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Governo criará órgão gestor provisório do mercado regulado de carbono ainda em junho, diz Fazenda | Café com ESG, 17/06

Mercado de carbono regulado e política de biocombustíveis em destaque

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Bom dia! Neste relatório diário publicado todas as manhãs pelo time ESG do Research da XP, buscamos trazer as últimas notícias para que você comece o dia bem informado e fique por dentro do tema ESG - do termo em inglês Environmental, Social and Governance ou, em português, ASG - Ambiental, Social e Governança.

Quais tópicos abordamos ao longo do conteúdo? (i) Notícias no Brasil e no mundo acerca do tema ESG; (ii) Performance histórica dos principais índices ESG em diferentes países; (iii) Comparativo da performance do Ibovespa vs. ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial, da B3); e (iv) Lista com os últimos relatórios publicados pelo Research ESG da XP.

Principais tópicos do dia

• O mercado fechou o pregão de segunda-feira em território positivo, com o IBOV e o ISE subindo 1,5% e 1,8%, respectivamente.

• Na política, (i) segundo Cristina Reis, subsecretária de desenvolvimento econômico sustentável do Ministério da Fazenda, o governo federal deve anunciar ainda neste mês uma instância provisória para ser o órgão gestor e regulador do mercado de carbono brasileiro - para Reis, esta instância provisória será uma secretaria, e o Executivo ainda deve definir o ministério sob qual ela ficará alocada (Fazenda ou o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços); (ii) o deputado federal Arnaldo Jardim afirmou que a adoção do B15 (mistura de 15% de biodiesel ao diesel fóssil) deve ser aprovada na próxima reunião do Conselho Nacional de Política Energética, que deve ocorrer na última semana do mês - segundo ele, isso pode resultar graças a avanços que incluem a fiscalização e o não combate à adulteração de combustíveis.

• Do lado das empresas, a Neoenergia iniciou a construção de uma das primeiras usinas de hidrogênio verde do Brasil, em Taguatinga, no Distrito Federal, previsto para ser inaugurado em outubro -  a planta será alimentada por uma usina solar fotovoltaica e funcionará como ponto de abastecimento para veículos leves e pesados.

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Brasil

Empresas

Neoenergia inicia obras de usina de hidrogênio verde no Distrito Federal

"A Neoenergia iniciou a construção de uma das primeiras usinas de hidrogênio verde do Brasil, em Taguatinga, no Distrito Federal. O projeto tem investimento de mais de R$ 30 milhões e deve ser inaugurado em outubro. A iniciativa faz parte do Programa de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (P&DI), regulamentado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), e funcionará como ponto de abastecimento para veículos leves e pesados. A planta será alimentada por uma usina solar fotovoltaica e também será um centro de conhecimento e inovação, com o objetivo de fomentar o desenvolvimento do hidrogênio verde como vetor energético. “Nosso compromisso é investir na eletrificação por meio de investimentos em tecnologias inovadoras. O Brasil possui vantagens competitivas, como abundância de energia renovável a custos acessíveis, o que o posiciona como líder natural na transição energética”, disse, em nota, o CEO da Neoenergia, Eduardo Capelastegui. No Brasil, a companhia já teve um projeto em Camaçari, na Bahia, selecionado na chamada pública do Ministério de Minas e Energia (MME) para hubs de hidrogênio de baixa emissão de carbono, com foco na descarbonização da indústria brasileira. Na Espanha, o grupo Iberdrola, controlador da Neoenergia, constrói, em parceria com a bp, uma planta de hidrogênio verde, que abastecerá a refinaria da petroleira em Castellón, na Espanha. A previsão é que a planta comece a operar no segundo semestre de 2026."

