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Ambipar (AMBP3) fecha acordo com a Heineken de olho em logística reserva | Café com ESG, 27/06

Acordo de logística reversa entre Ambipar e Heineken; Lista do PRI para engajamento com investidores

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Bom dia! Neste relatório diário publicado todas as manhãs pelo time ESG do Research da XP, buscamos trazer as últimas notícias para que você comece o dia bem informado e fique por dentro do tema ESG – do termo em inglês Environmental, Social and Governance ou, em português, ASG – Ambiental, Social e Governança.

Quais tópicos abordamos ao longo do conteúdo? (i) Notícias no Brasil e no mundo acerca do tema ESG; (ii) Performance histórica dos principais índices ESG em diferentes países; (iii) Comparativo da performance do Ibovespa vs. ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial, da B3); e (iv) Lista com os últimos relatórios publicados pelo Research ESG da XP.

Principais tópicos do dia

• O mercado encerrou o pregão de quarta-feira em território misto, com o IBOV subindo 0,25%, enquanto o ISE recuou 0,16%.

• No Brasil, (i) a Ambipar fechou um contrato de 5 anos com a Heineken para fazer a logística reversa de suas garrafas de vidro – a Ambipar ficará responsável por coletar as garrafas e cacos de vidro do pós-consumo do mercado, aplicando conceito da circularidade e evitando que elas acabem nos aterros sanitários; e (ii) o Principles for Responsible Investment (PRI) anunciou ontem durante a Semana do Clima em Londres um novo braço dedicado à natureza e à biodiversidade – uma lista de 60 companhias, das quais 10 são brasileiras, serão o alvo inicial do engajamento de cerca de 66 investidores, incluindo BRF, Gerdau, Grupo Pão de Açúcar, Marfrig e Minerva.

• No internacional, segundo relatório publicado hoje pela consultora Oliver Wyman, o mercado global de créditos de remoção de dióxido de carbono (CO2) pode chegar a US$ 100 bilhões por ano entre 2030 e 2035, atingindo um crescimento exponencial vs. US$ 2,7 bilhões em 2023 – a demanda por créditos começou a aumentar em diversos setores como tecnologia e finanças, produtos químicos e aviação.

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Brasil

Empresas

Ambipar fecha contrato inédito com a HEINEKEN e espera crescer em 15% a receita anual da vertical de Environment

“A Ambipar acaba de fechar um contrato com a Heineken Brasil para fazer a logística reversa de suas garrafas de vidro. A parceria se inicia com um contrato de 5 anos prorrogáveis, modelo inédito para a Heineken Brasil – é a primeira vez que a multinacional holandesa fecha uma parceria deste tipo no mundo. A Ambipar ficará responsável por coletar as garrafas e cacos de vidro do pós-consumo do mercado, aplicando conceito da circularidade e evitando que elas acabem nos aterros sanitários. A coleta será feita por cooperativas de catadores que são parceiros da Ambipar. Hoje, a Ambipar tem 282 cooperativas parceiras e espera expandir este número para 600 nos próximos três anos. Depois de coletar as garrafas e cacos, a Ambipar vai enviá-las para nove centrais de tratamento, que serão construídas agora, onde elas serão quebradas, e os cacos separados por cor e lavados, para depois serem vendidas para a indústria vidreira. A construção das centrais será escalonada: três serão construídas ainda este ano, três ano que vem, e as últimas três ao longo de 2026. O CEO da Ambipar, Tércio Borlenghi Júnior, disse ao Brazil Journal que o contrato será um dos maiores contrato da Environment hoje. Segundo ele, quando as nove centrais estiverem prontas e maduras, a receita estimada para a Ambipar é de R$ 400 milhões/ano, com um EBITDA de 25%. A TIR do projeto gira em torno de 20%. “E é um contrato que pode aumentar muito ao longo dos anos, porque vamos ser convidados para fazer parte dos BIDs estratégicos para atender outras demandas de serviços ambientais da cervejaria no Brasil, reforçando nosso posicionamento no mercado como plataforma full service,” disse Tércio.”

