Bom dia! Neste relatório diário publicado todas as manhãs pelo time ESG do Research da XP, buscamos trazer as últimas notícias para que você comece o dia bem informado e fique por dentro do tema ESG - do termo em inglês Environmental, Social and Governance ou, em português, ASG - Ambiental, Social e Governança.
Quais tópicos abordamos ao longo do conteúdo? (i) Notícias no Brasil e no mundo acerca do tema ESG; (ii) Performance histórica dos principais índices ESG em diferentes países; (iii) Comparativo da performance do Ibovespa vs. ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial, da B3); e (iv) Lista com os últimos relatórios publicados pelo Research ESG da XP.
Principais tópicos do dia
• O mercado encerrou o pregão de quarta-feira em alta, com o IBOV e o ISE subindo 0,26% e 0,29%, respectivamente.
• No lado das empresas, (i) a Edge assinou um novo contrato de aquisição de biometano com a Orizon prevendo a compra de todo o gás renovável que será produzido no aterro de Itapevi, na Região Metropolitana de São Paulo – o contrato tem duração de dez anos, com início de fornecimento previsto para o segundo semestre de 2026, e um volume médio estimado de, no mínimo, 25 mil m3/dia; e (ii) a Neoenergia anunciou ontem que formou uma joint-venture com a Carbon2Nature, uma controlada da espanhola Iberdrola voltada ao mercado de créditos de carbono – a parceria será dedicada ao desenvolvimento de projetos de reflorestamento e Blue Carbon, com geração e comercialização de créditos de carbono.
• Na política, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, terá uma reunião bilateral com a secretária do Tesouro dos Estados Unidos, Janet Yellen, à margem do encontro de ministros de Finanças e presidentes dos bancos centrais do G20, no Rio de Janeiro - entre os temas a serem tratados estão a situação da economia global, a taxação dos super-ricos e ações para mitigar os efeitos do aquecimento do clima.
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Brasil
Empresas
Pecém dá mais um passo em megaprojeto de hidrogênio verde
"A 50 quilômetros de Fortaleza, o Porto de Pecém deu mais um passo para que seu potencial hub de hidrogênio se torne realidade. A Fortescue, mineradora australiana que aposta de forma agressiva na tecnologia, acaba de anunciar que seu projeto de hidrogênio verde no Brasil recebeu a decisão antecipada de investimento de seu conselho. Na prática, isso significa que o plano está a um passo da decisão final de investimento – que deve ocorrer em 2025, segundo a companhia. Se aprovado, o projeto deve movimentar 6 bilhões de dólares (cerca de R$ 30 bilhões) e resultar em uma planta com capacidade de 2 GW. A empresa destacou que o Brasil é uma das prioridades em seu portfólio, por causa da disponibilidade de energia renovável, infraestrutura e capital humano. O objetivo primordial da Fortescue é produzir no Ceará um hidrogênio com baixas emissões de carbono para o mercado internacional. A aprovação do marco regulatório do hidrogênio, na semana passada, foi um ponto positivo para as pretensões do país de ser um dos grandes produtores mundiais do combustível, segundo a companhia. “O Brasil fez um importante avanço na regulamentação de uma indústria que protagonizará a descarbonização e a transição energética nacionais, passos fundamentais para a neoindustrialização verde da economia brasileira”, disse o gerente regional de Relações Governamentais da Fortescue para a América Latina, Sebastián Delgui, em nota. O projeto regulamenta a produção de hidrogênio no país e conta com incentivos tributários dependendo da intensidade de carbono do método produtivo."
Fonte: Capital Reset; 17/07/2024
Neoenergia forma aliança em créditos de carbono
"A Neoenergia (NEOE3) anunciou nesta quarta-feira que formou uma joint-venture com uma controlada da espanhola Iberdrola voltada ao mercado de créditos de carbono, segundo comunicado ao mercado. A parceria foi acertada com a Carbon2Nature e será dedicada ao desenvolvimento de projetos de geração e comercialização de créditos de carbono “dada a singularidade do país (Brasil) no contexto da mitigação das mudanças climáticas e manutenção da biodiversidade”, afirmou a Neoenergia. A Neoenergia terá 49% da joint-venture, que vai trabalhar em dois produtos no Brasil: ARR, sigla em inglês para reflorestamento de terrenos desmatados, e Blue Carbon, envolvendo reabilitação e conservação de manguezais."
