IBOVESPA +0,32% | 139.636 Pontos
CÂMBIO -0,25% | 5,65/USD
O que pode impactar o mercado hoje
Ibovespa
Na segunda-feira (19), o Ibovespa fechou em alta de 0,32%, aos 139.636 pontos, atingindo uma nova máxima histórica e chegando a alcançar a marca de 140 mil pontos durante o pregão. No cenário doméstico, o IBC-Br de março veio acima das expectativas, indicando uma atividade econômica resiliente, impulsionada principalmente pela agropecuária. Os investidores também ficaram atentos às falas do presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, indicando que os juros devem permanecer em um patamar restritivo por um período prolongado.
O principal destaque positivo do dia foi JBS (JBSS3, +3,1%), em meio às expectativas dos investidores para a assembleia de acionistas do dia 23 de maio que decidirá sobre a dupla listagem da companhia. Já o destaque negativo foi Marfrig (MRFG3, -6,4%), após avançar 21,4% no pregão anterior em reação ao anúncio de fusão da companhia com a BRF (BRFS3, -1,4%) (veja mais detalhes aqui).
Para o pregão de terça-feira (20), destaque para os dados de confiança do consumidor na Zona do Euro. Além disso, pela temporada internacional de resultados do 1T25, Vodafone entra no radar dos investidores.
Renda Fixa
As taxas futuras de juros encerraram a sessão de segunda-feira com fechamento ao longo da curva. No Brasil, Galípolo afirmou que a taxa Selic elevada é fundamental para o combate à inflação e que a autarquia permanece comprometida com a meta inflacionária de 3%, uma postura considerada positiva pelo mercado. Com isso, o DI jan/26 encerrou em 14,72% (- 2,9bps vs. pregão anterior); DI jan/27 em 13,92% (- 8,7bps); DI jan/29 em 13,47% (- 13bps); DI jan/31 em 13,69% (- 6,5bps). Nos EUA, os investidores reagiram com maior pessimismo ao rebaixamento do rating soberano do país de ‘Aaa’ para ‘Aa1’, ocorrido na semana passada. Além disso, o presidente Donald Trump afirmou, após conversas com Moscou, que Rússia e Ucrânia iniciarão negociações para um cessar-fogo no leste europeu. Nesse contexto, os rendimentos das Treasuries de dois anos terminaram o dia em 3,97% (-3,7bps), enquanto os de 10 anos em 4,45% (-2,7bps).
Mercados globais
Nesta terça-feira, os futuros de Nova York operam em leve queda (S&P 500: -0,3%; Nasdaq 100: -0,4%), após o S&P 500 emplacar sua sexta alta consecutiva, acumulando quase +20% nas últimas 27 sessões. Apesar das incertezas com tarifas e temores de recessão, o mercado segue ignorando o rebaixamento da nota de crédito dos EUA pela Moody’s e se aproximando das máximas históricas. Ontem, o índice subiu 0,1%, enquanto o Nasdaq teve leve alta de 0,02%, impulsionado por recuperação das ações da UnitedHealth. Hoje, o mercado acompanha falas de dirigentes do Fed e os balanços de Home Depot e Toll Brothers.
As Treasuries operam em queda, com a taxa dos títulos de 10 anos recuando -2 bps e o de 2 anos -1 bp, após o Fed sinalizar apenas um corte de juros em 2025.
Na Europa, as bolsas sobem (Stoxx 600: +0,4%), apoiadas por ganhos no setor de utilidades e apesar do prejuízo reportado pela Vodafone. A operadora teve resultado operacional negativo em 2025 e alertou para incertezas com câmbio e comércio global.
Na China, os mercados fecharam em alta (HSI: +1,5% e CSI 300: +0,5%) após o BC chinês cortar as taxas de empréstimo de um e cinco anos em 10 bps, em tentativa de estimular a economia. O índice da Austrália também subiu (+0,6%), com o RBA reduzindo os juros para 3,85% diante do alívio na inflação. Já no Japão e Coreia, os índices ficaram praticamente estáveis.
IFIX
O Índice de Fundos Imobiliários (IFIX) iniciou a semana em queda de 0,07%, mas ainda acumula valorização de 0,70% no mês. Os FIIs de papel e de tijolo registraram desempenhos ligeiramente negativos na sessão, com desvalorizações médias de 0,01% e 0,03%, respectivamente. Entre os destaques positivos estão BTRA11 (+2,1%), JSRE11 (+1,5%) e CPSH11 (+1,5%). Já entre os destaques negativos, figuram CCME11 (-2,1%), SNCI11 (-1,7%) e VINO11 (-1,3%).
