Bom dia! Neste relatório diário publicado todas as manhãs pelo time ESG do Research da XP, buscamos trazer as últimas notícias para que você comece o dia bem informado e fique por dentro do tema ESG – do termo em inglês Environmental, Social and Governance ou, em português, ASG – Ambiental, Social e Governança.
Quais tópicos abordamos ao longo do conteúdo? (i) Notícias no Brasil e no mundo acerca do tema ESG; (ii) Performance histórica dos principais índices ESG em diferentes países; (iii) Comparativo da performance do Ibovespa vs. ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial, da B3); e (iv) Lista com os últimos relatórios publicados pelo Research ESG da XP.
Principais tópicos do dia
• O Ibovespa e o ISE terminaram a semana passada caindo 1,00% e 1,88%, respectivamente. Em linha, o pregão de sexta-feira também encerrou em território negativo, com o IBOV e o ISE recuando 0,47% e 0,29%, respectivamente.
• No Brasil, (i) o conselho de administração da Kora Saúde convocou seus acionistas para deliberar sobre a saída da companhia do Novo Mercado da B3 durante a próxima assembleia geral extraordinária (AGE), a ser realizada em 29/julho – a AGE, que ocorrerá de forma virtual, é a segunda tentativa da empresa de tentar votar o assunto, após o não atingimento de quórum mínimo legal de dois terços dos acionistas para iniciar a reunião no dia 5/junho; e (ii) a CCR RioSP, concessionária de rodovias do Grupo CCR, acaba de encerrar a captação de R$ 9,4 bilhões em debêntures incentivadas, inaugurando as debêntures verdes para rodovias no país – das oito séries que compõem a emissão, uma delas destina R$ 500 milhões em debêntures de transição verde.
• No internacional, após a desistência Joe Biden na corrida pela presidência dos EUA, a atual vice, Kamala Harris, foi endossada por alguns membros do partido democrata para se tornar a nova candidata – sob a perspectiva ESG, as posições de Harris sobre clima e energia são semelhantes às de Biden, o que possivelmente não deve gerar grandes mudanças no plano de governo, sendo de válida menção que foi ela quem anunciou um compromisso de US$3 bilhões com o Fundo Verde para o Clima no ano passado.
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Brasil
Empresas
Inteligência artificial e ondas de calor: as novas pressões energéticas
“A ascensão da inteligência artificial está colocando o consumo de eletricidade dos data centers em foco, superando a demanda de recarga de veículos elétricos, aponta o mais recente relatório da Agência Internacional de Energia (IEA, em inglês). Em 2022, centros de dados em todo o mundo (excluindo criptomoedas) consumiram cerca de 1-1,3% da demanda global de eletricidade e essa participação deve chegar a uma faixa entre 1,5-3% até 2026, projeta a IEA. Em contraste, os veículos elétricos, apesar de seu rápido crescimento, tiveram uma participação menor, de 0,5% em 2022, e seu consumo está previsto para variar de menos de 1,5% a cerca de 2% até 2026. Apesar da expansão acelerada, a agência alerta para a ausência de estimativas históricas confiáveis do consumo de eletricidade dos centros de dados em muitas regiões, o que dificulta as projeções futuras aumentando o grau de incerteza. Ainda assim, observa que há mercados onde a demanda energética dos data centers já representa uma fatia importante do consumo, como Irlanda (18%) e Singapura (7%). Esse movimento vem acompanhado de uma série de desafios: desde garantir que o abastecimento seja renovável até a disponibilidade de conexão à rede, já que a eletrificação da economia também está acelerando. “Em algumas regiões, restrições para a instalação de novos centros de dados foram implementadas, incluindo Dublin, que estabeleceu condições de conexão à rede desde o final de 2021. Na Holanda, a partir de janeiro de 2024, novos centros de dados de grande escala são restritos na maioria dos locais devido a limitações da rede, entre outras razões”, exemplifica a agência.”
