Bom dia! Neste relatório diário publicado todas as manhãs pelo time ESG do Research da XP, buscamos trazer as últimas notícias para que você comece o dia bem informado e fique por dentro do tema ESG – do termo em inglês Environmental, Social and Governance ou, em português, ASG – Ambiental, Social e Governança.
Quais tópicos abordamos ao longo do conteúdo? (i) Notícias no Brasil e no mundo acerca do tema ESG; (ii) Performance histórica dos principais índices ESG em diferentes países; (iii) Comparativo da performance do Ibovespa vs. ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial, da B3); e (iv) Lista com os últimos relatórios publicados pelo Research ESG da XP.
Principais tópicos do dia
• O Ibovespa e o ISE terminaram a semana passada em território positivo, com alta de 2,56% e 1,45%, respectivamente. Já na sexta-feira, o pregão terminou com o IBOV com queda de 0,14% e o ISE recuando 0,42%.
• No Brasil, (i) o desastre no Rio Grande do Sul, provocado pelas fortes chuvas nos primeiros dias de maio, teve um impacto de mais de R$ 122 milhões no lucro das seguradoras no segundo trimestre – a análise leva em consideração os dados divulgados pelas companhias do setor listadas em bolsa: BB Seguridade, Caixa Seguridade e Porto; e (ii) durante o Congresso Aço Brasil 2024, no início de agosto, CEOs das principais siderúrgicas discutiram como cortar as emissões do setor, responsável por entre 7% e 9% da geração de CO2 no mundo – segundo as estimativas levantadas, para que o setor consiga avançar na descarbonização, o valor do aço deve aumentar em até 80% até 2050.
• No internacional, de acordo com um documento publicado pelo Banco Central Europeu (BCE), os bancos da zona do euro já estão cobrando taxas de juros mais altas, cerca de 0,14 ponto percentual, das empresas que emitem mais carbono vs. as consideradas ‘verdes’ – de forma geral, os formuladores de políticas monetárias da Europa já vinham flertando com a ideia de estabelecer taxas de juros “verdes” mais baixas para determinados empréstimos a bancos comerciais.
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Brasil
Empresas
Descarbonização da siderurgia vai custar US$ 600 bilhões, afirma consultoria
“Reunidos em São Paulo, no início de agosto, no Congresso Aço Brasil 2024, CEOs das principais empresas do setor discutiram como cortar as emissões de um setor responsável por entre 7% e 9% da geração de CO2 no mundo — e como pagar a conta. Estimativas apontam para o aumento de até 80% no valor do aço até 2050 para perseguir a descarbonização do setor. Para zerar as emissões, será preciso ampliar o uso de eletricidade de fontes renováveis. No entanto, a vida útil dos alto-fornos siderúrgicos é de décadas, e cerca de 70% deles, no mundo, são alimentados com carvão coque, calcula o setor. Portanto, a transição energética demandará necessariamente grandes investimentos. “Não há bala de prata. Migrar a este nível requer investimentos monstruosos”, afirma o presidente da Usiminas, Marcelo Chara. “Temos alto-fornos para décadas”, explica. Chara lembra que o Brasil é grande produtor de etanol, combustível verde que é uma das fontes para a produção do hidrogênio. De acordo com ele, é possível fazer um processo de transição energética nas siderúrgicas, mas para isso é preciso ter custo competitivo. “Quem deve pagar essa conta não é o capital privado. A conta paga o cliente, a sociedade como um todo, com os impostos. Ou seja, tem uma complexidade, que não é pequena, mas sem dúvida o que pode ser feito precisa de um componente enorme e importante de política de Estado”, diz. O CRU Group estima que a transição para o aço verde — que hoje representa apenas 2% da produção mundial — exigirá um sobrepreço de US$ 600 bilhões por ano a ser absorvido pelo mercado. O custo não é só de capital.”
