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Vitória de Trump e o impacto nas ações das empresas europeias de energia | Café com ESG, 07/11

Reações a eleição de Trump; Vale reforça compromisso com a preservação da floresta amazônica

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Bom dia! Neste relatório diário publicado todas as manhãs pelo time ESG do Research da XP, buscamos trazer as últimas notícias para que você comece o dia bem informado e fique por dentro do tema ESG – do termo em inglês Environmental, Social and Governance ou, em português, ASG – Ambiental, Social e Governança.

Quais tópicos abordamos ao longo do conteúdo? (i) Notícias no Brasil e no mundo acerca do tema ESG; (ii) Performance histórica dos principais índices ESG em diferentes países; (iii) Comparativo da performance do Ibovespa vs. ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial, da B3); e (iv) Lista com os últimos relatórios publicados pelo Research ESG da XP.

Principais tópicos do dia

• O mercado encerrou o pregão de quarta-feira em território negativo, com o IBOV e o ISE recuando 0,2% e 0,1%, respectivamente.

• No Brasil, (i) o presidente da Vale, Gustavo Pimenta, afirmou ontem que a maior parte dos minerais para a transição energética está na região Norte e que a companhia trabalha com projetos de mineração “responsável e sustentável” na Amazônia – a fala, que ocorreu durante abertura da 2ª Conferência Internacional de Economias da Amazônia, reforçou o compromisso da empresa com a preservação da floresta amazônica; e (ii) a estatal brasileira Nuclep e a empresa russa Rosatom assinaram, na terça (5), um acordo de confidencialidade, visando a cooperação tecnológica para a produção de micro reatores modulares no país – o acordo inclui a possibilidade de transferência de tecnologia, e espera fomentar a geração de energia nuclear.

• No internacional, as ações de grupos europeus de energia limpa despencaram nessa quarta-feira com a confirmação de Donald Trump como o novo presidente dos Estados Unidos, frente à preocupação dos investidores com o possível recuo do apoio dos EUA às energias renováveis e à política climática – em atos de campanha, Trump prometeu eliminar os projetos de energia eólica offshore e reverter as regulamentações climáticas implementadas pelo presidente Joe Biden.

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Brasil

Empresas

EDP compra usinas de geração distribuída por R$ 218 milhões

“A EDP anunciou nesta quarta-feira (6/11) a aquisição de 16 usinas fotovoltaicas por R$ 218 milhões. As plantas pertencem ao grupo Tangipar e têm uma capacidade instalada de 44,3 megawatts pico (MWp). Os empreendimentos são voltados para a geração distribuída e estão localizadas nos estados da Bahia, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Paraná. A transação ainda aguarda a análise do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). Atualmente, a EDP controla 90 usinas solares de geração distribuída, que totalizam 258 MWp, sendo 76 já em operação e 14 em construção ou aguardando energização. As operações de geração solar distribuída da empresa estão espalhadas por 10 estados brasileiros: Bahia, Espírito Santo, Goiás, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Pernambuco, Paraná, Rio de Janeiro, São Paulo e Rio Grande do Sul, além do Distrito Federal. A meta da EDP é atingir até 2026 uma capacidade instalada de 500 MWp. Para isso, a companhia pretende investir R$ 600 milhões por ano. “Mais do que ampliar a nossa atuação e capacidade em fontes renováveis para nos tornarmos 100% verdes até 2030, queremos tornar a energia solar mais acessível para uma ampla gama de consumidores”, afirma o vice-presidente de Soluções para Clientes da EDP na América do Sul, Carlos Andrade. Na América do Sul, o grupo EDP atua nos segmentos de geração, transmissão, distribuição e comercialização de energia, bem como no desenvolvimento, construção e manutenção de ativos eólicos, solares e de hidrogênio verde, com ativos no valor de R$ 41 bilhões.”

