Bom dia! Neste relatório diário publicado todas as manhãs pelo time ESG do Research da XP, buscamos trazer as últimas notícias para que você comece o dia bem informado e fique por dentro do tema ESG – do termo em inglês Environmental, Social and Governance ou, em português, ASG – Ambiental, Social e Governança.
Quais tópicos abordamos ao longo do conteúdo? (i) Notícias no Brasil e no mundo acerca do tema ESG; (ii) Performance histórica dos principais índices ESG em diferentes países; (iii) Comparativo da performance do Ibovespa vs. ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial, da B3); e (iv) Lista com os últimos relatórios publicados pelo Research ESG da XP.
Principais tópicos do dia
• O mercado encerrou o pregão de segunda-feira em território negativo, com o IBOV e o ISE em queda de -0,67% e -1,3% respectivamente.
• No Brasil, (i) segundo um estudo realizado pela CNseg, mais de metade das seguradoras (55%) agora consideram fatores ESG ao decidir quais empresas irão fornecer cobertura (vs. 19% uma década atrás) – a expectativa é de que essa tendência continue a crescer até 2025, um prazo estabelecido pela Susep, com a obrigação das seguradoras de adotar ferramentas de análise de riscos socioambientais na precificação e seleção de investimentos, clientes e fornecedores; e (ii) a Engie Brasil realizou uma das maiores operações do ano no setor de energia, ao adquirir os parques solares da Atlas por R$ 3,2 bilhões – eles possuem capacidade instalada total de 545 MW e estão localizados em diferentes estados, como Bahia, Ceará e Minas Gerais.
• No internacional, Evy Hambro, chefe global de investimentos temáticos da BlackRock, afirmou que os investidores estão perdendo uma grande oportunidade de lucrar com a transição energética devido a uma visão ultrapassada do setor de metais e mineração – Hambro destaca a crescente ênfase na redução das emissões de carbono pela indústria, a maior disciplina nos gastos e a redução do custo de capital devido ao apoio governamental a projetos de mineração, enfatizando que esse deve ser o foco nos próximos 10 a 15 anos.
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Brasil
Empresas
Cresce número de seguradoras que consideram ESG para selecionar clientes
“Mais da metade das seguradoras (55%) aplicam questões ESG para decidir a quais empresas irão dar cobertura, segundo Relatório de Sustentabilidade de 2022, realizado com 45 seguradoras pela CNseg, confederação nacional de empresas do setor. O percentual ainda é pequeno, mas subiu consideravelmente comparado a uma década atrás, quando apenas 19% disseram considerar essas diretrizes na subscrição, processo em que é calculado o valor do prêmio, da indenização e se a cobertura de risco do cliente será aceita. “Para que uma seguradora desempenhe com efetividade seu papel na agenda ESG, é preciso ampliar a consideração dessas questões nos processos de subscrição e gerenciamento de riscos e de gestão de ativos”, afirma Ana Paula de Almeida, diretora de sustentabilidade e relações de consumo da CNseg. Para ela, não basta ter projetos de eficiência energética, economia circular e compensação de emissões de gases de efeito estufa sem incluir a sustentabilidade na definição de quais empresas serão seguradas. A expectativa é de que a adesão aumente até 2025, prazo estabelecido pela Superintendência de Seguros Privados (Susep) para que as seguradas se adequem à agenda ESG. Uma das determinações da circular nº 666, publicada em agosto do ano passado, é a adoção, pelas seguradoras, de ferramentas internas de análise de riscos socioambientais para precificar e selecionar investimentos, clientes e fornecedores.”
