Tópicos do dia
Brasil

- Política Brasil: Destaques da sabatina de Paulo Guedes na Comissão Especial
- Pela nona vez consecutiva, Copom decide unanimemente manter a taxa Selic em 6,5% ao ano
Internacional

- Acordo comercial EUA-China: as negociações serão retomadas hoje, o que está em jogo
- Coréia do Norte lança dois mísseis de curto alcance
Empresas

- Banco do Brasil (BBAS3): 1Q19 misto; Visão construtiva inalterada
- Grupo Pão de Açúcar (PCAR4): Resultados em linha do 1T19, porém notícia de reorganização gera preocupação
- Azul (AZUL4) 1T19: Margens mais fracas em maiores custos com combustível e depreciação do real
COE News

- Disney: Resultados fortes no 1T19, destaque para a integração com os resultados dos canais 21st Century
Resumo
Preocupações no cenário externo permanecem
Mercados internacionais em queda com a aproximação do prazo para EUA e China aumentarem tarifas.
Ontem, a pressão intensificou-se após o presidente Donald Trump aumentar sua rígida retórica. Em comentários aos apoiadores em um comício, ele disse que a China “quebrou o acordo” e pagaria, embora acrescentou que “tudo vai dar certo”. Pequim advertiu que vai retaliar o aumento de tarifas dos EUA.
O vice-premier chinês, Liu He, está programado para visitar os EUA hoje e amanhã. Os investidores estão de olho nessa outra fase de negociações que se aproxima, que acontecerá horas depois de serem divulgados dados de crédito mais fracos que o esperado em Abril na China, que adicionam preocupação sobre a economia do país.
No Brasil, o Ibovespa fechou em alta de 1,3% na última sessão, seguindo perspectivas positivas sobre a articulação da reforma da Previdência, apesar de incerteza no campo externo.
Na Comissão Especial da Câmara, Paulo Guedes adotou tom técnico e defendeu o projeto de reforma da previdência por mais de oito horas. Dessa vez, teve ajuda dos governistas, mas repetiu embate acalorado com a oposição, como visto na CCJ. O ministro da Economia volta hoje ao Congresso para falar na Comissão Mista de Orçamento sobre a regra de ouro.
Políticos de centro pedem mais que os dois ministérios que Bolsonaro decidiu recriar para entregar aos aliados. A grita é natural, e o problema de como dividir poder é menor que o problema anterior, que era a quase inexistência de articulação política.
Ainda no político, o Tribunal Regional Federal da 2ª Região revogou os habeas curpus de Michel Temer e Coronel Lima. A expectativa é que o ex-presidente se apresente hoje à justiça.
Ontem, o Comitê de Política Monetária (Copom) decidiu manter a taxa básica de juros em 6,5% ao ano pela nona reunião seguida, como esperado. Segundo o comunicado, além dos choques na atividade, ainda são grandes as incertezas e a necessidade de deixar em aberto a trajetória da política monetária. Para Zeina Latif, nossa economista-chefe, os indicativos do Copom apontam para um afastamento da tese de que a Selic pode cair no curto prazo.
Do lado das empresas, a Vale reportou fracos resultados de Produção & Vendas ontem pela manhã. O foco hoje está no resultado do 1T19, que será divulgado após fechamento do mercado.
A Azul reportou há pouco os resultados do 1T19, que vieram levemente abaixo das expectativas seguindo custos pressionados. Apesar da pressão de curto prazo, mantemos nossa visao estrutural positiva.
A CSN reportou ontem a noite um forte primeiro trimestre, com resultados para mineração mais fortes, compensando números mais fracos do que o esperado de aço.
Por fim, as ações do Grupo Pão de Açúcar (GPA) registraram as maiores baixas do Ibovespa no pregão de ontem (-7,5%), refletindo incertezas sobre eventual combinação de ativos do Casino na América Latina depois de notícia publicada no jornal O Globo. Vale ressaltar que a notícia não foi confirmada pela empresa, mas esperamos volatilidade no curto prazo até mais detalhes serem divulgados.

Conteúdo na íntegra
Brasil
Política Brasil: Destaques da sabatina de Paulo Guedes na Comissão Especial
- Paulo Guedes adotou tom técnico e defendeu o projeto de reforma da previdência por mais de oito horas na comissão especial da Câmara. Dessa vez, teve ajuda dos governistas, mas repetiu embate acalorado com a oposição, como visto na CCJ. O ministro da Economia volta hoje ao Congresso para falar na Comissão Mista de Orçamento sobre a regra de ouro;
- Políticos de centro pedem mais que os dois ministérios que Bolsonaro decidiu recriar para entregar aos aliados. As reclamações são naturais, mas o problema de como dividir poder é menor que o problema anterior, que era a quase inexistência de articulação política;
- TRF2 revoga os habeas curpus de Michel Temer e Coronel Lima. A expectativa é que o ex-presidente se apresente hoje à justiça.
