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Já pensou em investir no governo dos EUA? Conheça as Treasuries

Cada vez mais, o mundo é o quintal dos investidores de renda fixa. Para uma nova opção, conheça as Treasuries.

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  • Investimentos fora do Brasil têm se tornado cada vez mais populares entre os investidores
  • A diversificação geográfica continua sendo uma das principais ferramentas para mitigar riscos relacionados ao cenário local.
  • Além de investir em títulos emitidos por empresas nos EUA (os chamados corporate bonds), uma alternativa que passa a ser disponibilizada são as Treasuries.
  • Treasuries são os títulos de dívida do governo norte-americano, que apresenta um dos menores riscos de crédito do mundo e apresentam alta liquidez.
  • Conheça tudo sobre mais esta maneira de investir em renda fixa!

O investimento em títulos do governo é – ou deveria ser – um dos primeiros a ser realizado pelos investidores. Representam aplicações seguras em termos de risco de crédito, com alta liquidez e disponibilidades de diferentes prazos e indexadores. No Brasil, o programa do Tesouro Direto ampliou o acesso de pessoas físicas a esses títulos e hoje já são mais de 23 milhões de brasileiros que investem pela plataforma.

Apesar de parte muito importante de uma carteira, os títulos públicos brasileiros estão expostos aos riscos do país, como não poderia ser diferente. Sendo assim, uma alternativa semelhante, de investimentos em títulos públicos, porém correndo o baixo risco do governo dos EUA, pode ser uma boa forma de diversificar em termos geográficos. Essas são as Treasuries.

Afinal, o que são Treasuries?

As Treasuries são títulos de dívida emitidos pelo governo dos EUA com a finalidade de levantar recursos para alguma finalidade específica. Assim como governos de outros países, os EUA também tem a opção de se financiar via aumento de impostos ou endividamento.

Esta dívida pode ser com organismos internacionais, como o Fundo Monetário Internacional (FMI) ou com investidores como nós, que compram títulos públicos esperando receber o valor investido, corrigido, no futuro.

É possível investir em Treasuries pela XP. Clique aqui e saiba como.

Títulos públicos: Brasil x EUA

Brasil

Existem cinco tipos diferentes de títulos públicos federais (TPF) no Brasil:

No Brasil, a maioria (aprox. 46%) dos TPF em estoque é pós-fixada, o que tem relação com a dinâmica histórica de juros altos e voláteis no país. A distribuição dos últimos 25 anos se deu da seguinte maneira:

EUA

Existem cinco diferentes tipos de Treasuries. Os prazos referem-se àqueles no momento da emissão no mercado primário, mas podem ser encontrados títulos mais curtos sendo negociados no mercado secundário.

Diferentemente do mercado brasileiro, a maioria (cerca de 90%) dos títulos soberanos norte-americanos é prefixada, com ou sem pagamentos semestrais de cupons (semelhante às NTN-Fs ou LTNs). A concentração em prefixados tem relação com a taxa de juros historicamente baixa e relativamente estável praticada na economia dos EUA.

O tamanho do mercado de Treasuries

Treasuries são a forma mais comum de investimento em renda fixa nos Estados Unidos. De acordo com dados da SIFMA (Securities Industry and Financial Markets Association) de 2022, do total de US$ 55 trilhões do estoque de renda fixa, 43% eram Treasuries.

Fonte: SIFMA
MBS = Mortgage-backed securities

É interessante notar que ao longo dos últimos anos, tanto Treasuries quando TPFs apresentaram forte expansão em seu estoque, da ordem de mais de 300%, quando considerada a moeda original do título (dólar ou real).

No entanto, ao fazermos a conversão das Treasuries para valores em reais, nota-se um aumento muito mais expressivo (+870%) em relação ao estoque de TPFs. Este exercício demonstra o efeito do câmbio ao longo do tempo, sendo mais um fator a se considerar ao escolher títulos em dólares para compor a carteira.

Alta liquidez, “livre de risco”

Os principais riscos relacionados ao investimento em Treasuries, em geral, são aqueles de outros investimentos em renda fixa.

