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Brasil se torna maior mercado externo da BYD; COP16 é suspendida em meio à impasse | Café com ESG, 04/11

Eletrificação em destaque para a Weg; Mercado de carbono regulado deve avançar até a COP29

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Bom dia! Neste relatório diário publicado todas as manhãs pelo time ESG do Research da XP, buscamos trazer as últimas notícias para que você comece o dia bem informado e fique por dentro do tema ESG - do termo em inglês Environmental, Social and Governance ou, em português, ASG - Ambiental, Social e Governança.

Quais tópicos abordamos ao longo do conteúdo? (i) Notícias no Brasil e no mundo acerca do tema ESG; (ii) Performance histórica dos principais índices ESG em diferentes países; (iii) Comparativo da performance do Ibovespa vs. ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial, da B3); e (iv) Lista com os últimos relatórios publicados pelo Research ESG da XP.

Principais tópicos do dia

• O Ibovespa e o ISE terminaram a semana passada em território negativo, caindo 1,4% e 2,0%, respectivamente. Em linha, o pregão de sexta-feira também fechou em queda, com o IBOV recuando 1,2% e o ISE 1,6%.

• No Brasil, o país se tornou o maior mercado da BYD no exterior, vendendo 51.299 veículos de passeio e comerciais leves de janeiro a setembro, representando um aumento de mais de 8x no ano - globalmente, a montadora dobrou seu volume de vendas no acumulado do ano, com ganhos no Brasil e no Sudeste Asiático compensando os reveses na Europa.

• No internacional, (i) após uma plenária de quase 12 horas, a 16ª Conferência sobre Biodiversidade da ONU, em Cali, Colômbia, foi interrompida no sábado, suspendendo a conferência desse ano em meio a um impasse sobre financiamento - os países ricos bloquearam o texto que propunha a discussão de um novo fundo específico para a biodiversidade, que os países em desenvolvimento aguardavam há 32 anos, forçando a abertura de uma discussão adicional sobre o tema em 2025; e (ii) segundo o governador do banco central do Azerbaijão, anfitrião da COP29, o país deve lançar nos próximos dias um conjunto de padrões para orientar o investimento sustentável - para os investidores, o desafio das taxonomias de financiamento climático é o grande número de diferentes regras que leva a uma falta de clareza sobre as melhores práticas.

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Brasil

Empresas

Brasil é maior mercado da BYD fora da China e puxa resultado superior ao da rival Tesla

"A principal fabricante chinesa de veículos elétricos, BYD, dobrou seu volume de vendas no exterior nos nove meses até setembro, com ganhos no Brasil e no Sudeste Asiático compensando os reveses na Europa. A BYD vendeu 298 mil veículos fora da China. As vendas na China cresceram 27% no ano, para 2,43 milhões de veículos. A receita consolidada do trimestre de julho a setembro aumentou 24% no ano, para 201 bilhões de yuans (US$ 28,2 bilhões), segundo a BYD informou na quarta-feira (30). Isso coloca a BYD acima da rival americana Tesla em receita trimestral pela primeira vez. O Brasil se tornou o maior mercado da BYD no exterior. De janeiro a setembro, a montadora vendeu 51.299 veículos de passeio e comerciais leves, de acordo com dados da indústria do Brasil, um aumento de mais de oito vezes no ano. Alexandre Baldy, vice-presidente sênior da BYD Brasil, credita o desempenho à alta demanda por elétricos no Brasil combinada com consumidores ambientalmente conscientes curiosos sobre as vantagens dos veículos da BYD. As opções da montadora chinesa variam de compactos e sedãs a veículos utilitários esportivos. A linha inclui elétricos e híbridos plug-in. Marcas ocidentais como Fiat e Volkswagen dominam o mercado automotivo brasileiro. A BYD ocupa a 10ª posição com uma participação de 2,9%, atrás da fatia de 3,6% da Honda. Mas a participação da BYD melhorou 2,5 pontos em relação ao ano anterior. A BYD também está crescendo no Sudeste Asiático. As vendas de veículos de passageiros na Tailândia aumentaram mais de sete vezes no ano para cerca de 15 mil durante o período de janeiro a setembro, mostram dados da MarkLines."