Fonte: Eixos; 06/11/2024

Heineken investe R$ 8 milhões em unidade de tratamento de vidro, em parceria com Ambipar

“O Grupo Heineken investirá R$ 8 milhões em sua primeira unidade de circularidade do vidro, localizada na cidade de Jaboatão dos Guararapes (PE), em parceria com a gestora de resíduos Ambipar. De acordo com a Heineken, esse é o primeiro centro de beneficiamento de vidro do Brasil. A expectativa da cervejaria é que, ainda neste ano, também seja inaugurada uma unidade do tipo na Bahia. A iniciativa está no âmbito do pacote de sustentabilidade Heineken Spin, lançado em junho, que inclui ainda projetos de agricultura regenerativa e atividades sociais junto à Central Única das Favelas (Cufa). No Brasil, o portfólio do Grupo Heineken inclui marcas como Eisenbahn, Amstel, Devassa, Bavaria, Glacial e Kaiser, dentre outras. De acordo com a Heineken, Pernambuco é um estado prioritário para o projeto e deve ter uma necessidade maior de tratamento do vidro, considerando o investimento de R$ 1,2 bilhão para ampliar a produção puro malte em 2023. O investimento foi anunciado nesta quarta-feira (6), em evento com a governadora de Pernambuco, Raquel Lyra. A iniciativa deve integrar dez cooperativas de Recife e comprar as garrafas de cerveja coletadas por catadores. A Ambipar, então, assumirá a limpeza, trituração e posterior venda do vidro à indústria, que produzirá novas garrafas de Heineken. “A ideia é cobrir áreas em que a coleta de vidro é praticamente inexistente. Acreditamos que aproximando a logística e gerando demanda pelo material nessas regiões, conseguiremos ter um custo menor e, consequentemente, uma remuneração melhor para quem está na ponta dessa cadeia de valor, os catadores”, afirma Mauro Homem, vice-presidente de sustentabilidade e assuntos corporativo do Grupo Heineken.”

Fonte: Valor Econômico; 06/11/2024

Minerais necessários para transição energética estão na região Norte, diz presidente da Vale

“O presidente da Vale, Gustavo Pimenta, afirmou que a maior parte dos minerais para a transição energética está na região Norte e que a companhia trabalha com projetos de mineração “responsável e sustentável” na Amazônia, provando que é possível conciliar desenvolvimento econômico com preservação ambiental. A declaração ocorreu na noite desta quarta-feira (6), na abertura da 2ª Conferência Internacional de Economias da Amazônia, em Belém. “Quando a gente olha os recursos minerais brasileiros, boa parte deles, principalmente os minerais tão importantes para a transição energética, está localizada na região do Pará. Um terço de todos os investimentos em mineração no Brasil está, hoje, no Pará. Então ter a capacidade de desenvolver projetos responsáveis do ponto de vista social e ambiental é fundamental”, afirmou o presidente da Vale em participação virtual. Pimenta completou que a Vale assumiu o compromisso, em 2021, de retirar 500 mil pessoas da pobreza, com boa parte dos projetos executados abrangendo a região Norte. Ele afirmou ainda que o futuro do mundo está 100% ligado ao futuro da Amazônia e que a mineradora atua com preservação da floresta amazônica há 40 anos, em parceria com o ICMBio. “Nós, hoje, protegemos mais de 800 mil hectares de floresta nativa. Isso equivale a 7 vezes a cidade de Belém, 5 vezes a cidade de São Paulo”. Ele completou: “Nós, atualmente, utilizamos apenas 3% de toda a área de nossa responsabilidade, enquanto preservamos os 97% da Floresta Nacional de Carajás”. O presidente da Vale destacou ainda que o momento deste debate é ideal, diante da proximidade da Conferência do Clima da ONU (COP30), que será realizada em Belém, em 2025.”

Fonte: Valor Econômico; 06/11/2024

Rosatom e Nuclep firmam acordo para produção de micro reatores nucleares no Brasil