Economia
Na China, o banco central cortou os juros. Após conversar com o presidente russo, Vladimir Putin, Donald Trump anuncia que Rússia e Ucrânia começarão as negociações de paz “imediatamente”. No entanto, o Kremlin sinalizou que tais negociações demandariam tempo.
No Brasil, Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) – proxy mensal para o PIB – superou as expectativas (XP: 0,6%; mercado: 0,4%). Ademais, o Boletim Focus mostrou queda da taxa terminal da Selic – a taxa em que a Selic deve chegar antes de mudar de trajetória – de 15% para 14,75% para 2025.
Veja todos os detalhes
Economia
Banco central da China reduz taxa de juros pela primeira vez no ano
- Na China, o banco central cortou os juros (em linha com as expectativas de mercado), sendo a primeira redução desde outubro de 2024, visando estimular a economia e se antecipar a potenciais consequências da tensão comercial com os Estados Unidos. A taxa de um ano – benchmark para maioria dos empréstimos – caiu 10 p.p. para 3%, enquanto a taxa de cinco anos caiu para 3,5%.
- Após mais de duas horas de conversa com o presidente russo, Vladimir Putin, Donald Trump anunciou que a Rússia e Ucrânia iniciarão as negociações de paz “imediatamente”. De acordo com ele, a conversa foi muito produtiva e “algo vai acontecer”. Também afirmou que os Estados Unidos se retirarão das negociações caso não avance dessa vez. Do lado russo, representantes afirmaram querer um acordo de paz, desde que as exigências russas – permanecer com parte do território ucraniano e que a Ucrânia jamais entre para a OTAN – sejam atendidas.
- No Brasil, o Índice de Atividade Econômica do Banco Central avançou 0,8% m/m em março, superando as expectativas. Na comparação com março de 2024, o IBC-Br subiu 3,5% (XP: 3,2%; mercado: 2,9%). O destaque ficou para o setor agropecuário, que avançou fortemente no primeiro trimestre de 2025 impulsionado pela safra recorde de soja, com crescimento de 1% no mês e 19,8% na comparação anual. A atividade doméstica deve desacelerar gradualmente ao longo do ano. O mercado de trabalho segue robusto, com taxa de desemprego em níveis baixos e salários reais em alta, e as medidas recentes do governo devem apoiar a demanda no curto prazo.
- Segundo o Boletim Focus, o consenso de mercado para a taxa Selic permaneceu em 14,75% para o fim deste ano. Entretanto, o mercado não espera mais nenhum aumento dos juros esse ano; assim, a taxa Selic ao fim do ciclo de alta de juros de foi de 15% para 14,75% (o nível atual). Ademais, as projeções do mercado para a taxa de câmbio e para o IPCA continuam cedendo. Com relação aos preços, a revisão baixista provavelmente reflete o cenário de commodities e dólar americano mais fracos.
- No calendário internacional, o destaque fica para a divulgação do índice de confiança do consumidor na Europa.
Principais notícias dos setores
Nestas publicações diárias, trazemos as principais notícias nacionais e internacionais dos setores: Financeiro, Varejo (e-commerce, supermercados, lojas de roupa, farmácias, etc.), Agro, Alimentos e Bebidas, Energia (óleo & gás e elétricas) e Saúde.
Agro, Alimentos & Bebidas: Comentário Semanal Agro | Gripe aviária no Brasil
- Grãos: Os primeiros números de 25/26 do USDA foram recebidos com um pouco de dúvida, já que estoques mais baixos nos EUA dependem de exportações fortes, que podem ser impactadas com a política externa atual do país;
- Proteínas: O 1º caso de gripe aviária em granja comercial traz uma camada extra de risco ao setor, que dependerá de negociações com parceiros comerciais para restringir exportações somente ao entorno do foco da doença e não ao país todo;
- Açúcar e Etanol: No açúcar, conferência do setor espera cenários de maior oferta a nível global em 25/26, acima do ritmo de crescimento de demanda, com leve superávit global, uma mudança significativa do déficit em 24/25;
- Clique aqui para acessar o relatório completo.
Renda fixa
De Olho na Renda Fixa: principais notícias de crédito privado, mercados e renda fixa
- Gripe Aviária: China suspende habilitação de todos os frigoríficos de frango do Brasil; veja lista (Estadão);
- Preocupação fiscal volta a pressionar câmbio e juros (Valor Econômico);
- 30-year Treasury passes 5% after Moody’s downgrades U.S. credit rating (CNBC);
- Fitch Afirma Ratings ‘BB-’/‘AA(bra)’ da Eletrobras e Revisa Perspectiva para Estável (Fitch Ratings);
- Clique aqui para acessar o clipping.