Fonte: Brazil Journal; 26/06/2024

A holística como futuro da transição energética

“O mundo está na busca de uma eletrificação que possa alavancar a transição energética. Com esse objetivo, os olhares estão mais voltados para o sol e o vento, energias renováveis que não emitem gases de efeito estufa na sua operação. O problema é que as demandas de eletrificação estão ficando cada vez maiores e custosas: carros elétricos, armazenamento de dados, bombas de calor, etc… Para garantir todo esse processo são necessárias baterias que armazenem a energia com segurança temporária (quatro horas) como garantia contra a intermitência das fontes eólicas e solares. No caso dos veículos elétricos, suas baterias poderiam também ser usadas no armazenamento de energia para o setor elétrico. Hoje a tecnologia de baterias usa minerais de forma intensiva na construção destes equipamentos. Para fazermos um MW de eólica precisamos de 10 vezes mais aço do que o necessário para fazer um MW de usina a carvão. E Isso sem contar com os minerais críticos, como as terras raras. Para fabricar o aço precisamos de carvão e ferro. Na questão das baterias precisamos de vários minerais, como o níquel. A produção e o processamento de níquel têm por base um só país, a Indonésia. Por ter enormes reservas, em dez anos (2013-2023) os indonésios fizeram uma verdadeira revolução, desenvolvendo uma indústria que só vendia minério bruto para transformá-la num centro de processamento desse produto. Como isso foi possível? Com uma política de Estado, pois a Indonésia tinha minério e energia de baixo custo e política de licenciamento ambiental rápido para os projetos. Isso atraiu investidores, especialmente chineses. Hoje, o país tem 15 GW de energia elétrica produzida por carvão para atendimento as usinas de processamento de níquel. Sem a Indonésia produzindo níquel, não teremos baterias a custos acessíveis.”

Fonte: Epbr; 26/06/2024

Aliança financeira pró-natureza coloca foco em empresas brasileiras

“O Principles for Responsible Investment (PRI), uma das maiores alianças financeiras para promover critérios sociais e ambientais nos investimentos, anunciou hoje um novo braço dedicado à natureza e à biodiversidade – e o Brasil está no centro das atenções. A iniciativa, anunciada oficialmente nesta quarta-feira na semana do clima de Londres, tem o nome Spring. Uma lista de 60 companhias, das quais 10 são brasileiras, serão o alvo inicial do engajamento de cerca de 66 investidores. A rede completa do PRI conta com mais de 5,5 mil signatários em 100 países, que somam US$ 120 trilhões em ativos. Pouco mais de 200, que juntos administram aproximadamente US$ 15 trilhões, já anunciaram apoio ao novo programa. O objetivo é usar a influência do setor financeiro sobre grandes companhias para ajudar a interromper a perda de biodiversidade no planeta e promover a restauração da natureza. Essa é a meta central do Marco Global da Biodiversidade, aprovado há um ano e meio na Conferência da ONU que trata do tema. O documento é comparado ao Acordo de Paris, que estabelece marcos para o clima. O diálogo com as empresas deve durar pelo menos cinco anos e terá como foco principal a perda de florestas e a degradação da terra, dois dos maiores motores da perda de diversidade biológica no planeta. As brasileiras selecionadas incluem quatro bancos e três empresas de proteínas animais. Eis a lista completa: Atacadão, Banco do Brasil, Bradesco, BTG Pactual, BRF, Gerdau, Grupo Pão de Açúcar, Itaú Unibanco, Marfrig e Minerva. A escolha se baseou em dois critérios principais. O primeiro foi a capacidade de influência que as selecionadas têm sobre as pontas de suas cadeias de valor que estão próximas do problema. A Spring também evitou incluir nomes que já aparecem em outras listas do tipo. JBS, Vale e Suzano, por exemplo, estão no rol de empresas abordadas pela Nature Action 100, uma coalizão com objetivos semelhantes.”

