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Destaques da reunião com a Associação Brasileira de Veículos Elétricos (ABVE)

Veja aqui os principais destaques da reunião com a Associação Brasileira de Veículos Elétricos (ABVE)

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Mercado em crescimento acelerado, embora infra e custos de manutenção sejam desafios

No momento em que as discussões sobre eletrificação ganham força, o time de Research ESG da XP, junto com a equipe de Bens de Capital, realizou uma reunião para investidores institucionais com o Presidente da Associação Brasileira de Veículos Elétricos (ABVE), Sr. Ricardo Bastos. Em linhas gerais, as principais conclusões foram: (i) o mercado de veículos elétricos (VE) ganha corpo no Brasil; (ii) visão positiva sobre o MOVER, visão negativa sobre a volta do imposto de importação de VEs; (iii) a falta de infraestrutura e o alto custo de manutenção são os principais desafios; e (iv) a expansão da frota de ônibus elétricos no país se torna uma realidade crescente. Saímos da reunião com uma visão positiva sobre o potencial de crescimento do mercado de VEs, apesar de gargalos que atrasam a adoção em escala.


#1. O mercado de veículos elétricos (VE) ganha corpo no Brasil. Impulsionado por grandes investimentos de montadoras chinesas, o Sr. Bastos destacou o crescimento exponencial de 90% vs. o ano anterior nas vendas de veículos elétricos e híbridos no país em 2023, com mais de 200 mil unidades disponíveis e 300 modelos diferentes (50% em relação ao ano anterior). Olhando adiante, a perspectiva de crescimento permanece positiva, com estimativas indicando um aumento de 40% nas vendas em 2024, atingindo uma frota de aproximadamente 400 mil VEs, com a adoção mais rápida sendo vista em aplicativos de compartilhamento de transporte (como Uber e 99Taxi), impulsionando ainda mais a penetração dos VEs. Embora ainda inexistente, espera-se que a produção doméstica comece ainda esse ano, com o Sr. Bastos mencionando que o primeiro veículo híbrido plug-in é esperado para o final do ano, enquanto veículos elétricos produzidos localmente somente em 2026.

#2. Visão positiva sobre o MOVER, visão negativa sobre a volta do imposto de importação de VEs. Sobre as recentes políticas governamentais, a ABVE tem uma visão positiva do programa MOVER (Mobilidade Verde e Inovação), uma iniciativa de cinco anos que objetiva apoiar a descarbonização dos veículos brasileiros, que substitui e amplia o Programa Rota 2030. Por outro lado, ele compartilhou uma visão negativa sobre o retorno da alíquota do imposto de importação sobre VEs – retomada em jan/24 em 12%, aumentando gradualmente até alcançar 35% em jul/26. Com relação ao impacto no mercado, ele notou que as montadoras estrangeiras já estão revisando suas estratégias comerciais e de produção, correndo para garantir navios e pátios de armazenamento, em antecipação ao próximo aumento de impostos em julho (20%).

#3. A falta de infraestrutura e o alto custo de manutenção são os principais desafios. À medida que a diferença de preço entre veículos elétricos e veículos à combustão é gradualmente equiparada, o Sr. Bastos focou em reforçar dois desafios principais que dificultam (e atrasam) adoção em larga escala: (i) baixa disponibilidade de estações de recarga, além do seu alto impacto na rede elétrica, exigindo mudanças estruturais na infraestrutura pública (a menos que sejam instaladas em postos de gasolina, aproveitando as estruturas de fornecimento de energia existentes) – além disso, o Sr. Bastos mencionou a parceria com empresas locais (como Vibra, Raízen e Eletrobras) para o fornecimento de energia como potencial solução, ao mesmo tempo em que destacou a Weg como uma importante aceleradora da mobilidade elétrica por meio de estações de recarga e ‘powertrains‘ elétricos; além do (ii) alto custo de manutenção, uma vez que o ecossistema de VEs ainda está em desenvolvimento, com disponibilidade limitada de peças de reposição e componentes, pressionando os preços.

#4. A expansão da frota de ônibus elétricos no país se torna uma realidade crescente. Com o aumento de incentivos regionais, o Sr. Bastos observou a expansão da penetração de ônibus elétricos em níveis municipais, com destaque para a cidade de São Paulo. Para financiar essa mudança (que já está acontecendo), ele falou sobre o papel do BNDES em financiar não apenas os ônibus, mas também o desenvolvimento de todo o ecossistema de infraestrutura. Em relação a nomes, vale destacar que a Marcopolo e sua crescente exposição a ônibus elétricos (como a Attivi) foi destacada.

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