Setembro foi um mês positivo para o Ibovespa, que subiu +3,57% e fechou em 104.745 pontos. O mês teve dois grandes movimentos:
- Otimismo na primeira quinzena, no qual o arrefecimento da guerra comercial entre China e Estados Unidos dominou a retórica e levou a uma alta dos mercados globais, com alta expectativa em relação à reunião marcada para o dia 10 de outubro.
- Aversão a risco na segunda quinzena, com uma possível pausa no ciclo de corte de juros nos EUA, tensões geopolíticas no Oriente Médio e a abertura de processo de impeachment do presidente americano na Câmara, que apesar de ter baixa probabilidade de sucesso no Senado, pode continuar trazendo volatilidade.
No Brasil, o corte de 0,5% nos juros reaqueceu a discussão de juros mais baixos por mais tempo do que se imagina, sustentando o índice Ibovespa no relativo aos mercados globais. Esperamos mais dois cortes de 0,5% na Selic até o fim de 2019, levando para 4,5%.
Do lado das reformas, apesar de atrasos na aprovação da reforma da previdência no Senado, a expectativa ainda é de aprovação na primeira quinzena de outubro, enquanto que a evolução da agenda micro surpreendeu positivamente. Nesse contexto, esperamos aceleração da atividade econômica e dos lucros das empresas, mesmo que de maneira gradual.
Seguimos otimistas com o Brasil e especialmente com a Bolsa. Mesmo com a alta de setembro, o Ibovespa ainda negocia a 12x preço/lucro 2020, abaixo da média histórica de 12,3x. Nos patamares atuais, vemos um risco-retorno assimétrico para cima, com projeção de 140 mil pontos para o final de 2020.
Carteira Top 10 ações XP
Os principais temas da nossa carteira para outubro são:
- SELIC baixa por mais tempo do que está precificado (RENT, ENBR, CPLE e IGTA) – acreditamos que a queda expressiva da curva de juros nos últimos meses ainda não se refletiu inteiramente na Bolsa;
- Crescimento acelerando (BBDC, BTOW e AZUL) – tema que deve começar a ganhar tração ao longo dos próximos meses;
- Nomes de qualidade (LREN, RENT e IGTA) – eles protegem a carteira no curto prazo, mas também buscamos opções que se beneficiam da retomada econômica adiante;
- Cíclicos globais descontados (PETR e JBSS) – mas de forma seletiva, dadas as incertezas globais ainda elevadas.

Curto prazo: Verde
Preço-alvo: R$ 60,00
Vemos potencial de valorização para as ações, baseado (i) no potencial ganho sustentado de margens para a frente, (ii) melhora no cenário macroeconômico, resultando em nível mais favorável de câmbio, (iii) ambiente racional de oferta e demanda, resultando em uma conjuntura benigna de precificação e (iv) múltiplos atrativos.

Curto prazo: Verde
Preço-alvo: 27,00
Acreditamos que a EDP negocia a um desconto injustificado em relação a seus pares devido a: (1) maiores retornos na construção de seus projetos de transmissão, (2) revisões tarifárias na EDP Espírito Santo e São Paulo e (3) um portfólio de ativos de geração que apresentam elevado potencial de geração de caixa.

Curto prazo: Verde
Preço-alvo: 37,00
* Texto escrito em 30/08/2019
Continuamos a ver sólidos resultados nos EUA e tendências mais fortes no Brasil, além de potencial reprecificação das ações com menores riscos de governança e possível listagem nos EUA. A empresa também está estrategicamente posicionada para capturar impactos positivos da peste suína africana.

Curto prazo: Verde
Preço-alvo: 53,00
Vemos a Renner como um nome de qualidade que oferece proteção para a carteira em ambiente de volatilidade, com entrega sólida e consistente de crescimento. Acreditamos que os resultados no curto prazo, apesar da decepção com a atividade, devem se destacar em relação às demais varejistas e impulsionar as ações.

Curto prazo: Verde
Preço-alvo: R$ 58,00
Com a conclusão da migração de algumas categorias do modelo de e-commerce próprio para o marketplace e impacto reduzido do fim da Lei do Bem nos resultados a partir do 2S, acreditamos que a empresa está bem posicionada para capturar a melhora, ainda que gradual, no ambiente macroeconômico e crescimento online.