“A estatal brasileira Nuclep e a empresa russa Rosatom assinaram, na terça (5/11), um acordo de confidencialidade, visando à cooperação tecnológica para a produção de micro reatores modulares, os chamados SMRs (Small Modular Reactors), no Brasil. O acordo firmado durante evento promovido pela Associação Brasileira para o Desenvolvimento de Atividades Nucleares (Abdan), no Rio de Janeiro, inclui a possibilidade de transferência de tecnologia, e espera fomentar a geração de energia nucler. Além disso, a Rosatom sinalizou interesse em financiar parte dos projetos, segundo informações da agência Sputnik. O acordo chega após uma série de reuniões entre as duas companhias, incluindo um encontro realizado em abril deste ano, quando discutiram as possibilidades de parcerias estratégicas. Na ocasião, a Rosatom foi representada por uma comitiva composta por lideranças da empresa, incluindo o vice-diretor-geral, Ilya Vergizaev e a diretora executiva de projetos, Alexandra Ovcharenko. Inicialmente, a Petrobras também foi anunciada pelo evento como uma das empresas a fazer parte do acordo ao lado da Rosatom e Nuclep. Entretanto, representantes de ambas as companhias optaram por não citar o nome da petroleira durante a assinatura do acordo. Questionada pela agência eixos, a Petrobras não se manifestou até o fechamento desta matéria. A estatal iniciou pesquisas sobre a possibilidade de uso de SMRs como fonte de eletricidade de baixo carbono para as atividades de produção de petróleo e gás. Na ocasião, os estudos ainda estavam em fase inicial de prospecção, no seu centro de pesquisas, o Cenpes.”

Fonte: Eixos; 06/11/2024

TCU identifica falta de eficiência e coordenação em políticas climáticas no setor agrícola

“Auditoria do Tribunal de Contas da União (TCU) apontou que as políticas climáticas no setor agrícola estão sendo executadas sem eficiência e com falta de coordenação. O objetivo da operação foi analisar ações e atividades de adaptação às mudanças climáticas e de mitigação da emissão de gases de efeito estufa (GEE) na agropecuária. Um dos documentos analisados pelo tribunal foi o Plano Nacional de Adaptação à Mudança do Clima (PNA), implementado entre 2016 e 2020 para gerir e reduzir o risco climático no Brasil. Segundo o relatório, o plano não conseguiu alcançar suas metas e objetivos. De acordo com o TCU, isso evidencia a necessidade de uma estratégia de longo prazo para a adaptação da agropecuária às mudanças climáticas. Outra questão identificada pela auditoria foi a ausência de articulação entre órgãos, como o Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA) e o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), o que prejudica a execução de políticas integradas. O TCU também identificou a ausência de estratégia de longo prazo para adaptação da agropecuária, como das ações que precisam ser tomadas para minimizar os impactos; e baixa institucionalização do Plano Agricultura de Baixa Emissão de Carbono (ABC+), que estabelece ações de mitigação de adaptação às mudanças climáticas para a agropecuária. O relator do processo, ministro Benjamin Zymler, disse que “a ausência de um plano de adaptação efetivo traz, como consequência, a baixa capacidade de o setor agropecuário brasileiro, especialmente dos pequenos produtores, reagir às mudanças climáticas esperadas e aos eventos climáticos extremos”.”

Fonte: Eixos; 06/11/2024

MME reforça defesa pela conclusão das obras de Angra 3

“O secretário de Geologia, Mineração e Transformação Mineral do Ministério de Minas e Energia, Vitor Saback, disse na última terça (5/11) que a pasta está empenhada em finalizar o projeto da usina nuclear de Angra 3. O governo federal espera que a decisão sobre o futuro da usina seja tomada até o final de 2024, com o tema já pautado para a reunião do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE), marcada para 4 de dezembro. “O ministro Silveira tem muito entusiasmo ao tratar o setor nuclear”, afirmou Saback, durante evento promovido pela Associação Brasileira para o Desenvolvimento de Atividades Nucleares (Abdan), no Rio de Janeiro, nesta terça-feira (5). Para o secretário, o momento é propício para ampliar a participação nuclear na matriz energética do país, com alternativa livre de carbono. “A energia nuclear vem assumindo um papel cada vez mais relevante, como uma solução segura e eficiente para a transição energética”, disse. “O MME tem liderado esse processo, inclusive com a retomada das obras de Angra 3. O projeto não só contribuirá para aumentar a nossa capacidade de geração de energia, mas representa um compromisso do Brasil com a geração de energias limpas e seguras. Angra 3 é mais que um projeto de infraestrutura; é um símbolo do nosso avanço no setor nuclear”, completou. Saback também afirmou que o país tem “enorme potencial” para exploração de urânio, que pode posicionar o Brasil como um dos principais players globais na produção desse mineral estratégico. O governo promete, desde o ano passado, lançar o Programa Mineração para a Energia Limpa, que prevê estímulos para a exploração de minerais críticos para a transição energética, incluindo o urânio.”