Pela nona vez consecutiva, Copom decide unanimemente manter a taxa Selic em 6,5% ao ano
- Pela nona vez consecutiva, o Copom decidiu unanimemente manter a Selic, taxa básica de juros da economia, em 6,5% ao ano. A manutenção da taxa em sua mínima histórica já era esperada pelo mercado;
- Mesmo enxergando uma retomada do processo de recuperação gradual da atividade brasileira, o Banco Central apontou, em seu comunicado, que o arrefecimento observado no final de 2018 teve continuidade no início de 2019; que o cenário externo permanece desafiador, apesar de o balanço de riscos para a inflação mostrar-se simétrico; que a inflação continua a correr em níveis apropriados, embora a indicação de que esses níveis sejam “confortáveis” tenha sido retirada; e que a continuidade do processo de reformas é essencial para a manutenção da inflação baixa no médio e longo prazos;
- Na nossa perspectiva, os choques recentes na atividade brasileira e a continuidade de um cenário desafiador tanto nas economias externas quanto na interna aparentam afastar a tese de que a Selic possa cair no curto prazo. Assim, como mostram os indicativos do Copom, cautela, serenidade e perseverança nas decisões de política monetária permanecem essenciais para o objetivo de manter a trajetória de inflação em direção às metas.
Internacional
Acordo comercial EUA-China: as negociações serão retomadas hoje, o que está em jogo
- De acordo com o The Wall Street Journal e o Financial Times, a China prometeu retaliação se um aumento de tarifa dos EUA sobre 200 bilhões de dólares em importações for implementado. O voto de retaliação aumentam as pressões na medida que o principal negociador da China, Liu He, deve se encontrar hoje com Robert Lighthizer, representante comercial dos EUA, e com o secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Steve Mnuchin;
- As discussões com o Sr. He devem continuar até sexta-feira, mas as expectativas mudaram: agora, o mercado espera que os negociadores evitem que o acordo entre em colapso. A postura mais dura dos chineses começou quando Pequim percebeu que os EUA estavam prontos para fazer concessões e que sua economia estava começando a mostrar fragilidade, dada a pressão de Trump sobre o Fed para reduzir as taxas de juros. Além disso, Trump afirmou que a China estava tentando renegociar para ganhar tempo antes da próxima eleição, na esperança de retomar e finalizar as negociações com um presidente do Partido Democrata;
- Espera-se que as conversas sejam retomadas hoje, e o foco será se a China concordará com as exigências americanas de mudanças na lei chinesa para implementar o acordo comercial, enquanto os chineses afirmam que isso violaria sua soberania e levaria muito tempo para ser implementado.
Coréia do Norte lança dois mísseis de curto alcance
- De acordo com o Wall Street Journal, a Coréia do Norte lançou o que pareciam ser dois mísseis de curto alcance em direção à costa leste do país, o segundo teste de armas realizado pelo país em uma semana;
- Os lançamentos ocorreram em um local 130 km ao norte da zona desmilitarizada, em um local onde especialistas em segurança acreditam armazenar mísseis balísticos. As demonstrações militares refletem a insatisfação do país com a falta de progresso no acordo de desnuclearização com os EUA.