Risco de crédito: também conhecido como risco de “calote”, no caso de títulos de emissão do governo dos EUA, trata-se de um dos riscos mais baixos do mundo (rating ‘AAA’ em escala global na Fitch Ratings). A qualidade de crédito do governo norte-americano é significativamente alta. Por isso, no mundo dos investimentos, esses títulos são chamados de “risk free“, ou “livres de risco” (ainda que este risco não seja zero).

Risco de liquidez: refere-se à facilidade para negociações do título no mercado secundário, no qual um título com poucos compradores potenciais pode ser desvalorizado no momento de uma cotação de venda. O mercado de Treasuries possui liquidez expressiva, com volumes atingindo US$ 537 bilhões de negociação em média nos últimos 14 anos.

Risco de mercado: é o risco de oscilações no preço do título como resultado de variações nas condições de mercado. Por exemplo, em ciclos de altas de juros e incertezas em relação à política monetária, as taxas dos títulos tendem a subir e os preços caem. Por outro lado, quando há a tendência de corte de juros por parte da autoridade monetária e percepção de melhora de cenário, taxas geralmente caem e títulos valorizam. Este movimento, de marcação a mercado, só tem aplicação em caso de resgate antes do vencimento. No prazo final, o investidor recebe o título corrigido à taxa contratada no momento da compra. Títulos prefixados são mais sensíveis a essas variações.

Risco de reinvestimento: trata-se do risco que o investidor corre ao escolher prazos menores do que o horizonte de tempo dos seus objetivos, podendo se deparar com condições de taxas piores no momento da reaplicação dos recursos que recebe quando ocorre o vencimento dos seus títulos. 

Por fim, há um risco adicional: o risco cambial. Como os títulos são denominados em dólares, pode haver perdas ou ganhos adicionais em relação ao esperado a depender de desvalorizações ou valorizações do real. Por outro lado, pode ser visto como uma proteção da carteira de investimentos, por ser uma moeda forte.

Os impostos sobre o investimento em Treasuries

As Treasuries não são isentas de impostos. Portanto, investidores que investem nestes títulos de renda fixa internacional precisam recolher Imposto de Renda (IR) no Brasil.

De acordo com a Receita Federal, os rendimentos gerados por aplicações em títulos fora do Brasil são considerados ganhos de capital. Os cupons recebidos sobre as Treasuries deverão também ser tributados como ganho de capital.

A alíquota aplicada de imposto sobre esses ganhos dependerá da diferença entre o valor de compra e o valor de venda do título (ganho de capital). Desde maio de 2024, passou a valer a nova tributação para investimentos no exterior*, devendo ser aplicada a alíquota de 15% sobre o ganho de capital, conforme a tabela abaixo:

TributaçãoAlíquota
Cupom15% sobre o ganho
Venda ou vencimento do título15% sobre o ganho

Fonte: Lei 14.754/23

Vale destacar que o IR incide sobre o recebimento de juros e outras espécies de remuneração. Em relação aos ganhos, também deve ser considerada a variação cambial sobre o principal, seja no resgate na data de vencimento ou na venda das aplicações financeiras.

A apuração e o recolhimento de impostos deve ser feito pelo próprio investidor (ou seja, não está sujeito à retenção exclusiva na fonte como outros investimentos em renda fixa). De acordo com a Lei nº 14.754, de 2023, os rendimentos de aplicações financeiras no exterior devem ser submetidos à tributação anualmente, de forma separada dos demais rendimentos.

O que avaliar para decidir investir (ou não)

A decisão de investir (ou não) em ativos no exterior exige acompanhamento do cenário macroeconômico global e do país em questão.

Além disso, é necessário avaliar os níveis de taxas oferecidas pelos títulos, especialmente em comparação com outros disponíveis e analisando-se o contexto histórico e corrente.

Não menos importante, deve-se sempre levar em consideração o perfil de risco do investidor e a capacidade na carteira para ativos prefixados em moeda estrangeira.

Fontes

SIFMA
Treasury Direct
Tesouro Nacional

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