Fonte: Capital Reset; 26/06/2024

Política

Noruega formaliza doação de US$ 50 milhões ao Fundo Amazônia

“O Banco Nacional de Desenvolvimento de Econômico e Social (BNDES) e o governo da Noruega formalizaram uma nova doação para o Fundo Amazônia, no valor de US$ 50 milhões (cerca de R$ 273 milhões). O anúncio foi feito, nesta quarta-feira (26), no Fórum de Florestas Tropicais de Oslo (Oslo Tropical Forest Forum – OTFF), na capital norueguesa. O primeiro acordo de doação assinado entre o BNDES e a Noruega para o Fundo Amazônia foi em 2009 e, desde então, o país permanece sendo o maior doador da iniciativa, com recursos que superam R$ 3 bilhões. A nova doação foi um compromisso firmado na última COP, em Dubai. De acordo com o BNDES, o pagamento por resultados pelo governo norueguês é o maior aporte anunciado para 2024. “Essa nova doação da Noruega vem reafirmar nossos compromissos mútuos e abrir caminho para novos doadores seguirem esse exemplo de parceria bem-sucedida”, disse o superintendente da área ambiental do BNDES, Nabil Kadri, que palestrou no evento internacional e anunciou oficialmente o aporte dos recursos. O Fundo Amazônia é administrado e gerido pelo BNDES, em coordenação com o Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima. O Fundo prevê o apoio não reembolsável a ações de prevenção, monitoramento e combate ao desmatamento e de conservação e do uso sustentável da Amazônia Legal. Além disso, até 20% dos recursos podem ser aplicados no desenvolvimento de sistemas de monitoramento e controle do desmatamento em outros biomas brasileiros e em outros países tropicais.”

Fonte: Valor Econômico; 26/06/2024

‘Pauta verde’ emperra por falta de acordos no Senado Federal

“O governo trabalha para que o PL do Combustível do Futuro seja aprovado antes do recesso parlamentar – sem alterações em relação ao texto que passou na Câmara dos Deputados, de modo que siga direto para sanção presidencial. Diante da falta de acordos no Senado, o relator Veneziano Vital do Rêgo (MDB/PB) adiou a entrega do seu parecer. A epbr apurou que o senador ainda avalia propostas, principalmente para o mercado de gás natural – produtores e consumidores industriais tentam alterar o mandato do biometano. E, assim, cogita deixar a votação para agosto. É o texto que eleva as misturas de biodiesel e etanol, cria o mandato de descarbonização da aviação civil, a aguardada política para o combustível sustentável (SAF), entre outras. Mostramos na segunda (24/6) que a nova presidente da Petrobras, Magda Chambriard, abriu uma negociação para discutir a inserção do coprocessado com o setor de biodiesel em outra oportunidade. A proposta para o ciclo diesel ainda mobiliza agentes do setor de combustíveis. O Combustível do Futuro, o marco das eólicas offshore e os incentivos para o hidrogênio são as prioridades do governo Lula na ‘pauta verde’ deste primeiro semestre legislativo, que se aproxima do fim. Todos aguardam a discussão no Senado Federal. Enquanto leilões voltam a movimentar bilhões no exterior, desenvolvedores que se instalaram no Brasil de olho nas eólicas offshore temem que a janela de investimentos seja perdida. O projeto passou na Câmara, com votos da base e cheio de emendas que o governo agora diz que é preciso derrubar.Acaba que o que menos se discute são as eólicas em si: Térmicas atravancam eólicas offshore no Senado e mercado teme perda de janela para investimentos.”

Fonte: Epbr; 26/06/2024

Decreto de biometano do Rio esbarra na Agenersa e deve ficar para agosto

“A Secretaria de Energia e Economia do Mar do Estado do Rio de Janeiro (Seenemar) e a Agenersa têm mantido conversas para tentar contornar as divergências sobre a minuta de decreto que regulamenta a Política Estadual de Gás Natural Renovável. O conselheiro da agência reguladora estadual, Vladimir Paschoal, disse nesta quarta (26/6) que a expectativa é que as novas regras para biometano sejam publicadas “no pior dos cenários” em agosto. O governo fluminense tinha a expectativa de lançar em evento conjunto com a ABiogás, nesta quarta, mas esbarrou em questionamentos do regulador estadual. Conforme antecipado pelo político epbr, serviço de assinatura exclusivo para empresas (teste grátis por 7 dias), a Agenersa entendeu que a minuta de decreto trouxe “inovações” que não encontram respaldo legal. O despacho assinado pelo conselheiro-presidente, Rafael de Menezes, cita, dentre outros pontos, que as novas obrigações, procedimentos e requisitos previstos na minuta podem “configurar uma extrapolação do poder regulamentar” – e que qualquer alteração substancial na legislação vigente deve ser feita por meio de uma nova lei. Também alega que a minuta traz, para as distribuidoras, obrigações não previstas em contrato de concessão (o que pode levar a pleitos de reequilíbrio econômico-financeiro). A minuta apresentada pela Seenemar é bem ampla: passa por questões como swap (troca operacional/comercial); regras para compra do biometano pelas distribuidoras de gás canalizado e por consumidores livres; e pela qualidade do gás renovável. A Agenersa propôs, contudo, que o decreto esteja estritamente alinhado ao texto e ao espírito da Lei 6.361/2012, que obriga as distribuidoras (CEG e CEG Rio) a adquirir todo o biometano produzido no estado – até o limite de 10% do volume de gás natural distribuído por cada uma das concessionárias, desconsiderada a demanda das termelétricas.”