Fonte: Epbr; 19/07/2024
Usina de açúcar é multada em R$ 18 milhões por mortandade de peixes no Rio Piracicaba
“A Usina São José S/A Açúcar e Álcool foi multada em R$ 18 milhões pelo derramamento de resíduos da cana-de-açúcar com alta carga orgânica, que teria provocado a morte de mais de 235 mil espécimes de peixes, concluiu a Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb), em laudo publicado nesta sexta-feira, 19. Por nota, a companhia afirmou que identificou a relação direta entre o extravasamento de substância poluente pela usina em dois episódios de mortandade, e que o valor da multa considera o agravante de omissão sobre “o extravasamento de substância poluidora, o alto volume de peixes mortos e atingimento de área de proteção ambiental”. Segundo a Cetesb, o primeiro evento ocorreu no dia 7, quando mel de cana-de-açúcar foi arrastado para o Ribeirão Tijuco Preto. Esse mel foi encontrado cristalizado em uma das vistorias na Usina São José, disse a agência. “O PH do ribeirão, entre 7 e 8 de Julho, ficou ácido (passando de 7,4pH para 5,4pH), comportamento característico de quando há presença de resíduos de açúcar em água. Essa alta carga orgânica foi levada para o Rio Piracicaba, reduzindo o nível de oxigenação da água, chegando a zero, e inviabilizando a vida aquática”, afirmou em nota. A carga orgânica foi arrastada pelo curso do rio até a Área de Proteção Ambiental (APA) Tanquã, onde se acumulou e causou um novo evento de mortandade no dia 15.”
Fonte: InfoMoney; 19/07/2024
Kora Saúde convoca acionistas para discutir saída do Novo Mercado da B3
“O conselho de administração da Kora Saúde convocou seus acionistas para deliberar sobre a saída da companhia do Novo Mercado da B3. Tema será discutido em assembleia geral extraordinária (AGE) a ser realizada em 29 de julho. A AGE, que ocorrerá de forma virtual, é a segunda tentativa da empresa de tentar votar o assunto. Em 5 de junho, a Kora tentou realizar assembleia para discutir o tema, mas não houve o quórum mínimo legal de dois terços dos acionistas para iniciar a reunião. A saída voluntária do Novo Mercado foi requisitada, em 5 de maio, pela gestora HIG, controladora da Kora com 68,4% do capital social da companhia. Na época, a gestora argumentou que, “no atual cenário, a participação da companhia no Novo Mercado da B3, apesar de seus muitos e inegáveis aspectos positivos, restringe algumas das alternativas disponíveis para o financiamento e a expansão de suas atividades, incluindo, por exemplo, a possibilidade de captação de recursos por meio da emissão de ações preferenciais e a realização de operações de combinação de negócios com empresas nacionais e estrangeiras que atualmente não integram o Novo Mercado”.”
Fonte: Valor Econômico; 19/07/2024
Em captação de R$ 9,4 bi, CCR emite ‘bonds de transição’ de R$ 500 mi
“A CCR RioSP, concessionária de rodovias do Grupo CCR, acaba de encerrar a captação de R$ 9,4 bilhões em debêntures incentivadas – maior emissão do tipo no país, de acordo com a companhia. A operação foi 100% subscrita pelo BNDES, e inaugurou as debêntures verdes para rodovias no país. Os recursos serão usados para financiar a ampliação e modernização das rodovias Presidente Dutra e BR 101-RJ/SP. Das oito séries que compõem a emissão, uma delas usa um instrumento ainda pouco visto no mercado de capitais brasileiro: serão R$ 500 milhões em debêntures de transição verde. Os transition bonds, como são conhecidos, foram criados para apoiar os esforços de transição de empresas e governos que emitem muito carbono. O governo japonês emitiu recentemente títulos de transição no valor de US$ 5,3 bi. A ideia é que eles sejam mais flexíveis que os green bonds, por exemplo – cujos recursos são carimbados para um projeto de impacto ambiental positivo –, e direcionem fluxos para quem ainda não tem suas práticas alinhadas a uma economia de baixo carbono. Mas, ao ficarem “no meio do caminho”, os critérios de enquadramento desse tipo de título ainda não são bem definidos. Os transition bonds ainda representam uma parte pequena do mercado de dívidas verdes e são tipicamente usados por companhias de setores poluentes, como petróleo e aço. “No BNDES, a gente vem tentando puxar essa discussão com as concessionárias. Não é um setor tão óbvio para encaixar um título de sustentabilidade, mas aqui, a CCR teve um trabalho muito sério de certificação e de identificar quais investimentos na rodovia poderiam ser adequados e interessantes”, diz Felipe Borim, superintendente de infraestrutura do BNDES.”
