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Bolsas hoje: estímulos na China e prévia da inflação no Brasil em destaque

Ata do Copom e dados de confiança do consumidor são alguns dos temas de maior destaque nesta quarta-feira, 25/09/2024

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IBOVESPA +1,22% | 132.156 Pontos

CÂMBIO -1,30% | 5,46/USD

O que pode impactar o mercado hoje

Ibovespa

O Ibovespa fechou em alta de 1,2% ontem, aos 132.156 pontos, repercutindo o anúncio de uma série de estímulos do Banco Central da China.

Os principais destaques positivos do dia na Bolsa brasileira foram as ações de mineradoras e petroleiras como CSN, Brava e Usiminas (CSNA3, +9,4%; BRAV3, +8,7%; USIM5, +7,7%), após o aumento do preço do minério de ferro (+5,1%) e do petróleo (Brent, +1,7%), causados pelo maior otimismo com a economia chinesa, e com Brava também se beneficiando de um movimento técnico, após o papel já ter caído mais de 26% em setembro. Na ponta negativa, destaque para Azul (AZUL4, -5,0%), ainda repercutindo a grande volatilidade do papel por conta das negociações com arrendadores de aeronaves (veja aqui o comentário).

Para o pregão desta quarta-feira, teremos, no Brasil, a divulgação do IPCA-15 de setembro. No cenário internacional, serão divulgados dados de vendas de casas novas nos EUA de agosto. 

Renda Fixa

As taxas futuras de juros encerraram a sessão de terça-feira com forte fechamento ao longo da curva. No Brasil, a ata da última reunião do Copom reforçou o tom duro do Banco Central, reiterando a necessidade de uma política monetária restritiva e gradual, levando os investidores a reduzirem a precificação de risco nos ativos locais. DI jan/25 fechou em 11,02% (queda de 1,5bp vs. pregão anterior); DI jan/26 em 12,14% (queda de 14,9bps); DI jan/27 em 12,165% (queda de 24,8bps); DI jan/29 em 12,265% (queda de 29,6bps). Na China, o anúncio de novos estímulos econômicos de grande proporção foi visto como positivo pelo mercado, levando a um movimento de tomada de risco global. Os rendimentos das Treasuries – títulos soberanos americanos – de dois anos fecharam em 3,49% (-8,0bps) e os de dez anos em 3,74% (-1,0bp).

Mercados globais

Nesta quarta-feira, os futuros nos Estados Unidos abrem em queda (S&P 500: -0,1%; Nasdaq 100: -0,3%), que pode ser atribuída a um movimento de realização de lucros após sequência de pregões positivos impulsionados pelo início do ciclo de cortes de juros do Federal Reserve.

Na Europa, as bolsas operam mistas, e o índice pan-europeu tem leve queda nesta manhã (Stoxx 600: -0,1%), após anúncio de estímulos na China ajudar a impulsionar as bolsas europeias ontem. Na China, as bolsas voltaram a apresentar forte alta (CSI 300: 1,5%; HSI: 0,7%), ainda que em magnitude menor que imediatamente após o anúncio das medidas do governo. Detalhamos aqui os principais anúncios do pacote de estímulos, assim como seu impacto.

Economia

Nos Estados Unidos, os dados de confiança do consumidor do Conference Board divulgados nesta terça-feira mostraram um recuo importante e ficaram bem abaixo das expectativas, indicando menor disposição dos consumidores a ampliar gastos. Na China, o banco central (PBoC) divulgou o maior pacote de estímulos desde a pandemia para voltar atingir a meta de crescimento do governo. Dentre as medidas, estão a redução de reservas obrigatórias, liberando recursos para novos empréstimos, e redução de taxas de juros de curto e médio prazo.

No Brasil, a ata do Copom apontou que os preços continuam pressionados por uma economia mais aquecida. Acreditamos que a mensagem do Copom está em linha com nosso cenário um aumento de juros mais forte na próxima reunião, de 0,5 p.p. Na agenda do dia, destaque para a divulgação do IPCA-15 de setembro, que deve mostrar um avanço de 0,29% nos preços em relação ao período anterior, segundo nossas estimativas. As medidas de núcleos e os serviços subjacentes, por sua vez, devem crescer a 0,30% e 0,31%, respectivamente.

