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Economia em Destaque: À espera de um acordo comercial entre China e EUA

Seu resumo semanal de economia no Brasil e no mundo

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Resumo

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, declarou que as negociações com a China estão avançando e que as tarifas recuarão “substancialmente”. A China, no entanto, negou que qualquer negociação tenha acontecido, apesar de alegar estar de “portas abertas” para um acordo.

Dado o novo contexto geoeconômico, o Fundo Monetário Internacional reduziu a projeção de crescimento para o PIB global e estima que a probabilidade de recessão nos Estados Unidos está ao redor de 40%.

No Brasil, o IPCA-15 de abril veio em linha com o esperado e não altera nossa visão de que a inflação seguirá pressionada no curto prazo. Ainda, o dólar voltou a tocar o patamar de R$ 5,65 na semana.

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Tudo sobre as tarifas de Trump

Gráfico da Semana

Veja na seção “Sob novo contexto comercial, Fundo Monetário Internacional prevê menor crescimento para a economia global” do Cenário Internacional

Cenário Internacional

Trump afirma negociar tarifas com a China; Pequim nega

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, declarou nesta semana que as negociações com a China estão avançando e que as tarifas irão baixar “substancialmente”. A China, no entanto, negou que qualquer negociação tenha acontecido, mas reforçou que está de “portas abertas” para um acordo. Para tal, estaria disposta a retirar as tarifas contra alguns produtos norte-americanos, como semicondutores e produtos médicos.

Ainda nesta semana, a Casa Branca anunciou que se reunirá com 34 países para discutir acordos comerciais. Dentre as sugestões, Trump propôs que países restrinjam o comércio com a China para poder ter as tarifas reduzidas pelos Estados Unidos. Em resposta, Pequim afirmou que retaliará as nações que concordarem com a proposta. O Ministério do Comércio chinês comunicou que "a China respeita todas as partes que buscam resolver diferenças econômicas e comerciais com os Estados Unidos por meio de consultas em pé de igualdade, mas se oporá firmemente a qualquer parte que tente fechar um acordo em detrimento da China”.

Sob novo contexto comercial, Fundo Monetário Internacional prevê menor crescimento para a economia global

O Fundo Monetário Internacional (FMI) publicou seu relatório de Perspectivas Econômicas Globais, projetando que o PIB dos Estados Unidos crescerá 1,8% em 2025, abaixo dos 2,7% esperados em seu relatório anterior, divulgado em janeiro. Além de mudanças nas políticas comerciais, o economista-chefe do FMI, Pierre-Olivier Gourinchas, disse que a piora da confiança do consumidor e de indicadores de consumo das famílias também contribuíram para a revisão baixista.

Segundo o FMI, a probabilidade de recessão nos Estados Unidos está ao redor de 40%, contra cerca de 25% em outubro de 2024. A instituição também reduziu sua projeção de crescimento do PIB global este ano, de 3,3% para 2,8%. A expectativa para a inflação americana foi revisada para 3,0%, 1 p.p. acima da previsão reportada em janeiro. Por fim, a projeção para o crescimento do PIB do Brasil recuou de 2,2% para 2,0%.

Dados de atividade nos Estados Unidos ainda não sugerem recessão econômica

O Índice de Gerentes de Compras (PMI) de abril – uma sondagem com empresários sobre as condições econômicas e de mercado – do setor industrial subiu de 50,2 para 50,7 pontos, acima das expectativas (49,0). Níveis acima de 50 pontos indicam expansão econômica. Os dados recentes sugerem desempenho melhor do que o esperado para o setor industrial.

Por sua vez, o PMI de serviços de abril retrocedeu de 54,4 para 51,4 pontos, abaixo das expectativas de 52,8. A queda pode sinalizar o início de uma desaceleração econômica, embora sejam necessários mais dados para confirmar essa tendência.

Os dados de atividade econômica dos Estados Unidos ainda não sugerem recessão econômica. O Fed, banco central, segue com uma abordagem cautelosa na condução de política monetária e dependente dos dados.

Indicador de confiança econômica aponta estagnação na zona do euro

Na zona do euro, o PMI – uma sondagem com empresários sobre as condições econômicas e de mercado – composto recuou de 50,9 pontos em março para 50,1 em abril, abaixo da expectativa de 50,2. O resultado sugere estagnação na economia da região, refletindo as tensões comerciais e a elevada incerteza no ambiente global.

Enquanto isso, no Brasil...

IPCA-15 de abril não altera nossa visão de que a inflação corrente segue pressionada

O IPCA-15 – considerado uma prévia da inflação mensal – avançou 0,43% entre março e abril, em linha com as expectativas. No resultado acumulado em 12 meses, o índice acelerou de 5,26% em março para 5,49% em abril.

Os principais grupos da inflação seguem acima da meta de 3,0% no resultado acumulado em 12 meses. Destaque para os preços de bens industrializados, que subiram 0,57% no mês, bem acima da nossa estimativa. Em linha com a comunicação recente do Banco Central, projetamos aceleração dos preços de bens nos próximos meses. No entanto, a atual guerra comercial e seus efeitos sobre os preços de commodities e o dólar americano podem gerar pressões baixistas à frente.

Mantemos nossa projeção de 6% para o IPCA em 2025, com viés baixista.

Dólar volta ao patamar de R$ 5,65

Nesta semana, o dólar voltou ao patamar de R$ 5,65 após iniciar a semana em R$ 5,80. O desempenho da taxa de câmbio ao longo de mês foi volátil. As falas de Donald Trump indicando negociações com diversos países acerca das tarifas e intenção de abrir negociações com a China foram um dos motivos por trás do movimento desta semana.

Nossa projeção para o dólar ao final de 2025 é de R$ 6,00.

Nova fase do crédito consignado entra em operação

Começou nesta semana a segunda fase do novo programa de crédito consignado do governo. Agora, os bancos estão autorizados a oferecer a modalidade de empréstimo diretamente em seus canais. Até então, só era possível fazer as simulações através do aplicativo da Carteira de Trabalho Digital. O programa já concedeu mais de R$ 8 bilhões em empréstimos.

Juntamente com outras medidas governamentais, esta iniciativa deverá amortecer o processo de desaceleração econômica. Incorporando os efeitos destas medidas, revisamos recentemente nossas projeções para o crescimento do PIB, de 2,0% para 2,3% em 2025, e de 1,0% para 1,5% em 2026.

Para detalhes, leia o relatório completo “Novo crédito consignado para o setor privado deve adicionar 0,6 p.p. ao crescimento do PIB”.

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Destaques da próxima semana   

No cenário internacional, a semana será de dados de emprego nos Estados Unidos, com destaque para o relatório de emprego (Payroll) referente a abril na 6ª-feira. Do lado da inflação, será divulgado o índice deflator do PCE, o indicador mais relevante para a política monetária americana, e o CPI de abril na Zona do Euro. Por fim, sondagens empresariais (PMIs) serão divulgadas tanto nos Estados Unidos quanto na China e na Zona do Euro. Como nas últimas semanas, o desenrolar das relações comerciais americanas, especialmente com a China, deverá ditar o ritmo dos mercados.

No Brasil, dados de mercado de trabalho serão o destaque, com a divulgação do relatório Caged (criação de empregos formais) e da PNAD contínua, que trará a taxa de desemprego e métricas salariais. Além disso, o BCB divulgará suas notas estatísticas - setor externo, resultados fiscais e de mercado de crédito.

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