Fonte: Eixos; 16/06/2025

Indústria nascente de CCS espera regulação simplificada

"A nascente indústria brasileira de captura e armazenamento de carbono (CCS, em inglês) defende uma regulamentação que trate o carbono de maneira distinta de outros gases – e que não se confunda com hidrocarbonetos. O argumento é de que as atividades de CCS e de exploração produção de óleo e gás, embora associadas, não são equiparáveis em termos de riscos ambientais e de propósito, logo, um tratamento similar, com muitas exigências, pode ameaçar a viabilidade dos projetos. “CO2 não é hidrocarboneto”, pontua Isabela Morbach, presidente da associação CCS Brasil. “Não é tóxico. Não é volátil. A interação dele com o meio ambiente e os impactos dessa interação são muito diferentes. No fim do dia, o maior risco é o de ter emissões, que seriam evitadas”. Segundo Morbach, há um debate se o carbono seria tratado como um resíduo ou uma commodity, o que também contribui para este tratamento diferenciado diante do petróleo e gás. Atualmente, está sob a responsabilidade da Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANP) regular as atividades de captura de carbono para fins de armazenamento, seu transporte por meio de dutos e sua estocagem geológica, conforme a lei do Combustível do Futuro. Mesmo antes, a agência deu autorizações especiais para os primeiros projetos: usou um regramento de perfurações de fomento de dados de óleo e gás para a FS, do setor de etanol. A empresa está otimista com seu projeto na Bacia dos Parecis, onde espera capturar o carbono emitido da sua produção de etanol de milho e armazená-lo em um reservatório salino. O grupo também defende a diferenciação."

Fonte: Eixos; 16/06/2025

Natura é a empresa mais sustentável do mundo, segundo premiação da Kantar

"A marca de beleza Natura foi eleita a empresa mais sustentável do mundo pelo prêmio Brand Blueprint Awards, criado pela consultoria de dados e análises de marketing Kantar. Única brasileira na lista de premiados, a companhia foi avaliada ao lado de outros 880 negócios de 22 países, que investem em marketing para gerar crescimento sustentável de marca. Nomes como Disney, Google e Desperados também estão entre os 14 vencedores. A cerimônia de entrega dos prêmios foi realizada na segunda-feira (16), em Cannes. Segundo a Kantar, a Natura teve o melhor desempenho em percepções de sustentabilidade e estabeleceu um alto padrão de referência no tema. Níveis impressionantes de aprovação por parte dos consumidores no Brasil impulsionaram a conquista, assim como o compromisso de longa data com a responsabilidade ambiental e o crescimento orientado por propósito. Já o Google recebeu prêmio especial pelo papel que a marca teve no seu crescimento ao longo dos últimos 20 anos. Avaliada em mais de US$ 840 bilhões, a marca cresceu 2.144% desde que apareceu pela primeira vez no ranking Kantar BrandZ Marcas Globais Mais Valiosas em 2006. De lá para cá, a empresa conhecida por seu sistema de buscas na internet diversificou a sua atuação com outros produtos digitais. “Acreditamos no poder das marcas. O melhor marketing é aquele que faz mais pessoas pensarem na sua marca, que a mantém presente e que inova para encontrar novos espaços de crescimento. Os vencedores do Brand Blueprint Award deste ano representam o melhor desses comportamentos”, afirma o CEO da Kantar no Brasil, Milton Souza, em comunicado."

Fonte: Valor Econômico; 17/06/2025

Caminho está aberto para adoção do B15 na próxima reunião do CNPE, diz deputado Arnaldo Jardim