Fonte: Valor Econômico, 31/10/2023
GDSun inaugura usina solar na Bahia para abastecer lojas do Magazine Luiza
“A empresa de geração solar GDSun inaugurou usina na modalidade de geração distribuída no município de Luís Eduardo Magalhães, na Bahia. Com 3 megawatt-Pico (MWp) de capacidade instalada, a planta demandou R$ 17,6 milhões em investimentos e vai atender um acordo de autoprodução por arrendamento firmado com a varejista Magazine Luiza. Essa é a sexta usina operada pela GDSun em parceria com o Magalu, e o fornecimento total passa a ser de 15.330 MWh por ano para a varejista. O CEO da GDSun, Arthur Sousa, conta que a usina deve atender cerca de 50 lojas. “A geração de energia solar tem crescido de maneira exponencial nos últimos anos, e sabemos que ainda há muito espaço a ser conquistado no mercado de energia limpa. Nosso objetivo é impulsionar a transição da matriz energética de grandes empresas”, diz Sousa. Além da questão da sustentabilidade apontada pelo executivo, o principal ganho em autoprodução é o financeiro, já que nesta modalidade, a empresa parceira deixa de pagar alguns encargos que geralmente são pagos pelos outros consumidores. Soma-se que a geração distribuída no Brasil desfruta de subsídios, já que a sanção do marco legal da geração própria distribuída, pelo ex-presidente Jair Bolsonaro em 2022, criou uma “corrida pelo sol” para garantir a gratuidade da cobrança da tarifa de uso da rede das distribuidoras, a chamada Tusd, até 2045.”
Fonte: Valor Econômico, 30/10/2023
Com biocápsulas, Ambipar e ICC iniciam restauro de áreas degradadas pelas chuvas em São Sebastião
“O projeto de restauro ecológico das áreas florestais degradadas pelas fortes chuvas que ocorreram em fevereiro deste ano, em São Sebastião, no litoral norte de São Paulo, foi iniciado pelo Instituto de Conservação Costeira (ICC), em parceria com a Atlântica Consultoria Ambiental, e a Ambipar Group, multinacional brasileira de gestão ambiental. As áreas prioritárias, definidas pela Atlântica Consultoria Ambiental e Fundação Florestal do Estado de São Paulo, são mais propensas a deslizamentos e invasões. Por isso, os drones iniciaram o lançamento de sementes em cerca de 10 hectares para verificar a operacionalização dos trabalhos em diferentes circunstâncias. De acordo com as organizações, as localidades são importantes para os testes de técnicas e tecnologias que podem ser aplicadas em outros espaços, com maior segurança e eficiência. A tecnologia de restauro ecológico das áreas afetadas pelas chuvas em São Sebastião foi desenvolvida por pesquisadores brasileiros e será realizada em cerca de 208 hectares, o equivalente a 200 campos de futebol. Para isso, estão sendo utilizadas biocápsulas desenvolvidas pela Ambipar Group a partir de sobras de colágeno das indústrias farmacêuticas, que deixaram de ser usadas na produção de medicamentos por conta de pequenos defeitos e/ou validade. Após processadas no laboratório da empresa, as biocápsulas recebem sementes de árvores nativas e são dispersadas por meio de drones de alta capacidade que irão permitir o acesso às áreas íngremes da Serra do Mar, que são inacessíveis por meio terrestre.”
Fonte: Exame, 30/10/2023
Engie compra parques solares da Atlas por R$ 3,2 bi
“A Engie Brasil pagou R$ 3,2 bilhões pelos parques solares da Atlas no país, incluindo o custo da dívida, em uma das maiores operações do ano no setor. O anúncio foi feito na manhã desta segunda-feira. Ao todo, os parques têm capacidade instalada de 545 MW, com parte da energia já vendida em acordos de longo prazo. As plantas Juazeiro, São Pedro e Sertão Solar ficam na Bahia, Sol do Futuro, no Ceará, e Lar do Sol, em Minas Gerais. O valor desembolsado pela compra foi de R$ 2,27 bi mais o endividamento líquido da Atlas, em torno de R$ 971 milhões, que passará a ser consolidado. A Atlas é uma das maiores desenvolvedoras de energia renovável na América Latina e havia sido adquirida ano passado pelo fundo de private equity Global Infrastructure Partners (GIP). “Este é mais um passo alinhado à execução da estratégia do Grupo Engie de continuar crescendo em energia renovável no Brasil”, disse Eduardo Sattamini, diretor presidente da Engie Brasil, em nota. Mesmo que represente uma porcentagem pequena em comparação com mais de 8 GW de da capacidade instalada da empresa no Brasil, a movimentação reforça a estratégia da Engie em descarbonização.”