Fonte: Valor Econômico; 02/11/2024

Statkraft inicia operação comercial das últimas turbinas eólicas do parque Morro do Cruzeiro

"A Statkraft colocou em operação as últimas unidades geradoras do parque eólico Morro do Cruzeiro, localizado no município de Brotas de Macaúbas (BA), ao receber autorização da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) para a geração das turbinas eólicas após a conclusão de testes. Segundo a Statkraft, o parque eólico possui capacidade instalada de 79,8 megawatts (MW), permitindo a geração de 386 gigawatts-hora (GWh) por ano, e foi inaugurado em agosto deste ano. A energia produzida por Morro do Cruzeiro, ampliação do complexo eólico Brotas de Macaúbas, é suficiente para abastecer o equivalente a 190 mil residências. O parque eólico possui 14 aerogeradores instalados. Recentemente, a Statkraft deu início às obras da usina Morro do Cruzeiro Solar, que será instalada no mesmo local do parque eólico, na modalidade híbrida. As obras do parque solar estão previstas para serem concluídas no segundo semestre de 2025, informou a Statkraft."

Fonte: Valor Econômico; 03/11/2024

O domínio chinês na produção de eletrolisadores e as oportunidades para o Brasil

"O hidrogênio verde está se tornando um pilar central na transição energética global, sendo uma das principais apostas para descarbonizar setores que exigem muita energia, como a indústria pesada e o transporte. A tecnologia dos eletrolisadores, que transforma eletricidade renovável em hidrogênio por meio da eletrólise da água, é fundamental para esse processo. Contudo, a produção global de eletrolisadores amplamente dominada pela China vem levantando preocupações quanto à segurança da cadeia de suprimentos e a dependência de um único país nessa indústria nascente. O cenário, embora represente uma oportunidade de redução de custos, também evidencia a necessidade de diversificar a produção, o que pode ser uma oportunidade para o Brasil. A China, líder global em painéis solares e baterias de íon-lítio, detém cerca de 60% da capacidade mundial de fabricação de eletrolisadores, em grande parte devido à sua experiência de décadas na produção de eletrolisadores alcalinos (ALK) para a indústria cloroalcalina. Esse domínio não se limita à quantidade, mas também ao avanço tecnológico e à automação de seus processos de produção, o que permite oferecer eletrolisadores de alta qualidade a custos significativamente menores do que seus concorrentes europeus e norte-americanos. Em projetos na Alemanha, por exemplo, eletrolisadores alcalinos pressurizados chineses (ALK(P)) podem reduzir o custo total de investimento em até 45% até 2030, segundo levantamento da Wood Mackenzie. No Brasil, a Eletrobras indicou o mesmo. Se seu projeto piloto de hidrogênio verde em Itumbiara usasse um eletrolisador chinês, o custo de produção seria 30% menor."

