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Feedback do Non-Deal Roadshow (NDR) com a B3

Principais pontos abordados no Non-Deal Roadshow que fizemos com a B3.

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Durante esta semana realizamos um NDR com o CFO da B3, André Milanez, e a equipe de RI, em SP, para discutir os resultados e perspectivas da empresa daqui para frente. O NDR gerou um interesse significativo por parte dos investidores, com todas as vagas disponíveis sendo preenchidas. Dentre os principais destaques das discussões estão: i) a reaceleração dos volumes de negociação, ii) a potencial ameaça de novos entrantes, iii) questões regulatórias e iv) o potencial fim do JCP. Embora tenhamos ficado satisfeitos com a estratégia e iniciativas apresentadas pela B3, acreditamos que ainda é cedo para adotarmos uma postura mais positiva sobre o papel. Ainda prevemos volumes de negociação mais baixos ao longo do ano e notícias sobre ameaça competitiva de novos participantes. Com isso, reafirmamos nossa recomendação de Neutro e preço-alvo de R$ 13,60/ação.

Os volumes de negociação seguem baixos. Tanto Julho como Agosto apresentaram níveis pouco inspiradores de volume de negociação, e Setembro parece seguir a mesma tendência. Olhando para o futuro, a empresa está otimista de que os cortes nas taxas de juro poderão ter um impacto positivo no volume negociado, mas espera que uma retomada mais forte ocorra apenas em 2024. Em termos de iniciativas para aumentar os volumes de negociação através de meios inorgânicos, a empresa planeia expandir o horário de negociação para atender à crescente demanda dos investidores de varejo. Além disso, estão trabalhando ativamente no lançamento de novos produtos para atrair mais atividades comerciais.

Os novos participantes não parecem disruptivos. Embora tenhamos visto muitos players entrando no mercado da B3, a empresa ressalta que ainda não viu nenhum serviço ou produto capaz de revolucionar o setor. O foco da B3 é garantir que não haja espaço para novos entrantes crescerem em um nicho de mercado que ainda é pouco explorado. A companhia acredita que a concorrência baseada em preços deve ser abordada pelas suas economias de escala e, a menos que alguém apresente uma solução ou produto inovador, não deve enfrentar uma concorrência acirrada.

Existem formas de mitigar o fim do benefício fiscal do JCP (caso ocorra). A empresa é uma das principais beneficiárias do benefício fiscal do JCP no setor financeiro e prevê uma perda potencial de aproximadamente R$ 300-400 milhões em lucro líquido (~11% do lucro líquido de 24E), caso a proposta para encerrar o JCP seja aprovada. No entanto, a empresa está a explorar ativamente alternativas para mitigar este impacto negativo. Uma das opções consideradas é ajustar a estrutura de capital, aumentando a alavancagem e aumentando a distribuição aos acionistas.

Riscos relacionados a contingências fiscais. A principal preocupação está relacionada ao caso de ágio vinculado à fusão da Bovespa e BM&F em 2008. Embora os procedimentos do CARF estejam sujeitos a alterações devido à aprovação de um projeto de lei, a empresa mantém a convicção de que mesmo que o caso seja perdido no CARF poderá recorrer judicialmente e obter resultado favorável. Os investidores expressaram preocupação com o valor potencial a ser pago de ~R$ 13-14 bilhões caso a empresa seja condenada.

As últimas aquisições não foram uma barganha, mas necessárias para desenvolver o pipeline de produtos. André destaca que as recentes aquisições, nomeadamente Neoway e Neurotech, não foram baratas. No entanto, foram cruciais para permitir que a empresa execute a sua estratégia de rentabilizar um dos seus ativos mais valiosos: os dados. A empresa está trabalhando no desenvolvimento de produtos na área de dados e em sua estratégia de entrada no mercado. A companhia reconhece o potencial significativo deste mercado e, como uma das maiores detentoras de dados de mercado, a B3 pode aproveitar esta oportunidade. No curto prazo, a B3 espera capturar sinergias fiscais com as empresas adquiridas.

Dinâmica da margem daqui para frente. Assumindo uma recuperação nos volumes de negociação, existem diferentes fatores que podem impactar a dinâmica da margem. Com maiores volumes de negociação, os clientes podem ter acesso a mais descontos, mas, ao mesmo tempo, o mix de clientes também pode contribuir para a melhoria das margens. Um aumento na participação de investidores individuais pode ser um fator positivo. No geral, a administração espera uma margem estável ou ligeiramente superior, dependendo de um mix de clientes mais favorável.

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