IBOVESPA -0,06% | 145.499 Pontos
CÂMBIO +0,34% | 5,32/USD
O que pode impactar o mercado hoje
Ibovespa
O Ibovespa encerrou a quinta-feira próximo da estabilidade, com leve queda de 0,1%, aos 145.499 pontos. Os investidores repercutiram a decisão do Copom, divulgada após o fechamento de quarta-feira. Apesar da manutenção da Selic em 15,00% ter vindo em linha com as expectativas, o comunicado manteve um tom duro, reforçando preocupações com a inflação fora da meta.
As ações da Natura (NATU3, +16,5%) subiram após a companhia anunciar a venda da Avon International, restando apenas a operação da Avon Rússia a ser desinvestida (veja aqui o comentário dos nossos analistas). Na ponta negativa, Usiminas (USIM5, -5,4%) recuou, em linha com a queda nos preços do minério de ferro.
Nesta sexta-feira, o principal destaque da agenda econômica será a decisão de política monetária na China.
Renda Fixa
As taxas futuras de juros encerraram a sessão de quinta-feira com abertura ao longo da curva. No Brasil, o movimento foi reflexo da percepção de que os cortes na Selic só devem se concretizar partir do primeiro trimestre do ano que vem. Nos EUA, a alta das Treasuries refletiu a certa desconfiança do mercado quanto à autonomia do Fed, em meio às pressões políticas exercidas pelo presidente Trump, embora a flexibilização monetária anunciada ontem tenha sido, em parte, respaldada pelos dados mais fracos do mercado de trabalho divulgados nos últimos meses. Assim, os rendimentos das Treasuries de dois anos terminaram em 3,56% (+0,45bps vs. pregão anterior), enquanto os de dez anos em 4,10% (+2,39bps). Na curva local, o DI jan/26 encerrou em 14,89% (+0,5bps vs. pregão anterior); DI jan/27 em 14% (+4,5bps); DI jan/29 em 13,11% (+3,5bps); DI jan/31 em 13,28% (+1,5bps).
Mercados globais
Nesta sexta-feira, os futuros nos EUA operam estáveis (S&P 500: 0,0%; Nasdaq 100: 0,0%) após a forte sessão da véspera, quando os três índices renovaram recordes de fechamento. O destaque ficou para o Russell 2000 (+2,5%), que atingiu recorde pela primeira vez desde 2021, com investidores sustentados por números sólidos da temporada de resultados e o recente corte de juros do Fed.
Na Europa, o mercado opera em leve queda (Stoxx 600: -0,1%), acompanhando a expectativa pela ligação entre Donald Trump e Xi Jinping nesta sexta-feira, após avanços nas negociações comerciais em Madrid nesta semana envolvendo o TikTok. O índice caminha para encerrar a semana praticamente estável.
Na China, os mercados fecharam com pouca variação (CSI 300: +0,1; HSI: estável). O foco ficou na oferta pública inicial da Zijin Gold, subsidiária da gigante Zijin Mining, que busca levantar US$ 3,2 bilhões em Hong Kong. No Japão, o Nikkei 225 recuou -0,6% após o Banco do Japão manter a taxa em 0,5%, em linha com as expectativas.
IFIX
O Índice de Fundos Imobiliários (IFIX) encerrou a quinta-feira (18) com queda de 0,25%, realizando uma pequena correção após renovar sua máxima histórica na quarta-feira (17). O movimento foi pela abertura da curva de juros futuras ao longo da curva.
No desempenho setorial, os fundos de papel e os fundos de tijolos apresentaram recuo médio de 0,29% e 0,30% respectivamente. Entre as maiores altas do dia, destacaram-se AIEC11 (2,0%), BPML11 (1,3%) e VINO11 (0,8%). Nas principais quedas, figuraram CACR11 (-2,7%), KORE11 (-1,8%) e TOPP11 (-1,7%).
Economia
Nos EUA, os pedidos iniciais de seguro-desemprego totalizaram 231 mil na semana passada, abaixo da expectativa de mercado (240 mil) e da leitura anterior (264 mil). Esses resultados contrastaram com as preocupações recentes de uma deterioração aguda no mercado de trabalho local, o que levou o Federal Reserve (Fed, o banco central americano) a retomar o ciclo de flexibilização monetária, a despeito da inflação relativamente alta. Ainda, um grupo de senadores apresentou uma resolução para cancelar as tarifas adicionais de 40% impostas aos produtos brasileiros. Na Inglaterra, o banco central manteve a taxa básica de juros em 4,00%, após corte de 0,25 p.p. na reunião de agosto. A autoridade segue reconhecendo riscos inflacionários persistentes (sobretudo em serviços e salários) e deverá esperar por maiores evidências de desinflação para a retomada do ciclo de cortes. No Japão, o banco central manteve a taxa básica de juros em 0,5%. A inflação fora da meta e a incerteza política após renúncia do primeiro-ministro foram as principais justificativas para a decisão.
Para hoje, agenda de indicadores econômicos relativamente vazia. Destaque para a decisão de taxa de juros de 1 e 5 anos da China.