"O deputado federal Arnaldo Jardim (Cidadania/SP) afirmou que a adoção do B15 (mistura de 15% de biodiesel ao diesel fóssil) deve ser aprovada na próxima reunião do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE), que deve ocorrer na última semana do mês. Segundo ele, isso pode resultar graças a avanços que incluem a fiscalização e o não combate à adulteração de combustíveis. “Agora vamos conseguir andar para o B15”, disse o parlamentar à imprensa nos bastidores do seminário Mobilidade de Baixo Carbono para o Brasil (MBCBrasil), nesta segunda-feira (16/6). Segundo ele, o impasse anterior — que impede o avanço do B14 para o B15 — foi justificado por estudos ainda pendentes e pela preocupação com fraudes na migração do combustível. “Eles alegaram que não ia de B14 para o B15 por razões de estudos e porque estavam preocupados com um grau grande de adulteração”, afirmou. De lá para cá, três medidas foram tomadas, segundo seu relato: o ministro de Minas e Energia (MME), Alexandre Silveira (PSD), convocou uma reunião com a Polícia Federal (PF) para abordar as fraudes, o setor se comprometeu a doar equipamentos à ANP para intensificar a fiscalização e o Congresso Nacional aprovou mudanças legislativas para apoiar as punições. Com o caminho destravado para o B15, Jardim defende que o país avance também no cronograma até o B20 e já comece os estudos para misturas superiores. “Hoje, o padrão tecnológico e os estudos já realizados dão o sinal verde para esse avanço até o B20”, afirmou."

Fonte: Eixos; 16/06/2025

Mercado regulado de carbono terá órgão gestor provisório em julho

"O governo federal deve anunciar ainda neste mês uma instância provisória para ser o órgão gestor e regulador do mercado de carbono brasileiro, criado no ano passado. “Não dá pra aprovar no Congresso uma agência reguladora ainda em junho, mas dá pra ter uma instância provisória para trabalhar já em julho, para a qual serão atribuídas algumas das competências que a lei define para o órgão gestor”, diz Cristina Reis, subsecretária de desenvolvimento econômico sustentável do Ministério da Fazenda. Ela esteve no evento Mercados de Carbono: Presente e Futuro, promovido pelo Reset nesta segunda-feira (16). O encontro foi patrocinado por Natura, Itaú, BRF Marfrig, Bradesco, Suzano, Banco ABC Brasil e Race to Belém. O evento faz parte do projeto COP30. A lei que criou o mercado regulado definiu prazos para a regulamentação e implementação do Sistema Brasileiro de Comércio de Emissões, o SBCE, que vai impor limites de emissões de gases de efeito estufa aos setores mais poluentes da economia e instituir um mercado de compensações. Esta instância provisória será uma secretaria. O Executivo ainda vai definir o ministério sob qual ela ficará alocada. Estão no páreo a Fazenda e o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Mdic). A área técnica da Fazenda, responsável pela regulamentação do mercado regulado, apresentou ao Comitê Interministerial sobre Mudança do Clima (CIM, que reúne 21 ministérios e a Advocacia Geral da União) um estudo em que defende a criação de uma nova agência reguladora para gerir e receber as receitas do SBCE."

Fonte: Capital Reset; 17/06/2025

Finep vai destinar R$ 30 milhões para projeto de microrreator nuclear

"A Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) assina nesta terça-feira (17) um contrato de R$ 30 milhões para financiar o desenvolvimento do primeiro microrreator nuclear brasileiro. O projeto foi aprovado com nota máxima em uma chamada pública para iniciativas de geração de energia com fontes de baixa emissão de carbono, aberta no ano passado pela Finep e pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI). A proposta foi apresentada pela Diamante Geração de Energia e será desenvolvida com mais duas empresas: a estatal Indústrias Nucleares do Brasil (INB) e a startup Terminus Pesquisa e Desenvolvimento. O orçamento total é de R$ 50 milhões, dos quais R$ 30 milhões serão desembolsados a fundo perdido pela Finep, e R$ 20 milhões, pela Diamante, como uma contrapartida obrigatória por lei. O presidente interino e diretor de inovação da Finep, Elias Ramos, ressaltou que a energia nuclear não é considerada renovável, mas foi contemplada por ter baixa emissão de carbono. Segundo ele, as pesquisas na área estão sendo retomadas em diversos países, e o Brasil não pode ficar para trás. “A transição energética é uma oportunidade para o Brasil, mesmo com um cenário global em disputa”, afirmou Ramos. Segundo o ele, o projeto representa uma inovação em escala internacional. “É importante que o país desenvolva essas tecnologias como algo estratégico. Esse desenvolvimento representa uma inovação não só para o Brasil, mas também para o mundo.”"

