Tópicos do dia
Brasil

- Política Brasil: Eleição no Congresso e Previdência em foco
- Bancos Públicos: Novas diretorias avaliam iniciativas
Internacional

- Trump disposto a fechar o governo novamente dependendo de acordo sobre muro na fronteira
- Preocupações sobre o Brexit surgem à medida que a data da votação se aproxima
Empresas

- Vale (VALE3): Rompimento da Barragem 1 da mina Feijão
- Petrobras (PETR4): Principais destaques da reunião com CEO Roberto Castello Branco
- Ultrapar (UGPA3): Margens dão sinais de melhora, mas competição será o foco; Preço-alvo elevado para R$ 60
COE News

- Vivendi planeja vender metade de sua posição na Universal Music Group
Resumo
Vale em foco – ADR indica queda de mais 15%
As atenções estão voltadas para a Vale, após o trágico rompimento da Barragem 1 da mina Feijão em Brumadinho, MG, que até o momento deixa 58 mortos, com 305 ainda desaparecidos. As ações em NY caíram 8% na sexta, e no pre-market hoje operam com queda de mais 15%.
Ao longo da noite, a Vale anunciou que o seu conselho deliberou pela suspensão da política de dividendos, medida mais do que esperada na atual situação, com foco em preservar caixa para poder atender as demandas da calamidade (tanto de assistência no momento, como decorrentes de processos judiciais).
Até o momento, a Vale teve R$ 11 bilhões bloqueados pela justiça de Minas e recebeu multas no total de R$ 350 milhões. O Estado de Minas solicitou a indisponibilidade de todas as ações de propriedade da Vale negociadas na bolsa, com limite para o bloqueio de R$ 20 bilhões. O pedido será julgado na segunda-feira. O Ministério Público do Trabalho também solicitou o bloqueio de R$ 1,6bi.
No curto prazo, sugerimos cautela aos investidores, à medida que uma série de incertezas em relação ao impacto permanecem, com baixa visibilidade em relação a: (1) tamanho dos processos e bloqueios judiciais; (2) impacto nas operações no curto prazo, com potenciais paradas para revisão generalizada e (3) impacto na produção de médio prazo. Mais detalhes neste link.
Em paralelo a isso, Bolsonaro passa por cirurgia programada e Mourão assume presidência por 48h. A previsão é que o presidente fique em São Paulo por cerca de 10 dias, onde terá um escritório à disposição.
É semana de eleição no Congresso. Na Câmara, Rodrigo Maia busca vitória em primeiro turno. No senado, reunião do MDB marcada para amanhã deverá escolher Renan Calheiros ou Simone Tebet. Os diversos candidatos de oposição também se encontrarão em busca de convergência.
Nos EUA, Trump concordou na sexta-feira em reabrir o governo após a paralisação parcial que começou em 22 de dezembro, mas somente até o dia 15 de fevereiro, para permitir negociações bipartidárias sobre um plano de segurança na fronteira com o México.
Por último, participamos de reunião com o CEO da Petrobras na sexta, em que foi transmitida mensagem positiva quanto à execução do programa de dividendos, maior eficiência de custos, redução de endividamento da companhia e renegociações da Cessão Onerosa. Mantemos recomendação de compra.