Fonte: Capital Reset; 19/07/2024
Por que a Suzano investiu R$ 22 bilhões em nova fábrica ‘estado da arte’
“O maior investimento nos mais de cem anos de história da Suzano acaba de entrar em operação a 100 quilômetros de Campo Grande, no Mato Grosso do Sul. O ambicioso Projeto Cerrado levou R$ 22,2 bilhões em investimentos e três anos para ser construído na cidade de Ribas do Rio Pardo. A fábrica, maior linha única de produção de celulose do mundo, promete combinar novas tecnologias com descarbonização e preservação da biodiversidade. No auge da operação, a planta vai produzir 2,55 milhões de toneladas anuais de celulose – o que representa um aumento de 20% da capacidade da empresa, de 10,9 milhões de toneladas ao ano para 13,45 milhões. A nova unidade também coloca a Suzano, que faturou R$ 39,8 bilhões ano passado, como uma das poucas empresas do setor ao redor do mundo a usar a tecnologia de gaseificação de biomassa, que transforma resíduos orgânicos em gás e permite a substituição de combustíveis fósseis nos fornos de cal. O óleo combustível e o gás natural que alimentam os fornos de cal e as caldeiras correspondem por cerca de 70% das emissões diretas de uma fábrica de celulose, diz Fernando Bertolucci, vice-presidente executivo de sustentabilidade e inovação da Suzano. “No momento em que conseguimos substituir esses combustíveis fósseis por combustíveis que vêm da madeira, o nível tecnológico da nossa fábrica se torna realmente o estado da arte”, afirma. As fontes fósseis não serão eliminadas totalmente, mas ficarão restritas a usos eventuais, como retomadas de produção. A meta da companhia é reduzir a intensidade de emissões de gases de efeito estufa em 15% até 2030 para as emissões diretas (escopo 1) e ligadas a energia (escopo 2), tendo 2015 como ano de referência.”
Fonte: Capital Reset; 21/07/2024
Nestlé negocia entrada em parque eólico da Enel Green Power
“A Nestlé fechou um acordo com a Enel Green Power para formação de um consórcio que terá participação no parque eólico Cumaru II, em São Miguel do Gostoso, no Rio Grande do Norte. O objetivo é a autogeração de energia elétrica. O negócio está sob análise do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). “A operação está alinhada com seus objetivos estratégicos de sustentabilidade, mais especificamente, com o consumo de energia a partir de fontes renováveis, bem como de otimização de seus custos com energia elétrica”, informou a Nestlé ao órgão antitruste. As informações são públicas. As empresas têm um histórico de parcerias internacionais em que o grupo Enel fornece energia de fontes renováveis a fábricas, escritórios e centros de distribuição da Nestlé. No Panamá, as companhias formaram aliança em 2018 para fornecimento de 10,5 GWh por ano, por 15 anos, do parque solar Estrella Solar, em Coclé. Nos Estados Unidos, a dupla é sócia na usina solar de Ganado, em Jackson County, no Texas. A Nestlé compra toda a energia elétrica gerada na planta. A Nestlé possui metas corporativas globais de redução das emissões de gases do efeito estufa (GEE) em 50% até 2030 e atingir emissões líquidas zero até 2050. No Brasil, também recorre a contratação de biometano e uso de biomassa para reduzir emissões industriais.”
