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Itaú Unibanco (ITUB4) | Quebrando Recordes: Avaliando os fortes números do Itaú | Revisão 1T24

Confira nossa análise sobre os resultados do Itaú no 1T24.

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O Itaú (ITUB4) reportou resultados sólidos, com um lucro líquido recorrente de R$9,8 bilhões (em linha com a nossa estimativa; ROE 21,9%), um aumento de 4% T/T e 16% A/A. Os números gerais seguiram uma tendência positiva, principalmente em linha com o guidance, apesar da pior sazonalidade no 1T, exceto pelo crescimento do portfólio de crédito, que foi de tímidos 2,8% em relação ao ano anterior, portanto abaixo do intervalo inferior do guidance (6,5%) e marcando outro trimestre de desaceleração. A qualidade dos ativos manteve-se forte, com o NPL acima de 90 em 2,7% (-10 bps T/T), atingindo o nível mais baixo dos últimos seis trimestres. A Margem Financeira (NII) manteve seu ritmo de crescimento, atingindo R$26,9 bilhões no 1T24 (aumento de 9% A/A). O banco continua a compensar o menor crescimento da carteira com melhores spreads. Na frente de despesas não relacionadas a juros, o banco mantém uma trajetória positiva, alcançando seu melhor índice de eficiência de 38,3%. Reiteramos o ITUB4 como nossa top pick, nossa recomendação de Compra e nosso preço-alvo de R$42,0/ação.

A carteira de crédito total cresceu 0,7% T/T e 2,8% A/A. Um crescimento tão modesto não se verificava desde o 1T18 (+2,5% A/A) reflexo de um abrandamento tanto nos Indivíduos como nas Empresas. No lado das pessoas físicas, o destaque foi o crédito Pessoal (+11,1% A/A), enquanto no segmento de Pessoas Jurídicas, o destaque foi o crédito Rural (+39,5% A/A). Como resultado, o Itaú imprimiu um crescimento abaixo do piso do guidance para 2024 (+6,5% a +9,5%). Embora o ano possa ter começado devagar, até o momento, não temos indicações que nos levem a acreditar que o guidance deste ano deva ser revisto para baixo.

A Margem Financeira Gerencial (NII) do Itaú totalizou R$ 26,9 bilhões, queda de 0,9% T/T, mas aumento de 8,9% A/A. A pequena redução em relação ao trimestre anterior deve-se, em grande parte, à sazonalidade do trimestre (especialmente o menor número de dias corridos). No entanto, em comparação com o mesmo trimestre do ano anterior, o aumento pode ser explicado pelo crescimento tanto da margem financeira com clientes (+7,4%) como da margem financeira com o mercado (+64,3%). Este último foi também o maior diferencial das nossas estimativas (+26% vs XPe). A NII com Clientes aproximou-se do topo do guidance de 2024, devido ao aumento do volume de crédito e dos spreads (a Taxa Média Anualizada aumentou 20 bps face ao ano anterior).

NPL > 90 diminuiu para 2,7% (-10 bps T/T), atingindo o menor nível dos últimos dois anos. Este desempenho permitiu ao banco reduzir as provisões para R$9,1 bilhões (-1,8% T/T e +1,4% A/A), ligeiramente acima do nível de criação de NPL. Consequentemente, o índice de cobertura subiu para 221% (+5 p.p. T/T), o que está dentro do intervalo que consideramos saudável.

O volume de serviços atingiu R$ 10,8 bilhões no 1T24, em linha com nossas estimativas, -3% T/T e +6% A/A. Embora a redução sazonal nos ganhos com atividades de cartões e menores taxas de performance na gestão de fundos tenham impactado o crescimento sequencial, em uma base anual vemos o ritmo de crescimento como sólido. Do lado positivo, podemos também mencionar o sólido aumento nos Serviços de Consultoria e Corretagem. O segmento de seguros continuou a crescer, mas a um ritmo mais lento. Os resultados de Seguros atingiram R$2,2 bilhões, apresentando mais um forte desempenho (+10,3% A/A), impulsionado pelo aumento dos prêmios ganhos.

As despesas não relacionadas com juros ficaram em linha com as nossas estimativas, diminuindo 6,2% T/T e 4,3% A/A. A redução sequencial foi registrada tanto nas despesas administrativas quanto nas de pessoal, devido ao efeito sazonal. Como resultado, o índice de eficiência do Itaú atingiu 38,3%, seu menor nível histórico.

Como uma combinação de um sólido aumento nas receitas (NII e taxas) e custo de crédito e despesas crescendo moderadamente, o lucro líquido recorrente atingiu outro recorde e fechou o trimestre em R$ 9,8 bilhões (+4% T/T, +16% A/A, e em linha com nossa estimativa). Este resultado recorde implica em um Retorno Sobre o Patrimônio Líquido Anualizado (ROAE) de 21,9%, 120 bps, e 70 bps maior A/A e T/T, respectivamente.

Do lado do capital, o Itaú reportou um CET 1 menor de 13,0% (-70 bps vs 4T23), um índice de capital de nível 1 (Tier 1) de 14,5% (-70 bps vs 4T23) e um índice de Basileia de 16,4% (-60 bps vs 4T23). Essa queda pode ser atribuída em grande parte ao pagamento de R$11 bilhões de dividendos adicionais durante o trimestre. No entanto, ainda vemos o banco mantendo uma forte posição de capital e liquidez. Além disso, com base apenas no limite inferior dos 13,5% como Tier 1, ainda vemos espaço para o Itaú pagar dividendos acima do mínimo exigido pela Lei das Sociedades por Ações (25%).

Resultados do 1T24 do Itaú

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