XP Expert

Frigoríficos brasileiros mostram avanços na redução de desmatamento, segundo auditores | Café com ESG, 15/05

Cadeia de fornecimento bovina avança no Brasil; Comissão Europeia enfraquece regras ligas à sustentabilidade

Compartilhar:

  • Compartilhar no Facebook
  • Compartilhar no X
  • Compartilhar no Whatsapp
  • Compartilhar no LinkedIn
  • Compartilhar via E-mail

Bom dia! Neste relatório diário publicado todas as manhãs pelo time ESG do Research da XP, buscamos trazer as últimas notícias para que você comece o dia bem informado e fique por dentro do tema ESG - do termo em inglês Environmental, Social and Governance ou, em português, ASG - Ambiental, Social e Governança.

Quais tópicos abordamos ao longo do conteúdo? (i) Notícias no Brasil e no mundo acerca do tema ESG; (ii) Performance histórica dos principais índices ESG em diferentes países; (iii) Comparativo da performance do Ibovespa vs. ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial, da B3); e (iv) Lista com os últimos relatórios publicados pelo Research ESG da XP.

Principais tópicos do dia

• O mercado encerrou o pregão de quarta-feira em território negativo, com o IBOV e o ISE recuando 0,4% e 0,1%, respectivamente.

• No Brasil, um acordo envolvendo o Ministério Público Federal e os frigoríficos brasileiros ajudou a desvincular grande parte da cadeia direta de fornecimento de carne bovina do país de ligações com o desmatamento da floresta amazônica, segundo auditores das empresas - contudo, embora o acordo exija que os frigoríficos auditem suas compras de gado, a iniciativa não abrange fornecedores indiretos. 

• No internacional, (i) a Comissão Europeia propôs ontem enfraquecer as condições ambientais vinculadas ao programa de subsídios agrícolas do bloco europeu, com a iniciativa sendo parte dos planos para reduzir regulamentações e burocracia para os agricultores - segundo a Comissão, as propostas poderiam economizar até €1,58 bilhão por ano para os agricultores e limitar as verificações in loco das fazendas a uma vez por ano; e (ii) segundo a BloombergNEF, o programa da Organização da Aviação Civil Internacional para descarbonizar as viagens aéreas pode levar o preço da tonelada de carbono a US$97 já em 2027, quando inicia a fase obrigatória - tal valorização ocorre frente às altas exigências de integridade do Corsia (sigla em inglês para Esquema de Compensação e Redução de Carbono para a Aviação Internacional) e o alto custo dos combustíveis sustentáveis (SAF).

Gostaria de receber os relatórios ESG por e-mailClique aqui.
Gostou do conteúdo, tem alguma dúvida ou quer nos enviar uma sugestão? Basta deixar um comentário no final do post!

Brasil

Empresas

CFOs herdam US$ 17 bi em riscos ambientais, em transição regulatória que se aproxima

"A era da divulgação voluntária está próxima de acabar. A partir de 2027, empresas brasileiras de capital aberto terão que reportar riscos climáticos com o mesmo rigor aplicado às demonstrações financeiras tradicionais. As implicações deste momento de transição foram tema de encontro promovido pelo IBEF sobre Risco Climático, Compliance e Finanças Sustentáveis. As normas IFRS S1 e S2, estabelecidas em junho de 2023 pelo International Sustainability Standards Board (ISSB), instituíram pela primeira vez padrões globais para divulgação de informações sobre sustentabilidade. Enquanto a S1 define requisitos gerais, a S2 foca especificamente em riscos climáticos, exigindo divulgação detalhada sobre emissões de gases de efeito estufa, planos de transição e análise de cenários climáticos. CFOs que hoje assinam demonstrações financeiras terão que assumir a mesma responsabilidade legal sobre dados climáticos. É como adicionar um novo capítulo ao manual de governança corporativa – só que desta vez, o capítulo vem com auditoria externa e consequências legais. "Agora a brincadeira virou coisa séria. Não é mais greenwashing, é plano de negócios", resumiu Edison Fernandes, sócio do FF Law e membro do Comitê de Pronunciamento Contábil, e um dos participantes da conversa no evento do IBEF. A afirmação captura perfeitamente o momento: cada vez mais, sustentabilidade deixa de ser assunto de marketing para virar questão de balanço patrimonial. "Se um dia foi externalidade, hoje é internalidade", apontou o advogado."