Fonte: InfoMoney; 17/07/2024
Eólica offshore pode ser “nova energia hidrelétrica” do Brasil, diz Banco Mundial
"A energia eólica offshore pode representar uma opção de “proteção energética” para o Brasil diante de secas cada vez mais recorrentes que prejudicam a geração hídrica, ainda a principal fonte da matriz elétrica nacional, segundo um estudo sobre o tema realizado pelo Banco Mundial e entregue ao Ministério de Minas e Energia. A análise da instituição destaca o potencial da eólica offshore como “a nova energia hidrelétrica do Brasil”, isto é, uma fonte que poderia atenuar a variabilidade da geração hidrelétrica ao longo do ano, e que, se adotada em larga escala, poderia constituir parte intrínseca da base de geração limpa do país. O estudo apontou que, comparando a produção real de energia hidrelétrica com a produção simulada de energia eólica offshore durante um período de sete anos, a produção eólica offshore seria maior nos meses em que os níveis hídricos estivessem mais baixos. “Segundo a análise, a variabilidade anual da energia eólica offshore seria significativamente inferior à da energia hidrelétrica em grande parte do país. Logo, se implementada em grande escala, a energia eólica offshore pode oferecer uma ‘proteção energética’ para anos com secas inusitadas, como foi observado, por exemplo, na última década”, diz o relatório. O Banco Mundial ressaltou, porém, que as eólicas offshore só seriam capazes de compensar a variabilidade da produção hídrica se atingirem escala suficiente, com uma aposta mais agressiva do país na fonte do que o atualmente vislumbrado pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE). O cenário-base do estudo considera as projeções atuais da EPE, que apontam uma adoção “modesta” da energia eólica offshore, com 4 gigawatts (GW) operacionais em 2035 e 16 GW até 2050."
Fonte: InfoMoney; 17/07/2024
Edge fecha contrato com Orizon para aquisição de biometano de aterro em SP
"A Edge assinou um novo contrato de aquisição de biometano com o Grupo Orizon. Dessa vez, o acordo prevê a compra de todo o gás renovável que será produzido no aterro de Itapevi, na Região Metropolitana de São Paulo. As empresas fecharam um contrato de dez anos, com início de fornecimento previsto para o segundo semestre de 2026 de um volume médio estimado de, no mínimo, 25 mil m3/dia. Edge e Orizon já são parceiras. As duas companhias formaram no ano passado uma joint venture para a construção de uma planta de biometano no aterro de Paulínia (SP). A empresa do grupo Cosan ficará responsável pela comercialização do gás produzido no ativo, que terá capacidade inicial para 180 mil m3/dia a partir de 2025, mas que poderá alcançar até 300 mil m3/dia no futuro. Em paralelo, a Orizon também investe numa unidade de 130 mil m3/dia no Ecoparque de Jaboatão dos Guararapes (PE), também prevista para 2025. A produção local foi contratada pela Copergás, a distribuidora local de gás canalizado. E também anunciou a formação de duas sociedades com o grupo Urca, que controla a Gás Verde, para investimentos nas novas plantas de biometano nos aterros de Nova Iguaçu e São Gonçalo, na Região Metropolitana do Rio. A parceria prevê uma produção inicial estimada de 180 mil m3/dia, mas ainda não foi concluída entre as partes. A empresa avalia, ainda, novos negócios no Nordeste – em ecoparques em João Pessoa (PB), Aracaju (SE) e Maceió (AL). Já para a Edge, o acordo com a Orizon é mais um passo dentro da montagem da carteira de suprimento de gás natural da comercializadora, que é dona do Terminal de Regaseificação de São Paulo (TRSP) e também tem recorrido à importação de gás da Bolívia e à compra de gás do pré-sal."
