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CVM abre pesquisa para avaliar adoção do padrão ISSB nos relatórios de sustentabilidade | Café com ESG, 03/04

Pesquisa sobre adoção do padrão ISSB da CVM; TotalEnergies adquire projetos renováveis

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Bom dia! Neste relatório diário publicado todas as manhãs pelo time ESG do Research da XP, buscamos trazer as últimas notícias para que você comece o dia bem informado e fique por dentro do tema ESG - do termo em inglês Environmental, Social and Governance ou, em português, ASG - Ambiental, Social e Governança.

Quais tópicos abordamos ao longo do conteúdo? (i) Notícias no Brasil e no mundo acerca do tema ESG; (ii) Performance histórica dos principais índices ESG em diferentes países; (iii) Comparativo da performance do Ibovespa vs. ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial, da B3); e (iv) Lista com os últimos relatórios publicados pelo Research ESG da XP.

Principais tópicos do dia

• O mercado encerrou o pregão de quarta-feira em território misto, com o IBOV andando de lado (+0,03%), enquanto o ISE avançou 0,67%.

• No Brasil, (i) a divulgação de relatórios de sustentabilidade, conforme os padrões elaborados pelo ISSB (International Sustainability Standards Board), será obrigatória para as companhias abertas a partir do exercício de 2026 - diante da baixa adesão observada até agora no período de teste, que abrange os exercícios de 2024 e 2025, a CVM lançou ontem uma pesquisa para diagnosticar a adoção das normas ISSB e, posteriormente, discutir possíveis soluções; e (ii) distribuidoras de gás natural do Nordeste enviaram uma carta conjunta ao Ministério de Minas e Energia (MME) solicitando a inclusão do gás natural e do biometano no decreto de estímulo a energias renováveis para abastecimento de data centers nas regiões Norte e Nordeste - as distribuidoras envolvidas incluem Potigás, Bahiagás, Algás, Cegás, Pbgás e Sergás.

• No internacional, a TotalEnergies anunciou ontem que assinou um acordo com a RES, maior empresa independente de energias renováveis do mundo, para adquirir quase um gigawatt de seus projetos eólicos e solares no Canadá - essa iniciativa reforça o objetivo da companhia de expandir seu portfólio de energias renováveis, visando alcançar 35 GW de capacidade bruta instalada até o final de 2025, um aumento em relação aos atuais 26 GW.

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Brasil

Empresas

CVM vai ouvir empresas sobre dificuldades com relatórios de sustentabilidade

"A divulgação de reportes de sustentabilidade pelas companhias abertas no Brasil será obrigatória a partir do exercício de 2026. Trata-se de um tipo de relatório novo e complexo, e a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) decidiu ouvir sobre as dificuldades que as empresas estão encontrando para se adequar à nova regra. Esses relatórios seguem padrões elaborados pelo ISSB (International Sustainability Standards Board) e podem ser adotados antes do prazo obrigatório, para os exercícios de 2024 e 2025, como um período teste. Essa adesão, porém, foi baixíssima: apenas duas empresas em um universo de cerca de 700 de capital aberto no Brasil. Com o sinal de alerta, o órgão regulador lançou nesta quarta-feira (2) uma pesquisa para fazer um diagnóstico da adoção das normas ISSB e, depois, discutir soluções. “Qualquer mudança exigirá um diagnóstico do progresso”, diz Nathalie Vidual, superintendente de orientação aos investidores e finanças sustentáveis da CVM. A pesquisa será realizada por meio de um formulário enviado diretamente às companhias pela CVM. Entrevistas qualitativas também farão parte da pesquisa. Além das empresas, investidores, auditores e consultorias especializadas serão ouvidos por amostragem. Cada grupo receberá um conjunto de perguntas diferentes e os dados serão tratados com sigilo, segundo a CVM. Pelo fato de as novas exigências seguirem padrões internacionais, dificilmente haverá mudanças sobre as informações pedidas, mas os prazos poderão ser revistos a partir do diagnóstico."

