Por que você deveria começar a investir desde já

Os juros compostos têm potencialmente um impacto muito relevante na vida financeira das pessoas. Em frase atribuída a Albert Einstein, o grande cientista já apontava para o poder tido por esse conceito da matemática financeira demonstrado pela fórmula abaixo.

FV = I + (1 + j)^T, onde FV é o valor no futuro, I é o valor inicial investido, j é a taxa de juros, e T é o tempo do investimento.

A fórmula pode parecer complicada, mas não é preciso ser um gênio da física para decifrar o seu efeito.
Na prática, tudo que ela mostra é que, quanto maior o período investido, o potencial multiplicador dos juros compostos aumenta exponencialmente.

Recapitulando, os juros compostos são definidos pela aplicação de juros sobre um montante que vai acumulando ao longo do tempo, incluindo os juros que incidem a cada período – isto é, os juros sobre os juros.

E qual lição desse conceito podemos tirar para a nossa vida financeira? A de que você deveria começar a investir o quanto antes, não importa o valor da quantia aplicada – o que importa é que se tenha uma perspectiva de longo prazo para os investimentos com isso os juros compostos trabalharão a favor das suas aplicações ao longo dos anos.

Para tornar essa mensagem mais tangível, trago um exemplo hipotético – relativamente simples, mas que ilustra muito bem o poder dos juros compostos. Trata-se da comparação entre o patrimônio acumulado de duas pessoas. A primeira pessoa – Pessoa A – toma a decisão de começar a investir aos 20 anos, com uma quantia de R$ 6.000 a cada ano, equivalente a R$ 500 por mês, e permanece investindo essa quantia ao longo de 20 anos. A segunda pessoa – Pessoa B – decide aguardar um certo valor acumulado para começar a investir, e aplica uma única vez aos 30 anos o valor de R$ 120.000.

Ao longo dos anos, ambas as pessoas terão aportado o montante de R$ 120.000. Para o rendimento anual dessas aplicações, é considerado o caso mais conservador, isto é, a taxa básica de juros, supondo um nível neutro de 6% ao ano.

Este é o resultado da comparação:

Aos 40 anos de idade, a Pessoa A tem patrimônio acumulado de R$ 233.956 e a Pessoa B de R$ 214.902, uma diferença de R$ 19.055 para este exemplo hipotético. Aos 60 anos, a diferença aumenta para R$ 61.111.

Ainda que a Pessoa B tenha investido o dobro do montante aportado até então pela Pessoa A aos 30 anos de idade – isto é R$ 120.000 contra o acumulado de R$ 60.000 – o fato de a pessoa A ter começado a investir antes impulsionou o crescimento do seu patrimônio.

E este resultado é fruto do conceito de juros compostos.

Neste momento, cabem alguns avisos. O primeiro é que todo investidor deve considerar suas características próprias de apetite a risco e objetivos financeiros para tomar decisões de investimento, e não necessariamente a renda fixa conservadora vai representar a totalidade de sua carteira.

O segundo é que os investimentos com nível de risco maior do que a renda fixa conservadora, como multimercados e renda variável, podem trazer oscilações negativas no curto prazo, embora os retornos potenciais sejam maiores no longo prazo, incluindo o efeito de quando os retornos são compostos ao longo do tempo.

Em resumo, reforçamos a importância que o longo prazo desempenha para a acumulação de capital ao longo dos anos, com o benefício dos juros compostos, assim como a relevância de começar a investir assim que possível, independentemente da quantia financeira.

Na Previdência Privada, esses fatores fazem ainda mais sentido. Com a tabela regressiva para o Imposto de Renda, a alíquota mínima na previdência – de 10% sobre o rendimento, após 10 anos investidos – é menor do que para fundos de investimento, o que representa um benefício tributário.

Outra vantagem muito importante é que, na previdência, não há a incidência de impostos semestralmente (através do come-cotas). O impacto disso é que todo o dinheiro que teria sido cobrado ao longo do tempo rende até o momento do resgate, aumentando ainda mais o poder dos juros compostos.

Além disso, é possível que o investidor deixe programadas as suas contribuições mensais, seja pela conta do banco ou a conta na XP, o que facilita o processo de investir desde cedo e de forma recorrente, mesmo que em quantias menores.

Se você ainda não tem conta na XP Investimentos, abra a sua!

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