei afetar a competitividade do produto brasileiro no mercado internacional, o que seria negativo para toda a cadeia produtiva, “a começar pelos produtores, impactando também a própria economia do estado”.”
Fonte: Capital Reset; 25/10/2024
Alinhamento climático e financeiro marca G20 sob Brasil, diz Marina Silva
“O alinhamento entre governança climática e financeira foi apontado, por representantes do Brasil, como uma das principais marcas da presidência brasileira do G20. Em Washington, a ministra do Meio Ambiente e Mudanças Climáticas, Marina Silva, comemorou os avanços para a agenda climática no G20 destacando que o Brasil teve um papel fundamental ao propor o diálogo entre os pares econômicos e de meio ambiente neste fórum. “Aqui tivemos o coroamento da visão disruptiva que o Brasil foi capaz de propiciar, que é essa junção do diálogo entre os ministros de Finanças e os ministros de Meio Ambiente e os bancos centrais”, afirmou Marina Silva ao fazer um balanço no encerramento da reunião da Força-tarefa do G20 para uma Mobilização Global contra as Mudanças Climáticas (TF-CLIMA), nesta quinta-feira (24/10), em Washington. Ela lembrou, ainda, que em outras edições de reuniões do G7 e G20, protesto pela inclusão da agenda ambiental nas discussões sempre repercutiram e que desta vez está sendo diferente, com o clima no centro da pauta ao lado de agendas como a taxação de super-ricos. “Devemos muito a essa compreensão que veio com o plano de transformação ecológica, de que meio ambiente e desenvolvimento não estão separados, de que o desafio da mudança do clima não está separado do desafio da transformação econômica e social dos nossos países”, completou a ministra. Para a secretária nacional de Mudança do Clima do Ministério do Meio Ambiente, Ana Toni, a força-tarefa do clima no G20 avançou significativamente e deixou evidente a urgência e a gravidade das transformações climáticas, mostrando que capital e ambientes já não podem ser tratados separadamente.”
Fonte: Valor Econômico; 25/10/2024
Degradação da floresta amazônica em 2024 é a maior em 15 anos, diz Imazon
“A degradação da floresta amazônica em 2024, de janeiro a setembro, chegou a 26.246 km2, um índice nunca registrado em 15 anos de medição do Sistema de Alerta de Desmatamento (SAD), da ONG Imazon. Os dados foram divulgados nesta sexta-feira (25). A área equivale à de 17 cidades de São Paulo. No mesmo período em 2023, as áreas degradadas somaram 1.922 km2. O aumento, portanto, foi de 1.265%. Degradação é um indicador usado para se referir aos impactos causados na floresta pelas queimadas e pela exploração de madeira. É diferente do desmatamento, que se trata do corte definitivo de uma área antes preservada. Uma área degradada pode alimentar ciclos de fogo e passar a ser mais emissora do que consumidora de carbono. No primeiro ano do governo Lula (PT), houve redução do desmatamento, mas levantamentos como os feitos pelo Imazon mostram a explosão da degradação da floresta. Em 2024, de janeiro a setembro, satélites usados pelo Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) registraram 104,6 mil focos de calor na amazônia. No ano passado, no mesmo período, foram 57,9 mil focos. O ano de 2024 foi mais um ano de crise climática e seca extrema na região amazônica, com rios em níveis mínimos, nunca registrados, na porção ocidental do bioma; ondas de fumaça; e chuvas escassas. Em comparação a 2023, a seca se mostrou ainda mais danosa, especialmente em razão da maior quantidade de queimadas incontroláveis na floresta, associadas ao desmatamento. Setembro foi o mês em que houve explosão das áreas degradadas, segundo os registros do Imazon.”
