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Bens de Capital: Expectativas altas para a WEG; Melhor sazonalidade para a maioria dos nomes de autopeças – Prévia dos resultados do 2T24

Prévia de Resultados do 2T24

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Entrando na temporada de resultados do 2T24, esperamos que a WEG seja um destaque positivo, com crescimento de receita de dois dígitos impulsionado tanto de forma orgânica quanto inorgânica, além de sólidos números de rentabilidade (com melhor mix de produtos impedindo maior normalização de margem). As entregas da Embraer melhorando historicamente trimestre a trimestre a cada ano, e os números já divulgados mostram melhor ritmo (e mix) de entregas para a Aviação Comercial – com melhores perspectivas para o 2S24, vemos a empresa abrindo caminho para alcançar seu guidance de rentabilidade. Olhando para as empresas de autopeças, esperamos uma melhor sazonalidade no 2T vs. 1T, além da recuperação do mercado de veículos pesados, gerando resultados sequencialmente melhores, com melhorias de margem esperadas para Tupy, Iochpe-Maxion e Randoncorp, enquanto a Marcopolo mantém seu sólido momentum de resultados em meio ao ramp-up das entregas. No lado negativo, esperamos a contração dos números de rentabilidade da Frasle e os efeitos de redimensionamento do mercado nos resultados da Aeris.

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Crescimento orgânico + inorgânico desenhando um sólido 2T24 para a WEG. Esperamos que a WEG seja um destaque positivo em meio a esta temporada de resultados. Embora a incorporação da aquisição da Regal apoie o crescimento de dois dígitos da receita, as vendas sólidas de GTD no mercado externo devem levar a um melhor mix de produtos e evitar uma maior normalização da margem dos M&As (esperamos um nível sólido de 21,6%).

A Embraer está abrindo caminho para cumprir seu guidance de rentabilidade. Os números operacionais já divulgados mostram melhores entregas (e mix) para a divisão comercial no 2T24. Com a melhoria sequencial das margens no 2º trimestre e a melhor sazonalidade de entrega no 2S24, vemos a Embraer abrindo caminho para entregar seu guidance de rentabilidade.

Melhor sazonalidade para nomes de autopeças. Esperamos uma melhor sazonalidade no 2T vs. 1T para apoiar a melhoria dos resultados para a maioria das empresas de autopeças, especialmente as mais expostas a veículos pesados no Brasil (à medida que a recuperação do mercado se materializa). Nesse sentido, esperamos melhora sequencial das margens da Tupy, Iochpe-Maxion e Randoncorp, enquanto a Marcopolo deve manter seu sólido momentum de resultados com maior ramp-up das entregas do Caminho da Escola. Esperamos, no entanto, que a Frasle seja um ponto baixo nesta temporada, com margens prejudicadas por preços de frete mais altos e reorganização fabril.

O que mais observar? Esperamos que as teleconferências de resultados tragam mais cor sobre (i) o cronograma esperado para captura de sinergia para a WEG após a integração do Regal; (ii) ambiente de demanda de aviação comercial após o Farnbourough Airshow; e (iii) recuperação do mercado de veículos pesados na América do Norte.

WEG (WEGE3)

Data de Divulgação: 31 de julho (Antes do Mercado)

Esperamos que a WEG apresente resultados sólidos no 2T24, com receita de R$ 9,1 bilhões, refletindo a incorporação da aquisição da Regal durante o trimestre, com crescimento orgânico de +7% A/A apoiado pela depreciação do real de -5% vs. 2T23. Ainda em receita, esperamos que o GTD (particularmente externamente) permaneça em níveis sólidos, com uma melhor sazonalidade no 2T vs. 1T também impulsionando uma melhoria sequencial no desempenho da EEI. Do lado da rentabilidade, esperamos que a margem EBITDA permaneça em um forte nível de 21,6%, com um melhor mix de produtos parcialmente compensado pela incorporação da Regal (com margens mais baixas em comparação com o negócio próprio da WEG).