Fonte: Valor Econômico; 16/08/2024
Indústria eólica pressiona por marco legal em alto-mar enquanto governo tenta barrar “jabutis”
“Na tentativa de viabilizar o marco legal das eólicas em alto-mar (PL 11.247/2018), que originalmente estabelecia um arcabouço para a exploração de energia no mar, o setor eólico trabalha para acelerar a aprovação do projeto, dada a urgência do tema. Enquanto isso, o governo busca tempo para negociar com o Congresso a versão do PL sem os chamados “jabutis” — dispositivos estranhos ao tema original que desviam o foco do projeto e aumentam a tarifa para o consumidor. O setor produtivo diz que a aprovação do projeto é fundamental para o desenvolvimento do segmento no Brasil, que vem passando por um processo de desindustrialização na cadeia de suprimentos, e a retomada do crescimento depende de um ambiente propício aos investidores. Existem atualmente mais de 230 projetos à espera de aprovação do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e isso só deve acontecer se o marco legal das eólicas offshore for sancionado. O PL faz parte da chamada “agenda verde” do governo. Contudo, ele tem enfrentado duras críticas por parte de agentes do setor elétrico, já que a aprovação com as emendas pode elevar a conta de luz do consumidor brasileiro em aproximadamente R$ 25 bilhões por ano até 2050, segundo cálculos da consultoria PSR, além de promover incentivos a fontes de energia poluentes. As emendas inseridas no texto incluem a contratação de térmicas a gás, manutenção de usinas a carvão mineral, postergação do prazo para renováveis entrarem em operação com subsídios, contratação de pequenas centrais hidrelétricas (PCHs), postergação do prazo para geração distribuída entrarem em operação com subsídio, construção de planta de hidrogênio, entre outras.”
Fonte: Valor Econômico; 16/08/2024
Marco legal do hidrogênio de baixo carbono abre perspectiva de investimento
“A sanção do marco legal do Hidrogênio de Baixa Emissão de Carbono, chamado de hidrogênio verde ou de baixa emissão, em agosto, deve ajudar a tirar da gaveta projetos que ainda esperavam um amparo legal para virar realidade. Mas embora o novo ambiente regulatório ofereça maior segurança jurídica aos investidores, ainda há pontos de atenção que não foram endereçados na lei, como a alocação dos incentivos ao setor com recursos do Tesouro Nacional, proposta que divide opiniões; a destinação da produção, que inicialmente tende a ser apenas para o mercado externo; e como se dará o processo de certificação do hidrogênio em conformidade com os padrões internacionais, principalmente o europeu. Só no Ceará, no Porto de Pecém, há 36 memorandos de entendimentos, sendo que seis empresas – Fortescue, Casa dos Ventos, Qair, Voltalia, FRV e AES Brasil – estimam investimentos que somam US$ 30 bilhões. Os dados são da Federação das Indústrias do Estado do Ceará (Fiec), com base no estudo da consultoria americana IXL com participação de especialistas de Harvard e do MIT. Dos investimentos já garantidos, a Fortescue tem um projeto de R$ 20 bilhões. “[Para este investimento] tem equity e alavancagem, que pode vir do BNDES, BNB e de bancos internacionais (…). Estamos no processo de sindicato de bancos para escolher o ‘financial advisor’, que é o banco que vai coordenar outros bancos para financiar o investimento”, disse o presidente da companhia, Luis Viga. A mineradora australiana já recebeu a primeira licença prévia do “hub” cearense e iniciou as obras de terraplanagem na área de 100 hectares. A meta da empresa é produzir 837 toneladas de hidrogênio verde por dia, a partir de 2027.”