Fonte: Exame; 14/05/2025

Auditorias na cadeia de fornecimento de carne bovina do Brasil mostram progresso na redução dos vínculos com o desmatamento da Amazônia

"Um acordo envolvendo o Ministério Público Federal e os frigoríficos brasileiros ajudou a desvincular grande parte da cadeia de fornecimento de carne bovina do país de ligações com a destruição da floresta amazônica, de acordo com auditorias das empresas sobre suas compras de gado em seis estados, reveladas pelos promotores na quarta-feira. O acordo, denominado TAC da Carne, exige que os frigoríficos auditem suas compras de gado para verificar se os animais estão sendo criados em áreas protegidas, desmatadas ilegalmente ou com outras irregularidades. No entanto, a iniciativa não abrange fornecedores indiretos de gado, que continuam a representar uma parte significativa da cadeia de suprimentos do setor de carne bovina. O Brasil é o maior exportador de carne bovina do mundo, mas a maior parte de seu rebanho está na Amazônia, a maior e mais biodiversa floresta tropical do planeta. Pesquisas indicam que a criação de gado na região é um dos principais fatores de desmatamento. No ano passado, o desmatamento na Amazônia brasileira atingiu uma área maior do que o estado americano de Delaware, o nível mais baixo desde 2015. Daniel Azeredo, um dos promotores federais que supervisiona o acordo, afirmou que os dados mostram que o programa tem contribuído significativamente para conter o desmatamento. No entanto, ele acrescentou que os animais criados em fazendas desmatadas ilegalmente continuam a entrar nas cadeias de suprimentos das empresas por meio de esquemas ilegais. Ele pediu um monitoramento mais rigoroso dos fornecedores indiretos de gado. “Devemos reconhecer que ainda há desafios”, disse ele."

Fonte: Reuters; 14/05/2025

Política

BID vai financiar R$ 1,4 bilhão para eletrificação da frota de ônibus da cidade de São Paulo

"O Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) aprovou um financiamento de US$ 248,3 milhões, equivalente a cerca de R$ 1,4 bilhão, para a eletrificação da frota de ônibus do município de São Paulo. A Lei de Mudanças Climáticas de 2018 da cidade prevê que devem ser adotadas “reduções graduais e significativas na emissão de poluentes” da frota de serviços públicos até o corte de 100% das emissões de CO2 em 2038. No momento, a capital paulista tem 527 veículos elétricos e tem a meta de incorporar 2,2 mil movidos a energia limpa entre 2025 e 2028. A cidade tem 7 milhões de passageiros de ônibus e uma frota de mais de 12 mil veículos. O financiamento também auxiliará na melhoria da gestão do sistema de ônibus na cidade. O crédito do banco tem um prazo de amortização de 15 anos e carência de seis anos. Em fevereiro, o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), afirmou que “não tem como garantir” que até 2028 metade da frota de ônibus da capital seja movida à eletricidade, como previa a lei municipal antes de ser alterada. Ele argumentou que a indústria não conseguiria produzir a quantidade necessária de veículos elétricos e que a Enel, concessionária distribuidora de energia na capital, não teria condições de garantir o abastecimento desses veículos. Em resposta, a Associação Brasileira do Veículo Elétrico (ABVE) disse que “a indústria brasileira de ônibus elétricos e componentes tem total condição tecnológica e operacional de produzir os ônibus elétricos requeridos pelas metas anuais de descarbonização da frota da cidade de São Paulo”."

Fonte: Eixos; 14/05/2025

Produção de biocombustíveis caminha junto com a de alimentos, diz secretário do MDIC

"O secretário de Economia Verde do Ministério da Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Rodrigo Rollemberg (PSB), disse nesta quarta (14/5) que o Brasil deve aproveitar a presidência de fóruns internacionais como a COP30 para mostrar ao mundo que a produção de biocombustíveis não concorre com a de alimentos. Rollemberg participou nesta manhã da abertura do II Fórum Biodiesel e Bioquerosene na Fenagra, em São Paulo, promovido pela União Brasileira do Biodiesel e Bioquerosene (Ubrabio). Para o secretário, é preciso mudar a “imagem distorcida” que outros países têm em relação à agricultura brasileira. “O Brasil reduziu em 50% o desmatamento nos últimos anos, temos uma matriz renovável e aumentamos a produção de biocombustíveis, reduzimos em 12% as nossas emissões de gases de efeito estufa e no ambiente de recuperação industrial”, listou. “Agora, um dos maiores desafios, mas também uma das maiores oportunidades que temos é mostrar, de forma categórica, que muito ao contrário do que se diz em função de barreiras econômicas, a produção de biocombustíveis não concorre com a de alimentos. A produção de biocombustíveis e a produção de alimentos caminham juntas”. Para isso, defendeu Rollemberg, é necessário o trabalho da comunidade científica na demonstração dessas evidências. E citou o exemplo da produção de biodiesel de soja, cujo esmagamento gera 80% de farelo, que é destinado à produção de ração para cadeias animais. Segundo o secretário, o MDIC encomendou à Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI) um estudo para demonstrar as externalidades positivas da substituição do diesel fóssil pelo biodiesel."

