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PagBank (PAGS): Consistência em meio a ventos macro contrários | Revisão 1T25

Análise do resultado do PagBank do 1T25.

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O PagBank (PAGS) divulgou os resultados do 1T25 em linha com nossas expectativas, demonstrando um desempenho resiliente apesar dos efeitos sazonais e de um cenário macro mais volátil. O lucro líquido atingiu R$ 525 milhões (+8,9% A/A), apoiado pela continuidade da monetização bancária e pela forte expansão do crédito securitizado. O TPV cresceu 15,7% A/A, impulsionado por um aumento de 30% no Large Retail & Online, enquanto o MSMB mostrou um crescimento resiliente, apesar da repriorização dos nano comerciantes. Apesar dos ventos contrários sazonais, o lucro bruto aumentou 7,1% A/A e o EPS cresceu 14,4% A/A, reforçando a capacidade da empresa de equilibrar crescimento, lucratividade e retorno de capital. A empresa continuou a implementar iniciativas de reprecificação em todo o seu portfólio de crédito, especialmente em produtos securitizados, em resposta aos custos de financiamento mais altos e a um ambiente macro mais volátil. Esses ajustes contribuíram para preservar as margens e sustentar a lucratividade.

A PagBank registrou uma receita total de R$ 4,9 bilhões no 1T, uma queda de -5,2% T/T e um aumento de +12,6% A/A (-1% vs XPe). Esse desempenho reflete o crescimento em Pagamentos (+8,3% A/A) e em Bancos (+59,7% A/A).

Em Pagamentos, o crescimento se deveu principalmente ao crescimento do TPV. No lado de Bancos, o destaque foi o aumento da receita de juros, que se beneficiou do aumento dos depósitos, da receita de juros do aumento da carteira de crédito e do aumento das taxas de serviço de conta, associado ao maior engajamento e cash-in.

O total de clientes atingiu 32 milhões, 1,9% a mais que em A/A, consistindo de 17,7 milhões de clientes ativos. O índice de clientes ativos em relação ao total de clientes aumentou 20 pontos-base e encerrou o trimestre em 55,3%. O desempenho positivo é atribuído apenas aos Clientes Bancários, que compensaram a queda em “Bancos + Pagamentos” e “Pagamentos” (+5,1%, -2,0% e -22,0% A/A). Além disso, o nível de engajamento aumentou na vertical bancária, e a proporção de clientes ativos aumentou para 65% (+2 p.p. A/A).

O Volume Total de Pagamentos (TPV) alcançou R$129,2 bilhões, desacelerando em relação ao crescimento apresentado no trimestre anterior (+15,7% A/A vs. +28,4% A/A no 4T), impulsionado por todos os segmentos de comerciantes. A PAGS destacou que, a partir do 1T25, a empresa adotou uma nova segmentação de clientes. Os comerciantes com um TPV de até R$3 milhões por mês são agora classificados como MSMBs, em comparação com o limite anterior de R$1 milhão por mês. Além disso, o PAGS agora define os comerciantes com TPV acima de R$ 3 milhões como comerciantes de Large Retail e comerciantes on-line no segmento On-line, que anteriormente eram coletivamente referidos como o antigo LMEC. Abaixo, comentamos sobre ambos os segmentos:

  • (i) O TPV do MSMB aumentou 11,2% A/A, devido à maior atividade nos Pontos de Venda (PDVs) ao longo do trimestre. O crescimento foi apoiado principalmente pela expansão dos clientes PME ativos e do desempenho;
  • (ii) No segmento de Large Retail e Online, o TPV cresceu +30,3% A/A (vs. +45,3% no trimestre anterior), impulsionado pela execução bem-sucedida da estratégia de ascender a pirâmide do mercado, atraindo comerciantes de varejo maiores e mais rentáveis. O crescimento também foi impulsionado por uma maior penetração no segmento on-line, incluindo tanto o comércio eletrônico quanto as transações internacionais.

    Os comerciantes ativos encerraram o trimestre com um total de 6,3 milhões, o que representa uma redução de -1,2% e -3,4% em relação ao 4T24 e ao 1T24, respectivamente. Essa queda foi, mais uma vez, explicada pela diminuição do número de nano-comerciantes (menos de R$ 1 mil/mês de TPV), de acordo com a estratégia da empresa de atingir uma base de clientes mais rentável. O crescimento do TPV, combinado com o menor número de lojistas ativos, levou o TPV por lojista a R$ 20,6 mil, uma redução de 10,4% T/T e um aumento de 19,7% A/A.