Fonte: Epbr; 26/06/2024

Não incidência de contribuição previdenciária sobre CBIOS

“A Lei nº 13.576/2017, que dispõe sobre a Política Nacional de Biocombustível (Renovabio), previu a criação do Crédito de Descarbonização (CBIO), que permite que as distribuidoras de combustíveis cumpram suas metas individuais de redução de gases causadores do efeito estufa. Os CBIOs podem ser considerados uma espécie de “créditos de carbono” gerados em decorrência das metas de redução de gases causadores de efeito estufa pelas distribuidoras de combustíveis, cuja emissão é autorizada a produtores de biocombustíveis, dentre os quais as agroindústrias que realizam atividades agrícolas (rurais) e industriais de cultivo e processamento da cana-de-açúcar para a produção do açúcar, etanol e energia elétrica. Eles são definidos pela referida lei como “instrumentos registrados sob a forma escritural, para fins de comprovação da meta individual do distribuidor de combustíveis”. Os produtores e importadores de biocombustíveis habilitados no programa pela Agência Nacional de Petróleo (ANP) são considerados os emissores primários, os quais podem realizar a geração e venda dos CBIOs em mercados organizados, inclusive em leilões. As distribuidoras de combustíveis fósseis, por sua vez, são obrigadas a adquirir esses CBIOs para fins de atingir as metas compulsórias estabelecidas pela Lei nº 13.576/2017. Apesar de a venda dos CBIOs gerar uma receita para essas agroindústrias, tal receita não decorre da comercialização de sua produção. Por essa razão, a venda de CBIOs encontra-se fora do âmbito de incidência das contribuições devidas pela agroindústria, que de acordo com o artigo 22-A da Lei nº 8.212/1991 incide sobre a receita bruta proveniente da comercialização da produção.”

Fonte: Valor Econômico; 27/06/2024

Internacional

Empresas

Shell chega a decisão final de investimento em projetos de armazenamento de carbono no Canadá

“A Shell Canada Products, subsidiária da Shell, anunciou nesta quarta (26/6), a Decisão Final de Investimento (FID) para o Polaris, um projeto de captura de carbono localizado no complexo de refinaria e produtos químicos da Shell em Scotford, Canadá. O projeto Polaris foi pensado para capturar aproximadamente 650 mil toneladas de CO2 anualmente das operações no complexo, que serão injetadas em reservatórios subterrâneos de outro projeto com FID anunciado hoje, o Atlas Carbon Storage Hub, em parceria com a ATCO EnPower. Ambos os empreendimentos estão previstos para iniciar suas operações no final de 2028. “Captura e armazenamento de carbono são tecnologias essenciais para alcançar as metas climáticas do Acordo de Paris”, disse Huibert Vigeveno, diretor de soluções de energia renovável e downstream da Shell. O Polaris tem o potencial de reduzir as emissões de CO2 do escopo 1 na refinaria de Scotford da Shell em até 40% e em até 22% no complexo químico. As iniciativas são parte dos investimentos da companhia, de até US$15 bilhões entre 2023 e 2025, em soluções de energia de baixo carbono. No projeto da Atlas, a Shell é parceira (50/50) com a ATCO EnPower. Futuramente, as empresas acreditam ser possível oferecer o serviço de armazenagem de carbono para terceiros. As emissões de CO2 capturadas pelo Polaris serão enviadas para o Atlas Hub por meio de um oleoduto de aproximadamente 22 quilômetros até dois reservatórios subterrâneos. O CO2 será armazenado a aproximadamente dois quilômetros de profundidade na mesma formação rochosa usada em outro projeto de estocagem de CO2, que tem a participação da Shell, o Quest, também em Scotford. O Quest já capturou e armazenou cerca de um milhão de toneladas de CO2 por ano, desde 2015, segundo a empresa.”