Fonte: Eixos; 14/05/2025

COP30 anuncia 30 enviados especiais e confirma Elbia Gannoum como responsável pela energia

"A presidência da 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30), anunciou nesta quarta (14/5) os nomes dos 30 enviados especiais que atuarão como pontes de diálogo entre a organização do evento e setores-chave da sociedade e regiões do planeta. A lista, que inclui líderes globais, ativistas, acadêmicos e representantes da sociedade civil, terá a missão de ampliar o engajamento e garantir a “multiplicidade de vozes” representadas na preparação da conferência, que ocorre de 10 a 21 de novembro em Belém, no Pará. Entre os destaques do anúncio está a escolha da economista Elbia Gannoum para liderar a frente temática de energia, como antecipado pela agência eixos. Presidente da Associação Brasileira de Energia Eólica e Novas Tecnologias (Abeeólica), Gannoum será responsável por escutar atores do setor, mapear propostas e demandas e alimentar a construção coletiva da agenda energética da COP30. A nomeação da presidente da Abeeólica é um indicativo de como o tema será abordado na pauta climática brasileira. Com doutorado em políticas públicas e longa trajetória no setor elétrico, Gannoum tem liderado discussões sobre transição energética, neoindustrialização verde e, mais recentemente, sobre o papel do Brasil no desenvolvimento do hidrogênio verde e da eólica offshore. “Os Enviados funcionarão como caixas de ressonância de setores e de geografias, verdadeiros canais e facilitadores do fluxo de informações e de percepções de suas respectivas áreas. Precisamos ouvir muito sobre as expectativas nas áreas em que contamos com enviados especiais”, disse o presidente da COP30, embaixador André Corrêa do Lago."

Fonte: Eixos; 14/05/2025

Rui Costa reforça a promessa de leilão de baterias em 2025

"O ministro da Casa Civil, Rui Costa (PT), reforçou, na China, a promessas do governo brasileiro de fazer o primeiro leilão de bateria, para armazenamento de energia de fontes renováveis, ainda em 2025. Em conversa com os jornalistas na terça-feira (13/5), Costa falou sobre as reuniões com empresas chinesas, citando o interesse no mercado e parcerias para centros de pesquisa e desenvolvimento em energias renováveis. “Projetos de armazenamento são hoje um ponto crucial para o Brasil. O Brasil é um dos países que mais investiu em eólica e solar, mas hoje é carente de poder armazenar essa energia, e por isso, em breve, o Ministério [de Minas e Energia] lançará editais para a contratação de grandes sistemas de armazenamento, e nós vamos desenvolver isso no Brasil”, disse. A intenção do governo é aproveitar a geração renovável utilizando sistemas de armazenamento que permitam o despacho a qualquer hora do dia. “O Brasil é uma das referências no mundo na produção de solar e eólica. Só que nós precisamos acumular essa energia, para estabilizar esse sistema ao longo das 24 horas por dia”, afirmou. Segundo previsão do ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, as diretrizes do leilão serão definidas ainda em maio. O MME anunciou que a estatal Windey Energy Technology Group assinou um acordo com o SENAI CIMATEC para a instalação de um centro de pesquisa no Brasil, com prazo inicial de 24 meses, envolvendo, entre outros objetivos, o desenvolvimento de projetos de armazenamento de energia."