Fonte: Epbr; 17/07/2024
É preciso reconhecer esforço de descarbonização da indústria brasileira, defende diretor da Braskem
"Enquanto o Brasil discute uma série de políticas para incentivar o desenvolvimento de uma nova indústria, capaz de ofertar ao mundo produtos que atendem anseios por menos carbono e mais sustentabilidade, precisa também superar o desafio de comunicar e garantir o reconhecimento de esforços que foram feitos até aqui, analisa Gustavo Checcucci, diretor de energia e descarbonização industrial da Braskem. “Muito dessa descarbonização na indústria o Brasil já fez e já pagou por isso. Comparativamente, a gente é muito mais renovável do que lá fora. Este é um fator que tem que ser levado em conta nessa discussão”, defende Checcucci, em entrevista à agência epbr. Ele cita como exemplo o Proinfa (Programa de Incentivo às Fontes Alternativas de Energia Elétrica), criado em 2002 para estimular empreendimentos eólicos, de biomassa e pequenas centrais hidrelétricas (PCHs). A conta foi paga a partir de um encargo rateado entre todos os agentes do Sistema Interligado Nacional (SIN). “O Proinfa, que foi pago pela indústria ao longo dos últimos anos, foi para incentivar exatamente o cenário que temos hoje, ou seja, a energia eólica e solar que hoje é muito competitiva foi consequência de um programa implementado [mais de] 20 anos atrás”. Para o diretor, é importante que o ambiente regulatório brasileiro, seja no incentivo às novas fontes, como o hidrogênio de baixo carbono, ou à transição da indústria, com o mercado de carbono, busque a competitividade da cadeia produtiva nacional e fuja dos subsídios cruzados. Checcucci conversou com a agência epbr em junho, antes da aprovação do marco legal do hidrogênio, que prevê créditos fiscais de R$ 18,3 bilhões entre 2028 e 2032."
Fonte: Epbr; 17/07/2024
Reflexões sobre a atribuição de metas do RenovaBio
"O RenovaBio representa um marco na política energética brasileira, ao incentivar a produção e o consumo de biocombustíveis como alternativa aos combustíveis fósseis. No cerne do programa estão as metas individuais de descarbonização, que visam reduzir as emissões de gases de efeito estufa ao longo do tempo. Essas metas são calculadas com base na participação de mercado na comercialização de combustíveis fósseis, refletindo o compromisso do setor com a transição para uma matriz energética mais sustentável. Um dos principais desafios enfrentados na implementação do RenovaBio diz respeito à atribuição de metas individuais aos distribuidores de combustíveis. Embora o sistema seja concebido para ser equitativo e proporcional à participação de mercado, questões como a variação anual nas vendas de combustíveis e a entrada de novos players no mercado podem complicar a definição precisa das metas. Além disso, a falta de dados históricos confiáveis pode dificultar o cálculo das metas para empresas que ingressaram recentemente no setor. A participação de mercado desempenha um papel central na atribuição de metas no RenovaBio. É por meio da análise da participação de mercado que as metas individuais são calculadas, refletindo o compromisso de cada distribuidor com a descarbonização do setor. No entanto, é importante reconhecer que a participação de mercado pode variar significativamente de ano para ano, o que pode afetar a aplicação justa das metas. A fundamentação legal para a imposição das metas individuais do RenovaBio está prevista na Lei nº 13.576/2017, no Decreto nº 9.888/2019 e na Resolução ANP nº 791/2019."
