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Marcopolo (POMO4) cria 1° ônibus híbrido movido a etanol | Café com ESG, 07/08

Marcopolo inova no setor de transportes; Créditos de carbono de energia renovável existentes não terão selo de credibilidade

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Bom dia! Neste relatório diário publicado todas as manhãs pelo time ESG do Research da XP, buscamos trazer as últimas notícias para que você comece o dia bem informado e fique por dentro do tema ESG – do termo em inglês Environmental, Social and Governance ou, em português, ASG – Ambiental, Social e Governança.

Quais tópicos abordamos ao longo do conteúdo? (i) Notícias no Brasil e no mundo acerca do tema ESG; (ii) Performance histórica dos principais índices ESG em diferentes países; (iii) Comparativo da performance do Ibovespa vs. ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial, da B3); e (iv) Lista com os últimos relatórios publicados pelo Research ESG da XP.

Principais tópicos do dia

• O mercado encerrou o pregão de terça-feira em território positivo, com o IBOV e o ISE subindo 0,79% e 0,64%, respectivamente.

• No Brasil, (i) a Marcopolo apresentou na tarde de ontem o protótipo do primeiro ônibus híbrido a etanol, prometendo autonomia em torno de 450 quilômetros, contra cerca de 250 quilômetros dos veículos 100% elétricos – a expectativa da companhia é começar a produzir o modelo comercialmente no segundo semestre de 2025, provavelmente na fábrica de São Mateus (ES); e (ii) a Petrobras lançou uma plataforma para identificar casos de falhas na governança – por meio da ferramenta Lê-AI, que utiliza como base a inteligência artificial, o programa lê e interpreta documentos e registros jurídicos, disponibilizando tabelas, resumos e respostas a questionamentos sobre as informações.

• No internacional, o Conselho de Integridade para o Mercado Voluntário de Carbono anunciou ontem que os créditos de carbono emitidos sob metodologias de energia renovável existentes não poderão usar seu selo CCP (Princípios Fundamentais de Carbono) de alta integridade – segundo a organização, essas metodologias cobrem cerca de 236 milhões de créditos, o que representa 32% do mercado voluntário.

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Brasil

Empresas

SG/Cade aprova venda de parcela da Bunge para bp em sociedade de biocombustíveis

“A Superintendência-Geral do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (SG/Cade) aprovou, sem restrições, a compra de 50% das ações da BP Bunge Bioenergia pela bp, atual sócia na produtora de biocombustíveis. A operação é avaliada em US$ 1,4 bilhão. Com o desinvestimento total da participação da Bunge Holdings, o grupo bp consolida o controle unitário sobre a joint venture, criada em 2019. Por se tratar de uma sociedade, o Cade afastou os riscos de danos à concorrência. A Bunge é a segunda maior processadora de cana-de-açúcar no Brasil, atrás apenas da Raízen. A empresa tem 11 usinas distribuídas em cinco estados (GO, MS, MG, SP e TO) e opera com um modelo de negócio integrado que cobre toda a cadeia de produção até a venda de açúcar e etanol. A bp atua no mercado de óleo e gás. Além disso, notou reforço de integração vertical em quatro situações, como entre os segmentos de geração e comercialização de energia elétrica. O órgão também analisou que a participação das empresas na geração de energia, com todos os cenários apresentados indicando uma fatia inferior a 20%, portanto não considerada uma posição dominante. A operação ainda precisa ser aprovada pelo órgão antitruste da China, o China’s State Administration for Market Regulation, segundo informação que constam no processo no Cade.”

