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Tesouro Semanal 06/12

Acompanhe como foi o comportamento dos títulos negociados no Tesouro Direto e o que pode afetá-los na semana seguinte.

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O que aconteceu

02/12 a 06/12

Na semana terminada no dia 6 de dezembro, quase todos os títulos negociados no Tesouro Direto apresentaram rentabilidade positiva, em decorrência de fechamento da curva DI.

Isso foi resultado de fechamento na curva DI futuro (redução das expectativas para a taxa de juros no futuro) em relação à semana anterior, de 16 bps (basis points; pontos-base) para janeiro de 2031.

As exceções foram os títulos mais longos indexados ao IPCA.

A variação negativa destes títulos com vencimento em 2035 e 2045 foi de 7 bps e 26 bps, respectivamente, o que podemos atribuir a um efeito de fechamento brando da curva para esses vencimentos, menor do que o efeito de carrego dos títulos.

100 bps = 1 ponto percentual (p.p.)

O preço dos títulos sobe quando a expectativa de juro futuro cai (e vice-versa) devido à relação inversa entre os dois. Esse mecanismo que mostra o efeito dos juros sobre preços é a marcação a mercado. Entenda mais aqui.

O fechamento da curva se deu por notícias consideradas mais otimistas pelo mercado:

  • Dados do PIB para o terceiro trimestre, de 1,20%, 20 bps acima do que era esperado pelo mercado, o que reforçou o otimismo para a economia nos próximos anos;
  • Além disso, estamos próximos da última reunião do Copom do ano, com expectativa de novo corte da Selic, desta vez para 4,5% ao ano; e
  • O dólar recuou ao longo da semana, para R$ 4,1469, em decorrência de notícias mais positivas e cenário externo mais estável.

Abaixo, apresentamos o histórico dos preços de cada um dos títulos do Tesouro Direto, bem como a rentabilidade anual do último fechamento (06/12/2019) e a valorização ao longo da semana.

É interessante observar que títulos mais longos apresentam variações mais fortes em geral. Isso se dá devido à duration (prazo médio ponderado dos títulos).

Os títulos que pagam juros semestrais possuem duration mais curta do que seu prazo até o vencimento, uma vez que há fluxo recorrente de pagamentos ao longo do período.

O que esperar para a próxima semana

09/12 a 13/12

Os principais destaques da semana no Brasil serão a divulgação do Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) e a reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) para a definição da Selic.

Na visão dos nossos economistas, o Copom deve optar mais uma vez por reduzir a Selic para a sua mínima histórica, a 4,50% ao ano. Essa estimativa está em linha com o mercado.

No campo externo, os destaques são a decisão do Banco Central americano (Fed) sobre taxa de juros dos Estados Unidos, e dados de produção industrial na na Zona do Euro e de inflação na China,

Na visão do nosso time econômico, os indicadores devem continuar reforçando a mensagem de que o risco de recessão das principais economias globais tem se tornado cada vez menor.

Resultados de indicadores significativamente divergentes das expectativas de mercado podem levar a novos movimentos na curva DI, com efeito sobre os preços dos títulos, porém vemos essa possibilidade como baixa.

É importante ter em mente que os efeitos da marcação a mercado só são capturados de fato em caso de venda dos títulos antes do vencimento.

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