Fonte: Capital Reset, 30/10/2023
“Importante no combate às mudanças climáticas, a inovação tecnológica torna-se rotina entre grandes empresas e o setor público comprometido com os objetivos do Acordo de Paris. No segmento privado, companhias globais estão acelerando projetos e monitorando os movimentos promissores do mercado de carbono, que cresce a cada ano. Para Milena Fonseca, COO da consultoria ACE Cortex, que ajuda gigantes de diferentes setores a inovar, iniciativas em pesquisa, desenvolvimento e inovação (PD&I) estão gerando resultados de impacto pelo país. “Vemos startups atuando no desenvolvimento de técnicas para captura de carbono na Amazônia. As organizações estão tentando descobrir oportunidades na agenda e como monetizar a questão da sustentabilidade”, diz. Para ela, o exemplo de grandes companhias pode impulsionar pequenas e médias fornecedoras da cadeia de valor a avançar mais rápido na agenda. “Algumas metas corporativas de clima são bem agressivas. Os ramos da energia e de cosméticos têm cases de sucesso relevantes.” A agropecuária, setor que responde pelas maiores emissões brasileiras, dispõe de uma série de tecnologias de baixo carbono contempladas no RenovAgro, política de agricultura de baixo carbono. Em desenvolvimento desde a década de 1970, algumas delas, como o Sistema de Plantio Direto (SPD), viraram referência. Já os bioinsumos, tendência do momento no agro, estão colocando o país nas fronteiras da inovação global. Só a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) trabalha com 94 projetos de pesquisa envolvendo os agentes biológicos, 41 deles em inovação aberta.”
Fonte: Valor Econômico, 31/10/2023
Descarbonização ganha velocidade
“O setor brasileiro de logística e transporte de cargas, cujos gastos respondem por 13% do Produto Interno Bruto (PIB), aproximadamente R$ 900 bilhões, concentra importantes soluções de tecnologia avançada baseadas em inteligência artificial (IA), análise de dados e internet das coisas (IoT), que buscam aumentar a eficiência e a produtividade dos ativos envolvidos no armazenamento, embarque e tráfego das mercadorias. A eletrificação cada vez mais intensa dos equipamentos de transporte, em substituição aos meios baseados em combustíveis fósseis, por exemplo, é uma das estratégias que se fortalecem nas operações de logística e transporte de mercadorias. Esse é o caso da empresa dinamarquesa de logística integrada A.P. Moller-Maersk, que investiu recentemente R$ 150 milhões na compra de novos equipamentos elétricos, entre eles três guindastes móveis sobre pneus (RTGs), para operação de contêineres no pátio do terminal portuário de Pecém, na região metropolitana de Fortaleza (CE). Em paralelo, a Maersk desenvolve projetos-piloto com caminhões elétricos, modelos cavalo mecânico, ou caminhão-trator, para permitir o transporte rodoviário de contêineres (FCL). O objetivo é avaliar as possibilidades de fornecer conectividade entre o modal rodoviário e os terminais portuários. “No Brasil, estamos construindo uma rede abrangente com o objetivo de integrar todo o processo de logística para nossos clientes e reduzir as emissões”, explica Karin Schoner, presidente para a Costa Leste da América do Sul da Maersk.”