Fonte: Epbr; 06/08/2024

Climatechs buscam espaço em políticas industriais

“Indústria verde, edifícios mais sustentáveis, expansão renovável e novos combustíveis estão entre os principais desafios para o mundo enfrentar a crise climática, mas também são uma grande oportunidade para as empresas de tecnologia que miram soluções de descarbonização. Em 2023, os investimentos na fabricação de tecnologias limpas somaram cerca de US$ 200 bilhões em todo o mundo, um salto de mais de 70% em relação a 2022. Com o mundo correndo para triplicar a capacidade renovável, a BloombergNEF estima que o armazenamento de energia atingirá 411 gigawatts até 2030, um aumento de 15 vezes em relação à capacidade atual. Mas isso pode ser desacelerado por restrições da cadeia de suprimentos e acesso à rede – oportunidade para startups de softwares que facilitam o fluxo de energia na rede e hardwares que ajudam a gerenciar a demanda. Na construção, algumas startups estão trabalhando para descarbonizar aço e concreto, enquanto outras estão criando novos materiais ou resgatando materiais que estavam no ostracismo, como madeira. Já a nova geração de combustíveis tem atraído cada vez mais o interesse em inovações que olham para o aproveitamento de resíduos ou o uso de CO2 como insumo – com a conquista de parceiros importantes na indústria da aviação. No Brasil, as empresas de tecnologias climáticas, também chamadas climatechs, estão em busca de espaço nas políticas de incentivo à descarbonização da indústria. “O Brasil tem um potencial enorme para ser líder no combate às mudanças climáticas. Estamos desenvolvendo tecnologias transformacionais e queremos estabelecer o diálogo com as políticas públicas para garantir que elas reconheçam esse mercado emergente e potencializem o alcance dessas tecnologias”, resume Ana Capelhuchnik, diretora jurídica e sócia-fundadora da Lemon Energia.”

Fonte: Epbr; 06/08/2024

Marcopolo desenvolve primeiro ônibus híbrido a etanol

“A Marcopolo apresentou na tarde desta terça-feira (6) o protótipo do primeiro ônibus híbrido a etanol. A expectativa da companhia é começar a produzir o modelo comercialmente no segundo semestre de 2025, provavelmente na fábrica de São Mateus (ES). O ônibus híbrido a etanol ainda não tem um preço de tabela, mas seu valor deve ficar entre os modelos a combustão tradicionais e o 100% elétrico. O modelo, da linha Volare, foi apresentado na Lat.Bus, feira do setor realizada em São Paulo. Ele promete autonomia em torno de 450 quilômetros, contra cerca de 250 quilômetros dos veículos 100% elétricos. O setor já tem modelos híbridos circulando, como por exemplo os que usam o hidrogênio junto com motores diesel ou com uso de gás, mas não associado ao etanol. A ideia de usar o combustível tipicamente brasileiro faz parte da estratégia da empresa de buscar soluções para cada mercado. André Armaganijan, CEO da Marcopolo, faz um paralelo com o mercado de automóveis. Ele entende que cada país vai encontrar seu caminho na descarbonização e a empresa precisa estar preparada para atender as demandas específicas em cada região. “A China foi direto para o elétrico, sem passar pelo híbrido. A solução híbrida é interessante, mas o que temos de avaliar é qual híbrido é melhor para o Brasil. Precisamos ver onde o país é forte. Seria no diesel ou etanol? Para o fomento da indústria nacional e para o ambiente, o uso do etanol é muito melhor”, afirma. Armaganijan entende que a descarbonização do setor tende a ganhar velocidade nas grandes cidades, com o uso do 100% elétrico. Mas em áreas mais afastadas, a dificuldade para instalar infraestrutura de carregamento retarda esse processo.”

Fonte: Valor Econômico; 06/08/2024

Eletrificação do transporte público nos grandes centros é o foco da Lat.Bus em São Paulo