Fonte: Eixos; 03/11/2024

CEO da Natura diz como integrar social, econômico e ambiental

"Sustentabilidade e lucro podem morar debaixo do mesmo teto. Quem garante é João Paulo Ferreira, CEO da Natura, multinacional brasileira que adota um relatório único, com dados financeiros e de sustentabilidade, desde antes da abertura de capital, em 2004. “Não existe incompatibilidade em gerar progresso econômico, desenvolvimento social e proteção ambiental ao mesmo tempo”, diz o executivo, em depoimento a Stela Campos, editora de Carreira do Valor, e Juliana Prado, da CBN, no novo episódio do podcast CBN Professional. Além da caminhada da gigante de cosméticos na jornada de descarbonização das operações, Ferreira relata episódios importantes da carreira, como a passagem de 20 anos pela Unilever, e o que precisou mudar ou aprender no comando da Natura a fim de realizar uma gestão centrada no cuidado com o social e o meio ambiente. Na empresa desde 2009 e CEO a partir de 2016, ele conta que a trajetória no mundo corporativo não foi planejada. “Sou engenheiro e imaginei que ia projetar softwares e computadores”, lembra o ex-aluno de engenharia elétrica da Universidade de São Paulo. “Antes de me formar, trabalhava com desenvolvimento de sistemas e, ao chegar à Unilever, a intenção era atuar na área técnica.” Ferreira ingressou na companhia em 1990. Em duas décadas de casa, especializou-se em campos críticos para qualquer corporação interessada em um ritmo de crescimento contínuo. “Entrei em um projeto que visava a automatizar a cadeia de valor da empresa”, conta. “Me encantei, fui para a área industrial, e para a logística, onde fiz carreira no Brasil e nas Américas.”"

Fonte: Valor Econômico; 03/11/2024

Fernando de Noronha ganha baterias para reduzir emissões

"O Ministério de Minas e Energia (MME) publicou, nesta sexta-feira (1°/11), portaria que autoriza a Neoenergia a investir cerca de R$ 300 milhões na instalação de painéis fotovoltaicos associados a banco de baterias em Fernando de Noronha (PE). O projeto Noronha Verde inclui ainda ações de conscientização da população sobre o consumo eficiente de energia elétrica na ilha. “Fernando de Noronha será ainda mais verde e hoje estamos dando um passo importante para isso: impulsionando a transição energética neste patrimônio ecológico natural no nosso país. Autorizamos um dos grandes projetos de geração de energia renovável centralizada, visando a descarbonização da ilha e o fortalecimento das fontes renováveis no país”, afirmou o ministro do MME, Alexandre Silveira (PSD). A iniciativa vai garantir maior segurança energética e pode reduzir em até 85% as emissões de gases do efeito estufa na ilha, onde a geração de energia elétrica depende, principalmente, da UTE Tubarão, a qual é abastecida com óleo diesel. Em 2022, a Empresa de Pesquisa Energética (EPE) publicou uma nota técnica que identificava que, a partir de 2024, Fernando de Noronha teria déficit na geração devido ao aumento da carga. Um dos motivos é a proibição da circulação de carros à combustão na ilha a partir de 2023 – consequentemente, a alteração da frota para veículos elétricos. A organização sugeria “buscar alternativas de suprimento elétrico para Fernando de Noronha”, tanto para reduzir os custos de geração com a termelétrica quanto para diminuir as emissões de carbono. O novo investimento não trará custo adicional para os consumidores e tem previsão de, após entrada em operação, reduzir encargos e subsídios da Conta de Consumo de Combustíveis (CCC)."

Fonte: Eixos; 01/11/2024

Banco da Amazônia faz acordo com BID Invest para aprimorar divulgação de riscos relacionados à natureza

"O Banco da Amazônia (Basa) assinou um contrato com a consultoria do BID Invest — entidade que faz parte do grupo do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) — para desenvolver um projeto que visa alinhar suas operações às recomendações do Taskforce on Nature-related Financial Disclosures (TNFD). Isso vai aprimorar e dar mais transparência na identificação, mitigação e divulgação de riscos relacionados à natureza, além de promover práticas sustentáveis dentro da instituição. Nos últimos anos o Basa tem buscado fortalecer sua posição como um agente de desenvolvimento sustentável na região amazônica, alinhando suas operações às melhores práticas globais em relação à biodiversidade e riscos ambientais. Um dos principais definidores de padrões globais de sustentabilidade é o International Sustainability Standards Board (ISSB), que no ano passado divulgou a norma S1, com definições mais gerais sobre a divulgação de informações financeiras relacionadas à sustentabilidade, e a S2, relacionada a questões climáticas. As recomendações da TNFD devem ser incorporadas pelo ISSB e se tornar, no futuro, o conjunto de normas S3. Fábio Yassuda Maeda, diretor de relações com investidores do Basa, conta que durante um ano o BID Invest dará o apoio técnico para que o banco possa identificar quais dados ainda não reporta e que deveria reportar, e como fazer para coletar e estruturar esses dados. Isso abarca inclusive questões relacionadas à biodiversidade, como fauna e flora, ou seja, vai além de somente questões climáticas."