Estratégia
XP Short Scout: Monitor de short selling no Brasil
Atualizamos os dados de short selling dos ativos brasileiros com os dados de fechamento de 16 de maio 2025. Os principais destaques das últimas duas semanas são:
- O short interest (SI) mediano do Ibovespa caiu para 5,5%, em comparação a 5,6% em 2 de maio. O valor das posições em aberto aumentou para R$ 114,8 bilhões;
- As taxas de aluguel de Marfrig (MRFG3) e BRF (BRFS3) aumentaram, atingindo 25,4% e 21,0%, respectivamente. O SI de Marfrig disparou 5,3 p.p., atingindo 18,1%, enquanto o de BRF aumentou mais moderadamente para 8,0%. Na quinta-feira, a Marfrig anunciou a aquisição da BRF, como destacado pelo nosso time de Alimentos & Bebidas.
- Outras ações para ficar de olho: AZUL4, BBAS3, BHIA3, BRFS3, CMIG3, GOLL4, INTB3, MRFG3, RADL3, RAIZ4, TAEE11, TUPY3
- Clique aqui para acessar o relatório.
Dólar fraco ou forte: como se posicionar na Bolsa?
- Com as mudanças na tendência do preço do dólar ao longo do último ano, ficou mais importante que os investidores entendam a influência da moeda americana nas ações brasileiras.
- Neste relatório, trazemos duas cestas de ativos: uma com ações que se beneficiam de dólar fraco e outra com ações com sensibilidade positiva a um dólar mais forte.
- Propomos uma abordagem quantamental: primeiramente, calculamos quais ações possuem maior sensibilidade à moeda americana usando betas históricos; depois, selecionamos aquelas que devem ter um melhor desempenho de um ponto de vista fundamentalista de acordo com sua atividade e exposição da receita à moeda.
- Clique aqui para acessar o relatório
Alocação & Fundos
Principais notícias
- Fundos Imobiliários (FIIs): confira as principais notícias
- Absorção bruta de galpões logísticos supera 988 mil m² no 1º trimestre com destaque para SP, MG e RJ;
- Fundo imobiliário vende tudo: SARE11 convoca AGE para votar proposta do BTLG11;
- A virada dos FIIs: por que 2025 é o ano da maturidade para os fundos imobiliários;
- Clique aqui para acessar o relatório.
ESG
Ibama avança na licença da Petrobras para exploração da Margem Equatorial | Café com ESG, 20/05
- O mercado fechou o pregão de segunda-feira em território positivo, com o IBOV e o ISE avançando 0,3% e 0,4%, respectivamente;
- No Brasil, o Ibama aprovou ontem o conceito do plano de proteção à fauna da Petrobras, como parte do pedido de licença de perfuração na Foz do Amazonas, na Margem Equatorial – a aprovação indica que a metodologia apontada pela Petrobras atende a requisitos técnicos exigidos pelo órgão ambiental;
- No internacional, (i) a Rio Tinto pagará até US$900 milhões por uma participação de quase 50% no projeto de lítio chileno de Maricunga, marcando o maior investimento estrangeiro no setor do país – o salar de Maricunga é a segunda maior reserva de lítio do Chile e contém algumas das salmouras de lítio de mais alta qualidade do mundo, um mineral essencial para a produção de baterias; e (ii) as ações da CATL, fabricante chinesa de baterias, subiram 16% em sua estreia na bolsa de Hong Kong – segundo Robin Zeng, fundador da CATL, a companhia não estava satisfeita em ser “apenas uma fabricante de componentes de baterias”, reforçando as ambições do grupo de ser pioneiro na economia de carbono zero;
- Clique aqui para acessar o relatório e começar o dia bem informado com as principais notícias ao redor do Brasil e do mundo quando o tema é ESG.
Por dentro do mercado voluntário de carbono: Um olhar sobre oferta e demanda
- Na última sexta-feira (16), o time de XP Research ESG se reuniu com o Sr. Thiago Picolo, CEO da re.green, startup brasileira focada na restauração ecológica em larga escala e de alta qualidade, com foco na geração de créditos de carbono;
- Os principais pontos discutidos na reunião foram: (i) transações no mercado voluntário permanecem altamente personalizadas; (ii) dispersão de preços está atrelada à qualidade e à credibilidade; (iii) demanda corporativa por créditos de carbono nos EUA segue estável, embora ainda discreta; (iv) mercado de carbono gerido pela ONU pode destravar o potencial do Brasil; e (v) futuro mercado regulado do Brasil deve ser chave para impulsionar a demanda;
- Clique aqui para ler o conteúdo completo.

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