Fundos de Renda Variável
“Mini Bull-Market” e o investidor pessoa física
Desde março deste ano, mais especificamente desde o dia 23 de março de 2020, quando a crise causada pelo Covid-19 estava em seu auge e a bolsa brasileira atingira 64 mil pontos, observamos forte recuperação do mercado acionário brasileiro, com alta significativa do Ibovespa, na ordem de 60% no período
Este “mini Bull Market” no Brasil (aliado à taxa de juros no menor patamar histórico) gerou diversas oportunidades para o investidor brasileiro, que resolveu ir às compras. Isso pode ser comprovado na prática com a entrada de 900 mil novos investidores na bolsa de valores entre março e julho deste ano, o que fez com que o número total de clientes aumentasse para quase 3 milhões na bolsa abrasileira.
Mas será que esses investidores estão conseguindo capturar essas oportunidades da maneira mais eficiente, acessando papéis diretamente?
Em alguns casos, em que o investidor se dedica no estudo das empresas listadas e possui tempo adequado para se aprofundar nas análises de cada companhia a ser investida, a tese acima pode ser válida. Porém, ao longo dos últimos anos, percebemos que o investidor se comporta melhor quando investe em fundos de renda variável frente a ações diretamente, devido a percepção de alocação de longo prazo, melhor relação de retorno/risco e por alguns fatores:
- Gestão Profissional: Os melhores fundos possuem gestão profissional e qualificada, com uma equipe dedicada 100% a análise do mercado e comprovado track record no mercado de ações. A escolha de um portfólio de ações exige anos de trabalho árduo e muito conhecimento de vários aspectos como economia, ciclo de crédito e de juros, fundamentos das empresas, tributação, gestão de empresas e experiência dos mercados internacionais. Amostra de 21 gestoras de renda variável da plataforma de fundos da XP:
- Experiência média gestor + analistas: 11 anos (142 pessoas)
- Experiência média gestor: 18 anos (43 pessoas)
- Retorno e Diversificação: Os fundos possuem portfólio diversificado e rebalanceamento ativo das posições através análise de preços, monitoramento das ações e contato direto com as empresas. Ao investir em um fundo você está acessando um grande portfólio de ações (os fundos da plataforma possuem em média mais de 25 companhias investidas). Isso significa que o risco é distribuído entre essas ações, o que não ocorre quando é feito apostas em poucos papéis, em que o tamanho das posições impacta mais o retorno do portfólio.
- Conhecimento aprofundado: Para tomada de decisão de investimento, os gestores de fundos se aprofundam no conhecimento dos setores e do modelo de negócio das empresas, muitas vezes visitando a companhia, fábricas e em conversas com o conselho de administração. Desta forma, conseguem angariar melhores recursos sobre o dia-a-dia e “antever” o futuro das empresas em comparação ao investidor comum.
- Alinhamento entre gestão e cotistas – A taxa de performance dos fundos representa uma forma de alinhamento entre a equipe de gestão e seus investidores.Quanto maior a rentabilidade do fundo, mais bem remunerada a equipe de gestão. Além disso, o gestor usualmente aloca seu patrimônio pessoal nos mesmos produtos dos cotistas, tornando maior a responsabilidade de gestão.
- Métricas de Risco – A gestão profissional apresenta diversos benefícios já citados. Mas ela também traz de bandeja uma robusta equipe de risco dedicada a monitorar a carteira dos fundos, visando sempre a tomada de decisão ágil através da utilização de metodologias, modelos, ferramentas e políticas de risco para garantir a segurança do investimento dos clientes. Entre estas metodologias podemos citar:
- Análise de Risco de Mercado- análise de risco sistemático e específico do mercado para tomada de decisão de acordo com as mudanças gerais do mercado ou de acordo com a oscilação de algum ativo específico
- Value at Risk (VaR) – medida da pior perda esperada em ativo ou carteira para um determinado período e intervalo de confiança.
- Teste de Stress – análise de perda potencial em cenários extremos. Em complemento ao VaR que mede o risco do mercado em condições normais, o teste de stress tem o objetivo de medir este risco em situações de crise.
- Risco de Liquidez – análise constante do desequilíbrio do ativo e passivo do fundo para que o fundo honre suas obrigações, sem afetar suas operações e incorrer significativas perdas.
- Drawdown – medição da perda de um fundo desde o seu pico histórico em um determinado período.