Empresas
Banco do Brasil (BBAS3): 1T19 misto; Visão construtiva inalterada
- O Banco do Brasil registrou no 1T19 lucro líquido recorrente de R$4,2 bilhões (ROE de 16,8%), 10% e 8% acima da estimativa XP e consenso, respectivamente, expandindo 10,5% vs 4Q18 e 40,3% vs 1Q18. O lucro foi impactado pela alíquota de 14% (vs 35,6% no 4T18) e antes de impostos contraiu 8,6% no tri e cresceu 26,3% em relação ao ano anterior, ficando abaixo de XPe por 7,5%. Vemos os resultados do 1T19 como neutros para as ações e para a tese de investimento, uma vez que na comparação anual as métricas permaneceram sólidas e foram impactadas pela sazonalidade do trimestre. Como já visto nos resultados dos pares, as receitas de serviços são a principal preocupação para os resultados do BBAS no futuro;
- Os principais destaques foram: (1) A margem financeira veio em linha com nossas estimativas, em R$12,7bi, expandindo 1,8% em relação ao 4T18 e impulsionada por tesouraria mais forte e menores custos de captação institucional. A margem de crédito se comportou como o esperado; (2) A carteira de crédito cresceu 0,5% A/A, com PF apresentando forte desempenho mais uma vez, +8,9% A/A, impulsionado por crédito consignado e imobiliário. O crédito para empresas, por sua vez, caiu 3,7% em relação ao 1T18 impactado pelas grandes empresas; (3) As despesas líquidas com provisões foram ligeiramente melhores do que o esperado, ajudadas por maiores recuperações de crédito. Na frente de qualidade de ativos, a taxa de inadimplência ficou estável e subiu 6bps. No entanto, a formação de inadimplência foi 33% maior no tri, o que levou a cobertura da formação a cair de 144% para 109% e (4) A receita de serviços recuou 6,1% no tri devido à sazonalidade e concorrência mais intensa em diversos segmentos. Isso foi parcialmente compensado por menores despesas operacionais, que aumentaram 1,7% em relação ao ano anterior, bem abaixo da inflação;
- Em resumo, os resultados do 1T19 não alteram nossa visão estrutural do BBAS, que é bastante otimista. Continuamos positivos com bancos e vemos grande espaço para melhoria em muitas frentes no Banco do Brasil, principalmente mix da carteira, despesas e serviços, apesar do cenário competitivo. Mantemos nossa recomendação de Compra e Preço-Alvo de R$61,00.
Grupo Pão de Açúcar (PCAR4): Resultados em linha do 1T19, porém notícia de reorganização gera preocupação
- Ontem, o Grupo Pão de Açúcar reportou resultados sólidos e em linha com o esperado no 1T19. O crescimento de vendas que já havia sido divulgado foi consistente e em linha com as expectativas. Em termos de rentabilidade, houve leve expansão da margem EBITDA do varejo alimentar em linha com as nossas estimativas;
- Durante o pregão de ontem, o jornal O Globo publicou notícia dizendo que o grupo Casino pode anunciar em breve uma reorganização de seus ativos na América Latina, com GPA assumindo papel central na nova estrutura e migrando para Novo Mercado;
- O Casino é dono do GPA e Via Varejo no Brasil e também tem operações de varejo alimentar na Colombia, Argentina, Uruguai e Chile. A notícia não trouxe detalhes sobre a possível reorganização, mas a incerteza fez com que as ações fechassem em queda com PCAR -7,5% e VVAR -4,0%. (clique aqui para mais detalhes). O grupo Casino comentou em Fato Relevante que está estudando diferentes opções estratégicas na região, mas que no momento não existe nada material que justifique um anúncio ao mercado. Para maiores detalhes, clique aqui.
Azul (AZUL4) 1T19: Levemente abaixo das expectativas; Mantemos visão positiva
- A Azul acaba de reportar resultados levemente abaixo das expectativas, impactados negativamente por (i) custos com combustível e atrelados ao dólar pressionados e (ii) despesas relativas a folha de pagamentos mais altas que o esperado. A margem EBIT IFRS 16 foi de 13,2%, -380 bps em relação ao ano anterior. O lucro líquido no trimestre atingiu R$ 138 milhões;
- A receita líquida veio em linha com as expectativas. Destacamos o crescimento de 41% nas receitas de carga, que contribuiu positivamente para o 1T19. Por outro lado, os custos com combustível subiram 21% em relação ao ano anterior, seguindo um real mais desvalorizado e um aumento de 8% nos preços do petróleo. Salários e benefícios aumentaram 37% a/a, impactados principalmente pela reoneraçao da folha de pagamentos;
- No entanto, a participação de jatos de nova geração no total da oferta atingiu 34% no trimestre, o que ajudou a dar sustentação as margens apesar da pressão de custos. O cronograma de renovação da frota se mantem, e esperamos que jatos de nova geração representem 46% do total da oferta até o 4T19;
- Em conclusão, apesar de um curto prazo mais desafiador seguindo volatilidade da moeda, do preço de petróleo e incertezas no ambiente competitivo, acreditamos que a empresa entregará ganhos de eficiência sequenciais e se beneficiará de um ambiente competitivo potencialmente mais racional estruturalmente. Mantemos nossa recomendação de compra, com um preço alvo de R$ 40,0/ação.