Fonte: Eixos; 14/05/2025

Leilão de energia na Amazônia será vitrine do Brasil na COP30

"No ano em que o Brasil sediará a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30), em Belém (PA), o governo prepara um leilão inovador para o fornecimento de energia para regiões isoladas do país. É uma proposta aderente aos desafios socioambientais atuais. Entre as novidades do leilão dos sistemas isolados (Sisol) de 2025, estão a precificação das emissões de gases de efeito estufa (GEE) e a exigência de um percentual mínimo renovável de 22% para os empreendimentos. Essas medidas representam uma mudança de paradigma para as pequenas localidades isoladas, acostumadas com geração de energia predominantemente fóssil. Previsto para ocorrer em setembro deste ano, o leilão é dividido em três lotes que abrangem 11 localidades, nos estados do Amazonas e do Pará. Como o adiamento do leilão de reserva de capacidade (LRCAP), o leilão dos sistemas isolados – ao lado do leilão A-5, que contratará apenas projetos hidrelétricos em agosto – será um cartão de visitas para a COP30, reforçando o compromisso do país com a transição energética justa e inclusiva. Segundo a Empresa de Pesquisa Energética (EPE), foram cadastrados para o leilão do Sisol 241 projetos, somando 1.870 megawatts (MW) de capacidade. Da potência total cadastrada, 39% são referentes a termelétricas (a gás natural ou biocombustível) e 61% a empreendimentos híbridos, que combinam fonte térmica com solar fotovoltaica. Entre os projetos híbridos, mais da metade (55%) conta com sistemas de armazenamento de energia por baterias."

Fonte: Exame; 14/05/2025

Internacional

Empresas

Panasonic, fornecedora da Tesla, é pressionada a aumentar as entregas de baterias fabricadas nos EUA

"A Panasonic, fornecedora de baterias da Tesla, está sendo pressionada a acelerar o fornecimento de seus produtos fabricados nos Estados Unidos, de acordo com o executivo-chefe da empresa japonesa. Esse movimento indica que as medidas protecionistas dos EUA tornaram as baterias fabricadas por seus rivais chineses menos competitivas. Yuki Kusumi afirmou em uma entrevista em Tóquio com a mídia estrangeira que seu principal cliente — amplamente conhecido como Tesla — estava incentivando um início mais rápido da produção em sua nova fábrica no Kansas, provavelmente porque as baterias chinesas se tornaram menos lucrativas para importação devido a uma combinação de subsídios e tarifas. “Como nosso cliente nos pediu para acelerar a construção da fábrica no Kansas, estamos nos apressando para fazê-lo”, disse Kusumi. Ele conjecturou que o cliente acredita que substituir as baterias chinesas por baterias Panasonic fabricadas nos EUA ajudaria seus veículos elétricos vendidos nos EUA a se qualificarem para créditos fiscais significativos para os consumidores. A fábrica da Panasonic em De Soto, Kansas, está em construção desde 2022 e está próxima de iniciar a produção. Esta será sua segunda unidade de baterias nos EUA e aumentará sua capacidade de produção em 60% quando atingir a produção em massa em março de 2027. Embora Kusumi não tenha mencionado o nome da Tesla, a montadora é há muito tempo o maior cliente da Panasonic, tendo colaborado na construção da gigafábrica de Nevada, que ajudou a empresa de Elon Musk a se tornar líder global em veículos elétricos."

Fonte: Financial Times; 14/05/2025

As montadoras ocidentais correm o risco de serem eliminadas na China, adverte Stellantis, proprietário da Jeep

"As marcas ocidentais podem não ter futuro na China, à medida que as montadoras locais se aproximam da última fortaleza remanescente de empresas como Volkswagen e Toyota, alertou a Stellantis. Questionado sobre a capacidade dos grupos automotivos ocidentais de competir com as marcas locais na China, Maxime Picat, diretor de operações da Stellantis para a Ásia-Pacífico, Oriente Médio e África, e um dos dois candidatos internos para se tornar o próximo CEO do grupo, afirmou: “Sou um cara bastante otimista, mas não nesse caso”. As marcas locais conquistaram uma participação de mercado significativa na China em relação às montadoras estrangeiras, especialmente nos segmentos de carros elétricos e veículos maiores, embora marcas como Toyota e Volkswagen ainda vendam grandes volumes de veículos a gasolina de médio porte, conhecidos como “segmento C”. “Fiquei chocado”, disse Picat durante a reunião de cúpula do FT sobre o Futuro do Automóvel, referindo-se à crescente ofensiva das marcas locais em todos os segmentos de veículos. Ele observou que as montadoras ocidentais estão restritas ao “segmento C de motor de combustão interna”, o que, segundo ele, “não vai durar”. “Se observarmos o que aconteceu nos últimos anos, a tendência [de queda na participação de mercado] é forte e tem sido muito difícil para as montadoras ocidentais manterem sua posição na China”, acrescentou."