“A eletrificação do transporte público nos grandes centros urbanos dará o tom da Lat.Bus, a maior feira de ônibus da América do Sul, aberta nesta terça-feira, 6, no Expo SP, em São Paulo. Mercedes-Benz, Volvo, Scania, Volkswagen e Marcopolo apresentam, na exposição, veículos eletrificados já desenvolvidos no país e que estão prestes a entrar em produção. O modelo da Mercedes é um 100% elétrico articulado e a previsão da montadora alemã é de lançá-lo no mercado em 2026. Será o segundo modelo elétrico produzido pela companhia na fábrica em São Bernardo do Campo (SP). O primeiro já circula nas ruas de São Paulo. Já a Volvo apresentará um biarticulado, de 28 metros de comprimento e 100% elétrico. Trata-se do primeiro da categoria em todo o mundo, segundo Anna Wasterberg, presidente global da Volvo abuses. “É um produto específico para a América Latina”, destaca a executiva. Para ela, a eletrificação do transporte público é um caminho sem volta em todo o mundo. Outro modelo urbano 100% elétrico é o ônibus da Volks, para 82 passageiros, desenvolvido e produzido em Resende (RJ). Com 250 quilômetros de autonomia, o ônibus da Volks é fruto do aprendizado que a subsidiária brasileira desenvolveu a partir do caminhão leve elétrico, lançado ha dois anos. Roberto Cortes, presidente da Volkswagen Caminhões e Ônibus , lembra que a expansão de vendas dos ônibus elétricos, que ainda custam cerca de três vezes mais do que os convencionais, está atrelada aos subsídios públicos. A produção de ônibus elétricos também faz parte dos planos da Scania, que recentemente anunciou um novo ciclo de investimentos, de R$ 2 bilhões, para o período entre 2025 e 2028.”

Fonte: Valor Econômico; 06/08/2024

Aneel autoriza operação comercial de 15 unidades do Conjunto Eólico Serra do Assuruá, da Engie

“A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) autorizou a entrada em operação comercial de 15 unidades do Conjunto Eólico Serra do Assuruá, informou a Engie Brasil. O conjunto equivale a 8% da capacidade instalada total. O Serra do Assuruá está localizado em Gentio do Ouro, na Bahia, e será composto por 24 parques eólicos, com 188 aerogeradores e capacidade instalada total de 846 megawatts (MW). “Com investimento total da ordem de R$ 6 bilhões e geração de cerca de 3 mil empregos diretos e indiretos, o início da operação comercial das primeiras unidades de Serra do Assuruá é resultado da combinação entre disciplina financeira e capacidade de execução dos projetos da companhia”, comentou Eduardo Takamori, diretor financeiro e de relações com investidores da Engie.”

Fonte: Valor Econômico; 06/08/2024

Relevância da bioeconomia para Brasil e a Amazônia

“A bioeconomia é um conceito fundamental para o desenvolvimento sustentável da Amazônia e do Brasil. Com o Plano Estadual de Bioeconomia do Pará (PlanBio) e o Plano de Transformação Ecológica (PTE), o Estado do Pará e o Brasil estão se posicionando como líderes globais na promoção de uma economia que valoriza e preserva os recursos naturais. O PlanBio, lançado oficialmente durante a COP27, é uma iniciativa pioneira que visa a transformar a economia do Pará através do uso sustentável dos recursos naturais. Com investimentos significativos de R$ 500 milhões, o plano já beneficia mais de 20 mil pessoas e promove o desenvolvimento de cadeias produtivas sustentáveis. Entre as ações destacam-se o apoio a 200 startups e negócios comunitários, a promoção de 50 agroindústrias locais e o fomento a produtos inovadores como biojoias e alimentos à base de ingredientes amazônicos. Este plano é estruturado em três eixos principais: Cadeias Produtivas e Negócios Sustentáveis, Patrimônio Cultural e Genético, e Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação, garantindo uma abordagem integrada para enfrentar os desafios econômicos, sociais e ambientais da região. Como complemento ao PlanBio, o Plano de Transformação Ecológica (PTE) enfatiza a necessidade de uma economia de baixo carbono e a valorização do conhecimento tradicional, essencial para a conservação da floresta amazônica. A bioeconomia, promovida por esses planos, tem o potencial de beneficiar mais de 500 mil famílias na Amazônia, incluindo agricultores familiares e comunidades tradicionais. Essas populações desempenham um papel fundamental no desenvolvimento sustentável da região, utilizando seus conhecimentos ancestrais para a conservação da biodiversidade e a geração de valor econômico.”

