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Estímulos creditícios continuam bem-sucedidos em julho

Resumo Em julho de 2020, as concessões de crédito tanto para pessoas jurídicas quanto para pessoas físicas continuaram em ritmo de expansão. A forte aceleração das concessões de crédito direcionadas às empresas demonstraram, novamente, a eficácia dos estímulos creditícios que vêm sendo anunciados e sustentados pelo governo durante a pandemia. As concessões de crédito imobiliário […]

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Resumo

Em julho de 2020, as concessões de crédito tanto para pessoas jurídicas quanto para pessoas físicas continuaram em ritmo de expansão. A forte aceleração das concessões de crédito direcionadas às empresas demonstraram, novamente, a eficácia dos estímulos creditícios que vêm sendo anunciados e sustentados pelo governo durante a pandemia. As concessões de crédito imobiliário e rural direcionados às famílias também chamaram a atenção, assim como as baixas taxas de juros aplicadas no período. As medidas creditícias têm se mostrado bem-sucedidas na tentativa de chegar “na ponta” (o que vinha sendo o principal desafio em meados de abril e maio). É importante ressaltar que esses estímulos estão exercendo um papel crucial para a recuperação da economia no curto prazo, mas, olhando para frente, fica o questionamento de como será o ritmo de recuperação quando essas fontes de estímulos, que já têm começado a pesar um pouco mais do lado fiscal, começarem a ser gradativamente retiradas da economia.

Principais destaques do resultado:

Em julho de 2020, as concessões de crédito deflacionadas pelo IPCA apresentaram expansão de 10,1% na comparação com o mês anterior. O resultado foi sustentado tanto pelas concessões de crédito às famílias, que apresentaram expansão de 6,0% na comparação mensal de julho, quanto pelas concessões de crédito às empresas, que apresentaram expansão de 15,1% na mesma base de comparação. Com o avanço nas concessões, o saldo total de crédito como proporção do PIB passou de 50,3% em junho para 51,4% em julho, na série livre de efeitos sazonais.

Um dos principais destaques do resultado foi o aumento significativo das concessões de crédito direcionado às pessoas jurídicas, que apresentaram expansão de 252,5% na comparação anual de julho, sustentadas principalmente pelo avanço das concessões categorizadas como “outras” (concessões direcionadas que excluem crédito rural, para financiamentos imobiliários e do BNDES). Ainda no caso das concessões de crédito às pessoas jurídicas, também chamou a atenção o aumento das concessões livres para capital de giro com prazo maior de 365 dias, que apresentaram expansão de 153,2% na comparação anual de julho.

Já no caso das concessões de crédito direcionadas às famílias, os principais destaques foram as concessões para financiamento imobiliário, que apresentaram expansão de 11,6% na comparação mensal (e deflacionada) de julho, sustentadas novamente pelas baixas taxas de juros no período. Também chamou a atenção o aumento das concessões de crédito direcionadas ao crédito rural para as famílias, que apresentaram expansão de 42,1% na comparação mensal e deflacionada do período.  

A taxa de inadimplência das famílias com cartão de crédito, que vinha acelerando nos últimos meses, contraiu 2 pontos percentuais na passagem de junho para julho. A inadimplência das famílias com cheque especial, por outro lado, continuou em 17%.

Refletindo os efeitos dos estímulos creditícios durante a pandemia, as taxas de juros, os spreads e as taxas de inadimplência tanto de pessoas físicas quanto de pessoas jurídicas permaneceram em patamares historicamente baixos. Vale ressaltar, no entanto, que ainda existem dúvidas com relação à real inadimplência dos agentes, uma vez que, devido ao estado de calamidade pública, muitas dívidas foram renegociadas e muitos prazos foram postergados. A mensagem deve ficar mais clara conforme os próximos resultados forem divulgados.

Em linha com a sinalização positiva trazida pelo avanço das concessões e pela queda das taxas de juros, spreads e inadimplência no mês, o saldo total de crédito às pequenas e médias empresas, que vinha apresentando ritmo de recuperação inferior ao das grandes empresas nos últimos meses, apresentou expansão de 14,3% na comparação mensal de julho. O resultado, apesar de não fazer referência a novas concessões e sim ao saldo total de crédito por porte de empresa, sugere que os estímulos creditícios anunciados pelo governo durante a pandemia têm conseguido chegar aos pequenos e médios empreendimentos nos últimos meses.

É importante ressaltar que todos os estímulos vigentes na economia hoje (creditícios, monetários e fiscais) estão exercendo um papel crucial para a recuperação da economia no curto prazo, mas, olhando para frente, fica o questionamento de como será o ritmo de recuperação quando essas fontes de estímulos, que já têm começado a pesar um pouco mais do lado fiscal, começarem a ser gradativamente retiradas da economia.

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