Veja todos os detalhes
Economia
Pedidos de seguro-desemprego nos EUA surpreendem para baixo, apesar de temores sobre mercado de trabalho
- Nos EUA, os pedidos iniciais de seguro-desemprego totalizaram 231 mil na semana passada, abaixo da expectativa de mercado (240 mil) e da leitura anterior (264 mil). Esses resultados contrastaram com as preocupações recentes de uma deterioração aguda no mercado de trabalho local, o que levou o Federal Reserve (Fed, o banco central americano) a retomar o ciclo de flexibilização monetária, a despeito da inflação relativamente alta. Ontem, o comunicado pós-decisão de juros destacou que riscos baixistas para o emprego aumentaram recentemente.
- Ainda nos Estados Unidos, um grupo bipartidário no Congresso apresentou uma resolução para cancelar as tarifas adicionais de 40% impostas aos produtos brasileiros. A proposta contesta a base legal usada pelo presidente Donald Trump, que recorreu à Lei de Poderes Econômicos de Emergência Internacional (IEEPA) para impor as tarifas sem aprovação do Congresso. Os senadores alertam que as tarifas prejudicam o comércio bilateral entre os países e podem aproximar o Brasil da China. O mercado acredita que a medida tem poucas chances de aprovação.
- O Banco da Inglaterra manteve a taxa básica de juros em 4,00%, após corte de 0,25 p.p. na reunião de agosto. Sete de nove membros votaram pela manutenção dos juros. O resultado foi em linha com as expectativas. Apesar disso, o banco central reduziu o ritmo de aperto quantitativo – processo de venda de Gilts, títulos públicos do governo britânico – de 100 para 70 bilhões de libras. Os membros optaram por adotar postura cautelosa enquanto esperam pelo Orçamento fiscal de novembro. A autoridade segue reconhecendo riscos inflacionários persistentes (sobretudo em serviços e salários) e deverá esperar por maiores evidências de desinflação para a retomada do ciclo de cortes.
- O Banco do Japão (Boj) manteve a taxa básica de juros em 0,5%, conforme esperado pelo mercado. A autoridade monetária justificou a decisão citando incertezas no cenário político, após a renúncia do primeiro-ministro Shigeru Ishiba, e os impactos das tarifas comerciais impostas pelos Estados Unidos. O banco central projeta uma desaceleração da economia japonesa no curto prazo, mas acredita que as condições financeiras continuarão oferecendo suporte à atividade. Em relação à inflação, o índice anual recuou para 2,7% em agosto, ante 3,1% no mês anterior, atingindo o menor nível desde outubro de 2024. Já o núcleo – que exclui alimentos e energia – também desacelerou, passando de 3,4% em julho para 3,3% em agosto, mas segue acima da meta oficial de 2%.
- Para hoje, agenda de indicadores econômicos relativamente vazia. Destaque para a decisão de taxa de juros de 1 e 5 anos da China.
Commodities
Data Expert | Oferta e Demanda de Grãos Brasil: Milho | Soja | Farelo | Óleo
- Os produtores já garantiram seus insumos e as plantadeiras estão prontas — o Brasil inicia o plantio de verão com sentimento positivo. As chuvas chegaram mais cedo do que em 2024, o que trouxe otimismo para o campo.
- Para a safra 25/26, projetamos aumento na área de soja, na produção, no esmagamento e nas exportações. No entanto, a direção dos preços dependerá das negociações tarifárias entre China e Estados Unidos.
- Os produtores já garantiram seus insumos e as plantadeiras estão prontas — o Brasil inicia o plantio de verão com sentimento positivo. As chuvas chegaram mais cedo do que em 2024, o que trouxe otimismo para o campo.
- Clique aqui para acessar o relatório.
Empresas
PagBank (PAGS): Expansão ambiciosa de crédito; potencial de yields altos
- BDesde o anúncio na última terça-feira (16) da teleconferência de atualização estratégica de hoje (18), as ações da PAGS subiram cerca de 10%, provavelmente em antecipação a notícias sobre dividendos.
- Confira a nota completa no link.
C&A (CEAB3): Atualizando as nossas estimativas para CEAB
- Neste relatório, atualizamos nossos números para a CEAB com (i) resultados do 2º trimestre; (ii) premissas macroeconômicas atualizadas; e (iii) um terceiro trimestre mais desafiador devido à dinâmica climática e à base de comparação;
- Apesar disso, ajustamos marginalmente nossos números, pois a fraqueza do 3º trimestre é em grande parte compensada pelo desempenho acima do esperado no 2º trimestre, enquanto permanecemos otimistas com as tendências do 4º trimestre;
- Além disso, aproveitamos para estender nosso preço-alvo até o final de 2026, agora em R$ 23,00 por ação;
- Mantemos a recomendação de COMPRA, pois ainda vemos espaço para a empresa continuar melhorando a produtividade das lojas por meio de reformas, juntamente com iniciativas internas relacionadas a produto, logística e precificação;
- Clique aqui para acessar o relatório completo.