Fonte: Capital Reset; 02/04/2025

Distribuidoras do Nordeste pedem inclusão de gás e biometano em política para data centers

"As distribuidoras de gás natural do Nordeste — Potigás, Bahiagás, Algás, Cegás, Pbgás e Sergás — enviaram, nesta quarta (2/4), uma carta conjunta ao Ministério de Minas e Energia (MME) solicitando a inclusão do gás natural e do biometano no decreto de estímulo a energias renováveis para abastecimento de data centers no Norte e Nordeste. A reivindicação foi formalizada durante reunião do Consórcio Nordeste realizada na última semana em Salvador, Bahia. O decreto em desenho pelo MME, que conta com apoio da Fazenda, tem como objetivo atrair a instalação de data centers no país, com medidas de redução despesas na manutenção das instalações e garantindo infraestrutura energética adequada para os empreendimentos “verdes” que utilizem energia eólica e solar. No entanto, as distribuidoras de gás argumentam que essas fontes são intermitentes e podem comprometer a estabilidade do fornecimento energético. Segundo Marina Melo, diretora-presidente da Potigás, o gás natural e o biometano representam uma alternativa confiável para atuar como fonte de backup, garantindo previsibilidade e segurança ao abastecimento. “Os data centers são estruturas que necessitam de fornecimento contínuo e estável de energia. O gás natural e biometano oferecem esse suprimento constante, independentemente das condições climáticas, sem os problemas de oscilação típicos das fontes renováveis como períodos de chuvas intensas ou ausência de ventos que comprometem a geração de energia eólica e solar”, disse."

Fonte: Eixos; 02/04/2025

Petrobras: Não podemos ter vergonha do que fazemos

"A diretora de exploração e produção da Petrobras, Sylvia dos Anjos, disse nesta quarta-feira (2) que a indústria de petróleo não pode ter vergonha do que faz e que é parte da solução para a transição energética. Segundo a executiva, a indústria de petróleo está patrocinando a COP30, que será realizada em Belém e será provedora de recursos para promover a transição energética. Anjos destacou que a indústria de óleo e gás tem um “papel fundamental” de incentivar as energias renováveis, mas com atenção com o fato de que o Brasil ainda apresenta pobreza energética, com baixo consumo per capita de energia frente a outros países. A diretora da Petrobras ressaltou também que o Brasil tem potencial elevado de diversas fontes energéticas, como hídrica, nuclear, eólica e solar, além do próprio petróleo. “Somos ‘benchmark’ em renováveis, vamos dar aula [de transição energética] até a COP30”, afirmou."

Fonte: Valor Econômico; 02/04/2025

Mauro Cunha, ex-Amec, é indicado para conselho da Tupy

"Mauro Cunha, ex-presidente da Associação de Investidores no Mercado de Capitais (Amec), foi indicado pelos fundos Charles River e Organon Master como candidato a membro do conselho de administração da Tupy. A eleição ocorrerá em assembleia geral ordinária prevista para 30 de abril. Os fundos detêm juntos pouco mais de 5% do capital com direito a voto da fabricante de componentes automotivo. Em carta enviada à empresa, que acatou as propostas, os acionistas indicaram Ricardo Reisen de Pinho como suplente de Mauro Cunha. Para isso, os fundos solicitaram a adoção do processo de voto múltiplo para eleição dos membros do conselho, e a inclusão dos candidatos no boletim de voto a distância (BVD). Além da Tupy, Cunha tenta voltar ao conselho da Vale, como representante da Franklin Templeton Investments, gestora acionista da empresa. Ele já fez parte do conselho da mineradora e também da Petrobras. Tem ligações com fundos e acionistas minoritários por conta de seus mandatos como presidente da Amec durante anos. Na semana passada, a Tupy elegeu Rafael Lucchesi como novo direitor-presidente, destituindo Fernando Rizzo, que ocupava o posto há mais de duas décadas e acabou se emocionando em sua despedida, durante conferência com analistas para comentar o balanço do quarto trimestre. Lucchesi foi indicação dos acionistas majoritários da empresa — BNDESPar, braço de participações do BNDES, e Previ (fundo de pensão do Banco do Brasil)."