Fonte: Eixos; 06/11/2024

Leila Barros espera votar na próxima semana projeto de crédito de carbono

“Relatora do projeto de lei do mercado de crédito de carbono, a senadora Leila Barros (PDT-DF) demonstrou nesta quarta-feira (6) convicção de que haverá acordo sobre a regulamentação do mercado de carbono. “Existe uma grande disposição tanto da Câmara quanto do Senado em aprovar, entendendo a importância que é o mercado de carbono. É um ativo incrível, que a gente sabe que o Brasil vem patinando há anos para tratar sobre essa temática”, disse Leila. “Ontem, quando foi cancelada a apreciação do projeto, nós tivemos uma reunião e avançamos. Tivemos o governo à mesa, representantes do Ministério da Fazenda e acredito que vamos avançar muito até terça-feira. Vamos conseguir esse acordo. Tem disposição enorme das duas Casas de finalizarmos esse acordo para que haja a votação no Senado, na Câmara e aí a sanção do presidente”, acrescentou. Havia expectativa de que o texto fosse votado nessa terça-feira (5), mas a apreciação foi adiada após senadores da oposição pedirem por não quererem votá-lo pelo sistema semipresencial. O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), afirmou que o adiamento não representa uma busca de protagonismo do Senado ou da Câmara. “Podemos fazer encaminhamento de acordo para que reservemos a apreciação deste projeto, tanto texto-base, quanto destaques, na próxima terça-feira, no sistema presencial, com o compromisso de todos de que não haverá obstrução, tempo necessário para os últimos ajustes e celebrar o acordo devido com o Câmara. Não estamos em busca de protagonismo do Senado ou da Câmara. É uma responsabilidade do Congresso como um todo entregar o melhor texto possível”, disse Pacheco.”

Fonte: Valor Econômico; 06/11/2024

Desmatamento cai 30% na Amazônia e tem 1ª queda em 5 anos no Cerrado, aponta Inpe

“O desmatamento na Amazônia caiu 30,6% entre agosto de 2023 e julho de 2024 em relação ao mesmo período anterior. Os dados são do sistema Prodes (Projeto de Monitoramento do Desmatamento na Amazônia Legal por Satélite), do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais). Segundo os dados divulgados na noite desta quarta-feira (6), foram desmatados 6.288 km² nesse período, ante 9.064 km² no anterior. O recorde na última década havia sido no período 2020/2021, com 13.038 km². Segundo o Inpe, foi o melhor resultado em nove anos. “[Esses números dão] um pouco mais de sossego nos nossos Ministros de Relações Exteriores e embaixadores”, disse a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, em evento no Palácio do Planalto. “Porque, se existe um tema forte fora do país, é o desmatamento”, acrescentou Marina, que na semana que vem representará o Brasil na conferência climática COP29, no Azerbaijão. Entre os Estados da região, Rondônia (62,5%) e Mato Grosso (45,1%) apresentaram as maiores quedas, seguidos por Amazonas (29%) e Pará (28,4%). Roraima, por outro lado, teve uma alta de 53,5%. Já o desmatamento no Cerrado apresentou a primeira queda no desmatamento em cinco anos. O desmatamento no bioma caiu 25,7% no período encerrado em julho deste ano em relação ao anterior. Ao todo, foram desmatados 8.174 km², ante 11.002 em 2022/23. Segundo o Inpe, o desmatamento do Cerrado está fortemente concentrado na região do Matopiba, fronteira agrícola entre os Estados do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia. Essa região é responsável por 76,4% dos cortes de vegetação no bioma, número semelhante aos 75% registrados no período anterior.”