Fonte: Valor Econômico; 19/08/2024
Desastre no RS tem impacto de R$ 122 mi para seguradoras
“O desastre no Rio Grande do Sul, provocado pelas fortes chuvas nos primeiros dias de maio, teve um impacto de mais de R$ 122 milhões no lucro das seguradoras no segundo trimestre. A análise leva em consideração os dados divulgados pelas companhias do setor listadas em bolsa: BB Seguridade, Caixa Seguridade e Porto. O montante apesar de alto, ficou abaixo do que era previsto pelo mercado no ápice da tragédia, quando as enchentes destruíram cidades inteiras. Analistas que acompanham as empresas, como os do BTG, pontuaram em relatório que as empresas tiveram um desempenho acima do esperado, com boa margem. O lucro combinado das companhias chegou a R$ 1,87 bilhão no período de abril a junho, 1,6% acima do apurado nos mesmos meses de 2023. O cálculo foi feito a partir do resultado gerencial em acordo com a norma CPC 11, que foi substituída por uma nova regra contábil neste ano, mas que ainda é adotada pela Superintendência de Seguros Privados (Susep). Entre as empresas, a que registrou o maior impacto no lucro, em termos nominais, foi a Porto (antiga Porto Seguro), de R$ 87,2 milhões. O volume de sinistros pagos chegou a R$ 255 milhões, sendo que as resseguradoras devem cobrir entre R$ 3 milhões e R$ 4 milhões, disse Celso Damadi, diretor financeiro, de controladoria e investimentos, em entrevista após a divulgação dos resultados. A cobertura, segundo ele, será concentrada nas carteiras empresarial e residencial, já que a Porto não faz resseguro da carteira de veículos. O número de veículos com sinistro após a tragédia no Sul chegou a 3,8 mil, conforme a companhia. Na Caixa Seguridade, o impacto das chuvas na última linha da demonstração de resultados foi de R$ 34,7 milhões.”
Fonte: Valor Econômico; 19/08/2024
Política
Seis perguntas sobre o mercado regulado de carbono
“A euforia criada sobre a aprovação do mercado de carbono regulado brasileiro exige refletir qual deve ser o papel do Sistema Brasileiro de Comércio de Emissões (SBCE), nome oficial do mecanismo, para o futuro do país. Vale, de antemão, destacar que a lógica inerente a sistemas de comércio de emissões é incentivar reduções mais eficientes em termos de custo e promover projetos que gerem desenvolvimento e, também, créditos de carbono dentro do sistema nacional. Vale lembrar, naturalmente, que o mercado voluntário continuará em paralelo. Para tanto, é válido considerar a experiência sobre o mercado de carbono no contexto da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças do Clima (UNFCCC), do Protocolo de Kyoto e do mercado voluntário, bem como os novos rumos impulsionados pelas metas climáticas no Acordo de Paris e as chamadas metas voluntárias adotadas por diversas empresas. Uma forma de explorar esse assunto é buscar responder uma série de questões, como proposto a seguir. É prudente ressaltar, naturalmente, que este artigo não tem intenção de se aprofundar sobre todos os aspectos que precisam ser amadurecidos diante do tema. A lógica da criação de um mercado de carbono nos moldes de um sistema de comércio de emissões (ETS em inglês), também chamado de cap and trade, é definir limites de emissões para determinados atores, visando reduções mais eficientes em custo e inovações baseadas em baixo carbono que promovam a transição desses setores. O SBCE deve estabelecer metas de descarbonização para setores específicos, incentivar projetos que gerem créditos de alta qualidade e integridade ambiental e fomentar o crescimento da economia, tendo a precificação de carbono como um ativo.”
Fonte: Capital Reset; 19/08/2024
Internacional
Empresas
Poluidores estão pagando taxas de juros mais altas, segundo o BCE
“Os formuladores de políticas monetárias da Europa há muito tempo flertam com a ideia de estabelecer taxas de juros “verdes” mais baixas para determinados empréstimos a bancos comerciais, para incentivar a atividade econômica favorável ao clima. Um formulador de políticas do Banco Central Europeu disse no início deste ano que as taxas de juros verdes “poderiam ser consideradas quando a política monetária precisasse se tornar expansionista novamente”. No entanto, com mais cortes nas taxas de juros, não há muito movimento na ideia de taxas duplas, que Zehra Munir explicou habilmente aqui. Mas os bancos da zona do euro já estão cobrando taxas de juros mais altas das empresas “marrons” do que das mais verdes, de acordo com um documento publicado na semana passada pelo BCE. As empresas que emitiam mais carbono estavam pagando taxas cerca de 0,14 ponto percentual mais altas do que as cobradas das que emitiam menos, segundo os autores. Além das emissões reais, os autores analisaram se as empresas haviam se comprometido a reduzir as emissões e como isso afetava as taxas de juros que elas pagavam. Eles descobriram que as empresas que sinalizam planos para reduzir as emissões futuras também têm acesso consistente a crédito mais barato. Ben Caldecott, líder do grupo de finanças sustentáveis da Universidade de Oxford, que promoveu a integração dos riscos climáticos na regulamentação financeira, disse-me que esperava que essa diferença entre as empresas verdes e marrons aumentasse. “Os riscos relacionados ao clima estão sendo cada vez mais precificados pelos bancos. Mas será que isso está acontecendo com rapidez suficiente?”, disse ele em resposta ao estudo.”