    No segmento bancário, o PagBank manteve um sólido desempenho com um aumento em vários KPIs, tais como R$3,7 bilhões na carteira de crédito (+34,1% A/A); o cash-in totalizou R$83,1 bilhões, crescendo 25,7% A/A, e R$33,9 bilhões em depósitos totais (+10,9% A/A). No lado do portfólio de crédito, o crescimento foi em grande parte devido aos produtos garantidos, que representam 85% do portfólio e vêm reduzindo os NPLs (NPL > 90 encerrou o trimestre em 2,3%, o mesmo que no 4T24 e abaixo dos 4,5% no 1T24). O PAGS também apresentou um portfólio expandido, que inclui o pré-pagamento aos comerciantes. Essa métrica atingiu R$46,0 bilhões (+34,4%), impulsionada principalmente pela expansão do TPV e pelo desempenho de nossa funcionalidade “Liquidação Instantânea”. Com relação aos depósitos, a empresa conseguiu manter o crescimento, mantendo o Average Percentage Yield (APY) ao custo de captação em 90% do CDI.

    O Lucro Bruto totalizou R$1.874 milhões, representando um aumento de 7,1% A/A, próximo ao limite inferior do guidance para o FY25 (7% - 11%), uma desaceleração em relação aos últimos trimestres (23,1%, 21,7%, 23,8% e 11,8% no 1T24 - 4T24, respectivamente). Como porcentagem da receita total e do lucro, a taxa de lucro bruto diminuiu 2 pp A/A, atingindo 38,6% no trimestre. Como porcentagem do TPV, a taxa atingiu 1,4% (-20 bps A/A e +10 bps T/T). Com relação a Pagamentos, o lucro bruto foi de R$1.465 milhões (-4,2% A/A). A queda foi impulsionada principalmente por maiores custos financeiros, em conjunto com mudanças no mix de clientes e produtos. No segmento Bancário, o lucro bruto aumentou 85,3% A/A, mais uma vez impulsionado pelo aumento da receita de juros derivada do maior portfólio de crédito, além de maiores ganhos em investimentos financeiros experimentados durante o período.

    Os custos e despesas totais (GAAP) totalizaram R$4,3 bilhões no 1T, +14,4% A/A, em grande parte devido ao seguinte: i) aumento dos custos financeiros em 42,4% A/A, principalmente devido ao aumento da taxa básica de juros brasileira (SELIC) e ao maior crescimento do TPV no período; ii) aumento do custo de vendas e serviços em 8,7% A/A, principalmente devido ao crescimento do TPV, levando a um intercâmbio nominalmente maior.

    A alíquota efetiva de impostos foi de 9,5%, maior sequencialmente (5,8% no 4T), mas menor que os 15,7% registrados no 1T24. Essa redução, impulsionada principalmente por eficiências fiscais de entidades legais no exterior e benefícios da elegibilidade da Lei do Bem, ajudou o lucro líquido (GAAP) a atingir R$525 milhões (-12,3% T/T, 3% acima da XPe, mas +8,9% A/A). Esse lucro líquido implica em um ROAE de 14,2%. Além disso, o crescimento do lucro líquido, combinado com menos ações em circulação (devido ao programa de recompra de ações), aumentou o LPA diluído para R$1,72 (+14,4% A/A), no topo da faixa de guidance (crescimento A/A entre 11% e 15%).

    Por fim, a empresa reforçou seu compromisso com a melhoria de sua estrutura de capital. O PAGS continuou seu programa de recompra ao longo do trimestre, resultando na aprovação pelo Conselho de Administração do cancelamento imediato de aproximadamente 23 milhões de ações ordinárias mantidas em tesouraria. Além disso, o Conselho aprovou um dividendo em dinheiro de US$ 0,14 por ação ordinária, marcando o primeiro pagamento de dividendos da empresa. A empresa espera pagar um dividendo anual em dinheiro de cerca de 10% do lucro líquido distribuível. Consequentemente, o índice BIS encerrou o trimestre em 27,4%, em comparação com 33,2% no mesmo período do ano anterior.

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