Fonte: Valor Econômico; 01/11/2024

A um ano da COP30, Belém ainda tenta superar gargalos para receber cúpula

"A um ano da Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30), Belém, no Pará, cidade escolhida como sede do encontro, corre contra o tempo para terminar um conjunto de obras antes do megaevento. A principal preocupação desde que a capital paraense foi anunciada como anfitriã, em maio de 2023, é a capacidade de hospedagem, aquém do do necessário. Mas há outros pontos a serem resolvidos e que incluem a oferta aeroportuária, a realização de serviços de dragagem no porto de Belém para receber transatlânticos e a melhoria da mobilidade urbana e do tratamento de água e esgoto, um problema ambiental do século XIX em pleno século XXI. Na região Norte do país, Belém tem o terceiro pior índice de tratamento de esgoto, atrás de Porto Velho (RO) e Rio Branco (AC), e o município também está entre os piores nesse quesito no conjunto das capitais brasileiras. Os desafios de infraestrutura em uma cidade da região amazônica, distante dos maiores centros urbanos do país e do mundo, levaram o governo federal a anunciar, ainda em 2023, a disponibilidade de R$ 5 bilhões em linhas de crédito, via Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social, para investimentos voltados à realização da COP30. Desse valor, apenas R$ 1,5 bilhão ou 30% estão contratados e em fase avançada de obras e desembolsos até o momento. “O BNDES está financiando projetos para Belém e não para o evento. Não vamos maquiar Belém, pintar o meio fio, para receber visitante. A COP está sendo uma oportunidade de acelerar melhorias que gostaríamos de realizar na cidade”, disse a diretora socioambiental do BNDES, Tereza Campello."

Fonte: Valor Econômico; 03/11/2024

Internacional

Empresas

Verão recorde deixa Monte Fuji sem neve pelo maior período em 130 anos

"O Monte Fuji, o mais icônico vulcão do Japão, permanece sem neve, marcando a data mais tardia em que suas encostas ficaram desprovidas de neve desde o início dos registros, há 130 anos. Até 29 de outubro, o pico de 3.776 metros seguia sem cobertura de neve, superando o recorde anterior, estabelecido em 26 de outubro nos anos de 1955 e 2016. Normalmente, o Monte Fuji começa a acumular neve em torno do dia 2 de outubro, sendo que no ano passado, a primeira neve foi observada em 5 de outubro. Contudo, as altas temperaturas deste ano impediram o início da formação da camada de neve, segundo falou Yutaka Katsuta, meteorologista do Escritório Meteorológico Local de Kofu, à agência de notícias AFP. Segundo a mídia local, as primeiras chuvas na região que podem levar neve ao Monte Fuji deverão chegar apenas no dia 6 de novembro. A ausência de neve por um período tão longo pode ser parcialmente atribuída às temperaturas anormalmente elevadas durante o verão japonês, que foi o mais quente já registrado no país, igualando o recorde de 2020. A estação entre junho e agosto registrou uma média de 1,76°C acima do padrão, impactando diretamente o clima no outono e dificultando a chegada de ar frio suficiente para a formação de neve. Em setembro, a continuidade das altas temperaturas foi impulsionada pelo deslocamento do jato subtropical para o norte, permitindo que correntes de ar quente do sul permanecessem sobre o Japão. Além disso, quase 1.500 regiões do país registraram dias de “calor extremo”, com temperaturas acima de 35°C, em um cenário de eventos climáticos extremos que, segundo especialistas, tende a se intensificar com as mudanças climáticas globais."