Fonte: Epbr; 22/07/2024
Política
Certificação será essencial para hidrogênio brasileiro, avalia mercado
“Na semana passada, o Brasil viu a aprovação de uma emenda no marco legal do hidrogênio que ampliou os limites de emissões de 4 kgCO2 para 7 kgCO2 por cada 1 kg de hidrogênio produzido. O volume é quase o dobro do considerado “baixo carbono” pela União Europeia (3,384 kgCO2/kgH2), potencial maior mercado importador do energético produzido no Brasil, e fica mais próximo da intensidade de carbono do hidrogênio cinza, de gás natural, que é considerado altamente poluente com seus 10 kgCO2/KgH2. A mudança de última hora ocorreu sob a justificativa de incluir o etanol na produção do hidrogênio de baixo carbono, e intensificou o entendimento de que a certificação para contabilizar as emissões de carbono será essencial para demonstrar a sustentabilidade do hidrogênio produzido no Brasil. Para Cristina Amorim, do Instituto Climainfo, além de não ter passado pelo debate público, a medida pode abrir caminho para o uso de combustíveis fósseis, incluindo carvão, o que contraria os esforços para a transição energética sustentável. “Foi uma emenda sem debate com a sociedade. Nos preocupa muito, pois pode incluir fósseis e até carvão. Já havia um sinal amarelo, que agora está quase vermelho. Há um risco de não conseguirmos exportar nosso hidrogênio. Teremos que trabalhar para ter uma certificação muito robusta”, alertou em entrevista à agência epbr. Ela avalia que há um descompasso entre os subsídios recebidos por combustíveis fósseis e energias renováveis. Para Cristina, a decisão do Congresso evidencia uma visão de curto prazo que não leva em conta a emergência climática global. “O sinal que estamos dando é que não tratamos com seriedade a emergência climática, por uma visão de curto prazo. Novamente o Brasil está jogando fora uma oportunidade de liderança global”.”
Fonte: Epbr; 19/07/2024
Internacional
Empresas
“Os atrasos na entrega de aeronaves pela Airbus e pela Boeing estão forçando as companhias aéreas a voar com aviões mais antigos e menos eficientes em termos de combustível por mais tempo, retardando o progresso do setor na redução das emissões nocivas de carbono. O aumento da eficiência de combustível das novas aeronaves está entre as medidas que o setor de aviação está adotando para cumprir sua promessa de chegar a zero emissões líquidas até 2050. Porém, mais de dois anos desde o retorno das viagens aéreas após a pandemia da Covid-19, as interrupções na cadeia de suprimentos e a escassez de mão de obra continuam a dificultar a produção de aviões. Com a expectativa de que tanto a Airbus quanto a Boeing anunciem uma enxurrada de novos pedidos de companhias aéreas na feira aérea de Farnborough nesta semana, aumentam as preocupações de que a lacuna entre a demanda e a oferta possa retardar o progresso do setor na redução de emissões até o final da década. “O déficit acumulado de entregas permanecerá até 2028, pelo menos”, disse Rob Morris, chefe da Ascend, empresa de consultoria da Cirium. Isso “significa que as companhias aéreas estão mantendo os aviões voando por mais tempo, com aeronaves de meia-idade e mais antigas [permanecendo] em serviço”, acrescentou. As viagens aéreas são responsáveis por cerca de 2% das emissões globais relacionadas à energia. O tráfego aéreo voltou quase aos níveis pré-pandêmicos no final do ano passado. O setor acredita que pode chegar ao zero líquido até 2050, sem deixar de crescer, e delineou uma série de medidas para reduzir suas emissões líquidas, incluindo a mudança para combustível de aviação sustentável, aeronaves mais novas e compensações de carbono.”
Fonte: Financial Times; 20/07/2024
“Os incêndios florestais estão eclodindo novamente no oeste do Canadá, em uma onda de calor sufocante na Província de Alberta, forçando evacuações e que já provocou a redução da produção de uma das maiores companhias de petróleo do país. Os incêndios, alimentados pelo calor e o clima seco, estão fugindo de controle, mesmo com o país ainda se recuperando do ano passado, quando 6.132 incêndios queimaram mais de 18,2 milhões de hectares, uma área maior que a Flórida, e custaram à economia canadense perto de US$ 10 bilhões. “Essas condições levam os incêndios a comportamentos extremos”, disse o governo de Alberta em uma atualização online, observando que precisou retirar bombeiros de uma floresta na noite desta quinta-feira por causa da forte fumaça. Até terça-feira (16), 25 incêndios florestais fora de controle estavam ocorrendo na província, incluindo um de 80,9 mil hectares que forçou a Suncor Energy, uma das maiores companhias de petróleo do Canadá, a reduzir a produção em um campo de petróleo próximo do incêndio, e evacuar trabalhadores não essenciais. Cientistas afirmam que as mudanças climáticas tornarão eventos extremos como este mais comuns, o que exercerá uma pressão contínua sobre as finanças dos governos e do setor industrial, além da resposta a emergências fiscais e aos sistemas de saúde. “O planeta está queimando e as mudanças climáticas são um fato significativo”, disse o ministro dos Recursos Naturais do Canadá, Jonathan Wilkinson, em uma entrevista coletiva em junho. Climatologistas estão prevendo “uma tendência alarmante, mas muito previsível”, disse ele. “A intensidade dos incêndios florestais continuará.””