Fonte: Valor Econômico; 07/08/2024

Petrobras cria IA para identificar desvios de ativos e falhas de governança

“A Petrobras lançou uma plataforma para identificar casos de falhas na governança, como desvio de dinheiro e enriquecimento ilícito. Por meio da ferramenta Lê-AI, que utiliza como base a inteligência artificial, o programa lê e interpreta documentos e registros jurídicos, disponibilizando tabelas, resumos e respostas a questionamentos sobre as informações. O sistema tem sido utilizado para analisar casos de desvios financeiros, informando sobre as perdas de ativos da companhia. O sistema ainda permite que a equipe responsável pela identificação de desvios de conduta e corrupção monitore as ações antiéticas de pessoas e empresas, buscando recuperar as perdas da companhia. Devido a facilidade de interpretar documentos jurídicos, muitos de difícil leitura, o tempo necessário para comprovar os desvios foi reduzido em 90%. Mário Spinelli, diretor de Governança e Conformidade da Petrobras, conta que antes a verificação era feita manualmente, o que demandava horas de análises para ter informações precisas. “Após a implementação do programa, houve uma economia importante do tempo despendido pela equipe responsável. Importante ressaltar que é uma tecnologia brasileira, desenvolvida integralmente pela Petrobras”, explica. A ferramenta pode ler diferentes formatos de materiais e já tem sido aplicada em toda a empresa. “A ferramenta amplia nossa capacidade de identificar o patrimônio de terceiros devedores da Petrobras e de mapear eventuais casos de enriquecimento ilícito de empregados e gestores da companhia”, conta Spinelli.”

Fonte: Exame; 07/08/2024

Empresas lançam nova metodologia para remunerar práticas agrícolas sustentáveis

“O desmatamento para produção agropecuária é, comprovadamente, uma das áreas mais emissoras de gases de efeito estufa (GEE) do Brasil. E as tentativas de regular o setor, colocando travas de poluição, têm falhado no mundo todo, especialmente pela dificuldade em construir metodologias confiáveis e aplicáveis para diferentes solos, biomas e cultivos. Mas a Citrosuco, maior produtora de suco de laranja do mundo, em parceria com a consultoria ECCON Soluções Ambientais, e a Reservas Votorantim, empresa de gestão florestal do Grupo Votorantim, encararam esse desafio. Ao longo de mais de um ano e meio, dezenas de pessoas das três empresas se debruçaram sobre as metodologias de pagamento por serviço ambiental (PSA) e créditos de carbono, além de estudos científicos no Brasil e no exterior, para chegar a linhas-mestras imprescindíveis para que produtores agrícolas combinem práticas sustentáveis no campo e preservação de floresta nativa. Chamada de PSA Carbon Agro Perene, a nova metodologia, que será lançada nesta quarta-feira (7) em evento em São Paulo, busca remunerar quem geram benefícios adicionais ao meio ambiente e à sociedade. “A nossa visão na Citrosuco é que o agro brasileiro esteja do lado da solução e não do problema. Mas, ainda, pouca gente no mundo entende dessa maneira”, comenta Clauber Andrade Souza, diretor de Sustentabilidade Citrosuco. “Apesar de ser um negócio que promove a agenda climática, é algo que pode melhorar a produção agrícola”, comenta. Ele exemplifica contando que a Citrosuco captura, por ano, 400 mil toneladas de dióxido de carbono equivalente (tCO2e) “pelo simples fato de a operação existir”, se referindo aos pomares de laranja da plantação.”