Fonte: Valor Econômico; 25/10/2024
BNDES lança compromisso com biodiversidade e lista projetos vetados em financiamentos
“O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) lança, nesta sexta-feira (25), na COP16, em Cali, na Colômbia, um compromisso com a biodiversidade em que enumera projetos que não receberão financiamento e as prioridades desta gestão. As informações foram divulgadas pela instituição, em seu site. O BNDES afirma que, no documento, ressalta a missão em prol da biodiversidade e alerta que a atividade humana já degradou um terço do solo global, destruiu mais de 85% das áreas úmidas e 50% dos recifes de corais do planeta, de acordo com relatório da Plataforma Intergovernamental sobre Biodiversidade e Serviços Ecossistêmicos (IPBES, na sigla em inglês). O compromisso traz artigos da ex-ministra do Meio Ambiente Izabella Teixeira e do pesquisador Carlos Nobre, membros do conselho de administração do BNDES, e do presidente do banco, Aloizio Mercadante. Ao longo do texto, o banco lista programas iniciados ou ampliados na atual gestão, além de atividades que a instituição se compromete a não apoiar. E também informa os projetos que não receberão crédito da instituição. Entre eles, estão projetos de lavra rudimentar ou localizados em áreas de proteção ambiental; de uso de combustíveis fósseis na geração de energia; e em áreas com suspeita de desmatamento ilegal e/ou pesca em período proibido. Nos projetos com uso de madeira como matéria-prima, o BNDES diz que o financiamento está condicionado à origem da madeira em floresta plantada para este fim. No caso de mata nativa, determina que será necessária a apresentação de um plano de manejado aprovado por uma autoridade competente.”
Fonte: Valor Econômico; 25/10/2024
Após fazer nova ressonância magnética, Lula cancela ida à COP na Colômbia
“O presidente Luiz Inácio Lula da Silva decidiu cancelar sua participação na Conferência das Nações Unidas sobre Biodiversidade (COP 16), a ser realizada na cidade de Cali, na Colômbia, até 1º de novembro. A viagem está prevista para ser feita na semana que vem, como forma de prestigiar o presidente da Colômbia, Gustavo Petro, mas foi cancelada por conta do quadro médico do presidente, que levou um tombo no último fim de semana. A informação foi confirmada pela Secretaria de Comunicação Social (Secom) após Lula realizar, hoje, uma nova ressonância magnética da cabeça, feita na unidade de Brasília do Hospital Sírio-Libânes. O exame de imagem mostra que o quadro de Lula está “estável” em relação aos anteriores. O boletim médico do presidente sublinha, por outro lado, que Lula está apto para exercer sua rotina de trabalho apenas em Brasília, na capital federal, o que indica que ele deve continuar impedido de viajar nos próximos dias. Além disso, uma nova avaliação será feita novamente em cinco dias. O exame tem relação com a pancada na cabeça que o presidente levou ao tomar um tombo no banheiro do Palácio da Alvorada, residência oficial da Presidência, no último sábado. A queda gerou um traumatismo craniano seguido de uma pequena hemorragia cerebral. Na prática, a viagem para a Colômbia era um gesto do presidente a Gustavo Petro, que tem sido um parceiro da gestão Lula diante do impasse eleitoral na Venezuela. Desde que a crise política eclodiu no país vizinho, Lula e Petro estão atuando conjuntamente de forma a tentar conciliar uma saída para o regime do presidente Nicolás Maduro.”
Fonte: Valor Econômico; 25/10/2024
Presidente Lula cancela ida à COP29 no Azerbaijão
“O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) cancelou a sua participação na COP29, a conferência da Organização das Nações Unidas (ONU) sobre mudanças climáticas, no Azerbaijão. O evento acontecerá em Baku, capital do país, entre 11 e 22 de novembro. O cancelamento aconteceu porque o presidente quer focar na cúpula da Cooperação Econômica Ásia-Pacífico (Apec) e na cúpula do G20, ambos previstos para acontecer em novembro. Lula será substituído pelo vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB). Nessa semana, Lula também cancelou a participação na conferência das Nações Unidas sobre biodiversidade – a COP16, em Cali, na Colômbia, que teve início na segunda (21) e segue até 1º de novembro. A desistência ocorreu seis dias depois de Lula ter sofrido um acidente doméstico, no qual caiu no banheiro. Ele bateu a cabeça e precisou levar pontos, além de ter tido uma pequena hemorragia. Por isso precisou passar por exames ao longo da semana. O cancelamento da ida ao Azerbaijão não tem a ver com o acidente, de acordo com o Palácio do Planalto. O Brasil será o próximo país a sediar a COP climática, que acontecerá em Belém no próximo ano. A COP30 está prevista para acontecer em novembro de 2025.”