Fonte: Valor Econômico; 02/04/2025

Eletrobras amplia investimento em IA e ‘data center’

"Na corrida da inteligência artificial (IA) generativa, a Eletrobras, holding de geração e transmissão de energia, está investindo em unidades gráficas de processamento (GPUs, na sigla em inglês) para acelerar projetos que usam IA em projeções meteorológicas e atmosféricas, modelos de gerenciamento, predição e manutenção de suas operações. A empresa também estuda novas formas de ampliar a oferta de energia renovável a centros de dados no país. Com as duas missões, executivos da empresa participaram da GTC 2025, a conferência anual da fabricante americana de GPUs Nvidia, realizada na semana passada em San Jose, na Califórnia (EUA). “Estamos desenvolvendo a nossa própria capacidade de GPUs ‘on-premises’, usando o Cepel [Centro de Pesquisas de Energia Elétrica], para servir os interesses da Eletrobras como uma empresa que consome essa capacidade [de processamento]”, disse o vice-presidente de tecnologia e inovação da Eletrobras, Juliano Dantas, ao Valor, após sua participação na GTC 2025. Em março, a Eletrobras começou a solicitar propostas a fornecedores para a compra de unidades gráficas de processamento. Até o fim do ano, a nova capacidade de processamento será instalada em servidores (computadores potentes) internos do Cepel, instituição que desenvolve tecnologia para o setor elétrico brasileiro e tem a Eletrobras entre suas fundadoras. O investimento nas GPUs não foi informado, mas faz parte de um projeto de R$ 100 milhões da empresa em um novo centro de monitoramento de IA, inaugurado em dezembro."

Fonte: Valor Econômico; 03/04/2025

Política

Brasil escolhe Dan Ioschpe como “climate champion” da COP30, dizem fontes

"O Brasil escolheu o executivo Dan Ioschpe para ser o “climate champion” da cúpula climática global deste ano COP30, que será realizada em Belém em novembro, disseram à Reuters nesta quarta-feira (2) duas fontes com conhecimento da decisão. A função do “climate champion” é trabalhar em nome do presidente da conferência da ONU, que este ano é o diplomata André Correa do Lago, para encorajar e negociar esforços voluntários da comunidade empresarial e outros para conter o aquecimento global. Em outros anos, ativistas, funcionários de governos e membros da comunidade de financiamento do desenvolvimento foram escolhidos como “climate champions”. Ioschpe já liderou o B20, um fórum global de negócios que promove o diálogo entre lideranças corporativas e governamentais no G20 durante a Presidência brasileira do bloco, no ano passado. Ele atualmente preside o conselho de administração da Ioschpe-Maxion (MYPK3), uma fabricante de componentes automotivos baseada em São Paulo, e está no conselho de grandes empresas brasileiras, como a Embraer (EMBR3). O nome de Ioschpe deve ser anunciado formalmente nos próximos dias. Nem o governo brasileiro nem Ioschpe comentaram sobre a nomeação quando contactados pela Reuters."

Fonte: InfoMoney; 02/04/2025

'Transição para fim do petróleo tem que começar', diz a petroleiras assessora do Meio Ambiente para COP30

"A chefe da assessoria especial do MMA (Ministério do Meio Ambiente) para a COP30 (conferência das Nações Unidas sobre mudanças climáticas), Alice Amorim, afirmou nesta quarta-feira (2) que a transição para um mundo sem combustíveis fósseis é longa, mas tem que começar. Amorim participou de evento promovido por petroleiras no Rio de Janeiro, onde foi apresentada proposta para estabelecer critérios para definir que países reduziriam primeiro sua produção em uma eventual implantação de acordo feito na COP28, em Dubai. O MMA tem mostrado resistência à principal bandeira das petroleiras com operações no país atualmente: a abertura de nova fronteira exploratória na margem equatorial, que é alvo de embate entre as áreas ambiental e energética do governo. "O 'trasitioning away' [a transição para o fim dos combustíveis fósseis] é um processo, um processo que vai ser longo, precisa ser planejado e precisa ser equitativo, como definido em Dubai. Mas ele precisa começar", afirmou Alice. A inclusão da expressão na declaração de Dubai foi um avanço em relação a conferências do clima anteriores, que não chegavam a citar o tema em seus documentos finais. Mas, desde então, não houve evoluções em relação a como esse movimento será feito. A expectativa do setor de petróleo brasileiro é que o debate seja retomado em Belém, na COP30. Por isso, o IBP (Instituto Brasileiro do Petróleo e Gás) patrocinou em parceria com o iCS (Instituto Clima e Sociedade) a elaboração de uma proposta de critérios para o debate. "

Fonte: Folha de São Paulo; 02/04/2025

Internacional

Empresas

A gestora de ativos do Deutsche Bank foi multada em 25 milhões de euros por escândalo de greenwashing