Fonte: Epbr; 17/07/2024
Despejo irregular de usina pode ter causado mortandade de peixes em importante rio de SP
"O Rio Piracicaba registrou nova mortandade de peixes nesta segunda-feira, 15. Desta vez, no Tanquã, área de proteção ambiental na região de Piracicaba (SP), conhecido como minipantanal paulista. Milhares de peixes já tinham sido encontrados mortos em um trecho urbano do rio no último dia 7. Técnicos da Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb) fizeram nova inspeção e medição de oxigênio e informaram que resíduos agroindustriais foram despejados de forma irregular pela Usina São José, de Rio das Pedras (SP). A empresa nega. “Equipes fizeram a medição de oxigênio (OD) no rio Piracicaba, na altura do Bairro de Tanquã e constataram baixo nível de oxigênio dissolvido, o que evidencia que a mancha de efluentes, lançada pela Usina São José S/A Açúcar e Álcool na semana passada chegou a essa localidade e provocou a mortandade de peixes. Ontem, dia 15 de julho, foi feita nova inspeção e medição de OD, no rio do Pinga, e constatou-se que a mancha de efluentes também chegou ao local”, diz a Cetesb. Em nota, a Prefeitura de Piracicaba afirmou ao G1 nesta segunda-feira, 15, que está ciente da situação e acompanha com a Cetesb, que deve elaborar laudo final sobre a mortandade no Rio Piracicaba nos próximos dias. Segundo a Secretaria Municipal de Infraestrutura e Meio Ambiente (Simap), uma reunião com órgãos e instituições que integraram a força-tarefa para limpeza do rio Piracicaba está prevista para esta quarta-feira, 17, para elaboração de plano de ação de análise e estratégia para a remoção de resíduos. O Grupo de Atuação Especial de Defesa do Meio Ambiente (Gaema) afirmou que fará uma vistoria nas instalações da usina."
Fonte: Novacana; 17/07/2024
Política
"O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, terá uma reunião bilateral com a secretária do Tesouro dos Estados Unidos, Janet Yellen, à margem do encontro de ministros de Finanças e presidentes dos bancos centrais do G20, no Rio de Janeiro. Entre os temas a serem tratados estão a situação da economia global, a taxação dos super-ricos e ações para mitigar os efeitos do aquecimento do clima. O encontro acontecerá na próxima quarta-feira, primeiro dia da reunião da chamada trilha financeira do G20. Formado pelas maiores economias do mundo, o bloco será presidido pelo Brasil até o próximo mês de novembro, quando haverá uma cúpula de líderes, no Rio. de Janeiro. Um dos objetivos de Haddad é conseguir o máximo de apoio possível à proposta de criação de um imposto global sobre a riqueza dos bilionários, inclusive dos EUA. Em maio deste ano, a secretária do Tesouro americano se posicionou contra a ideia. França, Espanha e África do Sul já declararam apoio à proposta. Segundo um interlocutor próximo a Haddad, existe a expectativa de o Reino Unido, que agora tem como primeiro-ministro Keir Starmer, do Partido Trabalhista, unir-se a essa iniciativa. A reunião do G20 tem como foco o lançamento de uma aliança global contra a fome, outra proposta sugerida pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Ao contrário da taxação dos super ricos, a ideia conta com o apoio dos EUA. No dia 25, quinta-feira, Haddad terá reuniões bilaterais com as ministras da Indonésia, Sri Mulyanni, e do Reino Unido, Rachel Reeves. Também conversará com o secretário-geral da OCDE, Mathias Cormann. Além disso, o ministro da Fazenda presidirá um debate sobre a economia internacional, ao lado do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto."