CSN (CSNA3): Fortes resultados no 1T19; Minério de ferro o destaque positivo mais uma vez
- A CSN reportou um forte primeiro trimestre, com resultados para mineração mais fortes, compensando números mais fracos do que o esperado de aço. O EBITDA consolidado de R$1.587mi foi 10% acima do nosso (+2% T/T e +1% A/A), com o EBITDA de mineração e de siderurgia 10% acima e 15% abaixo de nossas estimativas, respectivamente;
- O resultado de mineração foi o destaque positivo pelo terceiro trimestre consecutivo, com EBITDA de R$1.259mi, superando nossa estimativa em 10%, devido ao custo 14% inferior ao esperado, apesar de menores volumes comercializados, de 8,9kt, 4% abaixo do nosso (-10% T/T e -4% A/A). Na comparação trimestral, o EBITDA aumentou 51% impulsionado por preços mais elevados (+26% vs. 4T), maior proporção de produção própria e menores custos, levando a um aumento substancial no EBITDA/tonelada;
- No aço, o EBITDA de R$344mi foi 15% abaixo da nossa estimativa, com preços realizados mais fracos do que o esperado (3% abaixo do nosso e do 4T), parcialmente compensados por custo operacional por tonelada abaixo do esperado. O volume total de 1.175kt ficou sequencialmente estável, já que uma queda de 3% no mercado interno foi compensada por um aumento de 6% no externo;
- Mantemos nossa recomendação de compra para CSN. Preço de minério de ferro mais alto por mais tempo, combinado à potenciais surpresas positivas por meio da venda de ativos ao longo dos próximos meses, devem dar suporte às ações.
Vale (VALE3): Produção & Vendas fracos | Gerdau (GGBR4): Resultados sólidos e em linha no 1T
- A Vale e a Gerdau divulgaram ontem Produção & Vendas e resultado do 1T, respectivamente. Os números da Vale foram, em geral, fracos, e reiteramos nossa estimativa de US$3,86 bilhões para o EBITDA do 1T19 (5-10% abaixo do consenso), a ser divulgado hoje a noite. A Gerdau, por sua vez, anunciou resultados sólidos e em linha com o nosso, com margens fortes nos EUA em 13% e um desempenho geral positivo em custo. No Brasil, a margem EBITDA ficou em 18%, ligeiramente acima da nossa;
- Sobre a Vale, as vendas de minério de ferro e pelotas de 67,7mt foram 3,2% menores do que o esperado e -20% A/A, impactadas pela ruptura da barragem de Brumadinho (-7mt), mas também pelas chuvas anormais (-5mt) e pela gestão de estoques na China (+3mt). Mantemos nossa recomendação de COMPRA, com as ações negociando a 4,4x EV/EBITDA. Atualizamos nosso preço-alvo para US$17/adr (de US$18/adr) e R$68/sh (com um BRL mais depreciado), com volumes menores e custos maiores em 2019-21;
- Do lado da Gerdau, a empresa reportou sólidos resultados, com EBITDA de R$1,5bi, em linha com o nosso e + 11% no trimestre, +5% A/A. As operações nos EUA foram o destaque positivo, com margem EBITDA de 13% (apesar de menores volumes), enquanto os resultados do Brasil foram em linha com o nosso, com volumes maiores compensando preços mais fracos do que o esperado. A Gerdau é nossa preferida dentre as siderúrgicas e reiteramos nossa recomendação de COMPRA, com preço-alvo de R$21/ação. Vemos as ações negociando a 4,7x EV/EBITDA em 2019 e esperamos que os resultados acelerem no ano, refletindo a recuperação gradual da atividade do Brasil, dando suporte às ações. Clique aqui para acessar o relatório completo.
Suzano (SUZB3): potencial corte de produção | POSITIVO
- A RISI, consultoria especializada em Papel & Celulose, publicou hoje um artigo importante para os mercados de celulose e, principalmente, para a Suzano e Klabin. Segundo o artigo, a Suzano planeja reduzir sua produção em 1 a 1,5 milhões de toneladas, ou seja, 10-14% de sua capacidade e cerca de 4% do mercado de celulose de fibra curta;
- Se confirmada, a decisão representará um importante movimento na direção de reduzir os estoques de celulose no mercado, que estão em níveis muito altos. Além disso, seria uma sinalização importante de disciplina de oferta, positivo para preço de celulose, o que deveria dar sustentação às ações da Suzano e da Klabin;
- A notícia ainda não foi confirmada pela Suzano, e mais detalhes precisam ser divulgados em relação à qual seria o impacto para as vendas de celulose da Suzano (produção pode reduzir para consumir estoque, sem necessariamente impactar vendas), mas esperamos uma reação positiva da Suzano e Klabin hoje à notícia;
- Vale lembrar que a Suzano divulgará resultados do 1T hoje, com conferência de resultados amanhã as 14hrs. Esperamos que durante a conferência mais detalhes sejam providenciados.