Conteúdo na íntegra
Brasil
Política Brasil: Eleição no Congresso e Previdência em foco
- Bolsonaro passa por cirurgia programada e Mourão assume presidência por 48h. A previsão é que o presidente fique em São Paulo por cerca de 10 dias, onde terá um escritório à disposição;
- Semana de eleição no Congresso. Na Câmara, Rodrigo Maia busca vitória em primeiro turno. No senado, reunião do MDB escolherá Renan Calheiros ou Simone Tebet. Os diversos candidatos de oposição também se encontrarão em busca de convergência;
- Equipe econômica quer incluir militares e servidores estaduais na reforma da previdência. O detalhamento da proposta pode conter transição de 15 anos (ante 20 de Temer) e idade mínima igual para homens e mulheres, que ganhariam bônus de acordo com número de filhos.
Bancos Públicos: Novas diretorias avaliam iniciativas
- No primeiro mês de seus respectivos novos presidentes, o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal foram objeto de intensa discussão sobre mudanças a serem implementadas em suas estratégias e modelos de gestão;
- O colunista Lauro Jardim, do site O Globo, apurou evoluções em pautas-chave de ambos os bancos ao longo do final de semana. No caso da Caixa, Pedro Guimarães deverá negociar a venda de 20% da carteira de crédito imobiliário de R$ 440 bilhões para bancos brasileiros e estrangeiros. Além disso, Guimarães reforçou em sua posse que o banco deve seguir originando créditos imobiliários e os securitizar para manter o balanço equilibrado;
- Sobre Banco do Brasil, a coluna cita que os diretores seguem debatendo o futuro da BB DTVM. A maior gestora de recursos do país poderia fazer um IPO e posteriormente se associar a um player estratégico ou inverter a ordem e abrir o capital após a confirmação da parceria. Em termos de retorno para o banco, vemos a venda da gestora como negativa, uma vez que a subsidiária contribui para o ROE por gerar altas receitas sem a utilização de capital próprio.
Internacional
Trump disposto a fechar o governo novamente dependendo de acordo sobre muro na fronteira
- Segundo a Bloomberg, Trump concordou na sexta-feira em reabrir o governo após a paralisação parcial que começou em 22 de dezembro, quando ele e os democratas do Congresso chegaram a um impasse quanto à exigência do presidente de construir um muro na fronteira mexicana. Trump aceitou um acordo para continuar financiando os departamentos fechados – sem dinheiro para um muro – até o dia 15 de fevereiro para permitir negociações bipartidárias sobre um plano de segurança nas fronteiras;
- A primeira reunião formal do comitê de Apropriações de Segurança Interna será na quarta-feira, de acordo com um assessor democrata. O comitê foi criado na sexta-feira após o acordo ter sido fechado para encerrar a parada parcial de 35 dias do governo;
- Apesar de Trump não querer fechar o governo ou declarar emergência para garantir o financiamento que deseja para o muro da fronteira, ele está preparado para fazê-lo se ele e os líderes do Congresso não conseguirem um acordo, disse Mick Mulvaney, Chefe de Gabinete da Casa Branca no domingo.
Preocupações sobre o Brexit surgem à medida que a data da votação se aproxima
- De acordo com a Bloomberg, a primeira-ministra Theresa May corre o risco de perder o controle do Brexit em uma série de votações no Parlamento nesta semana (29 de janeiro) que poderia forçá-la a suspender todo o divórcio ou voltar a Bruxelas para negociar o impossível;
- Há duas questões importantes que a Câmara dos Deputados está preparando para resolver na terça-feira: (1) May está lutando contra um plano radical de membros pró-UE que tenta adiar a data de saída para impedir que o Reino Unido saia do bloco sem acordo, (2) Euro-céticos do Partido Conservador da Primeira ministra estão exigindo que ela volte à mesa de negociação para buscar uma improvável reescrita da parte mais contenciosa de o acordo;
- As chances de aprovação de qualquer emenda dependerão de como May e o líder trabalhista, Jeremy Corbyn, ordenarão que seus legisladores votem. No entanto, as preocupações são de que sair sem um acordo causará grandes problemas, como dificuldades econômicas e violência na Irlanda do Norte.
Empresas
Vale (VALE3): Rompimento da Barragem 1 da mina Feijão
- No início da tarde da última sexta-feira, dia 25, ocorreu o rompimento da Barragem 1 da mina Feijão da Vale, em Brumadinho (MG). Até o momento, 305 pessoas seguem desaparecidas, 58 foram confirmadas mortas. Ao longo da noite, a Vale anunciou que o seu conselho deliberou pela suspensão da política de dividendos, medida mais do que esperada na atual situação, com foco em preservar caixa para poder atender as demandas da calamidade (tanto de assistência no momento, como decorrentes de processos judiciais);