Fonte: Financial Times; 14/05/2025

Preço do carbono deve decolar em 2027 com demanda aérea

"O programa da Organização da Aviação Civil Internacional (Icao, em inglês) para descarbonizar as viagens aéreas pode levar o preço da tonelada de carbono a US$ 97 já em 2027, quando inicia a fase obrigatória, calcula a BloombergNEF em relatório recente. A valorização de cerca de 28 vezes o preço médio atual dos créditos de carbono do mercado voluntário será motivada pelas altas exigências de integridade do Corsia (sigla em inglês para Esquema de Compensação e Redução de Carbono para a Aviação Internacional) e o alto custo dos combustíveis sustentáveis (SAF). De acordo com a análise, a disputa por projetos de remoção de carbono deve levar ao crescimento de 5% ao ano até 2035 na demanda por créditos. Isso porque a principal finalidade do Corsia é manter as emissões de CO2 do setor nos níveis de 2020. Mas o plano das empresas é continuar crescendo e expandindo número de passageiros, o que pode significar aumento de emissões – mesmo com os esforços para reduzir o consumo de querosene fóssil. Para dar uma dimensão: apenas entre 2022 e 2023 as emissões do transporte aéreo cresceram 22,5%, de acordo com a Icao. Até 2050, o volume de CO2 lançado pela aviação pode alcançar 1.300-1.800 milhões de toneladas (MtCO₂), três vezes mais que as cerca de 600 MtCO₂ por ano registradas em 2019, antes da pandemia de Covid-19, estima o Climate Action Tracker. Ou seja, as companhias aéreas vão precisar de um mercado de carbono robusto. Hoje, são 126 países signatários do acordo internacional ante um projeto de compensação aprovado para uso pelas aéreas, com 15 MtCO2e, na Guiana."

Fonte: Eixos; 14/05/2025

Política

EPA reverterá a regra de “produtos químicos eternos” e estenderá os prazos

"A EPA rescindirá grande parte do primeiro padrão nacional de água potável do governo Biden, destinado a proteger as pessoas de “produtos químicos eternos” tóxicos conhecidos como PFAS, encontrados em muitos itens domésticos, mas manterá os limites atuais de dois desses produtos químicos, anunciou na quarta-feira. Apelidados de “produtos químicos eternos” porque não se decompõem facilmente no corpo humano ou no meio ambiente, os PFAS são encontrados em centenas de produtos comerciais e de consumo, incluindo panelas antiaderentes, cosméticos, espumas de combate a incêndio e roupas resistentes a manchas. A regra finalizada no ano passado pela EPA durante o governo Biden estabeleceu limites para cinco produtos químicos PFAS individuais: PFOA, PFOS, PFNA, PFHxS e HFPO-DA. Ela deu a todos os sistemas públicos de água três anos para concluir o monitoramento desses produtos químicos e exigiu que informassem ao público o nível de PFAS medido em sua água potável. Nos casos em que os produtos químicos PFAS forem encontrados em níveis que excedam os padrões, os sistemas de água deverão instalar sistemas para reduzir os PFAS em sua água potável até 2029. De acordo com a nova proposta do presidente Donald Trump, a EPA concederia aos sistemas de água potável mais tempo para desenvolver planos para lidar com o PFOA e o PFOS, estendendo a data de conformidade para esses dois produtos químicos PFAS até 2031."

Fonte: Reuters; 14/05/2025

UE propõe restringir mais regras verdes sobre subsídios agrícolas

"A Comissão Europeia propôs, na quarta-feira, enfraquecer ainda mais as condições ambientais vinculadas ao enorme programa de subsídios agrícolas da UE, como parte dos planos para reduzir regulamentações e burocracia para os agricultores. Agricultores de toda a Europa exerceram sua influência política no ano passado durante meses de protestos sobre questões que incluíam regulamentações rigorosas da UE e importações baratas. Em resposta, a UE diluiu algumas das condições verdes associadas aos subsídios agrícolas. Na quarta-feira, a Comissão anunciou planos para ir além, com propostas que, segundo ela, poderiam economizar até 1,58 bilhão de euros por ano para os agricultores e limitar as verificações in loco das fazendas a uma vez por ano. Os subsídios agrícolas da Política Agrícola Comum (PAC) da UE totalizam cerca de 387 bilhões de euros, representando aproximadamente um terço do orçamento total do bloco para 2021-2027. Os pequenos agricultores estariam isentos dos requisitos básicos que vinculam seus subsídios aos esforços para proteger o meio ambiente, e a UE dobraria, para 2.500 euros, o limite de pagamentos anuais fixos que eles podem receber. “A Comissão está do lado dos agricultores e estamos fazendo o possível para reduzir a burocracia, para que eles possam se concentrar no que fazem de melhor: produzir alimentos para todos nós e, ao mesmo tempo, proteger nossos recursos naturais”, declarou o comissário de agricultura da UE, Christophe Hansen. Outras mudanças permitiriam que as fazendas removesse 10%, em vez de 5%, das pastagens permanentes, que a UE incentivou os agricultores a preservar para armazenar CO₂ no solo."