Fonte: O Globo; 17/07/2024
Atividade econômica no RS recua 9% em maio, diz BC
"O Índice de Atividade Econômica Regional do Banco Central (IBCR) apontou que a economia do Rio Grande do Sul caiu 9% em maio em relação ao mês anterior, considerando os dados dessazonalizados. O índice publicado nesta quarta-feira (17) pelo Banco Central (BC) mostra o impacto das enchentes que afetaram o Estado naquele mês. Em comparação com um registro mais amplo da atividade, o Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), que considera o país todo, registrou alta de 0,25% em maio. O resultado foi abaixo da mediana de projeções coletadas pelo Valor Data, que era de elevação de 0,30%. O IBC-Br é considerado uma prévia do PIB por ter frequência mensal, diferente do número calculado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que é publicado trimestralmente. O IBCR também trouxe a variação da atividade do maio para outros 12 Estados e das cinco regiões. No caso da região Sul, a queda foi de 3,3%, puxado pelo resultado do Rio Grande do Sul. Santa Catarina e Paraná também registraram quedas, mas menos expressivas, de 1,1% e 0,2%, respectivamente. A atividade no RS já vem sendo alvo de estudos do Banco Central. Um deles, publicado no Relatório Trimestral de Inflação (RTI) de junho quantificou os efeitos do desastre climático na atividade do Estado. Com informações da indústria, confiança do consumidor, comércio, agricultura, comércio exterior e pecuária, a conclusão foi de que houve uma “queda expressiva” da atividade em maio, com heterogeneidade entre setores, mas com alguns sinais de retomada em andamento. Os sinais de retomada a atividade em alguns setores, entretanto, podem ser vistos em indicadores de alta frequência, como mostrou o Valor."
Fonte: Valor Econômico; 17/07/2024
Internacional
Empresas
Os marcos da transição energética
"Os mercados suspiraram aliviados e a bolsa americana disparou com a esperada notícia de a inflação americana estar cedendo. O time macro do Safra não crê, no entanto, que as preocupações com a macroeconomia mundial desaparecerão. Até porque a incerteza geopolítica e certos problemas como mudança climática e demanda por eletricidade não vão sumir por mágica. As emissões de CO2 cresceram em 2023, com o carvão respondendo por 65% do aumento associado à produção de energia. O carvão provê apenas 27% da energia obtida de combustíveis fósseis, mas responde por 44% das emissões de CO2 atribuídas a essas fontes, com mais de 15 bilhões de toneladas ao ano. Reduzir as emissões do carvão é, talvez, a ação mais eficaz para mitigar o aquecimento global agora, como ilustra a queda das emissões totais de CO2 dos EUA, explicada pelo declínio do carvão lá. A rápida redução do uso do carvão impactaria as economias da Ásia, onde muito da eletricidade vem dele, explicando porque representa apenas 20% da energia final do mundo, mas 40% das emissões globais de CO2. O corte exigiria lidar com cadeias de produção longas e com grande pegada social, não podendo ser imposta, até pela lógica do Acordo de Paris. Estimular essa transição é o grande desafio das finanças climáticas desta década, motivando os EUA, por exemplo, a promoverem o uso de créditos de carbono nesse esforço. Mas o assunto, nem de longe, monopoliza a atenção do G20, COPs ou fóruns afins. Nesse contexto, a almejada redução das emissões da indústria brasileira, hoje em 100-150 milhões de toneladas de CO2 anuais e muito concentradas na siderurgia e no cimento, terá efeito modesto e custo incerto."
Fonte: Valor Econômico; 18/07/2024
Política
Mudança climática: o tema que não é bem-vindo entre Trump e os republicanos
"A mudança climática parece preocupar pouco os participantes na convenção republicana em Milwaukee, reunida para chancelar Donald Trump como candidato às eleições americanas de novembro. "Não acredito em tudo isso", afirma Jack Prendergast, delegado de Nova York na reunião, convencido de que as "erupções vulcânicas" causam tanto dano ao planeta como "as ações do homem". Ele espera impaciente o retorno de Donald Trump à Casa Branca para que os Estados Unidos "se tornem o primeiro produtor de petróleo e gás do mundo". O ex-presidente, que concorre para tirar Joe Biden da Casa Branca, tem o lema de "drill, baby, drill", que resume seu apoio à exploração e uso de combustível fósseis. Trump, que regularmente faz comentários céticos sobre o clima, denunciou o Acordo de Paris durante seu primeiro governo. Esta semana, os republicanos chancelaram sua candidatura para um segundo mandato. Para ser seu companheiro de chapa, Trump escolheu o senador J.D. Vance, também cético sobre o clima. O senador originário de Ohio, que se tornará vice-presidente se Trump for eleito, acusou no passado os democratas de despertar os temores sobre a "crise ambiental" com fins eleitorais. O programa que os dois defenderão nas eleições foi adotado na segunda pelos delegados republicanos em Milwaukee. O documento de 5 mil palavras não faz a menor menção ao clima nem às energias renováveis, apesar de o país sofrer uma onda de calor. Pelo contrário, o texto pede o fim das medidas "verdes", qualificadas de "socialistas". O próprio Trump se opõe à energia eólica, convencido de que as turbinas "matam os pássaros"."