Fonte: Valor Econômico; 06/11/2024

Mundo vai trabalhar para que não haja retrocessos ambientais, diz Marina sobre eleição de Trump

“A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, disse nesta quarta-feira (6) que o mundo vai trabalhar para que não haja retrocessos no combate às mudanças climáticas, ao comentar a eleição de Donald Trump. “[A eleição de Trump] aumenta a responsabilidade de todos os países que fazem parte da Convenção da Mudança do Clima, num cenário que pode ser mais difícil”, afirmou Marina em entrevista coletiva. “Estamos trabalhando com todo afinco e, obviamente, o mundo vai buscar que nenhum país promova qualquer tipo de retrocesso.” Trump tem um histórico de negacionismo em relação ao tema, é um defensor dos combustíveis fósseis e, no fim de seu mandato, em 2020, retirou os EUA do Acordo de Paris, avalizado por mais de 190 países para reduzir a emissão de gases de efeito estufa. O Brasil, por outro lado, tem adotado uma postura de liderança sobre o tema, apesar de contradições, como o projeto do governo de explorar petróleo na região amazônica, e sediará no próximo ano a COP30, conferência climática global, em Belém. “Nós estamos trabalhando para evitar o ponto de não retorno em relação ao clima, mas nós queremos que não haja qualquer retrocesso, qualquer retorno ao passado daquilo que nós já avançamos em relação aos compromissos e à governança climática global”, afirmou a ministra. Marina embarca nos próximos dias para a COP29, que será em Baku, no Azerbaijão. Ela disse ainda confiar que a governança global sobre o clima seguirá avançando, mesmo com Trump no poder. De acordo com ela, os EUA têm “responsabilidades muito grandes” sobre o tema, uma vez que são o segundo maior emissor de CO².”

Fonte: Valor Econômico; 06/11/2024

Brasil tem aumento de até 3ºC na temperatura de algumas regiões

“Nos últimos 60 anos, o aquecimento em algumas regiões brasileiras foi maior que média global, chegando a até 3º Celsius na média das temperaturas máximas diárias em algumas regiões, aponta o relatório Mudança do Clima no Brasil – síntese atualizada e perspectivas para decisões estratégicas. De acordo com o estudo, desde o início da década de 1990, o número de dias com ondas de calor no Brasil subiu de sete para 52, até o início da década atual. “Eventos extremos, como secas severas e ondas de calor, serão mais frequentes, com probabilidade de ocorrência de eventos climáticos sem precedentes”, destaca o relatório. O estudo, que será lançado oficialmente em Brasília, nesta quarta-feira (6), é um recorte para o Brasil do último relatório do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC) e de outros estudos científicos atuais, resultado de um esforço que reuniu o Ministério de Ciência, Tecnologia e Informação com as organizações sociais da Rede Clima, o WWF-Brasil e o Instituto Alana. A partir das projeções para os próximos 30 anos, apresentadas de forma inédita pelo IPCC, com o objetivo de orientar ações de adaptações, os pesquisadores também concluíram que se o limite de 2ºC for atingido, em 2050 limiares críticos para a saúde humana e a agricultura serão ultrapassados com mais frequência. Nesse cenário, a população afetada por enxurradas no Brasil aumentará entre 100 e 200%. Doenças transmitidas por vetores como os da dengue e malária também causarão mais mortes. A Amazônia, por exemplo, perderá 50% da cobertura florestal pela combinação de desmatamento, condições mais secas e aumento dos incêndios.”

Fonte: Valor Econômico; 06/11/2024

Internacional

Empresas

Ações europeias de energia limpa caem com a vitória de Trump na presidência dos EUA

“As ações de grupos europeus de energia limpa despencaram na quarta-feira, depois que Donald Trump foi eleito presidente dos Estados Unidos, com os investidores preocupados com o possível desmantelamento do apoio dos EUA às energias renováveis e à política climática. Trump prometeu eliminar os projetos de energia eólica offshore por meio de uma ordem executiva em seu primeiro dia no cargo e reverter as regulamentações climáticas implementadas pelo presidente Joe Biden. Isso inclui deixar o Acordo de Paris, sob o qual os países se comprometem a limitar o aquecimento global, e potencialmente desfazer a Lei de Redução da Inflação, carro-chefe de Biden, que fornece subsídios e incentivos maciços para tecnologias de energia limpa. O maior desenvolvedor de energia eólica offshore do mundo, Orsted (ORSTED.CO), abre nova guia, caiu até 14%, enquanto os fabricantes de turbinas eólicas Vestas (VWS.CO), abre nova guia e Nordex (NDXG.DE), abre nova guia, foram negociados em queda de cerca de 11% e 7.6%, respectivamente. “A principal mensagem é que a incerteza está de volta”, disse à Reuters o analista da Alphavalue, Pierre-Alexandre Ramondenc. O mercado de energias renováveis dos EUA é um setor de crescimento fundamental para várias empresas de serviços públicos europeias, incluindo a EDP Renováveis (EDPR.LS), de Portugal (abre nova aba), a Orsted e a principal produtora de energia da Alemanha, a RWE (RWEG.DE), abre nova aba, de acordo com analistas do Deutsche Bank. “Uma revogação total do IRA dependeria do Congresso, embora mudanças significativas possam ser possíveis”, escreveu o Deutsche Bank em uma nota aos clientes.”

