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Economia em Destaque: Inflação pressionada, juros em alta

Seu resumo semanal de economia no Brasil e no Mundo

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Resumo

No cenário internacional, a guerra entre Rússia e Ucrânia intensificou as pressões inflacionárias no mundo e reforçou a necessidade de os principais bancos centrais do mundo ajustarem as condições monetárias, retirando o estímulo extraordinário dado durante a pandemia. Os Bancos Centrais dos Estados Unidos e Inglaterra elevaram suas taxas de juros, enquanto o Banco Central Europeu já sinalizou a possibilidade de elevação de juros 'mais cedo que o esperado'.

No Brasil, os destaques foram a decisão de política monetária, que elevou a taxa Selic para 11,75%, e a divulgação de dados econômicos de atividade, que mostrou um início de ano mais fraco que a expectativa, muito em decorrência da desaceleração de serviços e uma queda na produção industrial.

Cenário Internacional

Pressão de custos eleva inflação, bancos centrais reagem subindo juros

A guerra na Ucrânia intensificou as pressões inflacionárias no mundo ao impulsionar preços de petróleo e alimentos. Este ambiente reforça a necessidade de os principais bancos centrais do mundo ajustarem as condições monetárias, retirando o estímulo extraordinário dado durante a pandemia.

Nos EUA, pela primeira vez em quatro anos, o Federal Reserve (banco central americano), subiu a taxa básica de juros em 0,25pp para o intervalo entre 0,25% e 0,5% (estava em entre 0% e 0,25% anteriormente), e sinalizou que vai continuar subindo até um ponto próximo de 3%.

na Europa, o Banco da Inglaterra deu continuidade ao ciclo de alta de juros elevando a taxa básica para 0,75% ao ano. Na Zona do Euro, o Banco Central Europeu, que se reuniu na semana passada, já sinalizou a possibilidade de elevação de juros 'mais cedo que o esperado' em meio a inflação recorde na região.

A alta de juros tende a levar a uma desaceleração da economia. É um remédio amargo, mas importante, pois se os bancos centrais deixarem a inflação permanecer alta por muito tempo reequilíbrio da economia no futuro é mais difícil. Discutimos isso em artigo publicado na InfoMoney esta semana

O processo tende a ser positivo para ativos de risco ao longo do tempo caso o processo siga de forma gradual. Mas se os BCs enxergarem a necessidade de acelerar a alta de juros, o movimento pode trazer volatilidade nas bolsas e desvalorização das moedas emergentes. Esse é um tema que devemos seguir de perto nos próximos meses.

Discussões diplomáticas na Ucrânia segue sem avanços claros

A guerra entre Rússia e Ucrânia continua pela quarta semana com crescentes perdas humanas e de patrimônio para o país invadido. Os países do ocidente mantêm sanções à Rússia, que colocam em risco o pagamento de títulos russos em dólares e isolam o país do comércio global. É esperada contração de até 30% em 2022 para o país liderado por Vladmir Putin.

Durante a semana as partes tentaram avançar em discussões diplomáticas. A imprensa internacional chegou a reportar avanços, mas que não foram confirmados. A incerteza segue elevada.

Enquanto isso, no Brasil

Copom segue subindo juros, em ritmo menor

O Comitê de Política Monetária do Banco Central do Brasil, o Copom, subiu juros mais uma vez, porém em ritmo menor, (de 1,5pp na última reunião para 1pp ontem) levando a Selic de 10,75% a.a. para 11,75% a.a. A decisão já era esperada. No comunicado divulgado após a reunião, o comitê sinalizou outra alta de mesma magnitude para a próxima reunião, levando a Selic a 12,75% a.a., taxa que hoje projetamos como final de ciclo. Não alteramos nossa projeção para o final do ano, mas aguardamos a ata da reunião do Copom (a ser publicada na próxima semana) para avaliar possíveis revisões de cenário.

Logo após a decisão fizemos uma live com nossa equipe de análise sobre os efeitos da alta de juros nos investimentos. Confira aqui:

Atividade econômica fraca em janeiro, mas desemprego segue melhorando

Nesta semana, foram divulgados os números da atividade do setor de serviços e o IBC-Br, proxy mensal do PIB calculado pelo Banco Central, ambos referentes a janeiro. Os dados indicaram um início de ano mais fraco que a expectativa muito em decorrência da desaceleração de serviços e uma queda na produção industrial (principalmente por falta de insumos de produção).

Do lado do mercado de trabalho as notícias são melhores. O IBGE divulgou que a taxa de desemprego ficou em 11,2% no trimestre móvel terminado em janeiro. Isso significa uma pequena queda frente ao resultado de dezembro quando ajustamos pela sazonalidade. Conforme a economia vai normalizando, o nível de emprego pré-pandemia vai sendo recomposto. O desafio segue no lado da renda, que segue restrita, especialmente quando levamos em consideração a alta recente da inflação.

O que esperar para semana que vem?

Os mercados vão seguir acompanhando de perto as negociações de paz na Ucrânia.

Ainda no cenário internacional, a decisão de política monetária na China e dados de confiança nos EUA referentes a março.

No Brasil, atenções voltadas para a divulgação da ata da última reunião do Copom e o Relatório Trimestral de Inflação. Entre os indicadores, teremos criação de empregos formais (Caged) de fevereiro e o IPCA-15 de março.

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