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Economia em Destaque: PIB brasileiro começa bem o ano, emprego em alta

Seu resumo semanal de economia no Brasil e no mundo

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Resumo

No cenário internacional, o destaque da semana foram os números do mercado de trabalho americano, e a indicação de continuidade de crescimento no curto prazo, mas a confiança do consumidor começa a preocupar. A inflação ao consumidor atinge novo recorde na Europa, e perspectivas de atividade na China ficam mais positivas com a retirada de restrições devido à melhora de dados relacionado à Covid.

No Brasil, o PIB do primeiro trimestre cresceu 1% em relação ao último trimestre de 2021. Na semana, também foram divulgados dados de mercado de trabalho, que registraram melhora muito acima do esperado e dados de produção industrial com sinais mistos. No campo político, continuam as discussões acerca de propostas para reduzir o preço dos combustíveis.

Atualizações Covid-19 no Brasil

No Brasil, tanto a média móvel de sete dias de novos casos quanto a de óbitos subiram, para 31,5 mil e 107, respectivamente. Ao todo, 84,4% da população brasileira já está vacinada com ao menos a primeira dose de imunizante contra a doença; 78,5% já tomou dose única ou duas doses e 45,6% já teve o reforço da vacinação.

Cenário internacional

EUA seguem crescendo em ritmo forte, mas consumidor começa a se preocupar

Em maio foram criados (resultado líquido) 390 mil postos de trabalho nos EUA (acima das expectativas de 328 mil). Houve também revisão para cima do resultado de abril. Com isso, a taxa de desemprego nos EUA permaneceu no mesmo nível registrado em abril, em 3,6%, um dos mais baixos da história. O mercado de trabalho é um elemento-chave para o Federal Reserve (Fed, o banco central americano) calibrar o ritmo da alta de juros.

Outros indicadores divulgados esta semana também mostraram atividade econômica forte nos EUA. A sondagem empresarial ISM registrou aceleração no setor manufatureiro e alguma acomodação em serviços, mas ainda em um nível elevado.

No entanto, a alta da inflação e dos juros começa a preocupar. A confiança do consumidor dos EUA diminuiu marginalmente em maio, indicando consumidores mais cautelosos especialmente para produtos de maior valor. Pode ser o primeiro sinal de desaceleração adiante.  

Inflação ao consumidor na zona do euro a atinge novo recorde

A inflação ao consumidor na zona do euro atingiu um novo recorde em maio. Dados preliminares do Eurostat mostraram que a inflação dos preços ao consumidor subiu para 8,1% nos 12 meses até maio (contra 7,4% em abril), bem acima do consenso de mercado, que esperava 7,7%.

Neste ambiente, é quase certo que o Banco Central Europeu encerre o programa de impressão de moeda e inicie um ajuste nas taxas de juros (que estão em 0%) ainda este mês.

China retira restrições e perspectivas de atividade melhoram

A China registrou o menor número de novos casos de Covid em quase três meses, incentivando as autoridades a relaxar as medidas de restrição fortes que haviam sido tomadas desde março. O país registrou queda na atividade fabril de maio, ainda que menor que a de abril, e as sondagens empresariais PMIs se recuperaram um pouco, ainda que tenham permanecido em território de contração.

Acreditamos que o crescimento econômico na China vai melhorar com a reabertura, mas serão importantes estímulos do governo para garantir um crescimento mais consistente.

Petróleo segue pressionado, mesmo com sinalização da OPEP+ de aumento na produção

A OPEP+ concordou em acelerar seus incrementos de oferta de petróleo em cerca de 50% em julho e agosto, seguindo a pressão dos principais consumidores para preencher a lacuna criada pelas sanções sobre o fornecimento russo. Os aumentos, no entanto, foram considerados abaixo do necessário pelos mercados, e os preços voltaram a subir para perto de 120 dólares o barril. Nesta semana, a Europa também anunciou novas sanções à Rússia.

Enquanto isso, no Brasil…

PIB brasileiro cresce 1% no 1º trimestre de 2022

O PIB do Brasil subiu 1,0% no primeiro trimestre (1,7% na variação anual), um pouco abaixo de nossa projeção (1,4%) e do consenso de mercado (1,2%). O resultado reforça que a economia brasileira iniciou 2022 em ritmo sólido. Olhando para adiante, esperamos alta de 0,6% no segundo trimestre de 2022 (contra o 1T22), uma vez que as atividades de serviços e varejo permaneceram fortes em abril e maio.

Dito isso, é provável que a atividade doméstica perca intensidade no segundo semestre, principalmente devido à alta de juros e à desaceleração global. Ao todo, os resultados reforçam nossa projeção de que o PIB de 2022 crescerá 1,6%.

Emprego segue melhorando em abril

A taxa de desemprego no Brasil caiu para 10,5% em abril. As categorias informais saltaram 1,9% m/m em abril, ainda beneficiadas pela reabertura da economia. O emprego formal também cresceu, 1,4% no mês. A parte mais negativa é a renda, que está cerca de 7,5% abaixo dos níveis pré-pandemia, principalmente por conta da alta da inflação.

De toda forma, a dinâmica do mercado de trabalho é um ponto positivo da economia este ano.

A produção industrial de abril, contudo, mostrou dados mais mistos

A produção industrial brasileira subiu 0,1% entre março e abril, resultado exatamente em linha com o consenso de mercado e levemente acima da nossa expectativa (-0,1%). Esse resultado representa o terceiro ganho mensal consecutivo. Em comparação a abril de 2021, entretanto, a atividade manufatureira encolheu 0,5% (consenso: -0,7%; XP: -1,2%).

Os dados desagregados emitiram sinais mistos entre as principais categorias. Se por um lado bens de consumo retomaram trajetória de alta, refletindo condições melhores de renda no curto prazo, bens de capital não foram bem.

Seguem as discussões de propostas para abaixar o preço de combustíveis

O PLP18, que institui teto para o ICMS de combustíveis e outros setores chegou ao Senado. Estados tentam realizar modificações que diminuam a perda de arrecadação. Como foi aprovado na Câmara, estimamos o texto gera um o impacto fiscal de 103 bi em 12 meses. Por outro lado, pode reduzir em até 1,7% a inflação do IPCA este ano.

Está sendo discutida também uma Proposta de Emenda Constitucional (PEC) para subsidiar combustíveis, como mais uma medida para tentar conter a inflação. Outra possibilidade estudada pelo governo é a de declarar “calamidade”, o que liberaria o Tesouro para gastar acima do teto constitucional de gastos. Esta estratégia, contudo, impediria o governo de aumentar os salários dos servidores públicos.

O que esperar para semana que vem?

No cenário internacional, o destaque será a decisão de juros na Zona do Euro. Espera-se que o Banco Central Europeu (BCE) inicie o ciclo de aperto monetário. Em destaque também dados de inflação nos EUA e na China referentes a maio, além do PIB da Zona do Euro do 1º trimestre.

No Brasil, destaque para a divulgação da inflação medida pelo IPCA de maio. Além disso, haverá publicação das vendas no varejo em abril, da produção de veículos em maio (Anfavea) e, possivelmente, da criação de empregos formais em abril (Caged).

No campo político, atenções voltadas para os projetos para redução dos preço de combustíveis em tramitação no Congresso Nacional.

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