Fonte: Reuters; 06/11/2024

Ação da Tesla dispara 15% com eleição de Trump e apoio próximo de Musk

“As ações da Tesla subiram 14,75% nesta quarta-feira (6), na medida em que investidores apostam que a montadora de carros elétricos fundada e liderada por Elon Musk será uma das principais beneficiárias do retorno de Donald Trump à Casa Branca. As ações subiram com essa força desde o começo das negociações antes da sessão à vista, dado que a evolução da apuração indicou com rapidez que o republicano despontava como amplo favorito. No fechamento, as ações foram negociadas a US$ 288,53, no maior patamar em mais de dois anos. Neste ano de 2024, a alta acumulada supera a casa de 30% com os ganhos desta quarta. O CEO da Tesla (TSLA) foi o mais proeminente apoiador dos republicanos neste ciclo eleitoral, com apoio de mais de US$ 130 milhões em gastos e mensagens de suporte no X, sua rede de mídia social. Tarifas comerciais prometidas por Trump ao longo da campanha, especialmente para produtos chineses como carros elétricos, podem beneficiar a Tesla de Musk no mercado doméstico. Embora Trump tenha criticado a indústria de veículos elétricos durante toda a sua campanha, ele suavizou um pouco o tom após o endosso público de Musk. “Deixe-me dizer aos senhores que temos uma nova estrela, uma estrela que nasceu: Elon”, disse Trump durante um discurso para apoiadores em West Palm Beach, na Flórida. Ele falou sobre Musk por quase quatro minutos, elogiando sua empresa SpaceX e chamando-o de “cara especial” e “supergênio”. As ações da Tesla estão prontas para serem negociadas em seu nível maisalto neste ano e chegaram a US$ 289,99 durante a sessão pré-mercado.”

Fonte: Bloomberg Línea; 06/11/2024

A vitória de Trump é vista como um golpe para a ação climática antes da cúpula da COP

“A vitória de Donald Trump nas eleições dos Estados Unidos foi vista como um golpe para a ação climática global e deve prejudicar a cúpula da COP29 da ONU na próxima semana, mas os líderes do histórico acordo climático firmado em Paris disseram acreditar que o impulso por trás da descarbonização não será interrompido. A campanha de Trump havia dito que o novo presidente se retiraria novamente do acordo de Paris de 2015, como fez em seu primeiro mandato. As negociações sobre o clima mais importantes do mundo já estavam enfrentando uma diminuição da atenção dos líderes políticos e empresariais, com muitos desistindo do evento no Azerbaijão, país petroleiro, antes das eleições nos EUA. A presidente da União Europeia, Ursula von der Leyen, e o presidente da França, Emmanuel Macron, estão entre os que não devem ir a Baku, enquanto o chanceler alemão Olaf Scholz e o primeiro-ministro do Reino Unido, Sir Keir Starmer, ainda devem comparecer. Os chefes do Bank of America, BlackRock, Standard Chartered e Deutsche Bank também estarão ausentes, assim como o líder da aliança climática do setor financeiro, Mark Carney, que tem se destacado desde que foi nomeado enviado especial da ONU em 2020. Um executivo sênior de energia dos EUA disse que foi dissuadido pela proximidade do Azerbaijão com a Rússia. Um negociador climático de um país do G20 disse: “Será que todos nós deveríamos ir à COP agora? Está ficando mais difícil. [Trump] tem sido claro em sua posição sobre as mudanças climáticas. Isso dificulta as coisas. Ele não é um grande fã da globalização ou do multilateralismo. Ele é muito a favor da América em primeiro lugar.””