Fonte: Financial Times; 16/08/2024
O consumo de água dos grupos de tecnologia dos EUA aumenta no “beco” dos data centers
“O consumo de água por dezenas de instalações no “beco dos data centers” da Virgínia aumentou em quase dois terços desde 2019, já que os ativistas ambientais alertam que a demanda por infraestrutura de computação deve “explodir” devido à inteligência artificial. O estado americano da Virgínia abriga a maior concentração de data centers do mundo, incluindo instalações usadas pelos grupos de grande tecnologia Amazon, Google e Microsoft. Os vastos armazéns cheios de computadores e equipamentos de rede usaram pelo menos 1,85 bilhão de galões americanos (7 bilhões de litros) de água em 2023, de acordo com registros obtidos pelo Financial Times por meio de solicitações de liberdade de informação. Isso se compara com os 1,13 bilhão de galões usados em 2019, de acordo com os dados fornecidos por seis autoridades nos condados de Fairfax, Loudoun, Prince William e Fauquier na área conhecida como “beco do data center” no norte da Virgínia e em seus arredores. Há outros fornecedores de água na região que não foram capturados pelos dados. A tendência na Virgínia “levanta questões sobre o quanto isso é sustentável”, dado o “crescimento explosivo [dos data centers] que esperamos para os próximos anos”, disse Julie Bolthouse, diretora de uso da terra do Piedmont Environmental Council, uma organização sem fins lucrativos sediada no estado. A Big Tech está investindo dezenas de bilhões de dólares em data centers em todo o mundo na corrida para desenvolver a IA, que consome muita energia e computação, mas que empresas como Google e Microsoft esperam que se torne um fluxo de receita lucrativo na próxima era da computação.”
Fonte: Financial Times; 18/08/2024
A crise climática chegou ao ketchup Heinz
“A cada ano, eventos causados pela crise climática crescem e, à medida que a disponibilidade de um alimento diminui, o espaço nas notícias aumenta. Foi assim com a mostarda Dijon, na França, e com o azeite de oliva, na Espanha. Agora, pode ser a vez do ketchup Heinz, nos Estados Unidos. Os tomates usados pela companhia no mercado americano são todos cultivados na Califórnia, que acaba de enfrentar seu mês de julho mais quente da história. A média de temperatura foi de 27,6ºC, mas algumas regiões lidaram com termômetros por volta dos 38ºC por vários dias, segundo os Centros Nacionais de Informação Ambiental (NCEI) dos EUA. O impacto sobre as plantações que servem à Heinz é quase certo, de acordo com especialistas ouvidos pela Bloomberg, mas sua dimensão só deve ser conhecida em meados de outubro. “Algumas pessoas dizem 20%. Outros, que ninguém sabe”, diz Patrick Sheridan, vice-presidente global da Kraft Heinz para agricultura e sustentabilidade, à Bloomberg sobre a minoria de culturas expostas ao calor durante a frutificação, quando a flor se transforma em fruto. A Heinz produz anualmente 660 milhões de unidades do seu famoso ketchup todo ano, sendo 300 milhões deles nos Estados Unidos. O produto tem papel relevante no negócioda Kraft Heinz, que tem um valor de mercado de US$ 42 bilhões. A marca investiu milhões de dólares em seu centro de pesquisa, o HeinzSeed, nos últimos anos e vê a temporada mais seca e quente no condado de Merced como um teste para as variantes plantadas. As que não aguentarem as condições serão retiradas do programa. Se no começo do século a Heinz buscava produzir um fruto naturalmente mais doce, nos últimos anos o foco está em sementes mais resistentes ao calor, água e salinização do solo, de acordo com Sheridan.”