Fonte: InfoMoney; 01/11/2024

B20: Atração de financiamento climático e inclusão de PMEs na agenda de sustentabilidade são prioridades

"A conta para salvar o planeta e a humanidade varia de acordo com a pesquisa, mas todas apontam para uma única direção: ela é cara e exige um esforço maior para que o dinheiro seja direcionado às mudanças do clima. Segundo a OCDE, será necessário um investimento anual de US$ 6,9 trilhões em infraestruturas sustentáveis a nível mundial para cumprir os objetivos climáticos e de desenvolvimento até 2030. Para 2050, talvez seja demandado 10 vezes este valor. Para traduzir esse desafio em prioridades e ações que o setor privado pode fazer, o B20, fórum de representação dos interesses corporativos junto ao G20, grupo das maiores economias do mundo, compilou uma agenda que acredita ser necessária para o desenvolvimento econômico sustentável. Sob a liderança este ano do Brasil, o grupo, que se dividiu durante o ano em oito forças-tarefas, reuniu em um documento 24 recomendações construídas em consenso. Os bastidores do extenso trabalho em 2024 e os temas principais foram discutidos em um evento que reuniu centenas de pessoas em São Paulo na última semana. O setor privado tem, neste desafio papel fundamental. “Quando a gente fala de financiamento climático, a gente já tem dado o primeiro passo, que é evoluir no letramento do empresariado. Em comparação há cinco anos, por exemplo, já evolui muito”, afirma Luiz Paulo Assis, sócio de Finanças Sustentáveis da Deloitte Brasil e líder da Deloitte para a força-tarefa de Finanças & Infraestrutura, em entrevista ao Prática ESG. O engajamento das empresas é, para Assis, crescente, especialmente no setor 'hard to abate', aquele em que a dificuldade de reduzir as emissões é maior."

Fonte: Valor Econômico; 01/11/2024

COP16 não consegue superar impasse sobre financiamento

"Com a promessa de ser a “COP da implementação” do histórico ‘Acordo de Paris da Natureza’, firmado há dois anos, a 16ª Conferência das Nações Unidas sobre biodiversidade chega à reta final com grandes chances de entregar um resultado decepcionante. A questão principal é o dinheiro. Para cumprir os objetivos do Marco Global da Biodiversidade, que incluem aumentar as áreas protegidas no mundo todo e interromper a perda de recursos biológicos que vem se acelerando, é necessário resolver o nó do financiamento. O Brasil, dono da maior diversidade biológica do planeta, encabeça junto com os anfitriões colombianos a demanda por um plano claro que garanta o fluxo de dinheiro para os países que detêm a maior parte da natureza que precisa de proteção. Há dois anos, na COP15 de Montreal, os 196 países signatários da Convenção de Diversidade Biológica (CDB) se comprometeram a adotar medidas práticas para parar e reverter a perda da natureza, incluindo a proteção de 30% de suas áreas terrestres e marinhas até 2030. Em Cali, a missão era responder: como e com que dinheiro? Um número dá a ideia da dificuldade de chegar a uma cifra de consenso. Os países ricos se comprometeram a colocar US$ 20 bilhões anuais num fundo global da biodiversidade. Por enquanto, com as doações feitas durante esta semana, o total não passou de 2%. Outros dois temas ligados a financiamento são prioritários: o pagamento pelo uso de ativos biológicos sequenciados digitalmente e o repasse para populações indígenas e comunidades tradicionais que estão na ponta."

Fonte: Capital Reset; 01/11/2024

O mundo está perdendo a corrida para o net zero?