Veja todos os detalhes

Economia

Copom reforça seu tom duro; IPCA-15 é o destaque de hoje

  • Nos EUA, o Conference Board (CB) divulgou uma queda no índice de confiança do consumidor, um indicador-chave do sentimento do consumidor e de possíveis gastos futuros. A leitura real ficou em 98,7, uma queda significativa em comparação com a previsão de 103,9. Essa queda não é apenas menor do que a prevista, mas também marca um declínio em relação à leitura anterior do índice de 105,6. Esse declínio na confiança do consumidor sugere que os consumidores estão menos otimistas em relação às perspectivas da economia, o que pode levar à diminuição dos gastos do consumidor, um importante impulsionador da atividade econômica;
  • O banco central da China divulgou na terça-feira seu maior estímulo desde a pandemia para tirar a economia de seu estado deflacionário e voltar a atingir a meta de crescimento do governo. O pacote mais amplo do que o esperado, que oferece mais financiamento e cortes nas taxas de juros, marca a mais recente tentativa dos formuladores de políticas de restaurar a confiança na segunda maior economia do mundo, depois que uma série de dados decepcionantes levantou preocupações sobre uma desaceleração estrutural prolongada. O banco central reduzirá em 50 pontos-base (bps) o montante de dinheiro que os bancos devem manter como reservas – conhecido como índice de reservas obrigatórias (RRR) -, liberando cerca de 1 trilhão de yuans (US$ 142 bilhões) para novos empréstimos. O PBOC também reduzirá a taxa de recompra reversa de sete dias, sua nova referência, em 0,2 ponto percentual, para 1,5%, bem como outras taxas de juros. Por fim, o PBoC anunciou um corte na taxa de empréstimo de médio prazo de 2,3% para 2,0%.
  • O Copom publicou a ata de sua reunião de setembro nesta terça-feira. O comitê reforçou o tom duro da declaração da semana passada, fornecendo evidências da necessidade de uma política monetária mais rígida. O comitê argumentou que o início do ciclo deve ser gradual, mas deixou as portas abertas para acelerar o ritmo de aperto à frente, se necessário. Com relação às etapas futuras da política monetária, o comitê optou por não fornecer nenhuma orientação. A ata argumentou que “o início do ciclo deve ser gradual”. Mas, olhando para o futuro, o comitê preferiu permanecer dependente dos dados, apenas reforçando seu “firme compromisso com a convergência da inflação para a meta”. Em suma, acreditamos que a ata de hoje é consistente com nosso cenário de aceleração dos aumentos das taxas para 50 nas próximas reuniões. Sobre a taxa Selic terminal, mantemos nossa previsão de 12,00%, reconhecendo um viés de alta considerando as previsões de inflação do Copom (3,5% no horizonte relevante) e os riscos de alta nesse cenário.
  • O destaque de hoje será a divulgação da inflação do IPCA-15 no Brasil. O mercado espera que o índice geral avance 0,28 M/M, enquanto nós esperamos que ele avance 0,29% M/M. Os núcleos médios de inflação, por sua vez, devem avançar 0,30% e os serviços subjacentes 0,31%. Considerando os preços dos gêneros alimentícios, prevemos uma aceleração para 0,2% MoM (de -1,3%), impulsionada pelos preços de frutas, carnes e “óleos e gorduras”. No lado dos preços industriais, devemos ver uma desaceleração na margem (0,18% de 0,33%) devido à deflação no etanol e à moderação nos preços de “eletrodomésticos”. Por fim, em relação aos preços monitorados, destacamos a deflação da gasolina (-0,6%) e o aumento das tarifas de energia elétrica (1,1%) em função do acionamento da bandeira vermelha 1”.