Fonte: Valor Econômico; 17/06/2025

Internacional

Empresas

Os 15 países com maior produção de urânio no mundo; Irã está na lista

"Um ataque aéreo de Israel às instalações nucleares do Irã na última semana deu início a uma nova e tensa fase de um conflito que desafia a estabilidade no Oriente Médio, com implicações globais significativas. O governo israelense do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, alega que o ataque foi necessário pois os iranianos estavam próximos de produzir armas nucleares, considerando essa ação uma ameaça para o país. Já o Irã afirma que o seu programa nuclear não tem propósito militar. Em meio a bombardeios e acusações de ameaça nuclear, o Irã aparece entre os 15 maiores produtores de urânio do mundo, segundo o último relatório divulgado pela Nuclear Energy Agency (NEA), que é vinculada a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). O relatório mostra que o Cazaquistão é o maior produtor do mundo em urânio, o qual atingiu mais de 21 mil toneladas da propriedade química em 2022. Logo atrás, aparece o Canadá, com mais de 7 mil toneladas, e a Namíbia (mais de 5,5 mil toneladas). Segundo a relatório, levando em conta os recursos de urânio até US$ 130/kg por país em 1 de janeiro de 2023, a nação com a maior reserva de urânio do mundo é a Austrália, com mais de 1,5 milhão de toneladas — 28% da reserva mundial. Em seguida, vem o Cazaquistão (cerca de 813 mil toneladas) e Canadá (582 mil) toneladas. De acordo com a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), o urânio é um elemento radioativo natural que pode ser encontrado “nas rochas, no solo, na água e até mesmo em nossos corpos”."

Fonte: Valor Econômico; 16/06/2025

Bancos aumentaram o financiamento aos combustíveis fósseis em mais de um quinto em 2024, segundo relatório

"Os principais bancos globais, liderados pelo JPMorgan Chase, Citigroup e Bank of America, aumentaram o financiamento a combustíveis fósseis em mais de 20% em 2024, representando uma reversão significativa na tendência observada nos últimos anos, segundo relatório anual elaborado por ativistas climáticos. De acordo com o 16º relatório produzido por uma coalizão de grupos coordenada pela Rainforest Action Network, o financiamento para carvão, petróleo e gás concedido pelos 65 maiores bancos do mundo em ativos cresceu US$ 162 bilhões, totalizando US$ 869 bilhões. O levantamento foi baseado em dados de empréstimos e subscrições a mais de 2.800 empresas. Esta é a primeira vez desde 2021 que o valor total do financiamento a combustíveis fósseis não apresentou queda, ano em que muitos bancos anunciaram apoio às metas de zero emissões líquidas durante a cúpula climática COP26 da ONU, em Glasgow. O aumento coincide com a saída dos Estados Unidos do Acordo de Paris sobre mudanças climáticas durante o segundo mandato do governo Trump e sua postura agressiva contra políticas ambientais. No ranking, o JPMorgan manteve a liderança como maior financiador mundial de combustíveis fósseis, ampliando suas operações em mais de um terço para fornecer US$ 53,5 bilhões ao setor em 2024. O banco afirmou que seus próprios dados “refletem suas atividades de forma mais abrangente e precisa do que as estimativas de terceiros”."