"Líderes globais chegarão a Baku, capital do Azerbaijão, a partir de 11 de novembro, com a missão de destravar recursos para combater a crise climática, principal tema da Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças do Clima (COP29), mas também precisarão abordar conflitos globais. Publicada esta semana, uma análise da Wood Mackenzie aponta que choques sucessivos nos mercados internacionais ameaçam descarrilar o progresso e jogar o mundo no caminho dos 3°C – o dobro do 1,5°C apontado como seguro por cientistas. Uma boa notícia pode vir da China, maior emissora global. Diversas agências e consultorias internacionais têm estimado que o país pode estar perto do seu pico de emissões. A Woodmac calcula que com as metas de eletrificação, redução do uso de carvão em termelétricas e avanço na fabricação de suprimentos para energia solar e baterias o país asiático pode ter o maior declínio absoluto nas emissões líquidas relacionadas à energia em 2050 – 7,8 bilhões de toneladas a menos que em 2024. A Europa também aparece com a possibilidade de cortar 2 bilhões de toneladas de carbono no setor de energia, graças ao seu Esquema de Comércio de Emissões (ETS), os PPAs para energia eólica e solar e a política RePowerEU com incentivos para diversificação e renovação da matriz. Mas o progresso não será tão rápido em outros lugares. Nem mesmo nos Estados Unidos, onde a Lei de Redução da Inflação (IRA, em inglês) está concedendo subsídios bilionários para incentivar a indústria de baixo carbono. “Com uma colcha de retalhos de regimes de precificação de carbono, infraestrutura nacional permitindo incerteza e a política energética baseada em incentivos do IRA, o capital não está sendo implantado rápido o suficiente para concretizar uma trajetória líquida zero nos Estados Unidos”, avalia o relatório."

Fonte: Eixos; 01/11/2024

Azerbaijão pretende lançar livro de regras de investimento verde na COP29

"O Azerbaijão, como anfitrião das negociações climáticas da COP29 da ONU, lançará este mês um conjunto de padrões acordados por mais de 100 países para orientar o investimento sustentável, disse o governador do banco central do país na sexta-feira. As taxonomias de financiamento climático são necessárias para garantir que os investimentos sejam eficazes na redução das emissões, mas os investidores estão preocupados com o fato de que o número de diferentes livros de regras cause confusão. A União Europeia, com 27 membros, apresentou uma das mais significativas, mas uma taxonomia da ONU poderia ter um apoio ainda maior. “Desenvolvemos novos princípios de taxonomia unificada em conjunto com 110 países. Esses princípios serão aplicados no desenvolvimento de taxonomias nacionais, simplificando o processo de emissão de empréstimos verdes”, disse o governador do Banco Central, Taleh Kazimov, em uma coletiva de imprensa na sexta-feira. O Azerbaijão sedia as negociações climáticas da ONU de 11 a 22 de novembro. Em 14 de novembro, Kazimov disse que o Azerbaijão anunciará o montante de fundos que alocará para projetos verdes até 2030. Zakir Nuriyev, chefe da Associação de Bancos do Azerbaijão, disse que o valor corresponderia ao total da carteira de empréstimos dos bancos do Azerbaijão, que ultrapassa US$ 15 bilhões. Além das regras sobre financiamento sustentável, o Governador Kazimov disse que o Banco Central estava considerando a introdução de títulos islâmicos sukuk. Ele disse que a legislação estava sendo preparada e que o banco estava analisando o mercado para verificar se havia demanda suficiente."