Empresas

A escolha das classes de ativos para as carteiras recomendadas de alocação

  • Uma parte crucial do processo de simplificação e sofisticação das carteiras foi a escolha das classes de ativos necessárias para compor as políticas de investimento e alcançar a eficiência desejada.
  • As classes de ativos são os alicerces fundamentais para a construção de um portfólio. Os produtos financeiros são agrupados em classes de ativos com base em características chave que são comuns entre elas.
  • Neste relatório, nós divulgamos um material que compila como os diferentes produtos disponíveis na plataforma da XP foram enquadrados nas 9 classes de ativos escolhidas.
  • Acesse aqui o conteúdo completo.

Principais notícias dos setores

Nestas publicações diárias, trazemos as principais notícias nacionais e internacionais dos setores: Financeiro, Varejo (e-commerce, supermercados, lojas de roupa, farmácias, etc.), Agro, Alimentos e Bebidas e Energia (óleo & gás e elétricas).

  • Radar Tech XP: Notícias diárias do setor de Telecom e Tecnologia
    • Juíza manda Oi aceitar entrada da Ligga na 2ª rodada de venda da ClientCo (Telesíntese);
    • Vero anuncia R$ 900 milhões em debêntures para expansão da rede (Telesíntese);
    • CDR aponta à AGU falta de recálculo dos bens reversíveis (Telesíntese);
    • Novo lote de liberação da faixa de 3,5 GHz contempla 189 cidades (Telesíntese);
    • Clique aqui para acessar o relatório
  • Entrega XP: Notícias diárias do setor de varejo
    • Brasileiros gastam R$ 20 bi ao mês com ‘bets’ e jogos (Valor Econômico);
    • Mercado Livre vai dobrar centros de distribuição até 2025 (Valor Econômico);
    • Shopee acirra concorrência com entregas no mesmo dia ou no dia seguinte em SP (Estadão);
    • Clique aqui para acessar o relatório.
  • Agro, Alimentos & Bebidas: confira as principais notícias
    • Bebidas
      • The Coca-Cola Company to discontinue Spiced flavour – JustDrinks
    • Alimentos
      • Sustentabilidade na avicultura: BRF alcança 57% de produção de aves com energia limpa – Agrimídia
      • Exportação de carne de frango dos EUA retrocedeu 8,5% nos primeiros sete meses de 2024 – Avisite
    • Agro
      • União de Latina Seeds e Sementes Santa Fé para dominar o emergente (e bilionário) mercado do sorgo – AgFeed
      • Plantio de Soja Atinge 10% da Área Projetada no Paraná, Diz Deral – Agrimídia
    • Biocombustíveis
      • Agriculture ministry releases final estimates of sugarcane, maize and other crops for 2023-24 – Chinimandi
      • Petrobras planeja investir em projeto de combustível de aviação sustentável – NovaCana
    • Clique aqui para acessar o relatório completo
  • Saúde: XP Daily | Sua dose diária de notícias
    • Fitch eleva perspectiva de nota em moeda local da Rede D’Or de negativa para estável (Valor Econômico);
    • Planos de saúde: quatro beneficiários fraudaram R$ 9 milhões em três anos e meio (O Globo);
    • Atrasos na obra de novo hospital da Unimed (O Globo);
    • Clique aqui para acessar o relatório..


Renda fixa

Análise (Crédito): JBS S.A.

  • A JBS S.A. (“JBS” ou “Companhia”) é a empresa líder mundial no segmento de alimentos, possuindo plataforma diversificada em termos geográficos e de proteínas produzidas/vendidas, o que se traduz em maior resiliência a ciclos econômicos;
  • Em 2024, a Companhia apresentou sólida recuperação dos resultados, impulsionados, principalmente, pelo menor custo dos grãos utilizados como ração animal para aves e suínos, aliado ao equilíbrio de oferta e demanda destas proteínas no mercado global;
  • Em termos financeiros, o seu perfil de endividamento é alongado, com prazo médio de 11,1 anos e posição de caixa robusta;
  • Em nossa visão, a JBS apresenta liquidez e estrutura de capitais adequadas, com boa cobertura de despesas financeiras, o que traz conforto para sustentar a ciclicidade intrínseca à indústria de proteínas;
  • Clique aqui para acessar o relatório completo.