Fonte: Financial Times; 17/06/2025

Por que reunião na Alemanha pode definir sucesso ou fracasso da COP-30 em Belém

"Iniciada nesta segunda-feira, 16, a conferência de Bonn, sede do secretariado das Nações Unidas para o clima, abre as negociações que têm como linha de chegada a COP-30, que será realizada no Brasil em novembro. “Para ter assuntos debatidos e acordados na conferência, é necessário que esses pontos sejam tratados nessa etapa de Bonn”, explica o secretário executivo do Observatório do Clima, Márcio Astrini. “É como se fosse uma semifinal de um campeonato que termina em Belém.” Ao longo das duas semanas da reunião anual entre negociadores na Alemanha, sem a presença de chefes de Estado, devem ser debatidas questões de adaptação climática, transição energética e financiamento. Segundo Astrini, colunista da Rádio Eldorado, do Grupo Estado, a etapa preliminar costuma dar o tom do desenrolar da COP a cada ano. Se as discussões caminharem bem, é um indicativo de sucesso para a COP em Belém. Se não, pode repetir a falta de acordo ocorrida na COP-29, em Baku. No ano passado, em Bonn, os países passaram dez dias sem entrar em consenso sobre o que seria discutido. Para Astrini, as guerras em curso podem ser um complicador para que haja acordo. Outra preocupação é com o financiamento, com tantos recursos sendo direcionados para os conflitos. A Agência Nacional do Petróleo (ANP) vai oferecer a petroleiras 47 blocos de exploração de combustíveis fósseis na bacia da foz do Amazonas em um leilão realizado nesta terça-feira, 17."

Fonte: InfoMoney; 16/06/2025

Republicanos do Senado pretendem eliminar o crédito fiscal de US$ 7.500 para veículos elétricos

"Os republicanos do Senado dos Estados Unidos apresentaram na segunda-feira um projeto de lei tributária e orçamentária que prevê o fim do crédito fiscal de US$ 7.500 para a compra de veículos elétricos novos, 180 dias após a sanção da medida. Além disso, o crédito para veículos elétricos alugados fabricados fora da América do Norte seria encerrado imediatamente. Essa iniciativa representa uma mudança em relação à política do ex-presidente Joe Biden, que incentivava o uso de veículos elétricos e energias renováveis como forma de combater as mudanças climáticas e reduzir as emissões. A proposta do Comitê de Finanças do Senado, liderado pelos republicanos, também extinguiria o crédito fiscal de US$ 4.000 para veículos elétricos usados, 90 dias após a aprovação do projeto. Os republicanos propõem ainda o fim, a partir de 16 de junho, do crédito de US$ 7.500 para veículos elétricos alugados que não atendam aos critérios do crédito para compra. Atualmente, veículos alugados se qualificam sem restrições quanto ao conteúdo ou local de montagem. No entanto, veículos alugados poderiam continuar a receber o crédito fiscal por mais 180 dias após a aprovação da medida, desde que cumpram as mesmas regras rigorosas de montagem, bateria e conteúdo mineral crítico da América do Norte exigidas para veículos adquiridos."

Fonte: Reuters; 16/06/2025

Projeto de lei do Senado dos EUA reduziria crédito fiscal para biocombustíveis produzidos a partir de matérias-primas estrangeiras

"Os republicanos do Senado dos EUA propuseram na segunda-feira um projeto de lei tributária que estende o crédito fiscal para combustíveis limpos até 2031, mas reduz em 20% o valor do crédito para biocombustíveis produzidos a partir de matérias-primas originadas fora dos Estados Unidos. Esse crédito fiscal, previsto na Lei de Redução da Inflação do ex-presidente Joe Biden, embora não tenha sido totalmente implementado durante seu mandato, pode beneficiar produtores de petróleo e biocombustíveis que comprovem menor intensidade de carbono em seus combustíveis. O projeto de lei tributária e orçamentária aprovado pela Câmara em maio também prorroga o crédito, conhecido como 45Z, até 2031, mas proíbe que a maioria das matérias-primas estrangeiras sejam elegíveis para os créditos. Tanto a proposta da Câmara quanto a do Senado excluem do cálculo do crédito para biocombustíveis as emissões geradas pela expansão de terras agrícolas devido ao aumento na produção de matérias-primas como milho e soja, fenômeno conhecido como mudança indireta no uso da terra. Essa alteração facilitaria a qualificação do etanol à base de milho para os créditos. No entanto, a exigência de considerar essas emissões indiretas era uma proteção ambiental importante do crédito fiscal original, conforme destacou Sarah Lutz, ativista sênior do grupo ambiental Friends of the Earth. “Essa proposta imprudente resultará em combustíveis mais poluentes e aumento nos preços dos alimentos”, afirmou Lutz."