Fonte: Reuters; 01/11/2024

Cúpula da ONU sobre a natureza concorda com pagamentos pelo uso de informações genéticas

"No sábado, os países presentes na COP16 da ONU, na Colômbia, chegaram a um acordo sobre como as empresas de setores como o farmacêutico e o de cosméticos devem pagar pelo uso de informações genéticas extraídas da biodiversidade em suas pesquisas e desenvolvimento. Cerca de 200 países se reuniram na cidade colombiana de Cali com o objetivo de implementar o acordo da Estrutura Global de Biodiversidade de Kunming-Montreal de 2022, que visa interromper o rápido declínio da natureza até 2030. Os pagamentos poderiam gerar bilhões de dólares para a conservação da natureza, que seriam direcionados a um fundo que distribuiria metade dos lucros aos povos indígenas e às comunidades locais. Os dados genéticos da natureza são usados em uma ampla gama de produtos, desde arroz enriquecido com nutrientes até jeans lavados com pedras e desgastados com enzimas derivadas de micróbios. O acordo foi firmado depois que os países da COP16 concordaram, no final da sexta-feira, em criar um órgão permanente para que as comunidades indígenas e locais consultem oficialmente as decisões da ONU sobre a natureza, além de reconhecer o papel das comunidades afrodescendentes na conservação. O acordo sobre o pagamento por informações genéticas parecia destinado a fracassar em meio a discordâncias entre os países, principalmente a Índia e a Suíça, que fizeram com que as negociações se estendessem pela noite e pela madrugada antes que a medida fosse adotada. Os setores que deverão pagar pelo uso de material genético incluem o farmacêutico, o de cosméticos e o de biotecnologia, entre outros."

Fonte: Reuters; 02/11/2024

COP16: A história da conferência que não terminou

"Em reviravolta inesperada, a COP16 foi suspensa. Discutia-se um ponto nevrálgico da Conferência de Biodiversidade em Cáli, na manhã deste sábado (2): a mobilização de recursos financeiros. Os países ricos resolveram bloquear o texto que propunha a discussão de um novo fundo específico para a biodiversidade, que os países em desenvolvimento aguardam há 32 anos. O caldo entornou. “Minha delegação não está pronta para discutir nada mais até que tenhamos uma solução para isso”, disse a diplomata Maria Angelica Ikeda, chefe dos negociadores brasileiros. O delegado do Panamá pediu a contagem dos presentes. Sem quórum, a COP16 foi suspensa. Terá que ser retomada no futuro. A COP de Cali ficou com jeito da COP de Copenhague, no caso do clima. A conferência, que ocorreu em 2009, tinha que fazer um acordo climático global, mas o mundo não estava pronto. A COP fracassou e o consenso global sobre o clima só saiu em 2015, no Acordo de Paris. “ Cali será a Copenhague da CDB”, disse um observador preocupado, referindo-se à Convenção de Biodiversidade, a CDB. Acabara de ser votado o texto sobre o mecanismo financeiro que irá repartir benefícios obtidos pelas empresas com produtos a partir da biodiversidade – no caso, de recursos da natureza sequenciados geneticamente. O Brasil queria que fosse um instrumento obrigatório, porque isso já foi resolvido politicamente na COP15, em Montreal. Países ricos como a Suíça e o Japão rejeitaram. A Índia entrou com um pedido de última hora, que criou tensão, mas foi resolvido. O Brasil foi flexível, assim como outros em desenvolvimento. Maria Susana Muhamad, presidente da COP16 e ministra de Meio Ambiente da Colômbia, sorriu, aliviada."

Fonte: Valor Econômico; 02/11/2024

Canadá revelará plano há muito aguardado para limitar as emissões do setor de petróleo e gás

