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Fitch rebaixa ratings do Grupo AES Brasil para AA-(bra)

No dia 20 de abril, a agência de classificação de risco Fitch rebaixou os ratings das empresas do Grupo AES Brasil para AA-(bra)

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  • No dia 20 de abril, a agência de classificação de risco Fitch rebaixou os ratings das empresas do Grupo AES Brasil: AES Brasil Operações S.A. (AES Operações), AES Tucano Holding II S.A. (AES Tucano II) e AES Cajuína AB1 Holdings S.A. (AES Cajuína).
    • Na escala nacional, o rating das empresas foi alterado de AA(bra) para AA-(bra); a perpectativa é estável.
  • O rebaixamento reflete, principalmente, a manutenção da alavancagem em patamar acima do esperado pela agência no âmbito da AES Brasil Energia S.A. (AES Brasil), que influencia os ratings das demais empresas do grupo dada a sua posição de controladora.
    • Vale mencionar que a AES Operações é controlada pela AES Brasil, e é a compradora da maior parte da energia dos projetos, o que embasa a visão dos ratings baseados no Grupo, ainda que tal subsidiária não assuma obrigações de suporte e não seja afetada por cláusulas de inadimplência cruzada nos financiamentos dos projetos da controladora.
  • A alavancagem financeira consolidada da AES Brasil está relacionada com maior volume de investimentos (R$ 5,5 bilhões para o período 2022-2023 versus R$ 3,6 bilhões estimados anteriormente), que incluem um projeto de energia solar e desembolsos com o complexo eólico Cajuína, não previstos originalmente nas projeções da Fitch.
  • No período findo em dezembro de 2022, a alavancagem (Dívida Líquida/Ebitda) da AES Brasil atingiu, segundo o cálculo dos covenants, 3,61x.
  • Por outro lado, de acordo com a metodologia da Fitch, a alavancagem do grupo totalizou 7,0x, em 2022, e deve atingir 6,2x e 4,7x em 2023 e 2024, respectivamente.
    • A dívida ajustada pela agência totaliza R$12,5 bilhões, sendo composta, principalmente, por debêntures (53%), créditos junto a bancos de desenvolvimento (22%) e empréstimos via Lei 4.131 (12%), ações preferenciais tratadas como dívida (9%) e empréstimos-ponte para financiamentos de longo prazo (14%), como o empréstimo de R$ 400 milhões na Veleiros Holding S.A. (joint-venture com a Unipar Indupa do Brasil).
  • Apesar do desafio do grupo de administrar a amortização de sua dívida até 2032, quando vencem suas principais concessões, o perfil de crédito da AES Brasil se beneficia de sua relevante e diversificada base de ativos no segmento de geração de energia elétrica e resiliência do seu negócio.

Fonte

Fitch

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