Fonte: Financial Times; 06/11/2024

Presidente eleito nos EUA, Trump tem política voltada para fósseis

“O presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, prometeu durante a campanha que iria combater a inflação com a redução do custo da energia. O programa de Trump inclui o incentivo ao aumento da produção de petróleo e gás natural, incluindo a produção por métodos não convencionais, como o fraturamento hidráulico. O republicano ressuscitou, na campanha de 2024, o bordão usado por membros do partido na campanha de 2008, quando John McCain foi derrotado por Barack Obama: “drill, baby, drill” (“perfure, baby, perfure”, em tradução livre). “Eu vou cortar os preços da energia pela metade em 12 meses após assumir o cargo”, prometeu Trump em comício no dia 18 de outubro. Na gestão de Donald Trump frente à Casa Branca (2017-2020), os Estados Unidos se tornaram os maiores produtores de petróleo do mundo. Em 2023, os EUA produziram em média mais de 12,9 milhões de barris por dia, acima do recorde anterior, de 2019, quando o país produziu 12,3 milhões de barris/dia. A expectativa para 2024, segundo a Agência Internacional de Energia (IEA, na sigla em inglês) é que o ano termine com uma nova marca histórica, de 13,2 milhões de barris/dia. “Podemos reduzir o custo da energia se tivermos o suprimento de petróleo, o que temos mais do que qualquer outro país. O aquecimento, o ar-condicionado, a eletricidade, a gasolina – tudo pode ser reduzido pela metade. Para alcançar essa rápida redução nos custos de energia, irei declarar uma emergência nacional para nos permitir aumentar drasticamente a produção, geração e oferta de energia.”

Fonte: Eixos; 06/11/2024

Financiamento climático: quem paga para descarbonizar o mundo?

“Promessa é dívida. Em 2009, os países ricos se comprometeram a financiar a descarbonização dos países pobres com US$ 100 bilhões por ano. Faltou registrar em cartório.  O compromisso foi feito na COP, a conferência climática da ONU, realizada na Dinamarca. Às vésperas da COP29, que começa semana que vem no Azerbaijão, o Sul Global ainda cobra o combinado. Mesmo considerando os financiamentos já planejados, a meta não foi alcançada. Nesses 15 anos, para piorar, o cenário mudou radicalmente. O valor acordado em Copenhagen, hoje, se mostra insuficiente para dar conta do desafio de reduzir as emissões de gases de efeito estufa e conter as mudanças climáticas – uma conta estimada em US$ 8 trilhões anuais, segundo estudo comissionado pelo G20.  Ativistas climáticos são céleres em apontar a falta de compromisso ambiental dos ricos como o motivo para a inação. Há, no entanto, uma justificativa plausível por parte dos países mais ricos: a falta de mecanismos financeiros adequados. O “como fazer” estaria emperrando o processo. Encontrar uma solução para os ricos honrarem o compromisso é uma das principais pautas trabalhadas pela presidência brasileira do G20, que se encerra ao final de novembro. Os debates produziram dois papers, com recomendações do setor privado e da academia. A boa notícia é que, a princípio, empresas e governos estão na mesma página.  As recomendações do setor privado estão reunidas em um relatório do B20, fórum empresarial que ocorre paralelamente ao G20. O trabalho foi capitaneado por Luciana Ribeiro, a sócia da eB Capital.”

Fonte: Brazil Journal; 06/11/2024

Após vitória de Trump, Fundação Europeia para o Clima defende coalizão pela unidade do Acordo de Paris