De Olho na Renda Fixa: principais notícias de crédito privado, mercados e renda fixa

  • Treasury yields inch higher as investors consider the state of the economy (CNBC);
  • Inflação de demanda acelera mais depressa e pesa sobre o IPCA (Valor Econômico);
  • Decisão de reduzir os preços dos combustíveis é ‘técnica’, diz diretor da Petrobras (O Globo);
  • Rating do Banco C6 elevado para ‘brA+’ por melhora na rentabilidade; perspectiva positiva (S&P Global);
  • Clique aqui para acessar o clipping.

Alocação & Fundos

Principais notícias

  • Fundos Imobiliários (FIIs): confira as principais notícias
    • Dividendos de FIIs ou aluguel de imóvel? Veja quem rende mais (InfoMoney);
    • Ocupação de escritórios cresce e estimula lançamentos de edifícios corporativos em SP (O Globo);
    • RBR busca R$ 800 milhões para fundo que começará com 5 projetos do Minha Casa, Minha Vida (Valor Econômico);
    • Clique aqui para acessar o relatório.

ESG

Diário de viagem: O que ouvimos em NY de investidores, empresas e demais lideranças

  • Passamos a última semana em Nova York, onde participamos dos eventos Brazil Climate Summit e do SDGs in Brazil 2024, ouvindo empresas e demais lideranças, incluindo Georg Kell (Pacto Global da ONU), Andrew Mayock (Casa Branca) e Daniel Zarrilli (Universidade de Columbia);
  • Durante a semana, também tivemos a oportunidade de falar com investidores, avaliando o sentimento de mercado;
  • Das várias e diferentes pessoas que ouvimos, notamos uma perspectiva comum construtiva sobre o papel do Brasil na busca global por emissões líquidas zero, se posicionando como um hub de soluções para a transição climática;
  • Neste relatório, nós discutimos alguns dos temas mais abordados durante a viagem, como minerais críticos, inteligência artificial, SAF e COP30;
  • Clique aqui para ler o conteúdo completo.

Em discurso na Assembleia Geral da ONU, Lula ressalta papel do Brasil na agenda climática | Café com ESG, 25/09

  • O mercado encerrou o pregão de terça-feira em território positivo, com o IBOV e o ISE subindo 1,21% e 0,90%, respectivamente.
  • Do lado das empresas, (i) a Orizon anunciou ontem que realizou a aquisição de duas usinas termelétricas à base de biogás em João Pessoa e Jaboatão dos Guararapes (PE) por R$ 156,6 milhões – segundo a companhia, a aquisição das usinas consolida o acesso ao biogás produzido nos aterros sanitários dos dois ativos, permitindo o desenvolvimento de outros projetos de biometano; e (ii) a Amazon e outras cinco empresas anunciaram a compra de créditos de carbono que apoiarão a conservação da floresta amazônica no estado do Pará, em um negócio avaliado em cerca de US$ 180 milhões – a compra deve ser feita por meio da iniciativa de conservação florestal LEAF Coalition, fundada em 2021 por um grupo de empresas e governos, incluindo a própria Amazon, os Estados Unidos e o Reino Unido.
  • Na política, em discurso ontem na abertura da 79ª Sessão da Assembleia Geral das Nações Unidas (ONU), em Nova York, o presidente Lula disse que a visão do Brasil para o desenvolvimento sustentável está baseada na bioeconomia e que o país é um celeiro de oportunidades para a transição energética global – o presidente também voltou a cobrar o cumprimento dos acordos internacionais, principalmente com relação ao financiamento climático, para que países emergentes possam adaptar suas economias.
  • Clique aqui para acessar o relatório e começar o dia bem informado com as principais notícias ao redor do Brasil e do mundo quando o tema é ESG.

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