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EUA reduzem tarifas sobre exportações brasileiras

O Presidente Donald Trump assinou uma Ordem Executiva que modifica o escopo das tarifas anteriormente impostas sobre produtos brasileiros. Quanto às nossas projeções, não há implicações para 2026.

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O Presidente Donald Trump assinou uma Ordem Executiva que modifica o escopo das tarifas anteriormente impostas sobre produtos brasileiros. A nova medida elimina a tarifa adicional ad valorem de 40% sobre um amplo conjunto de produtos, principalmente agrícolas.

De acordo com nossas estimativas, os produtos recentemente isentos representaram aproximadamente US$ 4,4 bilhões (cerca de 11% das exportações brasileiras para os Estados Unidos) em 2024. Como resultado dessa atualização, 55,4% das exportações brasileiras para os Estados Unidos estão agora isentas da tarifa adicional de 40%, em comparação com 44,6% sob a medida inicial publicada em 30 de julho. A lista inclui café, carnes, frutas, hortaliças, raízes, alimentos e bebidas processados, fertilizantes e outros itens. Café e carne bovina, os dois itens mais relevantes dessa lista, haviam sido recentemente isentos das tarifas recíprocas de 10% e agora também da tarifa de 40% aplicada. Esse ajuste restabelece condições equitativas para esses produtos em relação a outros exportadores globais.

Entre agosto e outubro, o volume médio sazonalmente ajustado de bens exportados do Brasil para os Estados Unidos caiu 22,7% em comparação com a média embarcada entre janeiro e julho. Contudo, essas perdas foram amplamente compensadas por exportações mais robustas para outros mercados, como África e Ásia. 

Ao analisarmos os dois principais produtos isentos por esta Ordem Executiva, observa-se o mesmo padrão: as exportações para os Estados Unidos diminuíram, mas os embarques para outros países aumentaram.

Quanto às nossas projeções, embora o impacto para 2025 seja limitado — estimado em US$ 0,7 bilhão, dado o momento tardio da mudança — não há implicações para 2026. Nosso cenário (isto é, anterior à Ordem Executiva de 20 de novembro) já não considerava efeitos tarifários para o próximo ano (conforme mencionado em nosso relatório Brasil Macro Mensal publicado em agosto), pois antecipávamos um acordo ou uma ampliação da lista de isenções entre os dois países, o que agora se concretizou. A seguir, apresentamos nossas projeções para a balança comercial.

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