Fonte: Valor Econômico; 26/10/2024
Internacional
Empresas
Mais de 500 empresas e bancos se comprometem a incluir natureza em balanços
“Entender os impactos causados pela perda de recursos naturais e a dependência que a economia tem deles é um dos passos cruciais para que os negócios avaliem os riscos financeiros e as oportunidades ligadas à biodiversidade. Mais de 502 instituições, entre financeiras e corporativas, estão comprometidas a reportar de modo voluntário sobre parâmetros recomendados pela Task force on Nature-related Financial Disclosures (TNFD). A lista teve um aumento de 57% em comparação ao primeiro anúncio oficial, feito em janeiro. Na prática, a natureza vai passar a entrar nos balanços financeiros dessas empresas. O anúncio foi feito durante a COP16 da Biodiversidade, que ocorre em Cali, na Colômbia. A forte representação do setor privado tem sido um dos pontos de destaque da conferência, que tradicionalmente é bem menor que COPs do clima. Juntas, as centenas de organizações somam mais de US$ 6,5 trilhões em valor de mercado. As 129 instituições financeiras, como a Manulife Investment Management e a gestora global Abrdn, têm mais de US$ 17,7 trilhões sob gestão. Elas estão distribuídas em 54 jurisdições, incluindo 25 mercados emergentes, e integram 62 dos 77 setores contabilizados. As empresas Mitsubishi e EDP, a consultora KPMG, a mineradora Freeport-McMoRan e a companhia aérea Quantas são alguns dos novos nomes na lista. No Brasil, a Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), Boticário, Iguá Saneamento, Citrosuco Agroindústria, Eletrobras, a prestadora de serviços GSS e a consultoria I Care & Consult passaram a integrar a lista.”
Fonte: Capital Reset; 25/10/2024
China caminha para pico de consumo de óleo em meio a adoção massiva de carros elétricos
“A China está a caminho de produzir mais de 10 milhões de veículos elétricos, respondendo por quase 40% das vendas de carros novos em 2024, aponta a Revisão Estatística de Energia Mundial do Energy Institute. No transporte rodoviário, as empresas estão migrando do óleo diesel — mais caro — para motores movidos a gás natural — mais barato. Este movimento leva à previsão de que o país está a caminho do pico de consumo de petróleo. Em seu mais recente World Energy Outlook, a Agência Internacional de Energia (IEA, em inglês) projeta que a demanda por petróleo da China atingirá o pico antes de 2030. A IEA estima que os veículos elétricos capturarão 70% das novas vendas em 2030 e representarão quase um terço de todos os carros em circulação no país naquele ano. Uma análise de agosto do Carbon Brief observa que, no primeiro trimestre de 2024, a eletrificação da frota reduziu a demanda por combustíveis para transporte em aproximadamente 4%, na comparação anual. A organização também avalia que as emissões de CO2 de energia podem ter chegado ao pico. A expansão dos elétricos é ancorada por políticas que buscam reduzir a dependência chinesa de petróleo importado. O Energy Institute explica que a China tem sido o maior impulsionador do aumento do consumo global de petróleo nas últimas duas décadas, já que uma população crescente, melhorias na renda e urbanização encorajaram um aumento massivo na demanda por transporte. O consumo anual da China aumentou em 496 milhões de toneladas entre 2003 e 2023, em comparação com um aumento de 324 milhões de toneladas para todo o resto do mundo.”