Fonte: Epbr; 26/06/2024

Investidores questionam empresas sobre riscos naturais

“Olá, do alto da Semana de Ação Climática de Londres. Lançada em 2019, a iniciativa parece ter ganhado força significativa. A enxurrada de eventos desta semana pode ajudar a acalmar aqueles que temem que a abordagem morna do governo em relação à política verde tenha enfraquecido a posição do Reino Unido na conversa sobre o clima global. Muito mais importante, é claro, será o resultado das eleições gerais do Reino Unido, que ocorrerão daqui a pouco mais de uma semana. O líder da oposição, Sir Keir Starmer, deu mais ênfase do que o primeiro-ministro Rishi Sunak à estratégia verde, embora seu partido trabalhista tenha reduzido seus planos de investimento em baixo carbono. Com a política verde cada vez mais contestada em todo o mundo, hoje vamos analisar como os investidores estão navegando nesse período turbulento. Eu analiso uma nova iniciativa na qual os gerentes de ativos estão pressionando as empresas a adotarem uma abordagem responsável em relação ao lobby do governo. E Lee analisa a estratégia em evolução de um dos maiores fundos do mundo voltados para o clima. – Simon Mundy. Foram dois anos difíceis para os defensores de uma ação coordenada do setor financeiro em relação ao meio ambiente. As alianças voltadas para o clima foram alvo de críticas de políticos republicanos nos EUA, que acusaram os membros de perseguir uma vingança contra o setor de combustíveis fósseis e levantaram questões sobre a lei de concorrência. Sob pressão, grandes empresas de ambos os lados do Atlântico saíram dessas iniciativas com grande visibilidade. Mas o progresso não foi prejudicado, de acordo com David Atkin, executivo-chefe dos Princípios para o Investimento Responsável. Idealizado pelo ex-secretário-geral da ONU, Kofi Annan, o PRI é a maior rede de investidores do gênero, com mais de 5.000 membros institucionais que administram cerca de US$ 120 trilhões em ativos.”

Fonte: Financial Times; 26/06/2024

O maior produtor de energia renovável da Europa reduz seus planos para usinas eólicas e solares

“A maior produtora de energia renovável da Europa está reduzindo seus planos de construir novas usinas eólicas e solares devido aos preços mais baixos da eletricidade e aos custos mais altos. Birgitte Vartdal, executiva-chefe da Statkraft, que assumiu o cargo em abril, prometeu “afiar” a estratégia para lidar com um ambiente mais difícil. “A transição da energia fóssil para a energia renovável está acontecendo em um ritmo crescente na Europa e no resto do mundo. No entanto, as condições de mercado para todo o setor de energia renovável se tornaram mais desafiadoras”, disse ela. Embora a Statkraft não esteja listada em bolsa, os mercados públicos destacaram a queda na demanda por energias renováveis. O S&P Global Clean Energy Index, que inclui fabricantes de turbinas eólicas e painéis solares, caiu 25% desde julho do ano passado, enquanto os fundos de ações ESG sofreram saídas de US$ 38 bilhões este ano até o final de maio, segundo o Barclays. A Statkraft, que é de propriedade do estado norueguês e produz energia principalmente a partir de sua vasta frota de usinas hidrelétricas, anunciou planos para reduzir o crescimento da capacidade na quinta-feira. O objetivo agora é instalar de 2 a 2,5 GW de energia eólica em terra, solar e armazenamento de bateria anualmente a partir de 2026 – potencialmente o suficiente para fornecer eletricidade a cerca de 2,5 milhões de residências. Isso se compara a uma meta anterior de 2,5 a 3 GW por ano a partir de 2025 e de 4 GW por ano a partir de 2030. Com relação à energia eólica offshore, o objetivo agora é desenvolver de 6 a 8 GW no total até 2040, abaixo de sua meta anterior de 10 GW. “Ainda acreditamos firmemente na energia eólica offshore e gostaríamos de permanecer nela, mas estamos reduzindo um pouco nossa ambição”, disse Vartdal.”