Fonte: Exame; 17/07/2024
‘G 20 tem de liderar’, cobra chefe da ONU Clima
"“O que a crise do clima fez com a casa da minha avó não pode se tornar o novo normal da humanidade. Ainda podemos evitar isso, mas só se as pessoas, em todos os lugares, se manifestarem e exigirem ações climáticas ousadas agora, antes que seja tarde demais”. O apelo é de Simon Stiell, secretário executivo da ONU Mudanças Climáticas (ONU Clima), ao visitar sua terra natal, Granada, no Caribe, muito afetada pela passagem do furacão Beryl no início do mês. Stiell, que ocupa o mais alto posto da ONU nas negociações climáticas, fez o alerta ao visitar a ilha onde ficava a casa da família, agora em ruínas: “Temos de parar de piorar as coisas. Precisamos cortar as emissões dos combustíveis fósseis e reduzi-las pela metade nesta década, como manda a ciência”. Beryl, furacão de categoria 5 (a mais alta na escala), é atípico para a época. Foi o primeiro da temporada e arrasou partes de Granada, Jamaica, Ilhas Cayman e no Golfo do México. Matou ao menos 33 pessoas nos Estados Unidos, Venezuela e ilhas do Caribe. Em um discurso contundente em Granada, rodeado por escombros, Stiell referiu-se aos países do G 20, responsáveis por 80% das emissões globais de gases-estufa, conduzidos pela presidência brasileira este ano. “Devem liderar o caminho com novos e revolucionários planos climáticos nacionais, previstos para o início de 2024, e que cumpram a promessa que todos os países fizeram em 2023 de abandonar os combustíveis fósseis”. Ele se refere ao compromisso dos países na COP 28, em Dubai, de se afastar dos combustíveis fósseis. Também cita a nova rodada de compromissos climáticos, as NDCs, que os países têm que apresentar no início de 2025. Para Stiell, as novas NDCs têm que contemplar a meta de se afastar dos combustíveis fósseis."
Fonte: Valor Econômico; 18/07/2024
Índices ESG e suas performances
(1) O Índice ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial da B3) tem como objetivo ser o indicador do desempenho médio das cotações dos ativos de empresas com reconhecido comprometimento com o desenvolvimento sustentável, práticas e alinhamento estratégico com a sustentabilidade empresarial.
(2) O Índice S&P/B3 Brasil ESG mede a performance de títulos que cumprem critérios de sustentabilidade e é ponderado pelas pontuações ESG da S&P DJI. Ele exclui ações com base na sua participação em certas atividades comerciais, no seu desempenho em comparação com o Pacto Global da ONU e também cias sem pontuação ESG da S&P DJI.
(3) O ICO2 tem como propósito ser um instrumento indutor das discussões sobre mudança do clima no Brasil. A adesão das companhias ao ICO2 demonstra o comprometimento com a transparência de suas emissões e antecipa a visão de como estão se preparando para uma economia de baixo carbono.
(4) O objetivo do IGCT é ser o indicador do desempenho médio das cotações dos ativos de emissão de empresas integrantes do IGC que atendam aos critérios adicionais descritos nesta metodologia.
(5) A série de índices FTSE4Good foi projetada para medir o desempenho de empresas que demonstram fortes práticas ambientais, sociais e de governança (ESG).
(6) O Índice MSCI ACWI, que representa o desempenho de todo o conjunto de ações de grande e médio porte do mundo, em 23 mercados desenvolvidos e 26 emergentes.
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