Fonte: Valor Econômico, 31/10/2023
Biotecnologia brasileira em ascensão: a força gerada pela própria natureza
“Biodiversidade é a palavra-chave do mercado brasileiro quando se trata de desenvolvimento sustentável. Isso coloca o país em uma posição privilegiada no mercado global de biotecnologia, que cresce anualmente 15,85% e até 2028 deverá movimentar cerca de US$ 2,44 trilhões, de acordo com a Grand View Research. Há iniciativas conhecidas e consolidadas no país, como o fato de que perto de 25% dos produtos agrícolas são desenvolvidos nesse conceito, e outras mais recentes que surgem a partir da combinação de investimentos privados multissetoriais e programas públicos. O principal programa governamental está nas mãos do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI). Lançada em 2021, a Rede Brasil-Biotec pretende promover o avanço científico e, para isso, aposta em quatro áreas prioritárias: saúde humana, agropecuária, industrial e ambiental marinha. “Queremos um ambiente de interação entre institutos de pesquisa, empresas e governo transformando o conhecimento acumulado em produtos”, observa Thiago de Mello Moraes, coordenador geral de ciências da saúde, biotecnológicas e agrárias do MCTI. No ano passado, a Rede Brasil-Biotec lançou duas chamadas públicas, uma pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) no valor de R$ 31 milhões para centros de pesquisa e outra de R$ 50 milhões da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) para empresas.”
Fonte: Valor Econômico, 31/10/2023
Construção civil: concreto agora é biorreceptivo
“Tecnologia BIM (Building Information Modeling), realidade virtual, gestão de projetos e drones, por um lado, e materiais como hidrocerâmica, concreto biorreceptivo, madeira transparente, grafeno, bioconcreto, espuma de alumínio e telhas solares, por outro, vêm conseguindo uma transformação sem precedentes na construção civil, na avaliação de representantes do setor. Apontada como importante atividade econômica, além de ser grande empregadora, a construção civil é também um dos setores que mais consomem recursos naturais (30%) e energia (40%). Também contribui com 30% das emissões de gases de efeito estufa no mundo, segundo dados do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma). Nesse cenário um tanto preocupante, o desenvolvimento de tecnologias e a adoção de materiais de baixo impacto ambiental estão permitindo à indústria da construção melhorar seus impactos em relação ao meio ambiente e reduzir custos e tempo, além de apresentar obras cada vez mais sustentáveis e eficientes. A Câmara Brasileira da Indústria da Construção (Cbic) diz que investir em inovação, em tecnologia e em novos materiais é uma estratégia inteligente, sustentável e importante para agregar valor aos projetos, reduzir custos operacionais e garantir vantagens competitivas. “Há um maior comprometimento da indústria da construção com a agenda ambiental”, aponta Renato Correia, presidente da Cbic.”
Fonte: Valor Econômico, 31/10/2023
Energia: de olho no vento que vem do mar
“Destaque em energia eólica em parques terrestres no mundo, com fator de capacidade de geração no Nordeste superior a 50%, o dobro da média mundial, o Brasil se prepara para desbravar uma nova fronteira: o potencial dos ventos marítimos. Enquanto o governo sinaliza com regulação para a área até o fim do ano, empresas se movimentam para investir nesse novo segmento no país. Já há protocolados cerca de 200 gigawats (GW) de projetos no Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). Um exemplo do interesse está na Petrobras, que busca ampliar sua participação em renováveis investindo em eólicas offshore. Liderar a corrida implica, para a estatal, desenvolver equipamentos mais propícios para o Brasil, o que pode elevar a eficiência dos projetos e ampliar a rentabilidade deles. Em setembro, a Petrobras anunciou já ter solicitado o licenciamento de dez áreas marítimas para a instalação de estruturas de energia eólica com potência de 23 GW. Das dez áreas marítimas, sete ficam no Nordeste (três no Rio Grande do Norte, três no Ceará e uma no Maranhão) – as outras estão no Rio Grande do Sul, Espírito Santo e Rio de Janeiro. Para atingir a ambição de liderar o novo segmento, a estatal firmou parceria com a WEG, fornecedora de motores elétricos, para o desenvolvimento de um aerogerador capaz de produzir 7 megawatts de energia, o maior a ser fabricado no Brasil.”