Fonte: Financial Times; 27/06/2024

Setor de energia do Reino Unido reduz o uso de combustíveis fósseis a novos mínimos

“Os produtores de energia do Reino Unido reduziram o uso de combustíveis fósseis na geração de eletricidade em 16% nos primeiros cinco meses de 2024 em relação ao mesmo período de 2023, segundo dados do think tank Ember. Os 33,55 terawatts-hora (TWh) de eletricidade gerada a partir de combustíveis fósseis foram os mais baixos para o período de janeiro a maio em pelo menos nove anos e marcam o terceiro ano consecutivo de cortes nos combustíveis fósseis na geração de energia do Reino Unido durante esse período. As emissões do setor de energia do Reino Unido provenientes de combustíveis fósseis também caíram, diminuindo 14% ou pouco mais de 3 milhões de toneladas métricas de dióxido de carbono (CO2) de janeiro a maio de 2024 em relação a 2023. As empresas de energia também aumentaram a produção de fontes de energia limpa em 10% durante o período de janeiro a maio, o que resultou em combustíveis de energia limpa representando uma participação média recorde de 66,1% da geração total de eletricidade durante esse período. Essa participação da geração de eletricidade limpa se compara a pouco menos de 61% no mesmo período em 2023 e, portanto, marca uma expansão significativa da utilização de energia limpa na geração de eletricidade do Reino Unido este ano. A participação da energia limpa do Reino Unido nos primeiros cinco meses de 2024 também é maior do que a média europeia (63%) e está bem acima da Alemanha (59%) e da Itália (54%), mostram os dados da Ember. E a queda de 14% nas emissões de combustíveis fósseis do Reino Unido na produção de energia até maio também é mais acentuada do que a queda de 10% registrada pelo setor de energia da Europa no mesmo período.”

Fonte: Reuters; 27/06/2024

O mercado global de remoção de carbono pode chegar a US$ 100 bilhões/ano entre 2030 e 2035, segundo o relatório

“O mercado global de créditos de remoção de dióxido de carbono (CO2) pode chegar a US$ 100 bilhões por ano entre 2030 e 2035, ante US$ 2,7 bilhões no ano passado, se as barreiras ao seu crescimento forem resolvidas, segundo um relatório da consultoria de gestão Oliver Wyman na quinta-feira. O agravamento da mudança climática e os esforços inadequados para reduzir as emissões levaram os cientistas da ONU a estimar que bilhões de toneladas de carbono devem ser removidas da atmosfera anualmente usando a natureza ou a tecnologia para atingir as metas climáticas globais. A demanda por créditos começou a aumentar em setores tão diversos como tecnologia e finanças, produtos químicos e aviação, mas ainda não é grande o suficiente para impulsionar a escala de projetos que os especialistas dizem ser necessária, segundo o relatório da Oliver Wyman, da City of London Corporation e do UK Carbon Markets Forum. As vendas totais de remoções de CO2 foram estimadas em US$ 2,7 bilhões em 2023, segundo o relatório, mas poderiam crescer para até US$ 100 bilhões por ano até 2030-35. As barreiras ao crescimento do mercado incluem a falta de padrões universalmente acordados para os créditos de remoção de CO2 e a falta de orientação sobre como as remoções podem ser usadas para ajudar a cumprir as metas climáticas. De acordo com as taxas de crescimento atuais entre 2020 e 2023, espera-se que o mercado atinja US$ 10 bilhões por ano até 2030-2035, segundo o relatório. Para que o mercado cresça na Grã-Bretanha, o governo deve incluir as remoções em seu sistema de comércio de emissões, estabelecer uma estrutura financeira para apoiar o mercado e endossar o uso de remoções dentro das estratégias de net zero das empresas, afirmou.”

Fonte: Reuters; 27/06/2024

Política

Meta net zero custará ‘centenas de bilhões’, diz deputado trabalhista em gravação vazada