Fonte: Capital Reset; 16/08/2024
Produtores de biodiesel da China buscam novos mercados com as pesadas tarifas da UE
“Os produtores chineses de biodiesel estão buscando novos mercados na Ásia para suas exportações e explorando a produção de outros biocombustíveis, uma vez que o fornecimento para a União Europeia, seu maior comprador, está se esgotando antes das tarifas antidumping, disseram executivos e analistas de biocombustíveis. A UE imporá tarifas antidumping provisórias entre 12,8% e 36,4% sobre o biodiesel chinês a partir de sexta-feira, atingindo mais de 40 empresas, incluindo os principais produtores Zhejiang Jiaao, Henan Junheng e Longyan Zhuoyue Group, em um negócio de exportação que movimentou US$ 2,3 bilhões no ano passado. Alguns produtores maiores estão de olho no mercado de combustível marítimo na China e em Cingapura, o principal centro de combustível marítimo do mundo, enquanto buscam compensar a queda nas exportações de biodiesel para a UE, segundo executivos de biocombustíveis. As exportações para o bloco caíram drasticamente desde meados de 2023 em meio a investigações. Os volumes nos primeiros seis meses deste ano caíram 51% em relação ao ano anterior, para 567.440 toneladas, segundo dados da alfândega chinesa. Os embarques de junho encolheram para pouco mais de 50.000 toneladas, o menor valor desde meados de 2019, de acordo com dados alfandegários. Em seu auge, as exportações para a UE atingiram um recorde de 1,8 milhão de toneladas em 2023, representando 90% de todas as exportações chinesas de biodiesel naquele ano. A Holanda foi o principal importador em 2023, absorvendo 84% das remessas de biodiesel da China para a UE, seguida pela Bélgica e pela Espanha, segundo dados da alfândega chinesa.”
Fonte: Reuters; 16/08/2024
Derramamento de petróleo registrado na costa caribenha da Venezuela
“Um derramamento de óleo, que parece ter se originado da refinaria El Palito, da Venezuela, há vários dias, contaminou uma baía na costa centro-norte do país, no Mar do Caribe, disseram cinco fontes à Reuters no sábado.
O biólogo Eduardo Klein postou imagens de satélite no X que, segundo ele, mostram uma mancha de óleo de cerca de 225 quilômetros quadrados no Golfe Triste, cobrindo completamente o Parque Nacional Morrocoy, conhecido por suas praias repletas de palmeiras e manguezais. Não houve nenhum comentário imediato da empresa estatal Petroleos de Venezuela PDVSA ou do Ministério do Petróleo. A refinaria El Palito, com capacidade para processar 146.000 barris de petróleo bruto por dia, é o menor complexo de refino de petróleo da Venezuela e está localizada no município de Puerto Cabello, na costa do estado central de Carabobo. “O vazamento veio de El Palito. Esta manhã, algumas praias em Boca de Aroa acordaram com muitos hidrocarbonetos na costa e isso afetou alguns barcos, alguns barcos de pesca artesanal”, disse uma das fontes à Reuters. Outra fonte disse ter visto três grandes manchas de óleo que foram levadas para a costa.”