Fonte: Reuters; 16/06/2025

Proposta de projeto de lei orçamentária do Senado dos EUA mantém cortes nos incentivos à energia solar e eólica

"Um painel do Senado dos Estados Unidos propôs a eliminação total dos créditos fiscais para energia solar e eólica até 2028, enquanto estende os incentivos para energia hidrelétrica, nuclear e geotérmica até 2036 — fontes favorecidas pelo governo do presidente Donald Trump, conforme um projeto de lei divulgado na segunda-feira. Esse projeto, parte de um amplo pacote orçamentário republicano, inclui várias alterações que defensores da energia limpa pressionaram para serem incorporadas ao texto aprovado pela Câmara no mês passado. No entanto, representantes do setor afirmam que a proposta do Senado não vai longe o suficiente para preservar os principais incentivos do segmento. O texto divulgado pelo presidente da comissão, senador republicano Mike Crapo, prevê a eliminação gradual dos subsídios estabelecidos pela Lei de Redução da Inflação de 2022, da era Biden, para energia solar e eólica a partir de 2026, reduzindo o crédito para 60% do valor atual e encerrando-o completamente até 2028. Pela legislação vigente, a redução gradual dos créditos só começaria em 2032. Em contraste com o projeto da Câmara, o Senado propõe manter 100% do crédito para instalações hidrelétricas, nucleares e geotérmicas até 2033, com uma eliminação gradual até zerar em 2036. Malcolm Woolf, CEO da Associação Nacional de Energia Hidrelétrica, elogiou a extensão do prazo para novas instalações hidrelétricas, mas criticou o fato de o Senado não ter incluído a extensão do crédito para atualizações em instalações existentes, muitas das quais necessitam de relicenciamento."

Fonte: Reuters; 16/06/2025

Acordos financeiros anunciados durante a Conferência das Nações Unidas sobre os Oceanos

"A terceira Conferência das Nações Unidas sobre os Oceanos, realizada na França na semana passada, resultou em uma série de acordos financeiros e compromissos de financiamento para a proteção dos mares, embora a diferença entre os recursos disponíveis e a necessidade anual estimada de US$ 175 bilhões ainda seja significativa. A seguir, uma seleção das iniciativas anunciadas durante o evento: EIB, ADB: Um grupo de bancos de desenvolvimento, incluindo o Banco Europeu de Investimento (EIB) e o Banco Asiático de Desenvolvimento (ADB), planeja investir 3 bilhões de euros (US$ 3,5 bilhões) até o final da década para evitar que a poluição plástica alcance os oceanos. CAF: O Banco de Desenvolvimento da América Latina e do Caribe (CAF) anunciou um investimento de US$ 2,5 bilhões entre 2025 e 2030, voltado à proteção dos oceanos e ao apoio a atividades econômicas marinhas sustentáveis. Guiné: O banco de desenvolvimento francês AFD e o Banco Mundial mobilizaram 119 milhões de euros para a Guiné, com o objetivo de melhorar as condições de vida das comunidades costeiras e rurais diante das mudanças climáticas. Norte da África: O AFD destinou 2 milhões de euros adicionais para ampliar até 2029 os esforços de preservação dos ecossistemas costeiros do Mediterrâneo na região do Norte da África. Costa Rica: Foram alocados 1,8 milhão de euros para fortalecer as Áreas Marinhas Protegidas no Mediterrâneo e na Costa Rica."