Fonte: Eixos; 25/10/2024
Política
Brics marca posição contra barreiras “verdes”
“A conclusão da cúpula do Brics esta semana (24/10) reforçou a rejeição do bloco às barreiras que vêm sendo impostas pela União Europeia sob o selo “verde” e marcou posição de países com reservas de minerais críticos à transição energética e petróleo em relação aos conflitos armados (condena Israel e ignora Ucrânia) e guerras comerciais. “Rejeitamos medidas protecionistas unilaterais, punitivas e discriminatórias, que não estejam de acordo com o direito internacional, sob o pretexto de preocupações ambientais, como mecanismos unilaterais e discriminatórios de ajuste de carbono nas fronteiras (CBAMs), exigências de devida diligência, impostos e outras medidas”, diz um trecho da declaração conjunta de Kazan, cidade da Rússia onde ocorreu o encontro. O fórum de países emergentes é historicamente contrário ao mecanismo criado pela União Europeia para taxar produtos importados que tenham uma intensidade de carbono superior aos produzidos pelos países europeus. Um dos problemas é que o mecanismo não considera o Escopo 2 (emissões relacionadas ao uso de energia) em seu cálculo, dando uma vantagem aos europeus cuja matriz elétrica é predominantemente fóssil, em relação a mercados como o brasileiro, com maior participação de renováveis. “Reconfirmamos nosso total apoio ao apelo da COP28 relacionado a evitar medidas comerciais unilaterais baseadas no clima ou no meio ambiente. Também nos opomos a medidas protecionistas unilaterais, que deliberadamente interrompem as cadeias globais de fornecimento e produção e distorcem a concorrência”, continua a declaração.”
Fonte: Eixos; 25/10/2024
Trump odeia a lei climática de Biden. Seus aliados estão ganhando dinheiro com ela
“Donald Trump prometeu acabar com os subsídios climáticos do presidente dos EUA, Joe Biden, se for eleito. Mas muitos dos aliados de Trump estão se beneficiando deles graças a grandes investimentos em energia solar, veículos elétricos, sequestro de carbono, hidrogênio e outras tecnologias de energia limpa. A Reuters descobriu que pelo menos sete dos aliados próximos e arrecadadores de fundos de Trump, ou as empresas que eles dirigem, detêm centenas de milhões de dólares em participações em empresas que são beneficiárias significativas dos incentivos fiscais incorporados na Lei de Redução da Inflação, a lei climática assinada por Biden. Entre eles estão o genro de Trump, Jared Kushner; seu ex-embaixador na China e aliado contínuo, Terry Branstad; e empresas dirigidas pelo conselheiro informal de energia e magnata do petróleo Harold Hamm e pelo poderoso incentivador Howard Lutnick. Grandes empresas de petróleo, como a Occidental Petroleum e a Energy Transfer, cujos CEOs organizaram um evento de arrecadação de fundos em maio em Houston para a campanha de Trump com Hamm, também possuem grandes investimentos em projetos que só podem ser viáveis se os créditos fiscais de energia limpa de Biden sobreviverem. E a Tesla, cujo fundador e CEO Elon Musk tem impulsionado a campanha de Trump, também está se beneficiando enormemente dos créditos para veículos elétricos e energia solar do IRA. Juntas, essas pessoas e empresas detêm bilhões de dólares em investimentos que se qualificam para os lucrativos créditos tributários do IRA e podem perder muito se Trump conseguir cumprir sua promessa de destruir a lei climática de Biden, segundo reportagem da Reuters.”