Fonte: Reuters; 17/08/2024
Política
“O Tribunal Internacional de Justiça disse na sexta-feira que realizaria audiências públicas a partir de 2 de dezembro em um caso de opinião consultiva que pode se tornar um ponto de referência na definição das obrigações legais dos países para combater as mudanças climáticas. O TIJ, conhecida como Corte Internacional, é a mais alta corte das Nações Unidas para resolver disputas internacionais. Em 2023, a Assembleia Geral da ONU solicitou um parecer formal sobre questões como se os grandes Estados que contribuem para as emissões de gases de efeito estufa podem ser responsabilizados por danos causados a pequenas nações insulares. Embora os pareceres consultivos do TIJ não sejam vinculativos de acordo com o direito internacional, eles são importantes do ponto de vista jurídico e político. O parecer sobre as mudanças climáticas, previsto para 2025, provavelmente será citado em milhares de ações judiciais relacionadas ao clima pendentes em tribunais de todo o mundo. Em uma declaração na sexta-feira, o tribunal disse que 62 nações e organizações, incluindo Austrália, Brasil, União Europeia, Granada, Japão, Micronésia, Filipinas, Seychelles, Reino Unido, Estados Unidos e Vanuatu, apresentaram comentários por escrito até o prazo final de 15 de agosto. O parecer do TIJ seguirá outros em tribunais internacionais, incluindo uma decisão do Tribunal Internacional para o Direito do Mar, em maio, que concluiu que os gases de efeito estufa são poluição marinha e que os países devem proteger os oceanos. Um caso semelhante ao do TIJ também está pendente na Corte Interamericana de Direitos Humanos, que tem jurisdição sobre 20 países da América Latina e do Caribe.”
Fonte: Reuters; 16/08/2024
Aquecimento global exige dos países uma união ainda distante
“Os últimos 13 meses foram notáveis em termos de mudanças climáticas. Houve seguidos recordes de calor e uma série de eventos climáticos extremos, que estão se tornando cada vez mais frequentes. Além disso, pela primeira vez a média de temperatura global ficou 1,5°C acima do período pré-industrial, que é o limite de aquecimento fixado pelo Acordo de Paris para o fim do século. Alguns cientistas temem que esteja ocorrendo uma aceleração no processo de aquecimento global. E justamente num momento em que a disposição de colaboração entre os governos pelo mundo se encontra num nível excepcionalmente baixo. Em 21 de julho o planeta teve sua maior média diária, até então, de temperatura do ar na superfície, desde que esses registros começaram. Os dados são do Serviço Copernicus de Mudança Climática (C3S, na sigla em inglês), da União Europeia. O pico anterior havia sido em 6 de julho de 2023. O novo recorde, porém, durou apenas 24 horas, e 22 de julho é agora oficialmente o dia mais quente já registrado. Como um todo, a temperatura média global em julho ficou 0,04°C abaixo do recorde de julho de 2023, relatou o C3S. Isso encerrou um período excepcional de 13 meses seguidos com temperaturas recordes. Mas agosto ameaça retomar essa série. Este ano caminha para bater recorde de calor, superando 2023. Nas últimas semanas, a Antártida vem experimentando uma onda de calor inédita, em pleno inverno austral, com temperaturas até 28°C acima do normal para esta época do ano. Formalmente, o Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC, na sigla em inglês), a principal autoridade das Nações Unidas sobre o tema, considera, para efeito de comparação, a média dos últimos 20 anos, que está abaixo de 1,5°C.”
Fonte: Valor Econômico; 19/08/2024
Índices ESG e suas performances
(1) O Índice ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial da B3) tem como objetivo ser o indicador do desempenho médio das cotações dos ativos de empresas com reconhecido comprometimento com o desenvolvimento sustentável, práticas e alinhamento estratégico com a sustentabilidade empresarial.
(2) O Índice S&P/B3 Brasil ESG mede a performance de títulos que cumprem critérios de sustentabilidade e é ponderado pelas pontuações ESG da S&P DJI. Ele exclui ações com base na sua participação em certas atividades comerciais, no seu desempenho em comparação com o Pacto Global da ONU e também cias sem pontuação ESG da S&P DJI.
(3) O ICO2 tem como propósito ser um instrumento indutor das discussões sobre mudança do clima no Brasil. A adesão das companhias ao ICO2 demonstra o comprometimento com a transparência de suas emissões e antecipa a visão de como estão se preparando para uma economia de baixo carbono.
(4) O objetivo do IGCT é ser o indicador do desempenho médio das cotações dos ativos de emissão de empresas integrantes do IGC que atendam aos critérios adicionais descritos nesta metodologia.
(5) A série de índices FTSE4Good foi projetada para medir o desempenho de empresas que demonstram fortes práticas ambientais, sociais e de governança (ESG)..
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