Fonte: Valor Econômico; 20/07/2024
Calor extremo nos EUA provoca prejuízos de bilhões que as seguradoras não cobrirão
“As ondas de calor que castigam dezenas de milhões de americanos podem empenar telhados, secar colheitas, deformar o asfalto de ruas e estradas e interromper o fornecimento de eletricidade. Muitos desses danos são difíceis de quantificar – e não são cobertos por seguros. Hoje, as cidades, as agências reguladoras e as empresas começaram a soar o alarme sobre os custos cada vez maiores das ondas de calor, que causam prejuízos de dezenas de bilhões de dólares todos os anos. “O calor extremo não é apenas um fenômeno climático”, disse Ricardo Lara, comissário de seguros da Califórnia, depois de publicar, este mês, um relatório sobre o impacto econômico e humano das ondas de calor. “É um desastre silencioso e progressivo que causa devastação… para a saúde, a economia e a infraestrutura.” Segundo dados do governo americano, as ondas de calor tornaram-se mais intensas, duram mais tempo e são três vezes mais frequentes do que há 60 anos. A expectativa é de que essa tendência de aumento persista, já que as mudanças climáticas expõem mais áreas vulneráveis a temperaturas recordes como as das últimas semanas. As apólices de seguro padrão são concebidas para casos de danos repentinos e acidentais, como os provocados por incêndios, tempestades e roubos, e frequentemente não cobrem os efeitos do calor intenso, que podem ser graduais. “O calor extremo leva a danos que muitas vezes se só se tornam perceptíveis com o tempo”, afirmou Karen Collins, vice-presidente da associação representativa do setor American Property Casualty Insurance Association.”
Fonte: Valor Econômico; 20/07/2024
Política
Sérvia, UE e Alemanha assinam acordo de cadeia de suprimento de baterias
“Belgrado e a União Europeia assinaram um acordo na sexta-feira para dar à UE acesso a matérias-primas extraídas na Sérvia e fortalecer seus laços na produção de matérias-primas sustentáveis, fabricação de baterias e veículos elétricos (EVs). A Rio Tinto (RIO.L), abre nova aba, está interessada em iniciar a mineração na região ocidental de Jadar, na Sérvia, e esta semana sua licença para desenvolver o que seria a maior mina de lítio da Europa foi restabelecida, mais de dois anos depois de ter sido anulada. O chanceler alemão, Olaf Scholz, disse que o memorando de entendimento de sexta-feira era vital para a independência da Europa e que “aumenta a resistência e promove a indústria”. “Precisamos reduzir nossas dependências, precisamos ter estruturas resilientes em nossas cadeias de suprimentos, e isso significa que precisamos desenvolver novas ferramentas de matéria-prima em todo o mundo”, disse Scholz. Ele estava falando em uma coletiva de imprensa conjunta com o presidente da Sérvia, Aleksandar Vucic, e o vice-presidente da Comissão da UE, Maros Sefcovic. Sefcovic, que tem sido um forte defensor do aumento das cadeias de suprimentos europeias, disse que a Sérvia, candidata à UE, poderia ser o primeiro país europeu a comandar toda a cadeia necessária para a fabricação de veículos elétricos, que começa com a mineração de lítio. O projeto Jadar atraiu uma forte oposição local O PIB da Sérvia em 2023 era de cerca de US$ 75 bilhões.
A oposição sérvia e os grupos verdes disseram que iniciarão bloqueios das principais ferrovias e cruzamentos em agosto se o governo não encerrar o projeto. Na sexta-feira, várias dezenas de ativistas do movimento Kreni-Promeni (Move-Change) protestaram contra o projeto Jadar em frente ao vasto complexo governamental da era comunista em Belgrado.”