Fonte: Globo Rural; 07/08/2024

Política

Marco legal do hidrogênio desencadeia discussões regulatórias e fiscais

“O Brasil acaba de dar mais um importante passo no desenvolvimento do mercado de hidrogênio de baixa emissão de carbono no Brasil com a aprovação da Lei 14.948/2024 denominada como marco legal do hidrogênio de baixa emissão de carbono, na última sexta-feira (2/8). Apesar de a concessão dos créditos fiscais na comercialização do hidrogênio de baixa emissão de carbono e seus derivados não ter sido temporariamente sancionada por questões técnicas e estar sendo tratada no âmbito do PL 3.027/2024, o marco busca criar as bases para o desenvolvimento competitivo dessa nova indústria no Brasil. A lei está estruturada em três grandes eixos, sendo um de natureza regulatória que define competências, conceitos e princípios que nortearão a futura regulação da indústria de hidrogênio de baixa emissão de carbono, um de estruturação e governança da Política Nacional do Hidrogênio de Baixa Emissão de Carbono e um relacionado com medidas de fomento à esta nova indústria. A definição do hidrogênio que pode ser considerado de baixa emissão de carbono é um dos pontos centrais da nova lei em função de suas relevantes repercussões. Por exemplo, os benefícios fiscais do Rehidro somente estão disponíveis para projetos de hidrogênio de baixa emissão de carbono e as políticas públicas focarão no desenvolvimento de hidrogênio de baixo carbono. A lei definiu hidrogênio de baixa emissão de carbono como o hidrogênio utilizado como combustível ou insumo industrial, coletado ou obtido a partir de fontes diversas de processo de produção e que possua emissão de Gases Efeito Estuda (GEE), conforme análise do ciclo de vida, com valor inicial ou menor ou igual a 7kgCO2eq/kgH2. Esse nível máximo de emissão deverá ser mantido até 2030, podendo ser revisto posteriormente.”

Fonte: Epbr; 06/08/2024

Marco do hidrogênio coloca lupa sobre a ANP – e seus desafios

“O marco legal do hidrogênio, que acaba de ser criado pela Lei nº 14.948, de 2 de agosto de 2024, atribui à Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) a competência para regular, autorizar e fiscalizar atividades do hidrogênio, assumindo um protagonismo ainda maior na transição energética. E isso em um cenário em que tanto a ANP quanto outros órgãos reguladores sofrem com desafios de estrutura e mão de obra. De acordo com a lei, a ANP está expressamente autorizada a usar o arranjo denominado “sandbox regulatório” na elaboração de normativos relacionados às atividades previstas na lei, bem como a adotar soluções individuais até que seja editada regulação específica. Essa autorização resulta em eficácia imediata para suas novas atribuições. Outros temas tratados na lei deverão depender, necessariamente, de regulação para que produzam efeitos práticos ou, até mesmo de novo projeto de lei, no caso de dispositivos que foram vetados a respeito do Programa de Desenvolvimento do Hidrogênio de Baixa Emissão de Carbono (PHBC). A lei institui o marco legal do hidrogênio “de baixa emissão de carbono”. Mas as competências atribuídas à ANP (por meio de alteração na Lei do Petróleo – Lei No. 9.478/97) são amplas e não se restringem ao hidrogênio que se enquadre nessa classificação. As atividades relativas a qualquer hidrogênio, independentemente de ser classificado como verde, de baixo carbono, renovável, natural ou de outro tipo deverão portanto ser objeto de regulação, autorização e fiscalização pela ANP. Com base na nova lei, a ANP passa a ter competência para regular, autorizar e fiscalizar: (i) a exploração e produção do hidrogênio natural, sendo que o regulamento estabelecerá as modalidades de outorga a serem praticadas.”

Fonte: Capital Reset; 07/08/2024

Internacional

Empresas

Créditos de carbono de energia renovável reprovam em teste de integridade do ICVCM