“Arquiteta do Acordo de Paris, a presidente da European Climate Foundation (Fundação Europeia para o Clima), Laurence Tubiana, defende a formação de uma coalizão para garantir que nenhum outro país deixe o Acordo de Paris, além dos Estados Unidos. Para ela, a vitória de Donald Trump é uma oportunidade para países europeus e países do Sul Global, como o Brasil, assumirem liderança na agenda climática. Trump, que retirou os EUA do Acordo de Paris após sua primeira eleição para a Casa Branca, em 2016, já havia anunciado durante a campanha que, se vencesse a corrida eleitoral este ano, retiraria novamente o país do acordo climático. A eleição do ex-presidente e candidato republicano foi confirmada nesta quarta-feira (6), após conquistar mais de 270 votos de delegados da federação americana – quantidade mínima para um presidente ser eleito no EUA. “O Brasil tem uma oportunidade fantástica, seja o governo [federal], os governadores estaduais, seja a sociedade e as empresas, para dizer ‘somos um país do Sul Global e estamos pegando o bastão, aumentando a onda de mobilização que vimos em Paris’”, disse Tubiana, ao Valor, em Belém, onde participa da 2ª Conferência Internacional de Economias da Amazônia. Na avaliação de Tubiana, Trump não deve vir para a COP30 em Belém no próximo ano, mas ela acredita que isso não é suficiente para esvaziar a conferência – tampouco a COP29, que será realizada nos próximos dias, em Baku, no Azerbaijão. O cenário, para ela, representa uma oportunidade para fortalecer o multilateralismo. O receio de ambientalistas é que a potencial ausência da maior potência econômica global no Acordo de Paris gere um efeito dominó em outras nações.”

Fonte: Valor Econômico; 06/11/2024

2024 será o ano mais quente já registrado no mundo, afirmam cientistas da UE

“É “praticamente certo” que este ano eclipsará 2023 como o mais quente do mundo desde o início dos registros, disse o Serviço de Mudanças Climáticas Copernicus (C3S) da União Europeia na quinta-feira. Os dados foram divulgados antes da cúpula da ONU sobre o clima COP29, a ser realizada na próxima semana no Azerbaijão, onde os países tentarão chegar a um acordo sobre um grande aumento no financiamento para combater as mudanças climáticas. A vitória de Donald Trump na eleição presidencial dos EUA reduziu as expectativas para as negociações. O C3S afirmou que, de janeiro a outubro, a temperatura média global foi tão alta que 2024 certamente será o ano mais quente do mundo – a menos que a anomalia de temperatura no restante do ano caia para quase zero. “A causa fundamental e subjacente do recorde deste ano é a mudança climática”, disse à Reuters o diretor do C3S, Carlo Buontempo. “O clima está esquentando, de modo geral. Está esquentando em todos os continentes, em todas as bacias oceânicas. Portanto, estamos fadados a ver esses recordes sendo quebrados”, disse ele. Os cientistas disseram que 2024 também será o primeiro ano em que o planeta estará mais de 1,5ºC mais quente do que no período pré-industrial de 1850-1900, quando os seres humanos começaram a queimar combustíveis fósseis em escala industrial. As emissões de dióxido de carbono provenientes da queima de carvão, petróleo e gás são a principal causa do aquecimento global. Sonia Seneviratne, cientista climática da universidade de pesquisa pública ETH Zurich, disse que não ficou surpresa com o marco e pediu aos governos na COP29 que concordem com ações mais fortes para retirar suas economias dos combustíveis fósseis emissores de CO2.”

Fonte: Reuters; 07/11/2024

Índices ESG e suas performances

(1) O Índice ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial da B3) tem como objetivo ser o indicador do desempenho médio das cotações dos ativos de empresas com reconhecido comprometimento com o desenvolvimento sustentável, práticas e alinhamento estratégico com a sustentabilidade empresarial.
(2) O Índice S&P/B3 Brasil ESG mede a performance de títulos que cumprem critérios de sustentabilidade e é ponderado pelas pontuações ESG da S&P DJI. Ele exclui ações com base na sua participação em certas atividades comerciais, no seu desempenho em comparação com o Pacto Global da ONU e também cias sem pontuação ESG da S&P DJI.
(3) O ICO2 tem como propósito ser um instrumento indutor das discussões sobre mudança do clima no Brasil. A adesão das companhias ao ICO2 demonstra o comprometimento com a transparência de suas emissões e antecipa a visão de como estão se preparando para uma economia de baixo carbono.
(4) O objetivo do IGCT é ser o indicador do desempenho médio das cotações dos ativos de emissão de empresas integrantes do IGC que atendam aos critérios adicionais descritos nesta metodologia.
(5) A série de índices FTSE4Good foi projetada para medir o desempenho de empresas que demonstram fortes práticas ambientais, sociais e de governança (ESG).
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