Fonte: Reuters; 19/07/2024
“A vice-presidente dos EUA, Kamala Harris, está potencialmente pronta para se tornar a candidata democrata à presidência nas eleições de novembro. Aqui estão suas opiniões e ações relacionadas a alguns tópicos importantes de negócios. As posições de Harris sobre clima e energia são semelhantes às de Biden. Mas, ao longo de sua carreira, ela deixou claro que energia limpa e justiça ambiental são prioridades. Quando Biden anunciou Harris como sua companheira de chapa na disputa de 2020, ele enfatizou sua posição firme contra as grandes petrolíferas quando ela ocupou cargos importantes na Califórnia, observando os processos judiciais que ela havia iniciado como promotora distrital de São Francisco de 2004 a 2011 e depois como procuradora-geral do estado até janeiro de 2017, quando se tornou senadora dos EUA. No ano passado, Harris fez sua estreia nas negociações internacionais sobre o clima, anunciando um compromisso de US$ 3 bilhões com o Fundo Verde para o Clima e fazendo seu primeiro grande discurso internacional com foco no clima. Como vice-presidente, Harris também esteve envolvida na implementação de políticas da Agência de Proteção Ambiental que abordaram questões de justiça ambiental de longa data, como um programa multibilionário para substituir canos e tintas de chumbo em todo o país.”
Fonte: Reuters; 21/07/2024
O governo Biden anuncia US$ 4,3 bilhões em subsídios para o clima
“O governo Biden anunciou na segunda-feira 25 projetos apresentados por 30 diferentes governos estaduais, locais e tribais que se candidataram a US$ 4,3 bilhões em subsídios criados pela lei climática assinada pelo presidente. Os subsídios, que serão distribuídos aos vencedores no início do outono, apoiarão a implantação de tecnologia de energia limpa em setores que vão da habitação à agricultura. A Agência de Proteção Ambiental dos EUA (EPA) informou que analisou cerca de 300 solicitações que requereram mais de US$ 30 bilhões. O governo disse que os projetos selecionados, quando combinados, reduziriam a poluição de gases de efeito estufa em até 150 milhões de toneladas métricas de dióxido de carbono equivalente (CO2e) até 2030, ou cerca de 2 pontos percentuais. Os EUA se comprometeram a reduzir suas emissões de CO2e em 50% a 52% até aquele ano. Com as eleições de 2024 se aproximando e as campanhas se intensificando, a EPA e outras agências federais estão se esforçando para distribuir subsídios destinados pela Lei de Redução da Inflação de 2022. O ex-presidente Donald Trump e os legisladores republicanos estão de olho na revogação de vários programas de subsídios e empréstimos do IRA. “Esses subsídios ajudarão os governos estaduais e locais a melhorar a qualidade do ar e a saúde de suas comunidades, ao mesmo tempo em que aceleram o progresso dos Estados Unidos em direção às nossas metas climáticas”, disse John Podesta, assessor sênior do presidente Joe Biden para Política Climática Internacional.”
Fonte: Reuters; 22/07/2024
Índices ESG e suas performances
(1) O Índice ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial da B3) tem como objetivo ser o indicador do desempenho médio das cotações dos ativos de empresas com reconhecido comprometimento com o desenvolvimento sustentável, práticas e alinhamento estratégico com a sustentabilidade empresarial.
(2) O Índice S&P/B3 Brasil ESG mede a performance de títulos que cumprem critérios de sustentabilidade e é ponderado pelas pontuações ESG da S&P DJI. Ele exclui ações com base na sua participação em certas atividades comerciais, no seu desempenho em comparação com o Pacto Global da ONU e também cias sem pontuação ESG da S&P DJI.
(3) O ICO2 tem como propósito ser um instrumento indutor das discussões sobre mudança do clima no Brasil. A adesão das companhias ao ICO2 demonstra o comprometimento com a transparência de suas emissões e antecipa a visão de como estão se preparando para uma economia de baixo carbono.
(4) O objetivo do IGCT é ser o indicador do desempenho médio das cotações dos ativos de emissão de empresas integrantes do IGC que atendam aos critérios adicionais descritos nesta metodologia.
(5) A série de índices FTSE4Good foi projetada para medir o desempenho de empresas que demonstram fortes práticas ambientais, sociais e de governança (ESG).
(6) O Índice MSCI ACWI, que representa o desempenho de todo o conjunto de ações de grande e médio porte do mundo, em 23 mercados desenvolvidos e 26 emergentes.
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