“O Conselho de Integridade para o Mercado Voluntário de Carbono (ICVCM, sigla em inglês) anunciou, nesta terça (6/8), que os créditos de carbono emitidos sob metodologias de energia renovável existentes não poderão usar seu selo CCP (Princípios Fundamentais de Carbono) de alta integridade. Segundo a organização independente de governança, essas metodologias cobrem aproximadamente 236 milhões de créditos não aposentados, o que representa 32% do mercado voluntário de carbono. Criado em meio à crise de credibilidade dos títulos negociados no mercado voluntário, o ICVCM desenvolveu o selo em uma tentativa de organizar as reivindicações climáticas e dar mais transparência à qualidade dos projetos. O objetivo é garantir que o mercado voluntário de carbono esteja alinhado ao objetivo de limitar o aquecimento do planeta a 1,5 °C até 2100. No caso dos créditos de energia renovável, o conselho decidiu que oito metodologias usadas para projetar e implementar projetos não atendem aos requisitos do CCP Assessment Framework sobre adicionalidade porque são “insuficientemente rigorosas” na avaliação sobre a capacidade de os projetos avançarem sem o incentivo das receitas de créditos de carbono. Annette Nazareth, presidente do ICVCM, explica que embora os projetos de geração renovável financiados com créditos de carbono ainda tenham um papel a desempenhar em mercados emergentes onde o acesso a energia é desafiador, é preciso melhorar as metodologias que atestam a contribuição para a descarbonização. “Precisamos modernizar o design desses projetos de carbono, o que os programas de crédito de carbono podem e devem fazer. Metodologias mais robustas desbloqueariam o financiamento para uma nova onda de projetos de energia renovável em lugares onde eles são mais necessários”, comenta.”

Fonte: Epbr; 06/08/2024

Paris-2024: patrocinadora dos Jogos é alvo de críticas por uso generalizado de plástico; entenda

“O comitê organizador das Olimpíadas de Paris disse nesta terça-feira que atingirá sua meta de reduzir os plásticos de uso único pela metade em comparação aos Jogos de Londres, em 2012, apesar das garrafas do grande patrocinador do evento, a Coca-Cola, estarem sendo amplamente utilizadas. Embalagens de Fanta, Sprite e Coca-Cola estão circulando com frequência nas locais que recebem eventos olímpicos, onde funcionários foram vistos esvaziando garrafas plásticas em copos reutilizáveis ​​— uma prática que alguns dizem que vai contra a promessa dos Jogos de serem os mais verdes da história. A Coca-Cola disse em maio que quase 10 de 18 milhões de bebidas — “mais da metade” de todas as servidas aos espectadores — seriam “sem plástico de uso único”. Mas a gigante sediada em Atlanta, nos Estados Unidos, disse que teve que usar plásticos devido a “restrições técnicas e logísticas”, apesar de Paris proibir os espectadores de levarem recipientes descartáveis ​​para os locais das Olimpíadas. No local dos eventos de natação, por exemplo, garrafas de vidro estavam sendo esvaziadas em copos vermelhos e brancos, conforme observado por um jornalista da AFP. Embora 700 bebedouros tenham sido instalados durante a competição, garrafas plásticas estão sendo usadas onde alternativas de vidro não são uma opção, disse Georgina Grenon, chefe de sustentabilidade dos Jogos de Paris. Em um comunicado à imprensa na sexta-feira, a Coca-Cola disse que precisava se adaptar a cada local e encontrar as “melhores condições de segurança e qualidade dos alimentos”, dadas as restrições técnicas e logísticas, incluindo fornecimento de água e eletricidade e espaço de armazenamento.”

Fonte: O Globo; 06/08/2024

Jogo limpo: Paris está entregando a prometida Olimpíada ‘verde’?