Exemplo de limites de risco adotado pelos gestores
- Emotional Bias (ou Viés Emocional): Quando um cliente escolhe investir em uma ação, baseado em qualquer tipo de estudo que tenha feito ou informações angariadas, existe uma dificuldade de assumir erro (se for o caso) e se desfazer desta escolha se torna um processo homérico, que culmina na venda do papel em um momento não ideal. O gestor do fundo consegue se proteger deste vínculo emocional. Afinal, as decisões de compra e venda são baseadas em robustos processos de análise, modelos formais e comitês de investimento formado pela equipe de gestão.
- Custos e Impostos: Sim, a maioria dos fundos de gestão ativa de renda variável cobra o famoso 2 com 20 (2% de taxa de administração e 20% de taxa de performance). Porém, os resultados de todos os fundos de investimento já são apresentados com o desconto destas taxas, portanto ao analisar o retorno de qualquer fundo suas taxas não devem ser o parâmetro número um para tomada de decisão. Seus custos justificam o investimento dado o retorno líquido apresentado e por todos fatore acima previamente citados. Existe também uma facilidade tributária via fundos afinal, o imposto de 15% sobre o retorno é recolhido automaticamente no resgate, sem a necessidade burocrática de realizar o processo de pagamento de DARF paralelamente, além da não existência do come-cotas.
Fundos Long Only
Os itens acima podem ser comprovados analisando o retorno de uma carteira de Fundos Long Only* da plataforma da XP em comparação ao Ibovespa
Ao analisarmo a tabela acima, fica visível que a gestão profissional dos fundos Long Only entrega valor para o investidor. Na média, estes fundos analisados conseguem superar o índice em todas as janelas estudadas, ficando ainda mais evidente e provável quanto maior o tempo de investimento do cliente.
*Como o próprio nome diz, são fundos com posições apenas compradas, apostando sempre na valorização das ações que investe. Como exigência da CVM, no mínimo 67% do patrimônio líquido do fundo de ações deve ser composto por ações, bônus ou recibos de subscrição, cotas de fundos de ações, cotas de fundos de índice de ações ou BDRs (Brazilian Depositary Receipts). Como só pode ficar comprado, a maneira que um gestor tem de se proteger em momentos de baixa do mercado é aumentando seu caixa, ou seja, diminuindo sua exposição líquida.
Fundos Long Biased
Um exemplo prático da melhor relação risco/retorno da gestão profissional são os Fundos Long Biased.
Com uma maior liberdade para atuar no mercado, podendo assumir posições direcionais compradas em ações, de acordo com o cenário traçado pela equipe de gestão, e utilizando proteções como hedge, estes fundos surfam diferentes momentos da economia de forma mais dinâmica, porém sem perder sua exposição core em renda variável.
Montando a mesma lógica de basket da plataforma XP de fundos LBs, esta carteira apresentou um elevado sharpe (relação risco retorno que mede o prêmio de risco de um fundo com relação a sua volatilidade) de 2.30 comparado a 1.86 da carteira long only e 1.00 do Ibovespa, em uma janela de 36 meses.
Mas os fundos podem me oferecer uma oportunidade mais rentável de curto prazo do que comprar bolsa de valores diretamente?
Se o jogo é escolher as ações mais performáticas e economicamente saudáveis para se recuperar neste momento de mercado e, ao mesmo tempo, ter uma diversificação balanceada, sem dúvidas alocar via fundos e delegar isso a uma equipe de gestão é a grande tacada!
Mesmo em momentos de mercado em que o índice apresenta forte retorno, ainda é possível observar o alpha (excesso de retorno) gerado pelos melhores gestores, comprovando a tese de que é sim possível estar alocado em um bom fundo de renda variável e ganhar mais do que o mercado nestes cenários.
A plataforma da XP oferece os melhores fundos dos melhores gestores do mercado, e ainda conta com a melhor seleção por estratégia através do Top 50. Além disso,com apenas R$100,00 você tem acesso aos fundos mais requisitados do mercado através da família Selection de Fundo de Fundos, delegando a seleção de gestores e fundos investidos para um robusto time de análise da XP Investimentos, diversificando sua carteira em apenas um investimento.
Por fim, não existiria melhor forma de concluir sem citar as palavras utilizadas pelo Guilherme Benchimol em seu post recente nas redes sociais:
“…sou um grande grande investidor de renda variável e tenho a crença que não existe investimento mais rentável no longo prazo, mas sempre o fiz através de Fundos de Investimento. Por mais que haja custos (2% com 20% de performance em muitos casos), os retornos são mais consistentes a acima de tudo comprováveis no tempo.”
Guilherme Benchimol
Se você ainda não tem conta na XP Investimentos, abra a sua!