Natura (NATU3): Natura vende Avon Internacional
- Após anunciar a venda da Avon CARD na segunda-feira (link), a Natura divulgou agora a venda da Avon Consumer Limited, que compreende todas as operações na região, exceto a Avon Rússia;
- Com essa transação, resta apenas a Avon Rússia para ser vendida antes que a empresa conclua totalmente esse longo processo de desinvestimento;
- Em nossa visão, este é o passo mais importante na jornada de desinvestimento da Avon Internacional, e vemos como positivo o fato de que o acordo deve ter um impacto financeiro irrelevante;
- Acreditamos que este anúncio, junto com o novo formato de divulgação da empresa a partir dos resultados do 3º trimestre, deve ajudar os investidores a retomarem o foco na ação, à medida que a história se torna mais simples e clara;
- Reiteramos nossa recomendação de COMPRA, com uma visão construtiva sobre o processo de transformação da Onda 2, que esperamos continuar entregando resultados positivos;
- Clique aqui para acessar o relatório completo.
B3 (B3SA3): Recuperação continua instável, mas ciclo de cortes pode desencadear mudança
- No dia 17 de setembro, a B3 divulgou seus números operacionais referentes a Ago’25. No geral, consideramos os dados mensais ligeiramente negativos:
- A Renda Fixa manteve o desempenho positivo, embora em ritmo mais lento que no mês anterior, com novas emissões crescendo 9,8% A/A, ante 15,0% A/A em Jul’25;
- No lado de Renda Variável, entretanto, o ADTV ainda está abaixo dos números do mesmo mês em 2024;
- Agosto é historicamente um mês sazonal, com ADTV maior que o mês anterior, e 2025 não foi exceção;
- Assim, os volumes de Renda Variável atingiram R$23,0 bn em ADTV para Cash Equities (+13,1% M/M e -14,6% A/A) e R$24,0 bn em ADTV para Total Equity Income (+13,3% M/M e -14,8% A/A);
- Os Derivativos apresentaram uma queda acentuada no ADV (-23,9% A/A e estável M/M), parcialmente compensada por um aumento no RPC (+15,7% A/A e +6,9% M/M);
- Apesar dos volumes na B3 ainda estarem pressionados pelo atual ambiente de juros elevados, acreditamos que o início do ciclo de corte de juros tem potencial para reverter essa tendência, impulsionando não apenas os preços, mas também os volumes de ações no Brasil.
- Reiteramos nossa visão de que, à medida que os cortes nas taxas de juros domésticas começarem, os volumes da B3 devem experimentar uma recuperação mais sustentável;
- Clique aqui para acessar o relatório completo.
Estratégia
Pesquisa com assessores XP: Intenção de aumentar exposição em renda variável melhora ligeiramente
- Nesta edição da nossa pesquisa com assessores filiados à XP, observamos uma pequena melhora na intenção de aumentar exposição em renda variável, apesar de uma queda nos níveis de alocação. Os principais pontos da pesquisa foram:
- A intenção de aumentar exposição em renda variável aumentou ligeiramente, com 23% (+2 p.p. M/M) indicando que seus clientes planejam aumentar a exposição, enquanto 8% (-8 p.p. M/M) planejam diminuí-la – uma queda expressiva em relação à pesquisa anterior;
- O sentimento dos assessores se deteriorou para 6,9 em relação a 6,2 em agosto (numa escala de 0 a 10);
- Renda Fixa permanece como a classe de ativo preferida entre os clientes, embora o interesse por ações e fundos imobiliários aumentou;
- Riscos fiscais seguem como o principal risco para a Bolsa, seguido de instabilidade política e juros domésticos mais altos;
- A retomada do ciclo de corte de juros nos EUA e a temporada de resultados do 2T25 tiveram um impacto limitado na alocação e no sentimento dos clientes.
- Clique aqui para acessar o relatório completo.
Alocação & Fundos
Principais notícias
- Fundos Imobiliários (FIIs): confira as principais notícias
- Mercado mantém viés otimista com ativos brasileiros mesmo após tom duro do Copom (Valor Econômico);
- BTLG11 assina compromisso para aquisição de portfólio do SARE11 por R$448,5 milhões (ClubeFII);
- IFIX quebra sequência de altas e recua após novo recorde; veja os FIIs de destaque (FIIs);
- Clique aqui para acessar o relatório.
ESG
Moldando o próximo capítulo na mineração: Minerais críticos, regulação e comunidades
- O time de Research ESG da XP, em conjunto com as equipes de Análise Política e de Mineração, realizou uma reunião com o Sr. Rinaldo Mancin, Diretor de Sustentabilidade e Assuntos Associativos do Instituto Brasileiro de Mineração (IBRAM).
- Os principais tópicos da discussão foram: (i) os minerais críticos estão se tornando uma prioridade global; (ii) o debate nacional sobre a regulamentação de cavidades geológicas está ganhando força; (iii) o Brasil continua aprimorando suas práticas de gestão de rejeitos; e (iv) o relacionamento com as comunidades segue sendo fundamental para o sucesso dos projetos de mineração.
- Clique aqui para acessar o relatório completo.

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