Embraer (EMBR3)

Data de Divulgação: 08 de agosto (Antes do Mercado)

Esperamos que a Embraer apresente melhores resultados no 2T24, com melhores entregas (e mix) na divisão comercial, apoiando o crescimento de +15% A/A que esperamos para a receita durante o trimestre (mais detalhes sobre as entregas do 2T24 e backlog aqui). Prevemos uma receita de US$ 1,5 bilhão para a Embraer (+15% A/A e +65% T/T), como uma combinação de: (i) receitas da divisão comercial de US$ 540 milhões +15% A/A combinando entregas +12% A/A e um melhor mix de E2; (ii) divisão executiva -19% A/A, dadas as entregas reportadas mais fracas e um mix menor de jatos médios em uma comparação A/A (seguindo um 1T relativamente mais forte, no entanto). Olhando para a rentabilidade, esperamos margem EBITDA e EBIT de 10,0% e 6,7%, respectivamente, abrindo caminho para o cumprimento do guidance da Embraer este ano, dado o melhor ritmo sazonal de entrega no 2S24 (margem EBIT de 6,5-7,5% para 2024E).

Kepler Weber (KEPL3)

Data de Divulgação: 31 de julho (Após Fechamento do Mercado)

Esperamos que a Kepler Weber publique resultados neutros no 2T24, melhorando consistentemente em relação ao ano anterior, apesar da sazonalidade naturalmente mais fraca no 2T (já que os produtores retêm novos pedidos para o 2S24, após o anúncio do Plano Safra). Nesse sentido, projetamos receita líquida de R$ 330 milhões (+17% A/A), com números consistentes de Fazendas (+22% A/A) e vendas resilientes de Reposição e Serviços (+37% A/A e +12% T/T). Esperamos que a rentabilidade suavize T/T, com menor diluição de custos dos volumes sazonalmente reduzidos, levando a uma previsão de margem EBITDA de 19,5% (em linha com o nível de 19,1% do 2T23). Olhando para o resultado final, notamos uma alíquota estruturalmente maior após o fim das subvenções de ICMS (Lei 14.789/23) e estimamos um lucro líquido de R$ 35 milhões (+5% A/A).

Aeris (AERI3)

Data de Divulgação: 07 de agosto (Após Fechamento do Mercado)

Esperamos que a Aeris apresente resultados pressionados no 2T24, prejudicados por volumes de produção fracos. Projetamos receita líquida de R$ 446 milhões (-48% A/A¹ e -13% T/T), refletindo a menor produção em meio a condições de mercado desafiadoras para adições de capacidade de energia eólica no Brasil (e o descomissionamento das linhas da Siemens Gamesa em Mar’24). Olhando para a rentabilidade, esperamos uma margem EBITDA de 11,6% (+1,0p.p. A/A e +4,7p.p. T/T), ligeiramente melhor A/A, pois a empresa reduz os custos fixos, reduzindo as operações para atender à demanda reduzida do mercado. Em suma, ainda esperamos prejuízo líquido de -R$ 4 milhões (vs. -R$ 19 milhões no 2T23).

Marcopolo (POMO4)

Data de Divulgação: 01 de agosto (Após Fechamento do Mercado)

Esperamos que a Marcopolo apresente resultados positivos no 2T24, com receita líquida de quase R$ 2 bilhões (+44% A/A e +23% T/T), ilustrando uma combinação de: (i) melhoria contínua das entregas de ônibus rodoviários, em meio a reposição de preços; e (ii) melhores vendas de micro-ônibus A/A (em uma comparação fácil devido ao mix diferente do Caminho da Escola), à medida que o programa aumenta (embora com volumes relevantes de CdE adiados para o 1S25). Esperamos que a Marcopolo mantenha o sólido ponto de vista de margem entregue no 1T24, ligeiramente acima de 17% (+4,7p.p. A/A) em meio a um ambiente de demanda positiva. Ao todo, projetamos lucro líquido de R$ 240 milhões (+71% A/A, mas -24% T/T).

