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Materiais Básicos, Óleo e Gás | Baixa convicção sobre Materiais Básicos, preferências permanecem em Petróleo e Gás

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Feedback do NDR (Non-deal Roadshow) com investidores brasileiros: como os investidores estão posicionados?

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Realizamos um NDR com investidores brasileiros para discutir suas opiniões sobre O&G e materiais básicos. Percebemos que a convicção sobre o último era baixa, enquanto a maioria dos investidores ainda está otimista com o primeiro. Para M&M, Gerdau foi o nome preferido, com investidores neutros/vendidos na Vale. A Suzano também está comprada em muitos portfólios, embora alguns ainda estejam esperando uma melhor visibilidade sobre os preços da celulose para investir. Jrs. O&G parecem ser um negócio lotado e, geralmente, tendemos a ver uma combinação de 2 nomes 3 (PRIO, 3R, RECV) nas carteiras, sendo PRIO o nome mais recorrente nessas combinações, enquanto a maioria é neutro na Petrobras.

Nesta semana, realizamos um non-deal roadshow com investidores brasileiros para discutir suas opiniões sobre empresas e setores de petróleo, gás e materiais básicos. As empresas que mais apareceram na ponta comprada foram Suzano, PRIO e Gerdau. Percebemos que a convicção sobre materiais básicos era baixa, enquanto a maioria dos investidores ainda está otimista com os preços de O&G (embora haja uma falta de consenso sobre como jogar esse comércio).

A história da reabertura chinesa foi um tema recorrente. O investidor parece mais cético em relação à sustentabilidade no curto prazo da recuperação dos preços do minério de ferro e à divergência entre os preços dessa commodity em relação aos preços do petróleo (visão com a qual tendemos a concordar).

Por causa disso, a maioria dos investidores estava neutro ou vendido em Vale. O recente baixo desempenho operacional também foi citado como motivo para ficar longe das ações por enquanto. A perspectiva negativa para o minério de ferro, juntamente com as incertezas do projeto P15 (será que vai cumprir o orçamento? No prazo? Qual será o custo C1?) fazem com que os investidores tenham uma visão semelhante para CMIN.

Para os metais, o sentimento em relação à Usiminas também foi negativo, devido ao alto capex, altos custos e consumo de capital de giro durante a reforma do BF 3 (alguns notaram, no entanto, que no caso de um aumento repentino nos preços do aço, o estoque poderia ser um fonte de ganhos). No caso da CBA, alguns investidores gostam do histórico de longo prazo do caso, mas um fraco momento de resultados os faz esperar por um melhor ponto de entrada (no entanto, notamos que alguns investidores estão mais céticos quanto ao equilíbrio OxD de médio prazo do mercado de alumínio). Nesse cenário de baixa convicção sobre os nomes de M&M no Brasil, restou a Gerdau, como a mais antiga do setor, mas ainda longe de ser um consenso: margens menores e capex mais alto daqui para frente tornam a avaliação menos óbvia.

No caso da celulose, as conversas se concentraram em OxD para 2023. A incerteza sobre onde os preços da celulose vão cair e quanto tempo levará para se recuperar fizeram da Suzano um nome misto. A visão geral é que o valuation é atraente, mas enquanto alguns investidores já estão comprados ou construindo sua posição, outros estão esperando por uma melhor visibilidade no cenário macro, provavelmente por volta do meio do ano, para entrar comprados no nome (não ouvimos falar quaisquer posições curtas). A opinião geral é de que a Suzano é preferível à Klabin, devido às pressões de custo da madeira e incertezas sobre o capex para a reforma de Monte Alegre.

Os investidores ainda estão otimistas com os preços do petróleo no curto e médio prazo e ainda mais quando comparados aos preços das commodities M&M e P&P. No entanto, o posicionamento varia, com alguns investidores optando por alocar diretamente na commodity ou em empresas internacionais (XLE também é uma opção), dependendo do mandato do fundo. O setor de Jr. O&G parece ser um trade lotado, e normalmente, tendemos a ver uma combinação de dois nomes dos três (PRIO, 3R, RECV) nas carteiras dos investidores, sendo PRIO o nome mais recorrente nessas combinações . O valuation da empresa parece um pouco esticada, mas se os preços spot do brent acabarem sendo mais altos do que as curvas futuras implicam (a suposição mais comum nos modelos), então há um efeito de carregamento positivo.

As incertezas sobre fusões e aquisições pendentes com a Petrobras (Bahia Terra e Potiguar) tornam o caso de investimento para 3R e RECV um pouco binário, dependendo do resultado. Não há consenso sobre qual negócio tem mais chances de ser concluído (mesmo quando conversamos com executivos do setor). O caso base ainda parece que esses negócios serão concluídos, mas os riscos negativos parecem estar aumentando nas últimas semanas. Em uma nota positiva, se no final a Petrobras não vender nenhum desses dois ativos, a visão geral é que isso pode acelerar as fusões e aquisições entre os players privados no Brasil. Também notamos uma mudança na visão geral em relação ao caso de investimento 3R: a percepção geral sobre as mudanças na governança corporativa foi positiva. Percebemos que alguns gestores de carteiras acostumados a não olhar para as empresas Jr O&G (principalmente a 3R, por sua maior percepção de riscos de execução) começam a ganhar confiança para investir nessas histórias.

Para a Petrobras, o valuation parece descontado, e a visão geral é que o dividendo do 4T22 ainda deve ser pago de acordo com a atual política de dividendos. Apesar disso, a maioria dos investidores é neutra, com muitas dúvidas sobre alocação de capital e notícias negativas do governo, cuja visão consensual é uma postura negativa em relação aos acionistas minoritários. A visão atual é que, pelo menos por enquanto, o PPI deve ser mantido, com o governo optando por fixar os preços dos combustíveis por meio de um fundo de compensação. Porém, outras fontes de risco para drenagem de caixa mencionadas foram: (i) capex e SG&A; (ii) altas licitações para novos blocos exploratórios; (iii) Fusões e Aquisições; (iv) passivo fiscal contingente (USD 28,8 bilhões no 3T22, ~40% do valor de mercado atual).

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