Fonte: Reuters; 16/06/2025

Impasse no primeiro dia adia abertura de pré-COP30 em Bonn

"As negociações climáticas da SB62, iniciadas nesta segunda-feira (16) em Bonn, na Alemanha, enfrentaram um impasse já no primeiro dia de evento. A abertura oficial e a primeira plenária das primeiras negociações formais do ano para a COP em Belém, em novembro, foram adiadas devido à falta de consenso sobre a agenda de temas que devem serdiscutidos ao longo das próximas duas semanas. Segundo fontes ouvidas nos bastidores, o grupo “Like-minded Developing Countries” — liderado pela Bolívia e que reúne nações como China, Índia, Arábia Saudita e outros países em desenvolvimento — tem resistido a avançar em pontos específicos da pauta, o que tem travado as reuniões e atrasado os trabalhos. O ponto mais sensível teria sido sobre financiamento climático. Os países do grupo defendem que as discussões se baseiem no artigo 9.1 do Acordo de Paris, que determina que nações desenvolvidas devem prover recursos financeiros aos países em desenvolvimento para mitigação e adaptação às mudanças climáticas. Por conta desse impasse na agenda, também foi adiado o evento liderado pela presidência brasileira com outros países sobre o Roteiro de Baku a Belém para US$ 1,3 trilhão, um dos encontros mais aguardados do dia. Outro item em disputa é a inclusão do mecanismo europeu de ajuste de carbono na fronteira, o CBAM (Carbon Border Adjustment Mechanism), que busca equiparar os custos de carbono de produtos importados aos de produtos europeus, reduzindo a competição desleal e incentivando cortes nas emissões."

Fonte: Valor Econômico; 16/06/2025

EUA devem se opor à recomendação sobre combustível verde para aviões no conselho de aviação da ONU, segundo fontes

"Os Estados Unidos devem se opor ainda este mês a uma recomendação do conselho da agência de aviação da ONU que, segundo Washington, favorece injustamente os produtores brasileiros de milho em detrimento dos americanos no desenvolvimento de combustível verde para aviões, informaram duas fontes familiarizadas com o assunto à Reuters. Uma das fontes afirmou que as discussões podem ser resolvidas por meio de um acordo. No entanto, produtores brasileiros de etanol de milho alertaram que essa discordância pode comprometer a confiança global na certificação de combustíveis sustentáveis para aviação. As companhias aéreas globais, que têm a meta de alcançar emissões líquidas zero até 2050, estão sob pressão para substituir o querosene por alternativas mais limpas, porém mais caras, feitas a partir de materiais como resíduos municipais ou óleo de cozinha. A Associação Internacional de Transporte Aéreo estima que o custo de longo prazo para a transição verde do setor de aviação será de US$ 4,7 trilhões. Atualmente, o combustível sustentável para aviação (SAF) representa menos de 1% do consumo total de combustível do setor. No entanto, produtos capazes de gerar combustível com emissões reduzidas devem encontrar mercados em expansão, impulsionados por cotas europeias nos aeroportos, incentivos fiscais e metas globais."

Fonte: Reuters; 17/06/2025

Índices ESG e suas performances

(1) O Índice ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial da B3) tem como objetivo ser o indicador do desempenho médio das cotações dos ativos de empresas com reconhecido comprometimento com o desenvolvimento sustentável, práticas e alinhamento estratégico com a sustentabilidade empresarial.
(2) O Índice S&P/B3 Brasil ESG mede a performance de títulos que cumprem critérios de sustentabilidade e é ponderado pelas pontuações ESG da S&P DJI. Ele exclui ações com base na sua participação em certas atividades comerciais, no seu desempenho em comparação com o Pacto Global da ONU e também cias sem pontuação ESG da S&P DJI.
(3) O ICO2 tem como propósito ser um instrumento indutor das discussões sobre mudança do clima no Brasil. A adesão das companhias ao ICO2 demonstra o comprometimento com a transparência de suas emissões e antecipa a visão de como estão se preparando para uma economia de baixo carbono.
(4) O objetivo do IGCT é ser o indicador do desempenho médio das cotações dos ativos de emissão de empresas integrantes do IGC que atendam aos critérios adicionais descritos nesta metodologia.
(5) A série de índices FTSE4Good foi projetada para medir o desempenho de empresas que demonstram fortes práticas ambientais, sociais e de governança (ESG).
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