Randoncorp (RAPT4)

Data de Divulgação: 07 de agosto (Após Fechamento do Mercado)

Esperamos que a Randoncorp registre melhores resultados no 2T24, com receitas (reportadas) seguindo uma melhor sazonalidade, embora compensadas por margens pressionadas (embora mostrando uma melhora trimestral). Conforme divulgado, projetamos receita líquida de R$ 3,0 bilhões (+7% A/A e +18% T/T), como combinação de: (i) melhoria das vendas de implementos rodoviários (+19% T/T), pois a empresa prioriza preços em meio a um mercado competitivo; (ii) melhores receitas de Autopeças, após a recuperação do mercado de caminhões; e (iii) vendas consistentes da Frasle. Olhando para a rentabilidade, esperamos margem EBITDA consolidada de 14,9%, ligeiramente abaixo do nível do 2T23 (-1,6 p.p. A.A.), mais próxima da parte baixa do guidance da Randon, com a expansão da margem de implementos rodoviários em função da alavancagem operacional insuficiente para compensar os níveis mais baixos da Frasle (discutido mais adiante). Diante de tudo, esperamos lucro líquido de R$ 102 milhões (-13% A/A e +25% T/T).

Frasle Mobility

Data de Divulgação: 06 de agosto (Após Fechamento do Mercado)

Esperamos que a Frasle apresente resultados fracos no 2T24, com uma receita resiliente ofuscada pela piora das margens. Com receita líquida reportada de ~R$980 milhões (+7% A/A e +17% T/T) refletindo um ambiente de demanda positiva no mercado de reposição, com impacto pontual (e imprevisível) da paralisação temporária na fábrica da Controil. Após um excelente desempenho de margem ao longo de 2023, esperamos que a Frasle apresente resultados de rentabilidade mais fracos no 2T24 (margem EBITDA de 19,0%, -2,7p.p. A/A e na parte baixa do seu guidance), refletindo uma combinação de taxas de frete mais altas e custos transitórios após o descomissionamento da planta de Fanacif.

Tupy (TUPY3)

Data de Divulgação: 13 de agosto (Após Fechamento do Mercado)

Esperamos que a Tupy apresente melhores resultados no 2T24, com volumes sazonalmente melhores gerando melhor alavancagem operacional. Projetamos receita líquida de R$ 2,8 bilhões (-5% A/A e +9% T/T), refletindo (i) a materialização de recuperação de veículos pesados no Brasil, parcialmente compensada por (ii) um ritmo mais lento na América do Norte, com demanda relativamente pior da construção residencial. Esperamos uma melhoria contínua da rentabilidade da Tupy, à medida que a empresa ganha eficiência operacional com os maiores volumes e a integração de ativos recém-adquiridos, levando a uma margem EBITDA de ~12% (+1,1p.p. A/A e +0,4p.p. T/T).

Iochpe-Maxion (MYPK3)

Data de Divulgação: 05 de agosto (Após Fechamento do Mercado)

Esperamos que a Iochpe-Maxion apresente resultados positivos no 2T24, com volumes sazonalmente melhores impulsionando a melhoria contínua das margens. Projetamos receita de R$ 3,9 bilhões (+1% A/A e +7% T/T), com (i) destaque positivo para a recuperação de veículos pesados no Brasil; (ii) cenário estável na América do Norte; e potencialmente (iii) volumes da Europa como ponto baixo. Após trimestres de recuperação gradual da rentabilidade, esperamos que a margem EBITDA fique mais próxima de dois dígitos neste trimestre, em ~10% (+1,0 p.p. T/T e +0,3 p.p. A/A), beneficiando-se de uma maior alavancagem operacional e de um efeito agregador do aumento do mix de produtos para veículos comerciais (especialmente no Brasil).

relatório em inglês

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