- As ADRs em NY hoje operam com queda de mais 15% no pre-market. No Brasil, esperamos movimento parecido ao de Nova Iorque, com queda de perto de 15%. Tal queda parece já refletir parte relevante dos riscos, portanto mantemos nossa recomendação inalterada em Compra, com horizonte de médio – longo prazo. No curto prazo, sugerimos cautela aos investidores, à medida que uma série de incertezas em relação ao impacto permanecem, com baixa visibilidade em relação a: (1) tamanho dos processos e bloqueios judiciais; (2) impacto nas operações no curto prazo, com potenciais paradas para revisão generalizada e (3) impacto na produção de médio prazo;
- No relatório publicado ontem providenciamos uma atualização da situação da Vale e as principais frentes de impacto a serem consideradas na avaliação das ações da companhia após o rompimento da Barragem 1 da mina Feijão da Vale – clique aqui para acessar nota completa. Nossas orações estão com as pessoas da região e suas famílias.
Petrobras (PETR4): Principais destaques da reunião com CEO Roberto Castello Branco
- Participamos de uma reunião com o CEO da Petrobras, o Sr. Roberto Castello Branco e o CFO, Sr. Rafael Grisolia. Os principais tópicos discutidos dizem respeito ao programa de desinvestimento de ativos, metas de endividamento e renegociações da Cessão Onerosa;
- No geral, o Sr. Castello Branco reforçou seu compromisso com a execução do programa de venda de ativos, como a BR Distribuidora, uma abordagem mais ambiciosa em relação às refinarias, a Liquigas e o segmento de transporte de óleo e gás;
- Por fim, o CEO destacou a meta estratégica de reduzir o endividamento e atingir uma meta de 1,0x 1,5x Dívida Líquida / EBITDA. Mais detalhes sobre os tópicos da reunião podem ser encontrados em nosso relatório.
Ultrapar (UGPA3): Margens dão sinais de melhora, mas competição será o foco; Preço-alvo elevado para R$ 60
- Realizamos uma análise detalhada do que aconteceu no setor de distribuição de combustíveis durante o 4T18, não apenas em termos de volumes, mas também em termos de preços de combustíveis e margens brutas por distribuidora, com base em dados da ANP;
- Nossa análise aponta que as margens brutas melhoraram durante o trimestre, já que os distribuidores repassaram apenas parcialmente as reduções de preços de combustíveis da Petrobras para os postos. Assim sendo, estimamos que os resultados da Ultrapar reflitam uma melhora de margens na subsidiária Ipiranga, e elevamos nosso preço-alvo para a UGPA para R$ 60/ação;
- Apesar da melhora em resultados operacionais, destacamos que riscos de concorrência no setor de distribuição de combustíveis ainda existem, haja visto a expansão da participação de mercado de postos bandeira branca observada no final do ano. Na nossa opinião, se os preços de postos bandeira branca continuarem abaixo das grandes bandeiras, enxergamos maiores desafios para a manutenção de margens e da participação de mercado das grandes distribuidoras. Mais detalhes estão presentes no nosso relatório.
Concessionárias: Ações reagem à fala de Doria em Davos
- As ações da CCR e Ecorodovias tiveram forte alta no pregão da última quinta-feira, impulsionadas pela fala do Governador de São Paulo João Doria em Davos, que tomou a decisão de renovar as concessões rodoviárias estaduais que vencem até o final de seu mandato;
- Existem pelo menos quatro concessões que vencem até 2022, das quais duas a CCR é acionista. A ViaOeste, sistema Castello Branco/Raposo, correspondeu por ~14% do EBITDA da companhia nos 9M18, e a Renovias por ~2%;
- Vale ressaltar que o Governador pretende optar pela renovação por conta da agilidade, mas deverá estipular contrapartidas para a extensão do contrato, como tarifas reduzidas em determinados horários, monitoramento mais severo, e outras medidas de acordo com os jornais locais.
COE News
Vivendi planeja vender metade de sua posição na Universal Music Group
- Com forte apetite por novas oportunidades de investimento na indústria da música, a Vivendi planeja vender metade de sua posição na maior empresa de música do mundo, monetizando parte dos investimentos feitos no segmento de streaming;
- Segundo o consenso de mercado, a Universal Music Group poderá ser vendida sob um valuation com expressivo prêmio no histórico dos últimos 4 anos. O atual presidente da Vivendi, Arnaud De Puyfontaine’s, informou que o valuation do maior grupo musical é superior ao do Spotify, que está em torno de US$ 24bi;
- Considerando que a Universal Music Group tem uma participação de 40% do mercado de música norte-americano, os dirigentes da Vivendi pretendem utilizar grande parte dos recursos para reduzir a exposição a mercados já saturados e investir em países com maior potencial de crescimento na indústria de música, como Alemanha e Japão.

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