“Um líder trabalhista admitiu que descarbonizar a economia britânica a longo prazo custará “centenas de bilhões” de libras, em comentários que foram criticados por oponentes conservadores. Darren Jones, secretário-chefe sombra do Tesouro, foi gravado no início deste ano em uma reunião pública em Bristol falando sobre o “plano de prosperidade verde” de 28 bilhões de libras por ano do Partido Trabalhista, que desde então foi reduzido para 5 bilhões de libras por ano. Perguntado se 28 bilhões de libras por ano seriam suficientes para descarbonizar a economia do Reino Unido, Jones, em uma gravação fornecida ao The Daily Telegraph, respondeu: “Não, é muito pouco. Precisamos de centenas de bilhões de libras”. O parlamentar trabalhista deixou claro que estava falando principalmente de investimentos de longo prazo do setor privado, apoiados por algum subsídio estatal. No entanto, na quarta-feira, o Partido Conservador não poupou comentários, com Laura Trott, secretária-chefe do Tesouro, perguntando quais impostos os trabalhistas colocariam para financiar seu plano verde. “Isso é muito sério. Em vez de custar 5 bilhões de libras por ano, o homem que Keir Starmer colocaria no comando do dinheiro do país está dizendo que a política principal dos trabalhistas significaria gastar ‘centenas de bilhões de libras’ a mais do que os trabalhistas estão dizendo às pessoas em público”, disse ela. “Trata-se de confiança.” Os conservadores disseram que atingir emissões de carbono “líquidas zero” até 2050, uma meta que ambos os partidos apoiam, custaria centenas de bilhões de libras. Em 2019, quando a primeira-ministra Theresa May introduziu a meta de zero emissões líquidas, seu chanceler, Philip Hammond, escreveu para ela, alertando que a política custaria mais de £ 1 trilhão.”

Fonte: Financial Times; 26/06/2024

UE elabora plano para evitar disputas sobre megaprojetos de energia verde

“A União Europeia definirá como seus países membros devem desenvolver conjuntamente grandes projetos de energia renovável, em uma tentativa de evitar que os projetos sejam atrasados por disputas sobre a divisão da conta, segundo um documento visto pela Reuters. À medida que a mudança da Europa para a energia de baixo carbono ganha ritmo, os países estão planejando novos e importantes parques eólicos e outros projetos de energia off-shore que serão conectados a várias nações. A forma como os governos e as empresas desses países dividem a conta desses projetos é uma questão em aberto, e Bruxelas está preocupada com o fato de que as disputas sobre quem deve pagar podem prejudicar a construção desses novos e importantes centros de energia verde. “Não subestimamos o potencial de conflitos, disputas e atrasos em projetos dessa complexidade”, disse um alto funcionário da UE. As diretrizes preliminares da Comissão Europeia, que devem ser publicadas esta semana e vistas pela Reuters, fornecerão uma base para os governos negociarem acordos sobre esses grandes projetos de energia renovável offshore. Por exemplo, os países devem considerar a possibilidade de retirar uma parte dessas receitas de congestionamento e colocar o dinheiro em um fundo que poderia investir em futuros projetos de energia renovável, beneficiando vários países da região, segundo a minuta. Tal esquema “abordaria as lacunas de investimento persistentemente difíceis de preencher”, para grandes projetos de energia transfronteiriços, segundo a minuta. Outras formas de cobrir as lacunas de financiamento poderiam incluir acordos de “transferência estatística”, nos quais um país investe em um projeto de energia renovável em outro país, em troca do recebimento de créditos que o país investidor pode contabilizar para atingir suas metas de energia renovável, segundo a minuta.”

Fonte: Reuters; 26/06/2024

Índices ESG e suas performances

(1) O Índice ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial da B3) tem como objetivo ser o indicador do desempenho médio das cotações dos ativos de empresas com reconhecido comprometimento com o desenvolvimento sustentável, práticas e alinhamento estratégico com a sustentabilidade empresarial.
(2) O Índice S&P/B3 Brasil ESG mede a performance de títulos que cumprem critérios de sustentabilidade e é ponderado pelas pontuações ESG da S&P DJI. Ele exclui ações com base na sua participação em certas atividades comerciais, no seu desempenho em comparação com o Pacto Global da ONU e também cias sem pontuação ESG da S&P DJI.
(3) O ICO2 tem como propósito ser um instrumento indutor das discussões sobre mudança do clima no Brasil. A adesão das companhias ao ICO2 demonstra o comprometimento com a transparência de suas emissões e antecipa a visão de como estão se preparando para uma economia de baixo carbono.
(4) O objetivo do IGCT é ser o indicador do desempenho médio das cotações dos ativos de emissão de empresas integrantes do IGC que atendam aos critérios adicionais descritos nesta metodologia.
(5) A série de índices FTSE4Good foi projetada para medir o desempenho de empresas que demonstram fortes práticas ambientais, sociais e de governança (ESG).
(6)
O Índice MSCI ACWI, que representa o desempenho de todo o conjunto de ações de grande e médio porte do mundo, em 23 mercados desenvolvidos e 26 emergentes.


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