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IPCA de junho já mostra deflação de combustíveis

O IPCA de junho subiu 0,67%, abaixo das expectativas de mercado e nossa projeção (0,72% e 0,75%, respectivamente). No ano, o IPCA acumula alta de 5,49% e em 12 meses, de 11,89%.

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O IPCA de junho subiu 0,67%, abaixo das expectativas de mercado e nossa projeção (0,72% e 0,75%, respectivamente). No ano, o IPCA acumula alta de 5,49% e em 12 meses, de 11,89%. O desvio em relação à nossa projeção foi de 0,08 p.p., concentrado em gasolina (-0,04 p.p.) e higiene pessoal (-0,04 p.p.).

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Apesar do desvio, a dinâmica inflacionária parece ter permanecido a mesma: desaceleração gradual de bens industriais, mas com vários itens ainda sob pressão, especialmente vestuário e automóveis. E serviços ainda em trajetória de aceleração, devido à efeitos da reabertura e inflação corrente elevada.

Todos os nove grupos de produtos e serviços pesquisados tiveram variação positiva em junho. A maior variação foi do grupo Vestuário, com alta de 1,67% e 0,07 p.p. de contribuição. Já o grupo Transportes (0,57%) desacelerou em relação a maio (1,34%), influenciado pelo resultado dos combustíveis (-1,20%). Enquanto os preços da gasolina caíram 0,72%, o recuo nos preços do etanol foi mais intenso (-6,41%). 

Na série com ajuste sazonal, o IPCA acelerou no mês de 0,71% para 0,88%, mas na média móvel de três meses anualizada (medida que nos ajuda a ver movimentos na margem) já observamos desaceleração (de 14,41% para 11,73%), depois da alcançar o pico em abril (15,14%). Outro ponto positivo foi a queda da difusão, percentual de itens da cesta que subiram de preços, que passou de 0,72% para 0,67%

À frente, com a sanção do PLP 18, medida que diminui impostos de energia elétrica, gás natural, combustíveis, telecomunicações e transportes coletivos, o IPCA deve entrar em campo deflacionário. Estimamos deflação de -0,61% em julho e IPCA de 7,0% no ano.

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