Fonte: Reuters; 25/10/2024
As atuais promessas climáticas ainda estão muito aquém das metas de Paris, diz órgão da ONU
“As promessas nacionais de reduzir as emissões de gases de efeito estufa ainda estão muito aquém do necessário para limitar o aquecimento global catastrófico, disseram as Nações Unidas na segunda-feira, enquanto os países se preparam para a próxima rodada de negociações sobre mudanças climáticas em novembro. As “contribuições nacionalmente determinadas” (NDCs) já submetidas pelos países à ONU são suficientes para reduzir as emissões globais em 2,6% de 2019 a 2030, acima dos 2% do ano passado, disse a Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (UNFCCC) em sua avaliação anual. No entanto, estão longe de ser suficientes para atingir o corte de 43% que, segundo os cientistas, é necessário para manter o alcance da meta do Acordo de Paris de limitar o aumento da temperatura global a 1,5 graus Celsius (2,7 Fahrenheit), alertou. Como parte de suas obrigações em Paris, as nações devem entregar NDCs novos e mais fortes antes do prazo final em fevereiro do próximo ano, e as conclusões do relatório devem marcar um “ponto de virada”, disse Simon Stiell, secretário-geral da UNFCCC. “Os atuais planos climáticos nacionais estão muito aquém do que é necessário para impedir que o aquecimento global prejudique todas as economias e destrua bilhões de vidas e meios de subsistência em todos os países”, disse ele. “A última geração de NDCs definiu o sinal para uma mudança imparável”, disse Stiell. “As novas NDCs do próximo ano devem delinear um caminho claro para que isso aconteça.” Persuadir as nações a estabelecer e implementar promessas mais ambiciosas pode depender do sucesso das negociações climáticas da COP29, que começam em duas semanas em Baku, capital do Azerbaijão.”
Fonte: Reuters; 28/10/2024
“A declaração dos ministros das Finanças, Meio Ambiente, Relações Exteriores e presidentes de Bancos Centrais dos países do G20, divulgada em Washington na semana passada, tem ao menos três alvos importantes para as negociações climáticas internacionais. A primeira busca antecipar os compromissos de neutralidade climática dos países. A segunda, reafirma e sinaliza com avanços o cumprimento das metas de transição energética da COP28, em Dubai. A terceira, encoraja os países mais ricos do mundo e os emergentes a terem metas climáticas para toda a economia, todos os setores e todos os gases-estufa. Parece pouco, mas é algo muito desafiador obtido pela Força-Tarefa do Clima do G20, iniciativa brasileira que nasceu por encomenda do presidente Lula, que queria clima no centro dos trabalhos e de forma inovadora. A foto da quinta-feira em Washington, reunindo ministros das Finanças e do Meio Ambiente, das Relações Exteriores e presidentes de Bancos Centrais, já era inédita. Parece trivial, mas é uma abordagem pioneira. “O próprio ministro da África do Sul disse que quer dar continuidade à iniciativa, customizada à realidade do país”, disse ao Valor a ministra do Meio Ambiente Marina Silva. “Vários ministros nos disseram que a forma inovadora de o Brasil tratar os temas com transversalidade e saindo da apartação dos temas climáticos e ambientais da agenda de investimentos é uma inspiração a ser levada adiante em vários lugares”, continuou. Estados Unidos, China, França e Reino Unido são alguns dos países que encontram dificuldades domésticas em colocar lado a lado a trilha ambiental e a financeira.”
Fonte: Valor Econômico; 28/10/2024
Índices ESG e suas performances
(1) O Índice ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial da B3) tem como objetivo ser o indicador do desempenho médio das cotações dos ativos de empresas com reconhecido comprometimento com o desenvolvimento sustentável, práticas e alinhamento estratégico com a sustentabilidade empresarial.
(2) O Índice S&P/B3 Brasil ESG mede a performance de títulos que cumprem critérios de sustentabilidade e é ponderado pelas pontuações ESG da S&P DJI. Ele exclui ações com base na sua participação em certas atividades comerciais, no seu desempenho em comparação com o Pacto Global da ONU e também cias sem pontuação ESG da S&P DJI.
(3) O ICO2 tem como propósito ser um instrumento indutor das discussões sobre mudança do clima no Brasil. A adesão das companhias ao ICO2 demonstra o comprometimento com a transparência de suas emissões e antecipa a visão de como estão se preparando para uma economia de baixo carbono.
(4) O objetivo do IGCT é ser o indicador do desempenho médio das cotações dos ativos de emissão de empresas integrantes do IGC que atendam aos critérios adicionais descritos nesta metodologia.
(5) A série de índices FTSE4Good foi projetada para medir o desempenho de empresas que demonstram fortes práticas ambientais, sociais e de governança (ESG)..
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