Engie Brasil (EGIE3): 1T19 em linha com nossas estimativas; Vemos ação como precificadas, mantemos Neutro
- A Engie Brasil divulgou um Lucro Líquido do 1T19 de R$565,2 milhões, em linha com nossa estimativa de R$558,9 milhões. O EBITDA ajustado foi de R$1,214.4 milhões, ligeiramente acima da nossa estimativa de R$1,163.0 milhões. Os resultados refletiram um maior ganho com as operações de compra e venda de energia no trimestre, que foram ligeiramente contrabalanceadas por maiores custos gerenciáveis, como pessoal e materiais;
- Nós temos uma visão ligeiramente positiva dos resultados do 1T2019 da EGIE, dado que os resultados vieram ligeiramente acima das nossas estimativas. Apesar de elogiarmos as sólidas operações da companhia e as iniciativas recentes de crescimento (exemplificados na aquisição de uma participação na rede de gasodutos TAG), vemos as ações como precificadas, e mantemos a preferência por TIET11 (Compra).
Walmart planeja expansão do formato Atacarejo no Brasil
- Segundo notícia do Valor Economico, o Walmart deve iniciar o processo de reorganização de seu formato de lojas no Brasil, reforçando a presença no formato Atacarejo. O plano envolve reforma de 43 unidades do Maxxi Atacado já em operação e conversão de 10 unidades de hipermercados para o formato até 2020;
- A estratégia de aumentar a presença no Atacarejo através de abertura de novas lojas e conversão de hipermercados não é novidade no varejo alimentar e já vem sendo executada pelo GPA (através da bandeira Assaí) e pelo Carrefour (através da bandeira Atacadão), de forma que o ambiente já tem se apresentado bem competitivo;
- Para comparação, no final de 2018 o Assai (do GPA) possuia 144 lojas e representa 46% das vendas do grupo. Na mesma base de comparação, o Atacadão (do grupo Carrefour) possui 166 lojas e representa 66% das vendas do grupo. Ao longo dos últimos dois anos, entre aberturas e conversões de lojas, GPA e Carrefour aumentaram sua base de lojas no Atacarejo em 37 e 31 lojas, respectivamente
Frigoríficos: Efeitos da peste suína na China começam a ser sentidos no Brasil
- Segundos dados da Secex (Secretaria de Comércio Exterior) apurados pelo CEPEA (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), a quantidade de came suína exportada à China pelo Brasil alcançou, em abril, o segundo maior volume da série histórica da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), apurada desde 1997, com 15,9 mil toneladas;
- O principal motivo tem sido a menor produção chinesa de carne suína, em razão do surto de peste suína africana (PSA), que afeta os plantéis no país asiático e, consequentemente, obriga ao abastecimento externo;
- Além de comprar mais em abril, a China pagou 11% mais caro pela proteína suína brasileira. Considerando-se a carne congelada, que representa quase a totalidade das importações chinesas, o preço médio passou de US$ 2,05/quilo em março para US$ 2,28/kg em abril.
COE News
Disney: Resultados fortes no 1T19, destaque para a integração com os resultados dos canais 21st Century
- Os dirigentes da empresa divulgaram nessa quarta-feira lucro de US$ 5,4bi, número 86% superior no ano contra ano, com destaque para o impacto positivo gerado pelo ganho de US$ 4,9bi com o controle acionário do serviço de streaming Hulu, adquirido após a aquisição do canais 21st Century Fox. Mesmo sem considerar este ganho e outros itens não recorrentes, o lucro também foi acima das expectativas de mercado;
- Na mesma base de comparação, as receitas cresceram 2,5% no ano contra ano, atingindo US$ 14,9bi, número acima do consenso, com destaque positivo para a divisão de parques de diversão, streaming via Hulu e ESPN+ e outros negócios internacionais, contrabalanceado pelo recuo na divisão de estúdios e estável resultado em canais de televisão;
- À medida que os telespectadores seguem migrando do formato de TV para streaming online, a Disney segue focada na redução de seu endividamento através da venda de ativos e distribuição própria de conteúdo online via a plataforma Disney+ que será lançada em novembro deste ano. A meta é atingir algo entre 60 e 90 milhões de assinantes até o final de 2024, ano em que a operação poderá tornar-se lucrativa.

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