Fonte: Reuters; 14/05/2025

EUA e Europa aumentam as emissões globais de energia até o momento em 2025

"O maior poluidor de energia do mundo, a China, fez seu maior corte nas emissões de energia desde 2020 até agora este ano, mas as emissões globais de energia ainda se mantiveram praticamente estáveis devido ao aumento da geração de energia a partir de combustíveis fósseis nos Estados Unidos e na Europa. De janeiro a março, os Estados Unidos e a Europa emitiram um total de 801 milhões de toneladas métricas de dióxido de carbono (CO₂) provenientes da produção de energia baseada em combustíveis fósseis, segundo dados da Ember. Esse registro de emissões foi de 53 milhões de toneladas, ou 7% a mais do que no mesmo período de 2024, e representou o nível mais alto desde 2022 para o primeiro trimestre do ano. O aumento das emissões nos EUA e na Europa compensou amplamente uma queda de 60 milhões de toneladas nas emissões de energia fóssil na China, o que significa que os níveis globais de poluição do setor de energia permanecem elevados, apesar das reduções no principal mercado poluidor. Com o setor de energia dos EUA prestes a entrar em seu período de geração mais intensa de combustível fóssil, e com os fabricantes chineses aumentando a produção durante a trégua comercial com os EUA, as emissões globais de energia provavelmente continuarão a aumentar, atingindo novos máximos em 2025."

Fonte: Reuters; 15/05/2025

Índices ESG e suas performances

(1) O Índice ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial da B3) tem como objetivo ser o indicador do desempenho médio das cotações dos ativos de empresas com reconhecido comprometimento com o desenvolvimento sustentável, práticas e alinhamento estratégico com a sustentabilidade empresarial.
(2) O Índice S&P/B3 Brasil ESG mede a performance de títulos que cumprem critérios de sustentabilidade e é ponderado pelas pontuações ESG da S&P DJI. Ele exclui ações com base na sua participação em certas atividades comerciais, no seu desempenho em comparação com o Pacto Global da ONU e também cias sem pontuação ESG da S&P DJI.
(3) O ICO2 tem como propósito ser um instrumento indutor das discussões sobre mudança do clima no Brasil. A adesão das companhias ao ICO2 demonstra o comprometimento com a transparência de suas emissões e antecipa a visão de como estão se preparando para uma economia de baixo carbono.
(4) O objetivo do IGCT é ser o indicador do desempenho médio das cotações dos ativos de emissão de empresas integrantes do IGC que atendam aos critérios adicionais descritos nesta metodologia.
(5) A série de índices FTSE4Good foi projetada para medir o desempenho de empresas que demonstram fortes práticas ambientais, sociais e de governança (ESG).
.


Ainda não tem conta na XP? Clique aqui e abra a sua!

Onde Investir em 2025 banner
XP Expert

Avaliação

O quão foi útil este conteúdo pra você?


Newsletter
Newsletter

Gostaria de receber nossos conteúdos por e-mail?

Cadastre-se e receba grátis nossos relatórios e recomendações de investimentos

A XP Investimentos CCTVM S/A, inscrita sob o CNPJ: 02.332.886/0001-04, é uma instituição financeira autorizada a funcionar pelo Banco Central do Brasil.Toda comunicação através de rede mundial de computadores está sujeita a interrupções ou atrasos, podendo impedir ou prejudicar o envio de ordens ou a recepção de informações atualizadas. A XP Investimentos exime-se de responsabilidade por danos sofridos por seus clientes, por força de falha de serviços disponibilizados por terceiros. A XP Investimentos CCTVM S/A é instituição autorizada a funcionar pelo Banco Central do Brasil.


Este site usa cookies e dados pessoais de acordo com a nossa Política de Cookies (gerencie suas preferências de cookies) e a nossa Política de Privacidade.