Curto prazo: Amarelo
Preço-alvo: 58,00
É nosso nome preferido dentro do setor de shoppings, combinando um portfólio de shoppings bem posicionados e de qualidade com múltiplos atrativos. Acreditamos que o setor deva ser impulsionado com a melhora da atividade, curva de juros mais baixa e com um ambiente mais ativo de expansões, aquisições e novos projetos.

Curto prazo: Verde
Preço-alvo: 49,50
Apesar da consistente alta das ações, acreditamos que fatores como (i) maior capacidade de crescimento ante concorrentes, (ii) maior liberdade de precificação, (iii) momento macro/setorial favorável, com taxas de juros estruturalmente mais baixas, e (iv) uma execução de primeira linha justifiquem o prêmio que a empresa negocia em relação a pares.

Curto prazo: Verde
Preço-alvo: 65,00
Acreditamos que há espaço para a redução do desconto que a Copel negocial em relação a pares devido a (1) iniciativas de redução de custos, (2) potenciais ganhos com a venda da Copel Telecom e (3) redução mais acelerada do endividamento com a maturidade dos investimentos realizados em geração.

Curto prazo: Verde
Preço-alvo: 45,00
Mantemos o Bradesco como favorito entre os bancos devido a (1) Maior apetite a risco declarado deverá resultar em crescimento da carteira de varejo; (2) Mais espaço para redução de despesas de provisões e (3) Múltiplos com desconto, considerando crescimento de lucros projetado.

Curto prazo: Verde
Preço-alvo: 36,0
* Texto escrito em 31/07/2019
Vemos a Petrobras como excessivamente descontada em face de uma agenda positiva sem precedentes. As vendas de ativos são o grande destaque, com a venda das 8 refinarias podendo gerar R$52 a R$57 bi em recursos, e a venda de ativos de gás natural outros R$11 a R$13 bi. Finalmente, a conclusão da renegociação da Cessão Onerosa foi outro marco para a companhia.
Carteira Top Dividendos XP
O investimento em dividendos oferece uma alternativa para quem busca menor volatilidade e a oportunidade de criar um fluxo de renda recorrente, além do crescimento do valor de mercado do portfólio pela apreciação das ações.

Curto prazo: Verde
Preço-alvo: 16,00
A AES Tietê apresenta os maiores dividendos da cobertura do setor elétrico., mesmo assumindo um cenário adverso de incidência de chuvas No entanto, destacamos possíveis pressões no curto prazo devido a uma possível oferta de ações para financiar a aquisição do complexo eólico Alto Sertão III.

Curto prazo: Amarelo
Preço-alvo: 30,00
*Texto escrito em 18/07/19
O segmento de transmissão de energia é baseado em receitas fixas e margens elevadas, proporcionando um estável fluxo de dividendos. Apesar de acreditarmos que as ações estão próximas do valor justo, a TAESA deve se beneficiar no curto prazo, a de um cenário de queda das taxas de juros, que aumenta a atratividade de pagadoras de dividendos.

Curto prazo: Verde
Preço-alvo: 27,00
Acreditamos que a EDP negocia a um desconto injustificado em relação a seus pares devido a: (1) maiores retornos na construção de projetos de transmissão, (2) revisões tarifárias na EDP Espírito Santo e São Paulo e (3) um portfólio de ativos de geração que apresentam elevado potencial de geração de caixa.

Curto prazo: Amarelo
Preço-alvo: 30,00
*Texto escrito em 14/07/19
Após a privatização da companhia, o foco do mercado será em agendas de eficiências de custos para reduzir a diferença de R$20/m3 de custos operacionais para as pares privadas. Por ter baixo endividamento e receber relevantes recursos de um acordo com a Eletrobras anunciado em 2018, estimamos dividendos de 8,2% para a BR em 2019-21

Curto prazo: Amarelo
Preço-alvo: 45,00
Temos uma visão positiva da estratégia de comercialização de energia otimizada da companhia e enxergarmos valor estratégico na aquisição de uma participação da rede de gasodutos TAG. No curto prazo, a ação deve se beneficiar de um cenário de juros mais baixos por mais tempo, que aumenta a atratividade de ações pagadoras de dividendos. Esperamos potenciais dividendos de 8,9% para 2020 e 10,5% para 2021.
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