Fonte: Valor Econômico, 31/10/2023
Pacto Global da ONU lança Aliança pelos Direitos Humanos e Empresas
“O Pacto Global da ONU no Brasil lançou, em Brasília, a Aliança pelos Direitos Humanos e Empresas (ADHE). A iniciativa é criada para trazer a pauta para o centro das decisões e nortear as discussões sobre proteção e respeito aos direitos humanos no âmbito corporativo. A novidade conta com apoio da Organização Internacional do Trabalho (OIT), por meio do projeto de Conduta Empresarial Responsável na América Latina e Caribe (CERALC), do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos (ACNUDH) e da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). “Essa iniciativa tem alto potencial para, por meio das organizações, contribuir de forma efetiva para o fortalecimento das condições de proteção e respeito aos direitos humanos no Brasil, por meio do tripé de engajamento, articulação e capacitação das organizações nacionais. Queremos impulsionar processos de devida diligência em direitos humanos, minimizar as violações e aumentar as reparações”, diz Carlo Pereira, CEO do Pacto Global da ONU no Brasil. A aprovação do texto da Convenção Nº 190, enviada ao Congresso Nacional pelo Poder Executivo em março deste ano, é uma das prioridades da Aliança. Aprovada em 2019 pela OIT, a Convenção Nº 190 representa um importante marco no reconhecimento da violência e do assédio no ambiente de trabalho como violações fundamentais dos direitos humanos.”
Fonte: Exame, 30/10/2023
Por que o mercado voluntário de carbono é tão importante?
“Estima-se que o impacto da mudança climática pode reduzir o PIB dos países em desenvolvimento em até 12%, até 2050. Essa projeção negativa, realizada pela S&P, é uma dentre dezenas de outras que são apontadas por intensos estudos anuais em escala global. Nesse cenário, nada animador, seria de se esperar uma mobilização mundial intensa para reduzir a emissão de Gases de Efeito Estufa (GEEs) e, assim, combater o aquecimento global. Mas a verdade é que, apesar dos debates calorosos que ocorrem há décadas, poucos resultados concretos podem ser comemorados. A mudança do clima representa um dos maiores desafios da humanidade e é fundamental buscarmos soluções eficazes e inovadoras para mitigar os impactos do aquecimento global. Um estudo do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC) revelou que a redução na conversão de florestas e outros ecossistemas é a segunda melhor solução para redução das emissões de gases de efeito estufa, só perdendo para o uso de energia solar. Aqui fica evidente a dicotomia da realidade brasileira, pois ao mesmo tempo que a mudança do uso da terra (desmatamento e degradação florestal) é o principal condutor das emissões do país, também é a sua maior oportunidade para dirimir os efeitos da mudança do clima. Nesse contexto, a precificação do carbono por meio do mecanismo de Mercado Voluntário de Carbono (MVC) desponta como uma poderosa ferramenta na luta contra a mudança climática, complementando os esforços governamentais e impulsionando ações sustentáveis em diversos setores da sociedade, principalmente, no desenvolvimento socioambiental das regiões onde os projetos são desenvolvidos.”