"O Canadá revelará na segunda-feira os detalhes de seu tão aguardado plano para limitar as emissões de gases de efeito estufa do setor de petróleo e gás, uma ideia à qual o setor de energia e algumas províncias se opõem fortemente. Um anúncio do governo publicado no domingo informou que a minuta do plano seria divulgada às 13 horas (1800 GMT) de segunda-feira. Ottawa disse em dezembro passado que o plano seria revelado até o final de 2024. O governo liberal quer que o setor de energia - o setor que mais polui no Canadá - reduza as emissões para 137 milhões de toneladas métricas, 37% abaixo dos níveis de 2022, até 2030. As propostas trarão um sistema de limite e comércio que reconhece as empresas com melhor desempenho e dá às empresas com maior poluição um incentivo para investir em projetos de redução da poluição, disse Hermine Landry, porta-voz do Ministro do Meio Ambiente, Steven Guilbeault. “O setor canadense de petróleo e gás é um dos únicos setores em que os níveis de poluição continuam a aumentar, com mais do que o dobro da poluição por gás de efeito estufa do que todos os outros setores juntos”, disse ela em um comunicado. O Canadá, o quarto maior produtor de petróleo do mundo, tem como meta reduzir as emissões de 40% a 45% abaixo dos níveis de 2005 até 2030. O setor de energia é responsável por mais de um quarto de todas as emissões. “As regulamentações limitariam a poluição, não a produção”, disse Landry em um comunicado. A província de Alberta, produtora de petróleo, afirma que as propostas são, na verdade, um limite de produção que elevará os preços, custará até 150.000 empregos e reduzirá o PIB em até C$ 1 trilhão (US$ 720 bilhões)."

Fonte: Reuters; 03/11/2024

COP 16 tem resultados concretos apesar de impasse

"O financiamento à biodiversidade, como era esperado, não só travou as negociações da COP 16, na Colômbia, como postergou sua discussão para uma rodada adicional em 2025. Mas a Conferência de Biodiversidade interrompida sábado depois de uma plenária de quase 12 horas, também teve resultados históricos. O primeiro é a criação do Fundo Cáli, mecanismo multilateral que irá, finalmente, repartir os benefícios pelo uso econômico dos recursos genéticos sequenciados da biodiversidade. Outro feito inédito foi reconhecer o papel dos afrodescendentes que, junto a povos indígenas e comunidades locais, preservam e usam a natureza de modo sustentável. E a criação de um órgão subsidiário permanente para subsidiar as COPs futuras nos temas relativos a estas populações. Em seu modo de funcionamento muito mais vagaroso do que as necessidades urgentes do mundo de enfrentar a crise climática e a perda de natureza, o multilateralismo ofereceu respostas para identificar áreas marinhas de importância ecológica ou biológica significativas, aprovou um pacto de ação entre biodiversidade e saúde e propôs orientações para lidar com espécies invasoras nos ecossistemas, um dos cinco motivos de perda de biodiversidade. A COP 16 foi a primeira depois que os países concordaram com as 23 metas do “Marco Global da Biodiversidade”, em Montreal, em 2022, batizado de “Acordo de Paris da Biodiversidade”. As expectativas para Cáli não eram altas porque se tratava de implementar as promessas, o que é um processo difícil de se conseguir via consenso entre os governos de 196 países."

Fonte: Valor Econômico; 04/11/2024

Índices ESG e suas performances

(1) O Índice ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial da B3) tem como objetivo ser o indicador do desempenho médio das cotações dos ativos de empresas com reconhecido comprometimento com o desenvolvimento sustentável, práticas e alinhamento estratégico com a sustentabilidade empresarial.
(2) O Índice S&P/B3 Brasil ESG mede a performance de títulos que cumprem critérios de sustentabilidade e é ponderado pelas pontuações ESG da S&P DJI. Ele exclui ações com base na sua participação em certas atividades comerciais, no seu desempenho em comparação com o Pacto Global da ONU e também cias sem pontuação ESG da S&P DJI.
(3) O ICO2 tem como propósito ser um instrumento indutor das discussões sobre mudança do clima no Brasil. A adesão das companhias ao ICO2 demonstra o comprometimento com a transparência de suas emissões e antecipa a visão de como estão se preparando para uma economia de baixo carbono.
(4) O objetivo do IGCT é ser o indicador do desempenho médio das cotações dos ativos de emissão de empresas integrantes do IGC que atendam aos critérios adicionais descritos nesta metodologia.
(5) A série de índices FTSE4Good foi projetada para medir o desempenho de empresas que demonstram fortes práticas ambientais, sociais e de governança (ESG).
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