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Data Expert | Carrinho XP: O varejo brasileiro deve se preocupar com a Variante Delta?

Nessa edição do Carrinho XP, onde trazemos os principais indicadores a serem monitorados nos diferentes segmentos da nossa cobertura assim como nossa visão sobre um tema em voga no setor, nós fazemos uma breve análise dos principais dados sobre o impacto da Variante Delta ao redor do mundo e trazemos nossa leitura para o setor de varejo brasileiro, frente ao aumento de noticias relacionadas ao tema.

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Vendas no varejo podem recuar, mas ainda não há sinal de deterioração

Neste relatório, fazemos uma breve análise dos principais dados sobre o impacto da Variante Delta ao redor do mundo e trazemos nossa leitura para o setor de varejo brasileiro, frente ao aumento de noticias relacionadas ao tema. Com o surto da variante Delta, os casos de Covid rapidamente aumentaram no exterior, e um estudo recente da Lancet inclusive destacou que os pacientes infectados com a Delta são duas vezes mais propensos a necessitar de cuidados hospitalares. A maior preocupação com uma nova onda combinada com restrições mais rígidas/estendidas se traduziu em vendas do varejo me julho abaixo do esperado nos EUA e no Reino Unido. No entanto, a eficácia promissora das vacinas e um patamar de mortes controlado nos tornam menos preocupados com esse risco no Brasil.

Olhando para os EUA, Israel e Reino Unido. Como as taxas de vacinação aumentaram rapidamente nos países desenvolvidos, o número de novos casos diários confirmados (NCD) caiu drasticamente a partir de março, com Israel relatando apenas 2-10 NCD por milhão de pessoas no início de junho - um recorde de baixa. No entanto, a flexibilização das regras de distanciamento social combinada com o surto da Variante Delta, fez com que o NCD aumentasse fortemente nos mercados desenvolvidos ao longo dos últimos dois meses. Em 24 de agosto, os EUA e o Reino Unido relataram o maior NCD desde o final de janeiro, enquanto Israel registrou 920 mil novos casos, ultrapassando o nível observado durante a primeira onda. Embora os números possam parecer preocupantes, notamos que as novas mortes diárias confirmadas nesses países não aumentaram na mesma proporção e permanecem bem abaixo do pico de janeiro/21.

Impacto nas vendas do varejo e dados de mobilidade. O aumento das preocupações e as restrições mais rígidas afetaram negativamente a confiança do consumidor. Como resultado, as vendas no varejo registraram uma queda de -1,1% M/M em julho nos EUA (vs. consenso em -0,3%) com vestuário (-2,6% M/M) como um dos destaques negativos, e uma queda de -2,5% no Reino Unido (vs. consenso em +0,4%), impactado pelo aumento do número de casos de Covid-19 e pela Euro 2020. Observamos que a penetração online do comércio eletrônico (% das vendas no varejo) permanece acima dos níveis pré-pandemia em ambos os países, em 13,3% e 28%, respectivamente, embora ligeiramente menor em relação ao início de 2021.

Estudos apontam para uma eficácia promissora da dose de reforço. Israel começou a administrar doses de reforço de vacinas no final de julho, enquanto os EUA devem começar a administrá-las em setembro. Os dados preliminares de Israel são promissores, uma vez que a taxa de propagação entre os idosos (+60 anos) caiu para níveis abaixo de 1 novamente. Além disso, observamos que os cientistas estão muito otimistas sobre a eficácia geral das vacinas (mesmo sem a dose adicional), pois as mortes de Covid permanecem sob controle e bem abaixo dos níveis pré-vacinação.

Nossa visão para o varejo brasileiro. Vários estados brasileiros começaram a aliviar as restrições, já que mais 60% da população do país já recebeu pelo menos uma dose de vacina enquanto o número de novos casos/mortes diárias de Covid-19 têm caído consistentemente desde abril, ainda sem nenhum sinal claro de uma propagação significativa da Variante Delta. Monitoraremos os próximos dados da Covid-19 de perto para mapear esse risco. Se a Variante Delta se consolidar no país, enxergamos o segmento de consumo discricionário como o mais exposto, e as empresas com forte posicionamento e que focam em classes de renda mais alta como mais resilientes, apesar de uma eventual nova onda ser possivelmente mais suave e mais curta do que as anteriores, dado que a aplicação das doses adicionais está programada para começar em setembro no país. Reiteramos Arezzo, Vivara e Assaí como nossas principais escolhas para o setor.

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Disclaimer:

A DASA (DASA3) reportou resultados negativos para o 2T23, com um prejuízo líquido ajustado de R$ 225M. A receita aumentou 16% A/A, impulsionada pela sazonalidade da BU1 e pela recuperação na demanda da BU2. A margem EBITDA ajustada diminuiu 1,0 p.p. A/A, impactada exclusivamente pelos números da BU2 devido a uma piora de mix e custos relacionados a novos contratos e iniciativas de eficiência. As despesas financeiras continuaram consumindo o lucro líquido, mas destacamos melhorias, especialmente provenientes do follow-on primário, que reduziu as despesas financeiras líquidas em 17% T/T. Vemos os resultados de forma negativa, mas mantemos nossa visão construtiva para a empresa, dado que reiterou o seu guidance de alavancagem para o final de 2024 de 2,0-2,5x o EBITDA e deve continuar mostrando melhorias operacionais.

BU1 - Hospitais e Oncologia. A receita aumentou 16% A/A, para R$2B (metade da receita consolidada), impulsionada por: (i) um aumento de 3% no número de leitos operacionais, totalizando 3.010 leitos; (ii) um aumento de 1,5 p.p. na taxa de utilização, atingindo 79%; (iii) um aumento de 11% no ticket médio, devido a ajustes de preços e a uma maior participação de procedimentos de maior complexidade; e (iv) um aumento de 36% da receita de oncologia, totalizando R$324M. A margem bruta ajustada ficou praticamente estável A/A, com a diluição dos custos médicos sendo compensada pelo aumento dos preços de materiais e medicamentos e pela abertura de novos leitos.

Videoconferência de Resultados
Dia/Horário: 11 de agosto às 14:00
Clique aqui para acessar

BU2 - Diagnósticos e Coordenação de Cuidados. A receita aumentou 6% A/A (+12% A/A excluindo os testes de Covid-19), totalizando R$1,9B, impulsionada por: (i) um aumento de 10% no número de exames, combinado com (ii) uma queda de 3% no ticket médio, devido a uma menor participação dos testes de Covid-19 (+3% excluindo esse efeito). A margem bruta ajustada diminuiu 3,4 p.p. A/A, para 32,2%, devido a (i) uma queda na demanda por testes de Covid-19, (ii) custos de dois novos contratos em São Paulo e (iii) custos fixos para aumentar a eficiência por meio da digitalização e otimização da força de trabalho.

Resultados operacionais. A margem bruta ajustada consolidada foi de 29,2% (-1,8 p.p. A/A), e as despesas caixa ajustadas em relação às receitas foram de 13,1% (-0,9 p.p. A/A), resultando em uma margem EBITDA ajustada de 16,1% (-1,0 p.p. A/A), como resultado de uma piora no mix de procedimentos e perdas pontuais.

Despesas financeiras continuam altas. As despesas financeiras líquidas totalizaram R$445M (vs. R$374M no 2T22), devido a um maior endividamento e taxas de juros, embora notemos os números melhores T/T devido ao recente follow-on primário da empresa no valor de R$1,7B.

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