“Os organizadores da Olimpíada de Paris sempre tiveram a meta ambiciosa de promover os jogos mais sustentáveis da história recente, com cortes drásticos de emissões de carbono associadas ao evento e redução no uso de plásticos de uso único, entre outras medidas. Ainda que inovações apresentadas na França contribuam para esses objetivos, elas também evidenciam que viabilizar um evento ‘verde’ para 15 milhões de pessoas não é nada simples. A equipe de análise da XP, patrocinadora do Comitê Olímpico Brasileiro, publicou um relatório no qual compila quais compromissos estão se tornando realidade à medida que o evento ocorre. A 33ª edição dos Jogos Olímpicos se comprometeu a reduzir suas emissões de carbono em 50% em comparação à média de 3,5 Mt (milhões de toneladas de carbono equivalente) do Rio, em 2016, e de Londres, em 2012. Isso corresponde às emissões da cidade de Campinas (SP) em todo o ano de 2021. Em Tóquio, há três anos, o total ficou em 1,9 Mt de carbono – a redução se explica pela ausência de turistas estrangeiros por causa da pandemia. “Ao mesmo tempo em que vemos com bons olhos as metas de sustentabilidade de Paris 2024, não vemos que elas serão facilmente cumpridas – em comparação, atingir essas metas resultaria em emissões ainda menores do que as de Tóquio”, escrevem os analistas. O relatório se concentra nas ações adotadas pela organização em três áreas: infraestrutura, uso de energia renovável e incentivo ao transporte público Mas não foi necessário examinar com detalhes as medidas tomadas. Relatos e anoedotas publicados pela imprensa e pelos próprios atletas mostram que algumas ideias simplesmente não faziam sentido..”

Fonte: Capital Reset; 07/08/2024

Política

China busca impulsionar renováveis e gerenciar a demanda no plano de atualização energética

“O planejador estatal da China revelou na terça-feira os detalhes de um plano de três anos para atualizar o sistema de energia, à medida que o país busca aumentar renováveis e aliviar a pressão da crescente demanda de energia na rede nacional. O plano entre os anos de 2024 e 2027, lançado pela Comissão Nacional de Reforma e Desenvolvimento, visa ajudar a China a cumprir sua meta de atingir o pico nas emissões de carbono antes de 2030 e inclui orientações sobre a atualização dos sistemas de transmissão e distribuição, informou o órgão de planejamento. O plano estabelece metas para a resposta à demanda, o equilíbrio das demandas colocadas nas redes de energia, incentivando os consumidores a desviarem seu uso de eletricidade dos horários de pico – uma necessidade que aumentou dado o calor recorde que sobrecarregou as redes no leste da China nos últimos dias. A capacidade de resposta à demanda deve atingir 5% da carga elétrica máxima, de acordo com o plano. Pela primeira vez, o plano também estabelece uma meta mais ambiciosa para que a resposta à demanda atinja 10% da carga máxima em determinadas áreas, embora não tenha especificado quais áreas. O plano se concentra na construção de uma rede elétrica mais flexível para gerenciar melhor a transição para as energias renováveis intermitentes, disse Xuewan Chen, analista de transição energética da LSEG. Mas um aspecto crucial não mencionado no documento foi a reforma do mercado de energia e a criação de um mercado de energia competitivo para alocar recursos de forma mais eficaz, disse ela. Atualmente, as transações são regidas principalmente por contratos de médio e longo prazo.”

Fonte: Reuters; 06/08/2024

Índices ESG e suas performances

(1) O Índice ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial da B3) tem como objetivo ser o indicador do desempenho médio das cotações dos ativos de empresas com reconhecido comprometimento com o desenvolvimento sustentável, práticas e alinhamento estratégico com a sustentabilidade empresarial.
(2) O Índice S&P/B3 Brasil ESG mede a performance de títulos que cumprem critérios de sustentabilidade e é ponderado pelas pontuações ESG da S&P DJI. Ele exclui ações com base na sua participação em certas atividades comerciais, no seu desempenho em comparação com o Pacto Global da ONU e também cias sem pontuação ESG da S&P DJI.
(3) O ICO2 tem como propósito ser um instrumento indutor das discussões sobre mudança do clima no Brasil. A adesão das companhias ao ICO2 demonstra o comprometimento com a transparência de suas emissões e antecipa a visão de como estão se preparando para uma economia de baixo carbono.
(4) O objetivo do IGCT é ser o indicador do desempenho médio das cotações dos ativos de emissão de empresas integrantes do IGC que atendam aos critérios adicionais descritos nesta metodologia.
(5) A série de índices FTSE4Good foi projetada para medir o desempenho de empresas que demonstram fortes práticas ambientais, sociais e de governança (ESG).
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