Fonte: Valor Econômico, 31/10/2023
Internacional
Empresas
BlackRock recomenda mineradoras como aposta em baixo carbono
“Os investidores perdem uma grande oportunidade de lucrar com a transição energética porque têm uma visão ultrapassada do setor de metais e mineração, segundo um dos investidores mais influentes do setor. “Nossa opinião, ao falar com nossos clientes e investidores em geral, é que a oportunidade neste espaço foi enormemente ignorada”, disse em entrevista Evy Hambro, chefe global de investimentos temáticos e setoriais da BlackRock. “Se você está focado na sustentabilidade, se você está focado na transição energética, não negligencie esta área. Há uma enorme oportunidade de valor.” Hambro aponta para um foco crescente na redução das emissões de carbono na produção de metais, maior disciplina nos gastos do que em booms anteriores, e uma rápida diminuição no custo de capital à medida que governos apoiam projetos de mineração para garantir o abastecimento doméstico de seus países. Executivos do setor, analistas e investidores especializados há vários anos preveem uma alta destas ações, impulsionada pela transição para uma economia de baixo carbono, que precisa de metais para redes de transmissão, baterias de veículos elétricos e painéis solares. No entanto, embora os preços tenham subido acentuadamente depois da pandemia, estagnaram no ano passado. “Não se trata do que acontece agora, se trata do que vai acontecer nos próximos 10 a 15 anos”, disse Hambro, argumentando que o setor está subvalorizado. “Se quiséssemos reconstruir a indústria do cobre em nível global, não conseguiríamos com o valor de mercado das empresas de cobre existentes hoje. Então, acho que há uma defasagem enorme nesse sentido.”.”
Fonte: Valor Econômico, 31/10/2023
Política
Indonésia aproxima-se de permitir o armazenamento transfronteiriço de carbono
“A Indonésia está finalizando um regulamento que abre esquemas de captura e armazenamento de carbono para mais indústrias e permite que gases de efeito estufa do exterior sejam armazenados no país, disse um funcionário do governo na terça-feira. A estrutura regulatória existente da Indonésia para implementar a captura e armazenamento de carbono (CCS) e a captura, armazenamento e utilização de carbono (CCUS) atualmente se aplica apenas ao setor de petróleo e gás. O país pretende se estabelecer como um centro de armazenamento de carbono, utilizando seus reservatórios de hidrocarbonetos empobrecido e aquíferos salinas, disse Tutuka Ariadji, alto funcionário do Ministério da energia. “Este regulamento terá um escopo mais amplo e possibilitará o armazenamento transfronteiriço, para que o carbono do exterior possa ser armazenado aqui por meio de certos mecanismos”, disse ele. Empresas fora do petróleo e gás, como as indústrias de cimento e metal, também poderão armazenar o carbono que emitirem para as instalações de CCS e CCUS sob as novas regras. A Indonésia tem capacidade de armazenamento de 8 gigatoneladas de carbono nos reservatórios esgotados, enquanto usaria cerca de 4 gigatoneladas de armazenamento, disse Tutuka, acrescentando que 400 gigatoneladas adicionais de capacidade de armazenamento estão disponíveis se utilizar seus aquíferos salinas.”
Fonte: Reuters, 31/10/2023
Índices ESG e suas performances
(1) O Índice ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial da B3) tem como objetivo ser o indicador do desempenho médio das cotações dos ativos de empresas com reconhecido comprometimento com o desenvolvimento sustentável, práticas e alinhamento estratégico com a sustentabilidade empresarial.
(2) O Índice S&P/B3 Brasil ESG mede a performance de títulos que cumprem critérios de sustentabilidade e é ponderado pelas pontuações ESG da S&P DJI. Ele exclui ações com base na sua participação em certas atividades comerciais, no seu desempenho em comparação com o Pacto Global da ONU e também cias sem pontuação ESG da S&P DJI.
(3) O ICO2 tem como propósito ser um instrumento indutor das discussões sobre mudança do clima no Brasil. A adesão das companhias ao ICO2 demonstra o comprometimento com a transparência de suas emissões e antecipa a visão de como estão se preparando para uma economia de baixo carbono.
(4) O objetivo do IGCT é ser o indicador do desempenho médio das cotações dos ativos de emissão de empresas integrantes do IGC que atendam aos critérios adicionais descritos nesta metodologia.
(5) A série de índices FTSE4Good foi projetada para medir o desempenho de empresas que demonstram fortes práticas ambientais, sociais e de governança (ESG).
(6) O Índice MSCI ACWI, que representa o desempenho de todo o conjunto de ações de grande e médio porte do mundo, em 23 mercados desenvolvidos e 26 emergentes.
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