"A DWS, gestora de ativos do Deutsche Bank, foi multada em 25 milhões de euros pelos promotores alemães devido a um escândalo de “lavagem verde”, após longas investigações conduzidas pelas autoridades dos EUA e da Alemanha. Os promotores de Frankfurt afirmaram na quarta-feira que a DWS, que é 80% controlada pelo credor alemão, enganou os investidores sobre suas credenciais ambientais. Eles concluíram que a gestora de ativos utilizou uma publicidade “agressiva” que “não refletia a realidade”. Como exemplo, citaram a alegação de que questões ambientais, sociais e de governança eram “parte de nosso DNA” e que a empresa era uma “líder” nesse campo. A investigação foi desencadeada por uma denúncia de Desiree Fixler, ex-diretora de meio ambiente, social e governança da DWS. Fixler alegou que a DWS fez declarações enganosas em seu relatório anual de 2020 sobre o tamanho de seus ativos relacionados a ESG. As ações da DWS sofreram uma queda acentuada em 2021, após a Comissão de Valores Mobiliários dos EUA iniciar sua investigação, resultando na eliminação de um valor de mercado de € 1 bilhão em um único dia. Em 2023, a DWS concordou em pagar US$ 19 milhões para liquidar as acusações feitas pelo órgão regulador de valores mobiliários dos EUA, o que, na época, representou a maior penalidade já imposta pelo órgão em relação a critérios de ESG contra um consultor de investimentos. Embora o acordo da SEC tenha se referido a um período entre 2018 e 2021, a investigação dos promotores alemães revelou que a má conduta continuou até 2023, após a nomeação do atual CEO, Stefan Hoops, em junho de 2022."

Fonte: Financial Times; 02/04/2025

TotalEnergies adquirirá renováveis canadenses e se desfará de parque eólico finlandês

"A TotalEnergies, uma das principais empresas petrolíferas da França, assinou acordos com a RES, a maior empresa independente de energias renováveis do mundo, para adquirir quase um gigawatt de seus projetos eólicos e solares no Canadá, conforme informado na quarta-feira. Entre os projetos está o Big Sky Solar, de 184 megawatts (MW), que foi recentemente comissionado em Alberta, além de mais de 800 MW de parques eólicos e solares que estão em desenvolvimento na província canadense. Essa iniciativa reforça o objetivo da TotalEnergies de expandir seu portfólio de energias renováveis, visando alcançar 35 GW de capacidade bruta instalada até o final de 2025, um aumento em relação aos atuais 26 GW. A empresa concentra seus esforços em mercados de eletricidade cada vez mais liberalizados, onde pode não apenas produzir, mas também vender e comercializar energia livremente. Dois terços da energia gerada pelo Big Sky Solar serão comercializados por meio de contratos de longo prazo, enquanto a eletricidade restante será vendida no mercado aberto. Além disso, a TotalEnergies planeja vender os créditos de carbono gerados pela instalação no âmbito do programa de emissões regulamentadas de Alberta, de acordo com o comunicado. A TotalEnergies também anunciou que finalizou o fechamento financeiro das aquisições da desenvolvedora alemã de energia renovável VSB, que possui um pipeline de projetos de 18 GW, e da SN Power, que detém participações em 791 MW de projetos hidrelétricos na África."

Fonte: Reuters; 02/04/2025

Índices ESG e suas performances

(1) O Índice ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial da B3) tem como objetivo ser o indicador do desempenho médio das cotações dos ativos de empresas com reconhecido comprometimento com o desenvolvimento sustentável, práticas e alinhamento estratégico com a sustentabilidade empresarial.
(2) O Índice S&P/B3 Brasil ESG mede a performance de títulos que cumprem critérios de sustentabilidade e é ponderado pelas pontuações ESG da S&P DJI. Ele exclui ações com base na sua participação em certas atividades comerciais, no seu desempenho em comparação com o Pacto Global da ONU e também cias sem pontuação ESG da S&P DJI.
(3) O ICO2 tem como propósito ser um instrumento indutor das discussões sobre mudança do clima no Brasil. A adesão das companhias ao ICO2 demonstra o comprometimento com a transparência de suas emissões e antecipa a visão de como estão se preparando para uma economia de baixo carbono.
(4) O objetivo do IGCT é ser o indicador do desempenho médio das cotações dos ativos de emissão de empresas integrantes do IGC que atendam aos critérios adicionais descritos nesta metodologia.
(5) A série de índices FTSE4Good foi projetada para medir o desempenho de empresas que demonstram fortes práticas ambientais, sociais e de governança (ESG).
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